A encantadora Maria da Glória Revez Allen Beja Santos despediu-se desta vida, na passada 4ª feira, 2 de Julho de 2009. Deixa a todos, os seus pais, mana, familiares e amigos, uma imensa saudade. Foto gentilmente cedida por Vasco da Gama e editada por nós. Foi a enterrar no sábado, dia 5. Tinha 32 anos (LG).
1. Estive fora de Lisboa, desde 6ª feira. Sem internet. Domingo à noite, abri a minha caixa de correio profissional, e dou de caras com a brutal notícia da morte da Glória, dada em primeira mão pelo seu pai, o nosso camarada Mário Beja Santos.
É um extraordinário texto o que ele mandou, só para algum amigos, incluindo a minha pessoa, e que eu tenho o dever de partilhar, publicamente, com os seus/nossos camaradas da Guiné, que se reconhecem neste blogue, e que são seus amigos, uns, ou simples leitores, outros. É uma verdadeira oração fúnebre, um extraordinário documento humano e sobretudo um grande acto de amor paternal e uma belíssima homenagem póstuma à sua adorada Locas...
A Maria da Glória Revez Allen Beja Santos era a filha mais nova do Mário Beja Santos e da Cristina Revez Allen. Nascera em 1976, trinta anos e dois... A outra filha do casal é a Joana. A família, e sobretudo o Mário, nunca escondeu o problema de saúde que infernalizava a vida da Maria da Glória. Estiveram os quatro inclusive, num programa de televisão, da SIC, em Março passado - se não me engano - a falar da doença bipolar e a dar o seu testemunho, enquanto família. Por tudo isso, e pela sua enorme coragem e fé, o Mário é credor da nossa admiração, extensiva naturalmente à Cristina e à Joana (LG).
Ontem de manhã [, 2 de Julho de 2009], a minha Adorada Glória morreu. O que sempre pedi a Deus que não acontecesse (perder uma filha), aconteceu. A Glória sofria muito com a sua perturbação bipolar, diagnosticada em 2003 (seguramente com manifestações há muito mais tempo, que nós sabíamos interpretar), tomava medicamentos potentes, por vezes misturava-os com álcool, outras vezes abandonava a medicação, com consequências lamentáveis.
Voltara aos estudos, encontrara um namorado com quem estava feliz, estava com projectos (ia agora frequentar um curso livre na Universidade Nova). Quando estava estabilizada, enchia a nossa vida com alegria, manifestava orgulho nos pais e irmã, vivia intensamente a pensar no futuro, com pensamentos construtivos. Maravilhava-se com as coisas mais simples, íamos hoje ao teatro, domingo à ópera.
Num dos últimos telefonemas prometeu não se exceder no uso dos medicamentos nem misturar a medicação obrigatória com substâncias adversas. Foi uma criança dócil, meiga, discreta. Tornou-se uma mulher bela, qualquer roupa realçava a sua beleza.
A doença mudou alguns aspectos da sua personalidade, mas a nossa Locas impunha-se no nosso coração, vivíamos sempre preocupados com a sua autonomia possível e o seu bem-estar, quando nós, os pais, partíssemos deste mundo.
Passei os últimos anos à espera de um milagre, só pedia a Deus que lhe desse a possibilidade de viver aquela vida com permanente alegria, sem delírios, acompanhada de gente que estimasse as suas admiráveis qualidades.
"Morte, onde está a tua vitória?»
Agradeço as vossas orações, o amor e a ternura que por ela nutriram. A Locas irá esta tarde para a Igreja do Campo Grande.
Mário
2. Comentário de L.G.:
Já telefonei, em vão, à Cristina. Deixei-lhe, no atendedor automático, uma mensagem de solidariedade na dor e no luto. Ao Mário, vou arranjar corajem para lhe escrever, publicamente, estas palavras.
É devastador para qualquer mãe e qualquer pai a morte de um filho ou filha. É um dos acontecimentos de vida, mais brutais, que nos podem destroçar pura e simplesmemnte, ou deixar um rasto de amargura até ao fim dos nossos dias. Nada será como dantes, depois da perda de um filho ou filha... A lei natural da vida é que sejam eles, os nossos filhos, a enterrar-nos. Não o contrário.
A Glória não teve tempo de viver em pleno a vida a que tinha direito e que ela tanto amava, apesar do sofrimento, por vezes atroz, que a doença lhe causava. Há pouco mais de três meses tive o privilégio de a conhecer pessoalmente. Era uma mulher deslumbrante, que se fazia notar pela vivavidade do seu olhar, pela sua inteligência e pela beleza do seu porte.
Tinha já tido conhecimento da sua doença, através do Mário, que me falou dela, com a natural preocupação e solicitude de um bom pai. Ainda tive o privilégio de a conhecer numa das suas fases solares. Era também alvo de especial atenção e compaixão da sua mãe, Cristina, que tinha muito orgulho nela. Em conversa ao telefone, sugeriu-me inclusive que a convidasse para um próximo encontro do nosso blogue, para podermos ter a felicidade de ouvir a sua voz, excepcionalmente dotada para cantar o fado.
Há três ou quatro meses atrás, a Glória veio entrevistar-me sobre a história do nosso blogue, a sua génese e o seu desenvolvimento. Essa entrevista foi gravada. Esforcei-me por responder, detalha e demoradamente, às suas interessantes questões, que constavam de um guião de entrevista que ela seguiu com grande competência e segurança...
Essa entrevista serviu de base a um trabalho escolar, “A Guerra da Guiné vista pelos Ex-Combatentes Portugueses”, que eu prometi, ao pai, publicar no nosso blogue, desde que não houvesse qualquer inconveniente, tanto por parte da autora como da instituição, a Universidade Católica.
Achei a Glória feliz e em boa forma. Vinha acompanhada de um amigo. Em Maio o Mário deu-me feedback, que o trabalho tinha merecido uma boa nota (16 valores). Mandou-me inclusive uma cópia do original (**). Mais recentemente, talvez em princípios de Junho, encontrei o Mário, no Chiado, mais a sua Joana, que é psicóloga numa instituição militar, e que estava acompanhada do seu marido. Tinham acabado de casar, há pouco tempo. O Mário, embora cansado e sempre sobrecarregado de trabalho, era um pai feliz. Nada parecia prever esta tragédia de início de verão (***).
Para o nosso camarada Mário Beja Santos e para a nossa amiga Cristina Revez Allen, ambos membros da nossa Tabanca Grande, aqui vão os nossos sentimentos mais profundos de solidariedade na dor e no luto. Mário e Cristina, a morte só nos ganha se não formos capazes de honrar a memória dos entes queridos que ela, precoce e traiçoeiramente, nos leva.
Mário, a ti que te conheço um pouco melhor, que estivemos juntos nalgumas batalhas da guerra da Guiné, e que és um homem crente, a tua fé, hoje como ontem, vai dar-te um ajuda, vai dar-te mais força para conseguires lidar com esta situação-limite. Nenhum de nós está à partida preparado para a morte que irrompe, assim, tão brutal, sem pré-aviso, no nosso círculo íntimo, na nossa família... É uma perda irreparável, mas talvez a Glória quisesse também dizer-nos, muito simplesmente, que há limites, humanos, para o sofrimento, que às vezes na terra há muito mais inferno do que céu...
Vejo, em todo o caso, na célebre interpelação do Apóstolo São Paulo, no discurso aos Coríntios, que tu citas ("Oh, morte!, onde está a tua vitória" ?), a reafirmação e a assumpção da tua firmeza de carácter, e da coragem (física e moral) de que sempre deste provas, na paz e na guerra, a par da tua fé inabalável que sempre deste público testemunho, aqui e noutros lugares.
Não tendo ido ao funeral da tua/nossa querida Locas, gostaria, ao menos, de ir à sua missa do sétimo dia, eu e a Alice, e levar-te pessoalmente, a ti, à Cristina e à Joana, as manifestaçõs do nosso apreço, carinho, amizade e camaradagem, em meu nome, em nome da minha famíla, em nome dos teus antigos camaradas de Bambadinca (1968/70), em nome de toda a nossa Tabanca Grande, em nome dos leitores e admiradores que tens no nosso blogue. Luís Graça
___________
Notas de L.G.:
(*) Último poste desta série: 1 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4449: In Memoriam (23): Luís Cabral ou o respeito por um homem que lutou por um ideal (Virgínio Briote)
(**) A Glória era aluna da Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Ciências Humanas, Curso de Comunicação Social e Cultural, 3º Ano, Turma 2. Fez um trabalho para a disciplina de História Contemporânea, intitulado “A Guerra da Guiné vista pelos Ex-Combatentes Portugueses”, e que irá ser oportunamente publicado no nosso blogue.
(***) Reprodução do meu mail, de 1 de Maio de 2009:
Mário: Recebi o trabalho da tua filha, que apreciei e vou publicar, se não houver 'conflito' com a Católica... (Não sei se já foi entregue, discutido, avaliado)... Dá-lhe os parabéns (e ao pai que lhe deu umas dicas, de resto fazemos tudo pelos nossos filhos...). Em relação à transcrição da entrevista, reconheço que não é fácil, há pequenas correcções a fazer. Não a queres trazer ao nosso encontro de 20 de Junho ? A mãe disse-me que ela tem uma excelente voz para o fado (...)... Do Porto com um abraço. Luís
Mail do Mário, de 16 de Maio de 2009:
Luís, Acabo de vir de férias. A Joana comunicou-me que ia casar depois de eu já ter pedido a vários amigos hospedagem em Paris, Namur e Bruxelas. Venho deliciado, e o casamento da Joana também foi muito bonito.
Falei há minutos com a Glória, teve 16, parece que houve lá hoje [ na Universidade Católica,] um colóquio com vários escritores, todos falaram no blogue (*). Sem querer perder o viço das férias, vou mergulhar no trabalho, tanto no profissional como na 'Mulher Grande' que quero concluir até Setembro.
Não tenho lido nada no blogue e fiquei surpreendido com esta data de 20 de Junho. Vou ver o que posso fazer. (...).
Desculpa ser breve, a ver se nos encontramos, Mário.
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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29 comentários:
Ao Dr. Beja Santos (conheço-o da TV e imprensa) não sei o que dizer!
Só sei que chorei e tive de parar para ler os escritos.
Ensinaram-me a dizer: Paz à alma da Glória.
Amigo Beja Santos.
Nas nossas idades ja pouco o nada nos surpreende, mas estou de acordo que a logica da vida nao e ver os filhos partir a nossa frente. As minhas condolencias para si para a esposa a quem o amigo escreveu aquela maravilhosa carta enquanto por terras da Guine. Nunca mais me esqueci dessa ternura, e por isso e mais uma vez, tera de fazer o favor de arranjar coragem para ambos tentarem, dentro do possivel, equilibrar as vossas vidas. Nos, por estas bandas do Canada, aprendemos que a vida e para ser vivida e quando mais nao ha, tentemos honrar essa vida em vez de vermos a morte como um terror. E dificil ver partir um filho ou um familiar muito querido, mas foi o modo de Deus decidir, que a Gloria nao poderia continuar a ter altos e baixos. Como humanos, teremos de reconhecer as nossas proprias limitacoes.
Desejo compartilhar com a familia enlutada, que ha uns anos, tambem eu sofri com um problema quase parecido. Quase tres anos depois, consegui o equilibrio mental suficiente para me considerar capaz de trabalhar. Durante este periodo fui preso de mim proprio e perdi a maior parte dos que eu pensava eram meus amigos. Hoje, e ao mesmo tempo que escrevo, nao posso deixar de lhes falar da minha solidariedade, pois a situacao e muito complicada. Temos muitos dias bons, as vezes so umas horas. Estamos felizes e pouco depois estamos a chorar, porque nao mais entendemos o mundo, que parece ser todocontra nos. Felizmente, no Canada existe muito apoio e um tratamento agressivo.
Tao triste como a partida da Gloria, todos podemos reconhecer, que ela tentou viver a sua vida da melhor maneira, procurando os motivos que a pudessem fazer feliz. No fundo e como eu disse, muitos dias eu pensei tambem que seria melhor para mim e para todos, se fosse andando para um destino onde pudesse descansar em paz.
Para si BEJA SANTOS, para a sua esposa, e toda a restante familia, desejo manifestar as minhas sinceras condolencias.
E bom ter amigos e embora nao nos conhecamos ainda, eu estou consigo nesta hora triste.
Joao G Bonifacio
Ex-fur mil do sam
Guine/CC2402/
Oshawa, Ontario, Canada
Luís Graça,
Na passada sexta feira, recebi do nosso querido Camarada e Amigo Mário Beja Santos, uma mensagem com uma fotografia da sua filha Maria da Glória, encimada por uma dedicatória do seu pai: "Da minha adorada Locas, para poder recordar".
Deu-me um baque no coração, pois logo lhe adivinhei o significado. Sacudi a cabeça e disse, para mim, que estava a ficar cada vez mais pessimista.Não pode ser!
Procurei nos destinatários da mensagem que o Mário havia enviado nomes conhecidos e encontrei dois: os nossos Briote e Torcato. Enviei um mail ao V.B.,na esperança de que me chamasse tolo.O Briote quando chegou a casa ainda não sabia de nada, o que me deu alguma esperança, mas minutos depois a tragédia estava confirmada. Ainda falei com o Torcato noite dentro...
Sabes Luís, quinta feira o Pimentel esteve em minha casa. Mostrei-lhe o vídeo da SIC sobre a doença da Glória que o seu pai me havia enviado;A SIC fez uma reportagem sobre a doença bipolar, onde aparece a família Beja Santos a assumir frontalmente a doença, sem qualquer complexo, sem qualquer subterfúgio,sem qualquer rodeio.Nessa reportagem podes ver os olhares cheios de preocupaçao mas também de ternura dos pais e da irmã, correspondidos por um sorriso lindo da Glória.
Que bem que ela cantava o fado!
Sabedor disso havia-lhe gravado 5 Cds que mostrei ao Pimentel,enquanto falávamos dela. Esperava a visita do Mário a minha casa para lhos entregar.
Todos nós perdemos a oportunidade de a ouvir no convívio;eu perdi a oportunidade de lhe fazer oferta singela mas sentida da música de que ela tanto gostava...
A vida é um somatório de oportunidades perdidas...
Mas pior do que tudo é quando a lei natural das coisas é alterada.
Não sei se sou crente,ás vezes parece que sim, outras vezes não.
Lido muito mal com estas situações.
Mais do que admirador do Mário sou seu Amigo. Ele sabe que pode contar comigo e com muitas centenas de outros amigos que o ajudarão a minorar o seu sofrimento e o dos seus.
No entanto, só o TEMPO...só o Tempo...
Um abraço do,
Vasco A.R. da Gama
Amigo Beja Santos
Não tenho palavras.
Só te coloco na Alma a minha solidariedade...
Santos Oliveira
Ao Beja Santos, não ao ex combatente valoroso em terras de África, mas antes ao Homem, ao Pai, ao Marido.
Deixe-me contrariar um pouco a assumpção de que a lei natural das coisas será os pais serem levados à última morada pelos filhos e não o contrário.
Cada vez mais esse conceito está invertido pelas mais variadas razões o que, no entanto, não nos deixa de perturbar pela atroz dor que sentimos ao presenciarmos a partida aqueles a quem demos vida .
Também sou pai e pese embora não ter passado por situação tão estruturalmente desequilibradora, tenho-a acompanhado demasiadas vezes nas pessoas de familiares e amigos.
Nestas alturas só nos vem ao espírito a escolha das palavras que mais e melhor possam manifestar a solidariedade e que tentam maximizar a compreensão do ciclo da vida, grande para uns enquanto pequenos demais para outros ...
Perdoar-me-à a singeleza e, quiçá, a infantilidade das mesmas mas permita-me que apele ao apego à família e amigos de modo a ultrapassarem o terramoto psicológico que eclodiu no vosso ceio.
A perda da vossa Adorada Glória não será em vão e servirá para corporizarem a re-estruturação de famílias igualmente angustiadas.
Aceite, senhor Beja Santos, mulher e filha, os meus mais sentidos respeitos,
António Matos
Beja Santos habituei-me há muitos anos a ouvir-te e ler os teus textos pelas tuas posições sociais e frontalidade.
Lamento muito que o primeiro abraço que te quero dar seja um abraço de sofrimento.A mimha profunda solidariedade com o vosso sofrimento neste momento dificil, que só a Fé que vos anima aliviará um pouco.
Paz à alma da tua filha.
Abraço sentido do
Zé Teixeira
Cristina e Mário!
Que a vossa Menina alcance a Paz!
Toda a Solidariedade.
Jorge Cabral
Meu caro Camarada e Autor Beja Santos,
É com sentido pezar que escrevo estas linhas. Conheço o sentimento que é vivido neste momento, um fogo inicial bruto que depois nos consome em lume brando ao longo dos anos.
Nada podendo fazer ou sabendo o que dizer, resta-me enviar-lhe um abraço de condolências para si e restante família.
BSardinha
Mário, Cristina e Joana
Está linda a Vossa Menina!
Que o Vosso ( nosso?) Deus a conserve sempre a seu lado, com aquele sorriso maravilhoso.
Do amigo ao dispor
Vasco A.R. da Gama
Dr. Beja Santos,
Perder alguém muito querido doi, doi muito, muito mesmo.
Para o Senhor e toda a família, as minhas sinceras condolências.
Filomena
O SEU SORRISO SERÁ ETERNO
A VOSSA DOR SERÁ CONSTANTE
A AUSÊNCIA SERÁ UM VAZIO
NÃO HAVERÁ POSSIVELMENTE DOR MAIOR
PORQUE..
FALTA UMA FLOR NAQUELA JARRA.
Os meus mais sentidos pêsames, é o que desejo neste momento.
Juvenal Amado
Mário e Cristina a dor que maior marca deixa e para a qual nenhum pai ou mãe está preparado.
Os meus sentidos pesamos.
Colaço.
Caro Mário,
Se acreditares, ela não morreu!
Apenas percorreu uma caminhada terrestre.
Como Crente, acredito que lhe será reservado um bom lugar, intercedendo agora por nós.
O sentido e solidário abraço do
Mário Fitas
Duas mensagens que nos chegaram esta manhã pelo correio interno da Tabanca Grande:
Bom dia Amigo Luís,
Um abraço aos pais e mana da Maria da Glória, ela será mais um ANJO a quem Deus pediu ajuda.
Beijinhos para todos e muita coragem.
Gilda Brandão
_____________
Perante esta dor não encontro palavras.
Deixo apenas um abraço solidário ao Beja Santos e sua família.
Diana Andringa
_____________
Ao
Dr. Beja SAntos e familia
Acompanho-vos na dor da perda de uma filha tão querida.
Nesta altura está num lugar especial junto a Deus.
Paz à sua alma.
Companheiro Beja Santos
O abraço sentido, profundo e solidário pela perda de sua filha Glória do
Alberto Helder
Ao Beja Santos e Familiares,
Os meus sentidos pêsames.
Um abraço Solidário,
João Carlos Silva
Ao tomar conhecimento de tão desagrável notícia, não sei mesmo como me expressar nestas circunstâncias, em que se fica meio "sem jeito", como dizem os brasileiros.
Camarada Beja Santos, sendo mais velho não posso precisar a dor que invade um Pai nestes momentos, visto não ter passado por situação igual.
Sei o que é perder a Companheira de toda uma vida, mas não de descendentes, mas avalio o que possa ser.
Conhecendo porém a tua Fé, alicerçada em fortes princípios e práticas religiosa, sei que enfrentarás o momento com grande coragem e uma grande calma, por saberes que todos os sofrimentos de Tua Filha terminaram e agora estará em Paz num lugar no Além.
Sinto muito e quero manifestar a minha solidariedade e apresentar os meus sentidos pêsames extensivos a todos familiares.
Jorge Picado.
Caro Beja Santos
Curvo-me perante a dor que te assola a alma e à mãe e irmã da Glória.
Que Deus possa vos dar a força e a necessária paz, nos vossos corações, para minorar a tristeza da perda de uma filha, de uma irmã.
Um abraço
Luís Dias
Amigo Beja Santos,
Acho tão anti-natural vermos um filho "partir" antes de nós, que só posso rezar e dar Graças a Deus, não fazer, nem vir a fazer até chegar aminha vez, a mínima ideia do que é uma tão terrível e arrasadora experiência como esta.
Se te serve de algum consolo neste momento, acredita piamente que Deus, na sua bondade imensa e eterna, a tem bem juntinho a ele, muito feliz e num mundo bem melhor que este.
Um abração Amigão, extensivo à tua querida esposa e filha, do Pira
Magalhães Ribeiro
Antonio Rodrigues, VnFamalicao, amigo Beja Santos, sou um teu seguidor desde o regresso da guine, sempre tenho estado atento ao teu modo de estar e nao tamto familiar, mas quero apresentar as minhas sentidas condolencias bem como da familia, pois aqui por casa todos estamos sempre perto de ti nas escritas, dai sentirmos como qualquer ser humano a perda de um familiar eu em particular sei o que é a dor se perder um Irmaono dito Ultramar/moçambique, no dia seguinte ao meu casamento, fez 36 anos em Março, sei o que foi perder a mae, uma irma passados 8 dias o pai e 7 dias apos um cunhado, sei bem o que é sentir estas dores horriveis, só e como crente que um dia vira que todos vamos ser julgados, so nao sabemos e quando, renovo as minhas mais que sentidas condolencias nao dum ex-soldado na Guine 68/78 Bafatá, mas dum ser humano que sabe o que é perder um familiar e ou um amigo ou um familiar dum amigo proximo, nao posso dizer mais nada, senao dizer, ate já...
rodrigues60@gmail.com
Perdoar-me-às, camarada Beja Santos, em voltar a esta página de condolências mas acabo de saber dum forte laço de amizade que muito me sensibilizou entre a tua adorada Glória e o meu filho António lá pela Católica.
Ficou, igualmente, muito pesaroso e aqui te deixo a manifestação do seu pesar.
António Matos
Perante tão grande perda,à familia Beja Santos, as minhas sentidas condolências.
Joaquim Macau
Ao Mário,Cristina e Joana
...e quando transpuseres a curva
daVIDA
Na caminhada veloz para os Céus
Reencontrarás aquela que partiu
e amas
Eternamente viva,
na VIDA de Deus...
Os meus sentidos pêsames
Paulo
CARO BEJA SANTOS,
NOS MISTÉRIOS QUE A VIDA TECE,FOI TROCADA,ABRUPTAMENTE,A ORDEM NATURAL.
ESTAR DE LUTO POR UM FILHO,POR INUSITADO,É ALGO COM QUE NÃO SE SABE LIDAR.
SÓ O TEMPO PODERÁ MINORAR ESSE SOFRIMENTO INEXPLICÁVEL,PORQUE PRÓPRIO.
SÊ FORTE.
Foi com profundo pesar que tomei conhecimento do falecimento de Glória Allen Beja Santos.
O meu pensamento voou para o sofrimento dos seus queridos pais e irmã, a quem envio as mais sentidas condolências.
Sou admiradora do Dr. Beja Santos há longos anos, desde que o conheci, através da imprensa escrita, e falada.
Conheci a Drª. Cristina Allen através deste Blogue e adorei as suas "crónicas da Guiné". A sua coragem, a sua doçura, o seu casamento, tudo me sensibilizava na sua aventura, no meio de uma guerra, numa terra distante! As lembranças do seu e meu Alentejo, fizeram-me recordar memórias minhas. As suas palavras enterneciam-me. Estava sempre à espera de encontrar mais, e mais notícias de Cristina Allen, no Blogue.
Conheci as suas lindas filhas, Joana e Glória, através da Grande Reportagem da Sic,
O drama da doença de Glória comoveu-me até às lágrimas, e quando a ouvi cantar fiquei num pranto.
Parece que conheço esta família desde sempre.
E hoje pela pior razão recebi notícias.
Neste momento de luto e dor só posso pedir a Deus que Glória descanse em paz! Que o Senhor reconforte os pais e irmã com o Seu Amor e lhes ilumine o caminho.
Maria Teresa Franco
Dr. Beja Santos e Família,
Ao nascer somos portadores de um passaporte de vida. Podemos juntar-lhe folhas e arrancar aquelas que não gostamos. Porém a última folha é intocável.
Pelo meio se ficam as horas de alegria e de sacrifício, de apreensão e de sonhos
Hoje o passaporte da vida deu lugar a uma jarra de saudade onde estará sempre presente uma linda flor de seu nome Glória.
Que Deus vos acompanhe nesta hora.
José Câmara
Caríssimo Mário
Ausente por fortes motivos deixo-te aqui o meu abraço em conjunto com todos os camarigos.
O que consegui dizer-te, (e o que é que se diz nestas alturas), disse-to por outra via.
Rezo pela Glória, rezo pelos teus, rezo por ti.
Não estive na Guerra na Guiné (sou uma mulher), mas a amizade profunda que me une a Mário Beja Santos e à sua filha Joana,faz com que no meu coração , partilhe a sua profunda dor, talvez a maior dor que um ser humano pode sofrer.
Não é justo ! Mas que fazer ? Apenas estender os nossos braços e proporcionar o conforto que apenas a amizade sabe dar.
Todos os teus amigos estão contigo
Mário.
Um grande e fraternal abraço
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