Nino Vieira a discursar na I Assembleia Nacional do PAIGC, alegdamenmte em "Madina de Boé". 23 a 24 de Setembro de 1973.
Vasco Cabral na I Assembleia Nacional Popular do PAIGC, alegadamente em "Madina de Boé", 23 a 24 de Setembro de 1973.
Mesas de voto para a eleição da I Assembleia Nacional Popular, alegadamente em "Madina de Boé",. 23 a 24 de Setembro de 1973.
I Assembleia Nacional Popular do PAIGC, alegadamente em "Madina de Boé", 23 a 24 de Setembro de 1973.
Reportagem fotográfica de Bruna Amico durante a I Assembleia Nacional Popular. Distinguem-se Lucette Andrade Cabral e Mário Cabral. Alegadamente em "Madina de Boé",, 23 a 24 de Setembro de 1973.
I Assembleia Nacional Popular do PAIGC distinguindo-se Bruna Amico, de costas, e Malam Mantambiague, alegadamente em "Madina de Boé",. 23 a 24 de Setembro de 1973.
Luís Cabral a discursar na I Assembleia Nacional Popular, alegadamente em "Madina de Boé",. 23 a 24 de Setembro de 1973.
Fotos (e legendas): Fotografias Amílcar Cabral / Fundação Amílcar Cabral (2003) (Com a devida vénia...)
Nesta selecção de fotos do Arquivo Amílcar Cabral (salvo graças ao zelo e competência da Fundação Mário Soares), respeitantes à I Assembleia Nacional Popular, de 23-24 de Setembro de 1973, é referido sistematicamente o topónimo Madina do Boé... Sabemos hoje que o local onde foi proclamada a independência não foi Madina do Boé, mas sim Lugajole, a sudeste de Beli (*).
"A distância entre as duas povoações é de muitos quilómetros, assim como de muitas horas de viagem em jipe" - garante o Patrício Ribeiro, membro da nossa Tabanca Grande e profundo conhecedor da Guiné, desde há 25 anos (**)...
O nosso amigo Pepito, da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau também corrobora esta tese:
"Luís: O nosso Patrício tem absoluta razão. Foi em Lugadjol que foi proclamada a independência. abraço. pepito". (*)
Em África não há uma tradição de rigor cartográfica, a cultura geográfica ainda é largamente oral e às vezes trocam-se os nomes dos lugares, o que em certas circunstâncias até pode dar jeito. Neste caso, Madina do Boé fez parte de uma operação de marketing político, bem montada pelo PAIGC para consumo interno e sobretudo externo...
Ainda hoje todo o mundo está convencido que o nascimento da nova República deu-se na mítica Madina do Boé, aquartelamento entre as colinas do Boé abandonado pelos tugas, por alegadas razões estratégicas, em 6 de Fevereiro de 1969.
Pode ser, para alguns, um pormenor de somenos importància, mas não é: no nosso bliogue, achamos e defendemos que todos temos o direito à verdade, a começar pelos jovens guineenses, nossos irmãos e amigos...
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Notas de L.G.:
(*) Vd. postes de:
18 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3911: Dossiê Madina do Boé e o 24 de Setembro (1): Em 1995, confirmaram-me que o local da cerimónia foi mais a sul (Miguel Pessoa)
20 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3920: Dossiê Madina do Boé e o 24 de Setembro (2): Opção inicial, uma tabanca algures no sul, segundo Luís Cabral (Nelson Herbert)
1 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3955: Dossiê Madina do Boé e o 24 de Setembro (3): O local estava minado e o PAIGC sabia-o (Jorge Félix)
17 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4042: Dossiê Madina do Boé e o 24 de Setembro (4): Ajudas de memória (Abreu dos Santos)
(**) Vd. poste de 4 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5050: Efemérides (23): Declaração da Independência em 24 de Setembro decorreu não em Madina do Boé mas Lugajole (Patrício Ribeiro)
1 comentário:
Pois é, meu caro Luís, pois é!...
Madina do Boé, Lugajole, etc.
Importante para os nossos irmãos da Guiné-Bissau, para nós também.
Trata-se ou não do berço onde nascemos, como país, como Pátria? Ou será que tanto vale, na fronteira com a Guiné-Conacry,ou dentro da Guiné-Conacry, em Madina do Boé, em Lugajole, etc...
Tenho um imenso respeito pelos combatentes do PAIGC. Morreram pelo que acreditavam ser a sua Pátria, a construir com o fermento e o sangue de mártires.Vi-os morrer à minha frente, um nó apertado em volta do meu coração.
Esses heróis do PAIGC merecem o respeito dos homens da Guiné de hoje, e o nosso.
Quem sou eu, simples alferes miliciano num Comando de Operações tuga, 19723/1974 para criticar ou dar lições a quem que seja?
Mas os povos da Guiné, nossos irmãos, precisam de construir o seu futuro e de ter orgulho nos seus melhores. Infelizmente, ao longo destes 34 anos de independência, os dirigentes deste país têm passado os anos a cerzir maquinações, a odiar-se, a matar-se uns aos outros. Como diz António Borges Coelho, no poema cantado pelo então padre Francisco Fanhais, por volta de 1970, "os mortos apontam em frente o caminho da esperança que resta."
Desculpem-me mas creio que isto tem tudo a ver com o lugar onde nascemos, como pessoas, ou como Pátria.
Pelo orgulho que sentimos
em sermos guineenses ou portugueses.
Um abraço,
António Graça de Abreu
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