terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5871: Da Suécia com saudade (22): As portas que Abril me abriu e as que me fechou (José Belo)

União Europeia > Reino da Suécia > 2009 > O José Belo é o mais setentrional (e, portanto, ex-cêntrico) dos membros da nossa Tabanca Grande > A sua tabanca fica na Lapónia, a 198 quilómetros a noroeste de Kíruna, em plena reserva natural de Abisko, a maior do país dos Vikings. Nascido em Lisboa, foi educado no Estoril. Foi alferes na região de Quínara, na Guiné (1968/70). Foi Capitão de Abril. E por Abril conheceu os caminhos da diáspora. É gerente da Tabanca da Lapónia. Escreve regularmente no nosso blogue. (LG)


1. Mensagem de José Belo, com data de 8 do corrente (*):

Aqui vão algumas tentativas de resposta a algumas das perguntas levantadas (**).

Quando alguns Camaradas Militares decidiram "reeducar-me" na Prisão de Custóias, mais para meu bem pessoal do que por outra razão juridicamente válida, (pois não foi provada qualquer implicação no 25 de Novembro de 75 em Conselho Superior de Disciplina do Exército a que fui sujeito cinco anos depois)... era de esquerda!

Era inconveniente! Chegou! A minha carreira militar foi interrompida desde o dia 27 de Novembro de 75 até fins de 1980 em que me mantiveram inactivo cerca de cinco anos com o ordenado completo(!).
Durante este longo período de involuntárias férias pagas (segunda fase reeducativa?), colaborei activamente no Conselho Português para a Paz e Cooperação, viajando por tudo o que mundo era, desde a Índia à Etiópia, do Vietname ao Iémem, e a tudo que era Pais Europeu do Leste e Ocidente. Tive oportunidade de conhecer pessoas, bem interessantes, em locais de "acesso difícil" noutras situações.

Acabei por estabelecer contactos vários na Suécia que se tornou, então, a minha segunda casa. Em fins de 1980 fui chamado de novo ao serviço, sendo colocado no Regimento de Mafra a frequentar um curso de actualização para promoção. (Talvez por já devidamente reeducado?).
Depois de curtas semanas de contactos fraternos com os meus queridos e respeitados superiores, verifiquei ter grandes dificuldades em assimilar algumas das aulas dadas, principalmente por alguns dos camaradas professores regressados há pouco de cursos intensivos nos Estados Unidos.

Recordo como exemplo típico destas minhas limitações atávicas, a dificuldade sentida quando me referenciavam continuamente a fronteira de defesa a Norte do meu querido Portugal como situada no rio Reno, na Alemanha Ocidental, e eu só encontrava na minha carta... o rio Minho como fronteira do Norte português!

Perante tais incapacidades geográficas resolvi pedir passagem imediata à Reserva e autorização para me ausentar... definitivamente para a Suécia, invocando razões de ordem particular. Ambos os requerimentos foram deferidos em tempo que, conhecendo a Instituição, creio que será recorde, de 48 horas! Voltei de imediato para a Suécia onde me tenho mantido até hoje.
Interessado por Direito Internacional, acabei por ter uma sólida e acelerada carreira profissional que me levou bem mais longe do que seria de esperar (aqui seria melhor não referenciar o facto de ter casado com a filha única do dono da empresa multinacional onde trabalhava !).

A decisão de viver actualmente na Lapónia (a 198 quilómetros a noroeste de Kíruna mais propriamente) tem mais a ver com o facto de termos herdado uma muito boa casa de férias, situada precisamente na área da maior reserva natural sueca, e uma das mais selvagens, bonitas, isoladas, ricas em fauna e pesca. Chama-se Abisko.

Isto em conjunto com uma discreta aproximação de reforma, tanto da minha parte como da minha mulher, que nos veio possibilitar tempos livres para utilizar estes espaços infindos. Daí que, ao contrário do que poderia aparentar, este isolamento é mais que voluntário.

Como não fui, propriamente, um menino de sacristia durante os anos anteriores a Abril de 74 e até finais dos anos setenta, sinto-me muito bem nas distâncias que resolvi tomar em relação a acontecimentos, e coisas, em que participei, ou de que tenho muito bom conhecimento, e que hoje só me fariam vomitar a gargalhar, não fora o grande respeito que sinto por alguns que tudo sacrificaram pelos seus ideais de solidariedade com os mais desfavorecidos.

Na Guiné fui mais um dos muitos que comandaram destacamentos isolados no Sul, junto a Gandembel, que fizeram colunas de abastecimentos de Buba/Aldeia Formosa/Gandembel, e que aprenderam a conhecer-se a si próprios em condições extremas.

Hoje... para Lusitano de Lisboa, educado no Estoril, posso garantir que sou um bom conhecedor de renas, e de tudo relacionado com a criação e pastoreio das mesmas. Quem me diria!

Um grande abraço do José Belo.

2. Mensagem posterior, respondendo às dúvidas sobre o carácter eventualmente (in)publicável do texto anterior:

Caro Amigo e Camarada.

É claro que tudo sobre mim é acessivel a todos os que se possam interessar, tendo sincera consciência de que não serão lá muitos! Os detalhes, menos convenientes para Senhoras, menores, alguns Exmos. Srs. reformados, e camaradas mais sensíveis das nossas Tropas Especiais, estão, por certo, criteriosa e inteligentemente arquivados nas repartições respectivas... a Bem da Nação.

Duas coisas que não referi no meu E-Mail anterior, mas que suscitaram curiosidades de alguns quando agora aí estive na reunião da Tabanca do Centro: a primeira é o porquê de aparecer sempre ao lado do Otelo, em muitas das fotos, livros e reportagens de TV relacionadas com esta personagem... Somos familiares (primos em segundo grau pelo lado da minha mãe), tendo esse facto nos aproximado pessoalmente tanto em 74 como em 75.

Aquando da campanha eleitoral para a Presidência da República, a primeira a seguir a Novembro de 75, fui responsável pela segurança montada em redor do Sr. candidato Otelo, tendo-o acompanhado por tudo o que era Portugal, do Minho ao Algarve, Madeira e Açores... Daí a identificação efectuada por muitos.

Tornei-me depois, já a viver na Suécia, muito crítico das vias escolhidas por alguns companheiros que levaram a um muito infeliz arrastamento(?) deste político para aparentes meios de acção de resultados mais que dúbios, para não lhes chamar de contraproducentes, principalmente na identificação e utilização do nome, e referências, a Abril.

Publiquei, então, alguns artigos menos convenientes (pois creio ter sido o único que se atreveu), a este respeito, no Diário de Lisboa. Um, em 11/7/84, intitulado "As armas e as Mãos: Carta ao Otelo Amigo" (aquando da prisão deste), e outro em Outubro de 1984 intitulado "As FP-25 de Abril... e as miragens". Sei que não foram muito bem recebidos em alguns círculos mais... extremados.

A segunda pergunta que alguns me fizeram foi:
- Porquê Capitão Reformado quando todos os outros nas mesmas condições e situação pertencem hoje à Classe dos Srs. Coronéis Reformados, depois de as suas carreiras militares terem sido reexaminadas devido a consequências políticas de 74/75, com actualizações de postos e reformas (E isto inclui Militares do antes e depois, desde a mais extrema esquerdalhada à mais "patriótica" direitada!).

Pela única razão de, tendo escolhido viver em esplêndido isolamento na Escandinávia, não recebi qualquer informação da existência de tais leis e decretos. Quando finalmente, um bom amigo e camarada militar, se preocupou comigo e me informou, já os prazos legais para tais requerimentos tinham há muito encerrado, tendo recebido por parte das Autoridades burocráticas responsáveis um rotundo... NIET!

De qualquer modo identifico-me totalmente com os termos Capitão de Abril. E, como as PORTAS QUE ABRIL ABRIU... o foram por Capitães... sinto-me bem na denominação!

Um grande abraço do José Belo.

3. De adenda em adenda até à mensagem final, o Zé Belo escreveu ainda no passado dia 8:

Caríssimo Amigo. Podes publicar tudo, ou o que achares por bem. Tenho grande admiração pelo Vosso trabalho... No arame... e sem rede, no que diz respeito a sortear de maneira conveniente o que serve melhor os objectivos do blogue.

Com tantas primas donas de terceira idade (com tudo o que isso acarreta) a enviarem contributos, encontrar um rumo médio é trabalho de... full-time num blogue com as dimensões da Tabanca Grande. Tenho estado ocupado nas últimas horas a enviar uns videos do YOU TUBE, um pouco quentes, para o Amigo Vasco da Gama e para o Miguel Pessoa, que têm francamente sentido de humor.

Na tua próxima visita à Escandinávia, e como por aqui andaste, sabes que a natureza é fantástica, deverás tentar ir até Narvik, porto norueguês bem ao norte, e daí tomar a estrada para a Suécia até Kíruna. A partir dos fins de Maio, até meio de Julho, (O Curtíssimo Verão!), tendo-se a sorte de apanhar Sol e céu azul, é viagem inolvidável para o resto da vida. Bem-vindo!
Um grande abraço do José Belo.

[ Revisão de texto / fixação / título: L.G.]
_____________

Notas de L.G.:

(*) Vd. último poste da série > 17 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5829: Da Suécia com saudade (19): O privilégio de ter a Tabanca Grande... em comum (José Belo)

(**) Comentário ao poste de 6 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5773: Parabéns a você (77): José Belo, se o calor da nossa amizade chegasse a Kiruna, a tua Lapónia era o Alqueva (Os Editores)

Meu caro José Belo:

Para além das tuas queridas renas, a gente sabe pouco sobre ti, meu luso-lapão...

Quando foste exactamente para a Suécia, e porquê... Por onde andaste, o que fizeste, como sobreviveste, como resististe... Afinal, que crime cometeste para te mandarem para a Lapónia... Como e quando chegaste a Kiruna ?

Sabemos também pouco da tua história de vida no TO da Guiné...

Claro, tens o direito ao sigilo, ao anonimato... Mas já que entreabriste a porta... Sabes como é o portuga, põe logo o pezinho na porta, para que tu não a feches...

Mais importante: quando voltas, este ano, a este jardim à beira-mar plantado ?

Espero que te tenhas divertido, no mínimo, com o nosso texto, atabalhoado, de parabéns...

Luís

17 comentários:

Joaquim Mexia Alves disse...

Ah pois, pois, para o Vasco da Gama e o Miguel Pessoa tudo bem, vão uns videozinhos, agora para quem te arranjou um cozido á portuguesa e te vai servir um bacalhau na brasa...népias!!!

Gostei de ler o teu itinerário...

Abraço camarigo até dia 26

Joaquim Mexia Alves disse...

Em tempo:

No nosso tempo de África havia uns "senhores" que fugiam para a Suécia, por causa da tropa, o que não foi o teu caso.

Dizia-se então que fulano de tal "suécidou-se"!!!

Hélder Valério disse...

Caro Zé Belo

Tendo em conta a tal existência (absolutamente natural) dos espécimes que referiste, os tais 'Senhores', só te posso dizer que a tua verticalidade parece ser exemplar.
E a forma como enfrentas os contornos do(s) passado(s) é também motivo de admiração.
Um abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

descobri-te hoje, no avesso da tua terra actual, aqui, Brasil, Rio, 38ºC, corações derretendo, o sangue fluido lento da feijoada e da cervejinha.
Bom é também saber que o vento de través é só vento e que o cais de chegada não é senão o caminho que traçamos.
Um grande abraço
José Brás

Anónimo disse...

Dear Joseph,

Como é bom saber que num país de choramingas oportunistas existem os verdadeiros injustiçados, esses sim, capazes de encolher os ombros, virar as costas e fazer um manguito ao poder.
Um abraço pela tua verticalidade e um sincero obrigado por me chamares Amigo, espécie rara de Homem.

Vasco A. R. da Gama

Manuel Reis disse...

Caro Zé Belo:

Vida difícil, vida de luta.

O teu percurso, pela tua verticalidade, é digno da minha admiração.

Um abraço amigo
Manuel Reis

Jorge Narciso disse...

Caro José Belo

Sendo o "Gadus morhua" muito comum nesse extremo norte onde te encontras, penso que já o
"Solanum lycopersicum" não será tanto.

No entanto, na próxima 6ª feira, vou (vamos) ter o prazer de fazer tal conjugaçao ao compartilhar o citado "Gadus" com alguem que, como tu, facilmente se percebe ter os seus "Solanum" no devido sitio.

Do Latim:
"Gadus morhua" - Bacalhau
"Solanum lycopersicum" - Tomates

Já agora e se me permites guardo o
abraço com que agora deveria terminar para Monte Real

Jorge Narciso

António Graça de Abreu disse...

Zé Belo, caríssimo Amigo
Todos temos atrás de nós um vasto rol de experiências, tão extremadas, tão ricas, tão intensas!
É bom saber mais sobre ti.
Haviam-me contado cobras e lagartos a teu respeito, eras o capitão das "armas em boas mãos, em Beirolas", um perigoso "braço direito" do Otelo.
Fomos e somos o que somos. Acreditámos um dia num mundo melhor e mais justo.
Consequentemente, embarcármos
em naus diferentes que na altura pensávamos capazes de singrar a todo o pano, e afinal as velas estavam rotas, os timoneiros mal sabiam navegar,as barcas metiam água, o porto de chegada estava cheio de gente falsa e de ratazanas.
Sofremos incontáveis decepções mas valeu a pena a viagem.
Foste parar bem à Suécia, eu, "maoísta inveterado", à China comunista.
Um dia também conto no blogue a minha trajectória maoísta.
Aprender, conhecer, desentender entendendo,amar, viver.
Estamos no declinar dos anos, mas ainda pujantes de energia. Isso nos move, a Guiné nos une.
Obrigado pela tua carta e pelos selos da Suécia.
Um abração,
António Graça de Abreu

Torcato Mendonca disse...

Bem...um sujeito, um fulano, um eu, lê e pára. Depois sorri... relê e volta a sorrir...e pensa com ele, com o eu, ele há cada uma óh eu, eu não te dizia? É verdade e é certo, a idade pode tirar algo,pode; mas trás muito mais e continuo a sorrir. Era quase uma certeza. Agora "ver" um Homem despir-se assim e mostrar-se assim é raro.Raro? Mais que isso...é ter coragem e verticalidade...
Camarada José Belo li-te da forma que acima teclei e digo: o dia 25 de Abril foi dos dias mais felizes de minha vida. Sei que não posso escrever assim aqui. Sei que causo calafrios ou me chamam um nome...ou dizem simplesmente coitado. Respeito quem assim pensa.Muitos não! Respeito-os como antes e depois de Abril. Senti essa felicidade porque ia viver finalmente num País livre, porque o meu primeiro filho ia nascer num País de esperança...depois, isso é verdade, foram cometidos certos excessos, certos oportunistas iam estragando Abril...certo. O tempo foi envelhecendo e ficando mais calmo...mais democrático em cada dia que passa...mesmo em mudança leve, branda, logo passível de retrocessos. Não posso aqui...sei disso mas também sei que nem pide ou campo de reeducação apanho.
A tua conduta teve um preço, a conduta de outros como tu igualmente. Sabes melhor que eu até onde foram promovidos...mas ganhamos um País;bom,menos bom? É o meu País e gosto dele...
Obrigado José Belo e obrigado aos verdadeiros Capitães de Abril.
Um abraço Torcato

Juvenal Amado disse...

Meus caros camaradas

Capitães, alferes, furrieis e soldados, poetas, escritores musicos, cantores e milhares de anónimos, que contribuiram com a sua luta para Abril eu agradeço-lhes pelo mais belo dia da minha vida.
O que aconteceu a seguir, foi a evolução , de quem chega a algum lado por convulsão.
Hoje faz vinte e tês anos sobre a morte de Zeca Afonso.
Lembremo-nos dele, do que ele representou para a nossa geração quando cantou os nossos anseios de liberdade e "Venham Mais Cinco"

Juvenal amado

Zé Teixeira disse...

Zé Belo,
Meu alferes, meu comandante, meu amigo, já que capitão foste sim, mas de outros porque eu fugi a sete pés. A pressa foi tanta que quando fui entregar a farda me esqueci de receber o pré a que tinha direito e ao sair da porta ouvi o "sarjolas" dizer para o cabo: Mais um que está com pressa e nem quer o pré. Não voltei atrás para que no dia seguinte pudessem beber uns copos a minha custa.
Isto tudo para te dizer que ficaria admirado se o teu percurso não tivesse sido o que fizeste ou parecido. Ter-te como comandante foi uma honra. Ter-te como amigo do seu amigo, dos teus soldados, que teimaste em trazer todos de volta e conseguiste. Do Salvaterra Bernardes, lembras-te ?
Que dor de alma ver aquele rapaz, deficiente mental e deficiente motor, é a verdade para vergonha de quem o classificou como apto, para vergonha de quem o mobilizou para a Guiné. Tu levaste-o e trouxeste-o de volta. Infelizmente poucos anos depois morreu, da doença motora que o minava.
Entre nós os dois havia uma cumplicidade no silêncio de um alferes e de um cabo enfermeiro -
trazer os nossos homens.
Posso dizer-te, agora, que quando chegamos a Mampatá, eu soube que por estar classificado como apto para os Serviços Auxiliares e não para todo o serviço, podia pedir a transferência para uma unidade central que no meu caso seria o Hospital de Bissau.
Preferi ficar no mato, porque me sentia bem em Mampatá.
Assim fui "voluntário" porque estava integrado numa equipa onde me sentia bem.

Abraço fraterno, meu comandante.

Zé Teixeira

Jorge Narciso disse...

Ao reler o meu anterior comentário, que não revi antes da edição, pareceu-me, agora, desajutadamente "brejeiro-marialvista" à intima seriedade deste teu Post.
Na "parabolica" conclusão que retirei é naturalmente tua vertical postura que pretendo realçar.
Sendo redundante, embora, sinto-me asim melhor comigo próprio.

Reafirmando o propositado abraço
Jorge Narciso

Anónimo disse...

Grande história José Belo,

Não terá sido a paz que esteve ao nosso alcance?

Não terá sido a guerra que esteve ao nosso alcance?

Lembremo-nos que um De Gaule teve um general condenado à morte (Salan?).

Os ingleses cairam na ratoeira do Afeganistão (nós ajudantes!).

Histórias assim, é que fazem esquecer certas histórias que se tentam impingir.

Porque embora individual, retrata uma das maneiras que milhares estão hoje fora de Portugal.

Antº Rosinha

Anónimo disse...

Depois de ler os comentários tive que voltar ao blogue para controlar se o "referido" era...eu!Alguns,olhando-me com amizade,encontram "protagonismos" e qualidades,que,sem falsa modéstia,estao longe à realidade. E com isso há que se ter cuidados extremos. De qualquer modo,sao palavras muito AMIGAS,que,bruscamente,tornam o meu querido Portugal...Tao próximo.Um grande abraco.

Anónimo disse...

Caro José Belo,
No almoço da Tabanca do Centro perguntei por ti, não chegámos à fala,não calhou, mas mantive a curiosidade de esclarecer certos aspectos, talvez tenha agora essa oportunidade.
Dizes ser familiar de Otelo, por quem tenho admiração, mais não fosse por ter sido o estratega do 25 de Abril, não vou aqui evocar ter fotografias com ele em festas particulares, seria pretencioso da minha parte e poderia não as encontrar para o provar, mas também não tenho receios, talvez até existam outros polos de ligação desconhecidos como alguém na Ulmeiro, espero poder falar contigo sobre isto no próximo dia 26.
Até lá um abraço,
BSardinha

Luís Graça disse...

José Belo:

O que se passa com o teu blogue, a Tabanca da Lapónia ? Temos a indicação de que foi "removido"... Por lapso ? Por erro técnico ? Por eventual "denúncia de abuso" ?...

Ou será que não pagaste a renda de casa (morança) aos lapões ?

Amanhã vais ter que esclarecer o assunto na Tabanca do Centro...

Anónimo disse...

Caro José Belo
Por motivos pessoais tenho andado nos últimos dias um bocado "fora de jogo"... Mas não quero deixar passar a oportunidade sem te manifestar o meu respeito e admiração pelo extraordinário testemunho expresso no nosso blog em 23 de Fevereiro.
A postagem 5871 fez(faz) história no blog "Luis Graça & Camaradas da Guiné".Tive oportunidade de te conhecer pessoalmente no recente “cozido” do nosso Joaquim Alves, de Monte Real.Os poucos minutos em que conversámos deu para perceber o"ser especial" que é o Homem Grande da Tabanca da Lapónia! Julguei perceber no teu semblante algo de saudoso do calor emotivo dos portugueses e de Portugal. Admito que por defeito meu porque não sou capaz de viver fora deste País, onde por vezes somos tão mal tratados e injustiçados .Como agora percebo ter sido o teu caso! Afinal havia tantas razões para virares costas ao elevado escalão militar por onde andastes...Conheço alguma coisa, por terceiras pessoas,desse sector das nossas Forças Armadas.É muito complicado.E fico-me. Hoje e agora o que é importante é deixar aqui o meu testemunho de grande apreço. É uma grande honra ter-te na nossa Tabanca Grande. Há que estimar-te para te termos muitos e longos anos por perto.Nem que seja longe - da "tua" Suécia com saudade-.
Um grande abraço e até amanhã.
JERO