domingo, 3 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P9991: (Ex)citações (183): Comparandos os dois G, Guidaje e Guileje... (António Martins de Matos, ex-ten pilav, BA 12, Bissalanca, 1972/74)

1. Comentário, de 31 de maio último, colocado por António Martins Matos no poste P9966:

Entrei para este blogue com o poste 3737, {em 14 de janeiro de 2009,] quando rebati o conteúdo do livro do Sr Maj Art Coutinho e Lima referente a Guileje.

Nessa data afirmei que, havendo apenas 6 pilotos de FIAT-G91 a acudirem aos pedidos de apoio de toda a Guiné, a comparação dos números de mortos e feridos em Guileje e Guidaje era, por si só, clarificadora do que efectivamente tinha ocorrido nesse período e de quem mais necessitava de apoio.

Com tantos escritos sobre Guileje, sempre fiquei à espera que, um dia, aparecessem os testemunhos sobre Guidaje, demorou mas finalmente...ei-los.

Mais uma vez volto às minhas convicções, os ataques ao Guileje destinavam-se apenas a tentar desviar as saídas da Força Aérea do Guidaje, o que em parte foi conseguido, visto que entre 19 e 21 de Maio a FAP foi obrigada a dividir o apoio, com 16 missões no Guidage e 14 em Guileje, 8 das quais no dia 21.

Em Guidaje travava-se uma batalha, em Guileje era mais... tiro ao alvo. Comparar os dois Gs, Guidage e Guileje, é um exercício de mau gosto, especialmente para quem andou por Ujeque, Cufeu e Genicó.

Mais uma vez e nunca me calarei, a minha homenagem a todos os que apoiaram o Guidaje, em especial os Paras da [CCP] 121.

17 comentários:

Anónimo disse...

Hoje atrevo-me a ser o primeiro comentador e com todo o respeito pelo Martins de Matos e por todos os ex-combatentes que pensem de modo diferente deixem-me meter a colherada:
Não me parece bem fazerem-se este tipo de comparações que mais parecem uma competição entre camaradas que muito sofreram em ambas as situações que corresponderam a locais e circunstâncias diversas e todos sabemos que as pessoas são elas próprias e as circunstâncias. Concretamente sempre deve dizer-se que, fugir de Guidage para Binta não era tão fácil como fugir de Guileje para Gadamael, desde logo pelas distâncias que são diferentes.Outras razões foram e serão de novo aqui explicadas pelas tropas «terrestres» que lá estavam, na altura. Por outro lado, os bombardementos a Guilege ouvidos em Mampatá, durante cerca de uma semana, provocaram, no limite das condições mínimas de sobrevivência, a fuga dos camaradas para Gadamael e a transferência da guerra, para este local onde, como se sabe, muitos combatentes morreram.Não se trata aqui de se saber onde morreram mais, sabe-se ou pode supor-se que o que ocorreu em Gadamael ocorreria em Guilege, apesar dos abrigos serem, neste quartel, melhores do que naquele. Digo isto com todo o respeito que sinto pelos combatentes de Guidage, sobretudo pelos que lá perderam as suas preciosas vidas.
Um abração
Carvalho de Mampatá

JOSE CASIMIRO CARVALHO disse...

AO CARVALHO DE MAMPATÁ :
CAMARADA,DISSESTE EM DUAS PALAVRAS O QUE EU IA DIZER,OBRIGADO
AO A.MATOS :
NÃO TENHO CONHECIMENTO DE CAUSA PARA REBATER AS TUAS AFIRMAÇÕES,SEI QUE GUIDAGE FOI TERRIVEL,MAS EU TANTO ATENDERIA UM CÃO ATROPELADO QUE FICOU COM 3 PATAS PARTIDAS,COMO UM CÃO QUE ESTIVESSE COM UMA PATA PARTIDA.
TIRANDO ISTO EU IDOLATRO AS TROPAS PARAQUEDISTAS E A FAP DESDE GADAMAEL...BEM HAJA...TODOS.
J CARVALHO
EX FUR MIL OP ESP,QUE NÃO TEM VERGONHA DO SEU DESEMPENHO COMO MILITAR NA GUINÉ,COM OU SEM FAP E PÁRAS.

António Martins Matos disse...

Amigo J Carvalho
Essa dos cães atropelados é um bom exemplo.
Imagina que só tinhas um conjunto de ligaduras, tinhas que optar, ou não?
Abraço
AMM

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caros Tertulianos:

A Ofensiva em Guidage (1ª fase), seguida de Guledje (2ª fase), não se podem analisar separadamente... pois foram "equacionadas" numa Ofensiva bem planeada (Operação Amílcar Cabral), e levando ao limite, as nossas Reservas! Como tal não poderemos esquecer que esta operação, foi uma "subtil" exploração do crescente poderio do PAIGC nas zonas de fronteira. Como tal, qual teria sido a razão do Comando-chefe da altura, que na altura sabia bem das verdadeiras intenções/potencial do In (ler os artigos aqui já publicados...) e não fez nada (a Sul) para evitar que “a ponta da tenaz da Operação Amilcar Cabral, lançada pelo PAIGC, não tivesse êxito a Sul? Seria pela falta de Efectivos de Reserva? Pelo que vejo, segundo algumas das vossas sábias opiniões, de ex-combatentes, teria sido a falta de Tropas especiais de reserva, ou a sua má gestão!!! Não acredito, à luz de todos os elementos que li aqui e muitos outros, que se tenha subestimado o “potencial do PAIGC”? teria sido um "esgotamento de reservas?". É claro que há quem pense num outro motivo? que se relaciona com "uma opção política de guerra", em que não acredito muito.... O facto, é que o Comando-chefe, “investiu a Norte, na Operação Ametista Real”, realizada para "libertar" Guidaje, a norte, com um batalhão de comandos e não só!!! e Guiledje, que foi depois do início da ofensiva de Guidage, não houve uma verdadeira "concentração de forças/meios", para a não perder...

Para o PAIGC, tratava-se de uma operação especial: "” Três meses após o seu assassínio (do cmte Amilcar Cabral), é desencadeada a“Operação Amílcar Cabral”, cujo objectivo era o de ocupar o quartel de Guiledje, o mais bem fortificado da frente Sul, na certeza de que a sua queda iria acelerar o fim dapresença colonial na Guiné. A 22 de Maio de 1973 o quartel é conquistado." in:http://pt.scribd.com/moneyforboys/d/50369431-AMILCAR-CABRAL

Foi mais m uma reflexão do Tabanqueiro 530....

Abraços

L G Vaz

Manuel Reis disse...

Amigo António Matos:

Depois de conversarmos imenso sob re Guileje, nos convívios da Tabanca do Centro, julgava que tinhas enterrado esta discussão sem sentido, nos termos em que o fazes.

É evidente que sempre que este tema vem à baila e abordado em termos comparativos, eu nunca me calarei,a ofensa não passará em vão, assim me obriga a minha condição de ex-combatente, que viveu e sentiu na pele todas as nuances dos acontecimentos de Guileje, tal como os meus camaradas que partilharam esses momentos e não merecem essa farpa de mau gosto.

Uma pergunta que já imensas vezes te coloquei pessolmente: Porque te incomoda tanto Guileje? Fizeste o melhor que pudeste e soubeste. Por seu lado, quem estava cá em baixo, fez o melhor que pode e soube, sob ordem de quem sabia e mandava.

É legitima a tua discordância sobre a tomada decisão tal como é legítima a minha concordância.

Uma palavra de solidariedade para todos os que se envolveram na batalha de Guidage e o meu apreço pela actuação do Batalhão de Paraquedistas em todo o teatro de operações, de modo especial em Gadamael.

Um abraço.

Manuel Reis

Hélder Valério disse...

Caros camarigos

Este assunto ainda 'dói'.
Sobre ele há muitas 'paixões'.
Muitas 'opiniões'.
Muitos 'pontos de vista'.
Muitas 'simpatias', quase 'clubísticas'.
Não será melhor sublimar o que une em vez de exacerbar o que desune?

Assentemos no essencial.
A FAP voou o que conseguiu voar com os meios humanos e materiais que tinha e nas circunstâncias que já foram largamente divulgadas;
Os 'paraquedistas' foram de um desempenho inexcedível e levados quase à exaustão;
Os 'comandos' tiveram um papel que, pelo menos no caso de Guidage, foi também determinante para ajudar a aliviar a pressão e romper a tentativa de isolamento;
Os 'fuzileiros' também tiveram o seu quinhão de intervenção;
Pode-se assentar também que essas 'forças especiais' não actuaram 'porque lhes apeteceu' mas sim porque 'alguém', 'alguma entidade decisora' determinou que fossem 'estas' e não 'aquelas' a actuar 'aqui e ali' (parece-me que foi uma época de menor valorização dos fuzileiros);
Nisto tudo não se pode esquecer de modo algum (como por vezes me parece acontecer nestas 'discussões') aqueles que 'estavam lá', na 'quadrícula' (a 'tropa macaca' a 'tropa fandanga', a 'carne para canhão') bem como aqueles desse tipo de Unidades que foram em auxílio;
E muitas mais coisas podia agora 'elencar' para apelar ao esforço de centrar comentários no que é capaz de unir, mas fico por aqui para não tornar o comentário extenso e fastidioso.

Portanto, para além da legitimidade de cada qual ter 'opinião', é bom (digo eu!) evitar acentuar questões 'fracturantes'. Não que não se possa ter 'boas discussões' sobre todos os temas que se quiserem mas porque já se percebeu que o tema é muito 'sensível' e envolve a memória de muitos mortos e feridos.

Abraços
Hélder S.

António Martins Matos disse...

O Guileje não me incomoda mais que Bula ou Piche, ou Copá, ou Empada, .....
Só que nos últimos dias apareceram uma série de posts sobre o Guidaje, local onde presenciei um dos maiores confrontos da guerra na Guiné, com inúmeras baixas de parte a parte.
O texto era apenas um comentário ao Antonio Damaso, os editores entenderam promove-lo a post, nada a comentar.
Pessoalmente não acredito na veracidade da propagandeada “Operação Amilcar Cabral”, as afirmações vitoriosas do Nino Vieira, emparceirando com as outras do Manuel dos Santos, Manecas, o vitorioso de Cumbamori, apenas para justificarem o fracasso em Guidaje e o sucesso em Guileje.
Mas não há dúvida que os dois Gs estão interligados, tu que apenas estiveste em Guileje talvez não o entendas, mas eu que andei nos dois locais vivi intensamente o facto de ser obrigado a ajudar uns em detrimento de outros.
Não percebo onde a comparação poderá ser ofensiva, são os factos.
Finalmente, acho bem que não te cales mas não me queiras calar, falarei do Guileje tantas vezes quanto entender.
Um abraço
AMM
PS: Uma correção ao texto do Luis Gonçalves Vaz, o quartel não foi conquistado mas sim abandonado (é diferente).

antonio graça de abreu disse...

Leio no texto do Luís Gonçalves Vaz:

"22 de Maio de 1973 o quartel (Guileje) é conquistado." E depois dá-nos a fonte da informação, da desinformação.

Guileje foi ordenadamente abandonado pelas NT. Três dias depois, os homens do PAICG (que não haviam dado por nada) "conquistaram" um quartel e uma povoação
onde não vivia viva alma.

As palavras do nosso tenente-general António Martins de Matos são sérias e correctas.
Diferentes entendimentos haverá sempre, mas não vale a pena inventar factos e situações que nunca aconteceram.

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Caro camarada General A.M.Matos

Com o devido respeito, discordo completamente de que os ataques a Guilege eram apenas para desviar as atenções dos ataques a Guidage.
Guidage não tinha valor estratégico era apenas uma guarnição de fronteira,e Guilege era isso e muito mais,ao impedir ou pelo menos minimizar a infiltração do IN em todo o sul da Guiné, nem que só tivesse efeito psicológico no IN, mas que era talvez senão mesmo o maior ponto estratégico de toda a Guiné.
Quando a hierarquia decidiu ajudar a guarnição de Guidage com todos os meios ao seu alcance, e bem,porque eram vidas humanas que estavam em causa, esqueceu-se de que quando o lençol da cama é curto...
Sobre o tiro ao alvo a Guilege,era isso e também emboscadas, só que deduzo que consideras,peço desculpa se estou errado,essa situação de importância secundária,mas não foi meu caro com a agravante da morte de um militar por falta de evacuação que, como sabes, tem efeitos psicológicos terríveis.
Estamos a falar de história e como tal já não há remédio para alterar o que quer que seja,e não sabendo de que informações dispunham os altos comandos,apesar disso,julgo que posso afirmar que todo o processo de Guidage e Guilege foi mal conduzido.
Nunca consegui entender como é que Guilege,dada a relevância que tinha em termos estratégicos,dispunha de tão poucos efectivos..enfim a "estratégia tem razões que a razão desconhece".

Um alfa bravo

C.Martins

Anónimo disse...

Caro camarada H.Valério

Percebo perfeitamente a tua intenção,só que,julgo eu,que não tem mal nenhum haver discordâncias e opiniões diferentes e que estas sejam discutidas inclusive acaloradamente dentro de determinados limites de urbanidade e respeito mútuo, porque é precisamente isso que dá "colorido" a este blog.
Já por várias vezes, em comentários anteriores, te referes ao ter "estado lá" como secundário,mas olha que o ter "estado lá" ainda é de vital importância, e sabes porquê,porque ainda hoje vivemos os mesmos acontecimentos..
Pessoalmente recordo-me de coisas ..as más,por sinal,como se tivessem passado ontem, e contrariamente ao que pensas não se devem sublimar, isso é o pior que se pode fazer em termos psicológicos, mas sim trocar opiniões, mesmo discordando uns dos outros.
Já o disse aqui,mas volto a reafirmá-lo..este BLOG É PALIATIVO.

Um alfa bravo

Anónimo disse...

PS
...BLÁ.BLLA´..ESTE BLOG É PALIATIVO

A seguir ao alfa bravo
devia ter surgido

C.Martins

Anónimo disse...

Caros Camaradas:
Esta discussão bizantina, sobre o significado do termo conquistar,faz pensar e filosofar.Quando chegamos ao local que pretendemos neutralizar e já não encontramos o IN, após intensivo e duradouro bombardeamento...não conquistámos essa praça? O que é conquistar? É só tomar conta depois de matar quase tudo e aprisionar o resto? Não me parece. Bombardear dias consecutivos, impedir reabastecimentos e evacuações, provocando assim a fuga de tropa e população, não é conquistar?
A partir de meados de 1973, tornou-se evidente aquilo que há muito devia ter sido percebido: para além de ser um erro a guerra pela manutenção do império, era uma teimosia que nos iria conduzir à desgraça, porque não havia nem nunca há tropa de quadrícula nem tropa especial, nem material bélico suficientes.
Uma guerra daquelas só é boa para umas dúzias de figurões que engordam à custa dos ingénuos.
Um abração
Carvalho de Mampatá

Hélder Valério disse...

Caros camarigos

É claro que, como disse, como escrevi e é meu entendimento, uma 'boa discussão' é sempre interessante, até porque considero que a frase 'da discussão é que nasce a luz' está correcta.
Mas não escrevi 'discussão', escrevi 'boa' discussão e aí é que está a 'pequenina' diferença.
Saber qual a 'boa' ou a 'má' discussão já é mais complexo, exige mais teorização, mas, de um modo geral, acho que é fácil de entender quando se está 'numa' ou 'noutra'.

Concordo com o C.Martins (a quem estou a 'dever' um artigo...) que as discussões sobre pontos de vista, mesmo 'acaloradas', dão 'colorido' ao Blogue, fazem-no vivo, 'dentro dos limites de urbanidade e respeito mútuo' mas é exactamente por esta condicionante o sentido da minha intervenção.

No que diz respeito à questão do 'estava lá' aproveito para esclarecer que não menorizo esse aspecto. Pelo contrário, porque 'não estive lá', nas emboscadas, nos golpes-de-mão, nas patrulhas, nas 'operações', etc., tenho muito respeito e consideração por quem esteve e até me contenho na divulgação das minhas recordações por não envolverem situações dessas, embora ache que tudo faz parte, é (foi) componente do 'esforço de guerra' onde estivemos envolvidos e nesse aspecto, como em tudo na vida, afinal, nada existe por si só, há muitas e fortes dependências.

O que contesto é que o 'estava lá' seja muitas vezes utilizado não como marcação geográfica mas 'atirado' à cara da 'audiência'. É utilizado como factor de 'autoridade absoluta' e, por consequência, imperativo e inibidor de 'outras opiniões' que não sejam as de quem 'estava lá'. E o que me aborrece é esse 'argumento' só funcionar muitas vezes em defesa dos seus (deles...) pontos de vista pois quando se trata de 'mandar bitaites' sobre outros sítios ou situações onde 'não estiveram lá' já a mesma receita não serve ou não é considerada.

Exemplo? Guileje! Quantos e quantas vezes já se viu escrito teorizações explícitas ou implícitas sobre a 'cobardia', as 'más decisões', etc., que levaram C.Lima a abandonar o aquartelamento? Mesmo 'não estando lá' (é verdade que também já li um valoroso amanuense que 'estava lá' zurzir forte e feio - muito feio mesmo - no CLima) a maior parte dos que discordam da decisão de abandono de Guileje 'não estavam lá' mas isso não os coíbe de assim opinarem. Estão no seu direito de ter opinião? Estão! Utilizam os mesmos critérios? Não!

Abraços
Hélder S.

Anónimo disse...

Este conjunto de comentários dão um contributo para a compreensão do período que, em simultâneo, afectou os aquartelamentos de Guilege e Guidage, sobre as estranhas opções de defesa e estratégia do ComChefe; sobre o conceito de conquista, que o Carvalho tão bem aborda, enfim, sobre o período mais complexo e controvertido da história da guerra de África, provavelmente o que fez desmoronar o regime.
Finalmente, solidarizo-me com os lúcidos, serenos e bem apresentados argumentos do Helder, no sentido de, limando umas arestas, o Blogue vir a consolidar a participação de todos, e a marcar presença, tanto nas descrições da vida militar individual e colectiva; na memorização de caprichos da guerra; nas apreciações étnicas e sociais da Guiné; como nas fontes históricas que permitam a apreciação do período final da nossa presença em África, pelo menos enquanto potência que administrava e defendia territórios.
Abraços fraternos
JD


Por último,

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro Tertulianos António Martins e Graça de Abreu:

Quando dizem:

"22 de Maio de 1973 o quartel (Guileje) é conquistado." E depois dá-nos a fonte da informação, da desinformação.
ou:
PS: Uma correção ao texto do Luis Gonçalves Vaz, o quartel não foi conquistado mas sim abandonado (é diferente).

Não leram com o devido cuidado, ou então eu, não me expliquei da melhor forma!

Eu estava a citar um Sítio, que relata a "versão" do lado do PAIGC, mas era mais para dar a ideia de que a Operação "amilcar Cabral", teria segundo eles o objectivo de conquistar, apenas isso !!! é verdade? talvez sim ou talvez não! talvez sim, se enfatizarmos a "vontade militar" com que atacaram Gadamael (acabou por aproximar de Guidage, ou não?)! Talvez não, pois poderiam apenas querer "Aliviar a ofensiva da ponta da tenaz a norte", em Guidage! Enfim, eu sei que em Guilege não houve assalto ao aquartelamento (li relatos em vários docs e livros), mas só o ocuparam (durante algum tempo, não uma conquista propriamente dita!)passado alguns dias! Em suma eu não quero desinformar ninguém, até porque isso não faz parte do meu objectivo aqui no Blog, mas serenamente perceber a "falta de resposta" do Comando-Chefe na altura, no sentido de perceber que de facto, a Operação do PAIGC, foi articulada numa frente a Norte (1ª fase) com uma frente a sul (2ª fase), com características diferentes, segundo me parece... (a norte Batalha e Sul Tiro ao Alvo) apesar desta imagem, se apresentar como simplista e redutora, enquanto interpretação, de uma das melhores (Quiça?)operações que o PAIGC teria aplicado no TO da Guiné nos anos 70!

Forte Abraço

L Gonçalves Vaz

Luís Gonçalves Vaz disse...

(continuação)

Caros tertulianos:

Onde escrevi: "Talvez não, pois poderiam apenas querer "Aliviar a ofensiva da ponta da tenaz a norte", em Guidage!"

Queria escrever: "Talvez não, pois poderiam apenas querer "dificultar em meios das NT a nossa defesa à ofensiva da ponta da tenaz a norte", em Guidage,!

Abraço

L G VAZ

Anónimo disse...

Caros Camaradas:
A propósito da dualidade de critérios de que fala o Helder,venho oportunamente chamar a atenção para a grande importância dos posts do Gonçalves Vaz cujos relatórios oficiais anexos suscitaram alguma controvérsia, nomeadamente foi posta em causa o seu valor documental. Diziam alguns que esses documentos continham exageros. Ora o que se costuma dizer, quando convem, é que os relatórios militares eram, regra geral, minimalistas e eu também perfilho dessa opinião - os generais não costumam causar susto aos soldados.
Um abração
Carvalho de Mampatá