1. Mensagem de António Tavares (ex-Fur Mil da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72), com data de 31 de Maio de 2012:
XIX CONVÍVIO DA CCS/BCAÇ 2912
Passados 43 anos almocei num refeitório militar. Foi em 26-05-2012, no Regimento de Infantaria n.º 14, em Viseu, no XIX Convívio da CCS/BCaç 2912.
Como fui o segundo elemento a chegar ao quartel tive honras militares, ou seja, a sentinela saiu da Casa da Guarda e abriu a cancela da porta de armas, fez continência, saudou-me, inquiriu-me da minha presença e foi falar com o 1.º Sargento para saber onde estacionar o meu veículo. Recebidas as ordens, foi comigo estacionar o veículo na parada e heliporto do quartel. Depois de ter estacionado o veículo deparei-me com as cerimónias do render da guarda. Toques de clarim, marchas, apresentações ao Oficial de Dia. Todos os militares em sentido e eu sem saber o que fazer, há décadas que sou civil. Imobilizado assisti às cerimónias que há muito não via.
Quando vi os militares do RI 14 a movimentarem-se à vontade também o fiz e fui esperar, à porta de armas, os meus camaradas da CCS/BCaç 2912 e seus familiares. A maioria é repetente, nos convívios, mas este ano teve um “periquito” o ANACLETO, pintor de automóveis e professor na tropa. O RODOLFO, do Pel. Rec., outro dos professores numa das Tabancas da quadrícula do batalhão, sediado em Galomaro, apareceu este ano depois de um longo afastamento destes eventos.
A homenagem aos mortos (foto), com honras militares, visita à unidade, museu (do RI 14) e missa foram relevantes neste convívio guiado por elementos do RI 14.
Vencida a burocracia inicial, com cinco comparências do organizador do convívio, André Rodrigues, ao RI 14, todos os militares da Unidade estão de parabéns pela simpatia que nos dispensaram.
Almoçamos na ala Sul do Refeitório das Praças. Num quartel o RANCHO (Rancho à RI 14) não faltou e estava bom, como aliás todo o menu servido por militares homens e mulheres exemplarmente fardados e com aventais. Refeição ao nível dos melhores restaurantes do país. Os pratos eram em porcelana, impensável nos anos da Guerra Colonial.
Conversas não faltaram… As mulheres na tropa foi um dos muitos comentários ouvidos aos meus camaradas de 1970/72. A tropa actualmente não é obrigatória. É um trabalho bem remunerado!
Foi convidado, de um dos meus camaradas, um amigo que em 1963 fez a recruta no RI 14 e retive a sua afirmação: “ali havia uma maior quantidade de oliveiras… eram os tropas que apanhavam as azeitonas… muitas apanhei… “
António Tavares
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 4 de Junho de 2012 > Guiné 63/74 - P9995: Convívios (263): Encontro da Magnífica Tabanca da Linha (José Manuel M. Dinis)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
Caro António Tavares
Com que então surpreendido pela qualidade e tipo de serviço prestado e existente no Quartel de Viseu?
É bom saber que essas coisas ainda existem! É que no sábado estive num outro Quartel onde estive e a diferença para o tempo em que lá fui 'hóspede' é abismal. Vim de lá a 'cismar' se o terreno onde está não será mais 'apetecível' para outro tipo de 'ocupação'...
Abraço
Hélder S.
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