sábado, 6 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11351: Álbum fotográfico do Jorge Canhão (ex-fur mil inf, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74) (8): Mais fotos do álbum do ex-alf mil Carlos Alberto Fraga, futuro capitão em Moçambique


 Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 1 > O alf mil Carlos
Fraga



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 2 >  Sistema de defesa de um destacamento (1)



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  2A > Sistema de defesa de um destacamento (2)



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 3 > Quarto (presumimos que seja do alf mil Carlos Fraga)




Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  4 > O alf mil Carlos Fraga, à esquerda, com o alf mil trms Martins, à direita, fazendo testes com o Racal.




Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  5 >  Uma mina A/P (antipessoal), montada pelo IN, e desmontada pelo cap Salgado Martins, comdt da 3ª Compnanhia, de que o alf mil Carlos Fraga foi adjunto (num curto período de 4 meses, até finais de 1974, antes de ir formar e comandar companhia que seguiria depois para Moçambique).



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  6 > A mesma ou mina A/P, montada pelo PAIGC, e devidamente detectada e desmontada pelas NT. Fotos da autoria do ex-alfd mil Carlos Alberto Fraga.

Fotos: © Carlos Alberto Fraga / Jorge Canhão (2011). Todos os direitos reservados

1. Mensagem do nosso leitor (e camarada) Carlos Fraga,com data de ontem:


Assunto: Blogue

 Caro Doutor: Vi a publicação de algumas fotos das que tirei na Guiné,  em particular as do Choquemone (*)... Introduzo algumas precisões:

(i) a legenda da foto [, à direita,] a experimentar armas na estrada Mansoa-Mansabá,  2 ou 3 dias depois do combate do Choquemone, e que diz: «O alf mil Fraga testando a HK 21» não está correcta; foi tirada por mim mas o soldado que está com a HK21 não sou eu;

(ii) a fotografia do furriel Mil Melo [, à esquerda,] é tirada no Choquemone na zona onde estivemos em combate e após este;

(iii) a foto em que eu estou e legendada "O alf mil Fraga numa operação de patrulhamento»,  foi tirada numa picada que saía de Mansabá e seguia para o Sara-Changalena,  salvo erro em 18/08/73; nesse dia detectámos uma mina anti-pessoal que foi desmontada pelo Capitão Salgado Martins; há uma foto  disso no CD que o Jorge [Canhão] lhe deu [, vd. foto nº 2, acima]; 

(iv) na foto do Rackal [, foto acima, ]estou com o Alf Mil Martins das transmissões; estávamos a testar uma ideia de se conseguir estabelecer posições correctas no mato a partir de triangulação de emissões rádio.

As restantes fotos que tem e estão no CD,  se for necessário posso legendá-las tanto quanto me lembre.

Mandei recentemente ao amigo Jorge Canhão mais fotos da Guiné mas sem serem tiradas por mim.

Cumprimentos
Carlos Fraga
(ex-Alf Mil)

2. Comentário de L.G.:

Camarada Carlos Fraga:

Obrigado pelas oportunas e rápidas correções que faz às legendas das fotos que publicámos e cuja autoria lhe é imputada. Vou, oportunamente, reeditar o poste, se possível logo amanhã de manhã. Somos pelo rigor e pela verdade. 

Agradeço, por outro lado, a sua generosidade, pondo ao nosso dispor mais fotos da Guiné, através do nosso amigo comum Jorge Canhão. 

Aproveito para reiterar o convite para se juntar a esta malta, magnífica, generosa e solidária, que se reúne neste blogue à volta do imaginário, mágico e fraterno poilão da nossa Tabanca Grande. 

Um alfa bravo, Luís Graça.

3. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso amigo e camarada Jorge Canhão, que vive em Oeiras (ex-Fur Mil At Inf da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74). Desse álbum constam vários ficheiros, incluindo um com o nome "Alf Fraga".

Estas fotos chegaram-nos às mãos através de outro grã-tabanqueiro, o Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), residente em Leiria. Os nossos especiais agradecimentos aos três camaradas, e muito em especial ao Carlos Fraga.

7 comentários:

paulo santiago disse...

Quase que tenho a certeza que a mina
A/P da foto 2 é NT.Já não me recordo
da designação daquela mina que era colocada sobre um espigão de ferro.

Anónimo disse...

Olá Camaradas
A "carapaça" de metal fazia parte de uma mina das NT. A mina AUPS de fabrico italiano. Podia ser utilizada com ou sem carapaça. A granada parece-me uma usada pelo IN e que tinha um atraso de cerca de 10 seg.
Parece-me que a armadilha seria accionada tropeçando no arame.
Um Ab.
António J. P. Costa

paulo santiago disse...

Que me desculpe o António P.Costa,ali
não está só a "carapaça",está a mina
completa,com aquela "carapaça"enroscada na base,estando
esta sobre o suporte em ferro.Eu,que
não sou de "minas e armadilhas",não
estou a ver como a mina podia ser
utilizada sem "carapaça".Julgo que esta tinha sempre de ser utilizada,
pois era ela que "segurava"a carga
explosiva.Não consigo ver na foto
qualquer granada,somente a mina com
o disparador onde se ligava o arame de tropeçar,que também se vê
na foto.Atraso de 10 seg.?Não será
demais?

Luís Graça disse...

Camaradas: Obrigado pelos comentários. Estou a trabalhar "sem rede", já que as legendas são incompletas ou nulas...Vou pedir ao Carlos para me esclarecer que tipo de mina é esta... Mas dou conta agora que fazia parte do sistema de defesa de um destacamento nosso... Logo não pode ser mina "turra"...

O Fraga gentilmente já se prontificou a legendar as fotos dele... que me chegaram por via Jorge Canhão e Agostinho Gaspar... Mais: hoje aceitou fazer parte da nossa Tabanca Grande e mandou maios fotos, e essas sim legendadas...

Anónimo disse...

Reproduz-se a seguir um mail que o Carlos Fraga acaba de me enviar (LG).
____________

Carlos Fraga
22:39

Caro Luís Graça

Estou a incomodá-lo novamente hoje para introduzir de novo algumas precisões. Talvez a legendagem que lhe enviei não esteja de acordo com o DVD que o Jorge lhe tenha enviado porque há uma confusão na foto da mina. Publiquei o seguinte comentário: «Há aqui uma confusão.
A mina que está nesta foto é uma mina anti-pessoal que fazia parte de um campo de minas instalado pelas NT à volta do destacamento de Polibaque (creio que era assim que se chamava) em construção, a Sul de Mansoa e Jugudul, à entrada do Sara-Changalena. Explodia se se tropeçasse no fio.

A mina desmontada pelo Cap. Salgado Martins (de que enviei também fotos) foi numa picada que saia de Mansabá e, sendo uma mina anti-pessoal instalada pelo PAIGC, era uma mina de pressão. Não é esta foto.


Talvez a sequência do DVD que o Jorge lhe tenha enviado não siga a mesma numeração do CD que me enviou a mim e que segui e daí surgirem discrepâncias. Se tiver dúvidas nalguma não hesite em perguntar-me.

A foto do quarto é realmente do meu quarto em Mansoa. Pretendi mostrar como viviamos. A G3 está mesmo ali e carregada (mas travada), o cinturão com as cartucheiras e os porta granadas idem. Em caso de ataque era só enfiar a farda (se houvesse tempo) pegar na arma, apertar o cinturão e em segundos estava-se pronto para o que desse e viesse. Tenho das casernas com os soldados também com as armas prontas ao lado dos beliches. A ideia era mostrar o estado de prontidão em que nos mantínhamos.

Abraço
C. Fraga

Anónimo disse...

Olá Camarada
A mina AUPS era de plástico negro e disparava com pressão numa espécie de pipo de conta-gotas que tinha no centro. Coloquei e levantei algumas em Mamboncó (Mansabá). Resolvi, em boa hora, não usar carapaças. Neste caso, o arame de tropeçar parece-me bambo (o que não o torna menos perigoso) e, se foi feita uma foto tão nítida, é porque efectivamente se tratava de uma armadilha montada pelas NT. Não consigo identificar a o elemento do conjunto onde está inserido o disparador e, como foi dito que se tratava de uma armadilha IN, admiti que que se tratava de uma granada RG-42 ou uma outra com corpo de metal parecida com as nossas (de corpo estriado) que eram restos da II GM e tinham o referido atraso.
Um Ab.
António J. P. Costa

Anónimo disse...

Olá, de novo
Na foto 5 há uma mina PMD-6 do In.
Era uma mina de madeira que trabalhava por compressão (como é o mais frequente), com cerca de 200g de TNT e utilizava um disparador extremamente simples. Era essencialmente constituido por um tubo metálico que continha o percutor accionado por uma mola que se destrava sempre que a parede exterior da tampa descavilhva a cauda do percutor. Vinha também da II GM e era muito simples e ideal para o uso por guerrilheiros e resistentes em zonas rurais.
Um Ab.