segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Guiné 61/74 - P23527: O nosso querido mês de agosto, pós-pandémico: o que é ser português, hoje? (4): O melhor e o pior já estava dito em "Os Lusíadas", de Luís de Camões (1572) (Alberto Branquinho / António Graça de Abreu)



Capa de "Os Lusíadas", de Luís de Camões, 1ª edição, Lisboa, 1572.


CAMOES, Luís de, 1524-1580
Os Lusiadas / de Luis de Camões. - Lisboa : em casa de 
Antonio Gõçaluez, 1572. - [2], 186 f. ; 4º (20 cm)


1. Mais comentários ao poste P23518 (*):


(i) Alberto Branquinho  

Este, ainda não publicado, foi arrancado ao autor muito contra sua vontade. Não aceitava a sua divulgação.

PORTUGALADO

malfadado
malcriado
malparido
maldizente
maljogado
malandro
malvado
malvestido
malpago
malabarista
mal-agradecido
malquisto

MAL-AMADO !

12 de agosto de 2022 às 21:49 

(ii) Antonio Graça de Abreu 

Ser português é ser diferente de todos os outros povos do mundo. Mas qual é a diferença? É que somos diferentes e iguais a todos os outros povos do mundo. Tenho dois filhos de mãe chinesa, de Xangai, e eu, pai português. O João, o mais velho, hoje com 34 anos, era um miúdo quando, há vinte e tal anos atrás. viajámos largamente pela Europa. A meio da viagem o rapazinho saíu-se com esta: "Pai, afinal eu não sou português, nem chinês, sou europeu." 

Somos uns meio transviados cidadãos do mundo, com um grande defeito, a palavra e conteúdo INVEJA, com que Camões conclui Os Lusíadas. Mas a inveja não é privilégio português, grassa em catadupas por mil terras. (**)


Notas do editor:

(*) Vd. poste de 12 DE agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23518: O nosso querido mês de agosto, pós-pandémico: o que é ser português, hoje ? (1) : É estar no mundo como em casa (Telma Pinguelo, Toronto, Canadá, citando o etnólogo Jorge Dias)

(**) Último poste da série > 13 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23522: O nosso querido mês de agosto, pós-pandémico: o que é ser português, hoje? (3): Nos Camarões não há... camarões (Alberto Branquinho) / E já cá chegaram os meus netos, filho e nora para passar férias vindos dos Países Baixos (Valdemar Queiroz)

2 comentários:

Valdemar Silva disse...

Hoje acordei com alguma inveja de ver os meus netos partir de regresso das férias em Portugal. Inveja de outros os poderem ver todos os dias.

O Camões chamava invejosos aos portugueses?
Só poderia ser por nos aventurarmos à procura de novas rotas das especiarias com inveja dos muçulmanos, venezianos e genoveses o fizessem no Mediterrâneo.
Ou antes a inveja era dos outros por não serem como o D. Sebastião e o Vasco da Gama?
Ou por sermos invejáveis? Ou até, dividindo bem as orações, a INVEJA final pode estar relacionado com outro canto. não sei por nunca ter sido bom a português.

Ah, também tenho inveja não poder respirar como deve ser....talvez por ter inveja de ver os outros fumar quando tinha 15 anos !!

Inveja em neerlandês é jaloezie (iáluzi) que quer dizer ciúmes, e invejar é benijden (beneida).

Saúde da boa (sem invejas)
Valdemar Queiroz

Fernando Ribeiro disse...

Não me invejo de quem tem
Carros, parelhas e montes.
Só me invejo de quem bebe
A água em todas as fontes.


https://www.youtube.com/watch?v=e-KrXBou_l4