Fotos e legendas: © Santos Oliveira (2007). Direitos reservados.
1. Mensagem do do Santos Oliveira ( 2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, Como, Cufar e Tite, 1964/66):
Digníssimo Chefe da Tabanca Grande:
Saudações!
Obrigado pela referência aos Bravos do Pelotão que não existiu (1). No entanto o seu ao seu dono: o Alferes Cmdt do Pel Mort 912 não estava nas delícias de Bissau, mas pela Região de Tite, algures num dos Destacamentos que o Cmdt do BCAÇ 1860 gentilmente lhe ia destinando ao ter conhecimento do que nos estava acontecendo no desterro e pela sua própria inércia e falha de iniciativas de Comando.
Gostaria que fosse dado conhecimento, aos Tabanqueiros, deste pormenor menos exacto.
Aqui fica a rectificação. Desculpa-me.
Santos Oliveira
2. Comentário dos editores:
Santos Oliveira, herói do Como: A verdade dos factos acima de tudo. As nossas desculpas a ti e ao teu comandante (ausente, mas pelo RMD, e para todos os efeitos legais... teu superior hierárquico, que o respeitinho era muito bonito!) pela nossa frase menos exacta (e quiça infeliz), insinuando que ele teria ficado por Bissau, "gozando as delícias do sistema"... Afinal, ficou por Tite, que ficava em frente a Bissau, do outro lado do Rio Geba...
Sem queremos fazer um juízo de valor sobre o comportamento do teu alferes (coisa que evitamos fazer no nosso blogue, já que não somos tribunal, e muito menos tribunal militar), é costume recordar aqui que, na guerra e noutras acções humanas organizadas, há chefes e chefes, há líderes e líderes ... A chefia (que tem a ver com penacho, coroas, penas, galões, palanques...) uma atributo da organização, a liderança é uma relação... Não é líder quem quer, nem quem pode, mas sim quem se assume como tal e é reconhecido como tal... Etimologicamente falando, líder, no inglês antigo, quer dizer aquele que vai à frente mostrando o caminho...
E falando agora de camaradagem entre milicianos e soldados do contingente geral: a verdade é que, na Guiné, eramos todos camaradas, mas havia sempre uns mais camaradas do que outros... Sempre foi assim, em todas as guerras, em todas as sociedades: não havia só heróis, não havia só homens, não havia só camaradas, também havia vilões e filhos da mãe...
Damos a mão à palmatória, pelo erro factual: de facto, não era só em Bissau que se podia gozar as delícias do sistema... A comprová-lo, temos inúmeras fotos tuas do resort de Tite para o Carlos Vinhal publicar em tempo oportuno...
___________
Notas dos editores:
(1) Vd. post de 15 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2352: Ilha do Como: os bravos de um Pelotão de Morteiros, o 912, que nunca existiu... (Santos Oliveira)
(...) Ensaiei e esperei. Nessa Noite não tivemos visitas. Passados sete meses (sem sequer ter obtido qualquer resposta, ou comunicação do Cmdt do Pel Mort 912, acerca do que quer que fosse, inclusivamente dos Vencimentos e Pré dos Militares que estavam sob o meu Comando, desloquei-me a Catió, sendo recebido pelo 2.º Cmdt do BCAÇ 616 (?), confrontando-o com os três meses de Missão, com os Vencimentos, com a Disciplina (já não cortava o cabelo há 4 meses) e com a ameaça de agredir um qualquer Oficial, porque se isso resultou com o meu antecessor colocado em Bissau, no BSM (Furriel Miliciano Contente – já falecido), certamente também iria resultar comigo (...).
(...) Fizemos abrigos subterrâneos e aí colocávamos as nossas reservas. Nas rotações das Unidades as coisas ficavam um pouco feias. Continuava a reclamar o Pré e Vencimento, até que, finalmente, talvez pressionado por outro alguém, o nosso Alferes Rodrigues, dito Comandante do Pelotão, nos deu o ar da sua graça e enviou-nos os nossos bem merecidos Vencimentos, mas … em cheque.
Ficamos perplexos e até o 1.º Sargento da Companhia (?) ficou abismado e andou pelo aquartelamento com o braço erguido a mostrar o cheque. Só não conseguia ter um encontro, de amigos, com o Comandante Nino para lhe pedir o favor de descontar, o dito, lá por Conacri, onde ia regularmente. É de loucos. (...)
(...) Do meu Cmdt de Pelotão, nem sequer a dignidade duma referência, no seu Relatório Final, pelo desterro de 10 homens de quem se deveria sentir responsável. Para ele, não existimos nunca. (...).
24 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2301: Tabanca Grande (41): Santos Oliveira, 2.º Sarg Mil de Armas Pesadas Inf (Como, Cufar e Tite, 1964/66)
Digníssimo Chefe da Tabanca Grande:
Saudações!
Obrigado pela referência aos Bravos do Pelotão que não existiu (1). No entanto o seu ao seu dono: o Alferes Cmdt do Pel Mort 912 não estava nas delícias de Bissau, mas pela Região de Tite, algures num dos Destacamentos que o Cmdt do BCAÇ 1860 gentilmente lhe ia destinando ao ter conhecimento do que nos estava acontecendo no desterro e pela sua própria inércia e falha de iniciativas de Comando.
Gostaria que fosse dado conhecimento, aos Tabanqueiros, deste pormenor menos exacto.
Aqui fica a rectificação. Desculpa-me.
Santos Oliveira
2. Comentário dos editores:
Santos Oliveira, herói do Como: A verdade dos factos acima de tudo. As nossas desculpas a ti e ao teu comandante (ausente, mas pelo RMD, e para todos os efeitos legais... teu superior hierárquico, que o respeitinho era muito bonito!) pela nossa frase menos exacta (e quiça infeliz), insinuando que ele teria ficado por Bissau, "gozando as delícias do sistema"... Afinal, ficou por Tite, que ficava em frente a Bissau, do outro lado do Rio Geba...
Sem queremos fazer um juízo de valor sobre o comportamento do teu alferes (coisa que evitamos fazer no nosso blogue, já que não somos tribunal, e muito menos tribunal militar), é costume recordar aqui que, na guerra e noutras acções humanas organizadas, há chefes e chefes, há líderes e líderes ... A chefia (que tem a ver com penacho, coroas, penas, galões, palanques...) uma atributo da organização, a liderança é uma relação... Não é líder quem quer, nem quem pode, mas sim quem se assume como tal e é reconhecido como tal... Etimologicamente falando, líder, no inglês antigo, quer dizer aquele que vai à frente mostrando o caminho...
E falando agora de camaradagem entre milicianos e soldados do contingente geral: a verdade é que, na Guiné, eramos todos camaradas, mas havia sempre uns mais camaradas do que outros... Sempre foi assim, em todas as guerras, em todas as sociedades: não havia só heróis, não havia só homens, não havia só camaradas, também havia vilões e filhos da mãe...
Damos a mão à palmatória, pelo erro factual: de facto, não era só em Bissau que se podia gozar as delícias do sistema... A comprová-lo, temos inúmeras fotos tuas do resort de Tite para o Carlos Vinhal publicar em tempo oportuno...
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Notas dos editores:
(1) Vd. post de 15 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2352: Ilha do Como: os bravos de um Pelotão de Morteiros, o 912, que nunca existiu... (Santos Oliveira)
(...) Ensaiei e esperei. Nessa Noite não tivemos visitas. Passados sete meses (sem sequer ter obtido qualquer resposta, ou comunicação do Cmdt do Pel Mort 912, acerca do que quer que fosse, inclusivamente dos Vencimentos e Pré dos Militares que estavam sob o meu Comando, desloquei-me a Catió, sendo recebido pelo 2.º Cmdt do BCAÇ 616 (?), confrontando-o com os três meses de Missão, com os Vencimentos, com a Disciplina (já não cortava o cabelo há 4 meses) e com a ameaça de agredir um qualquer Oficial, porque se isso resultou com o meu antecessor colocado em Bissau, no BSM (Furriel Miliciano Contente – já falecido), certamente também iria resultar comigo (...).
(...) Fizemos abrigos subterrâneos e aí colocávamos as nossas reservas. Nas rotações das Unidades as coisas ficavam um pouco feias. Continuava a reclamar o Pré e Vencimento, até que, finalmente, talvez pressionado por outro alguém, o nosso Alferes Rodrigues, dito Comandante do Pelotão, nos deu o ar da sua graça e enviou-nos os nossos bem merecidos Vencimentos, mas … em cheque.
Ficamos perplexos e até o 1.º Sargento da Companhia (?) ficou abismado e andou pelo aquartelamento com o braço erguido a mostrar o cheque. Só não conseguia ter um encontro, de amigos, com o Comandante Nino para lhe pedir o favor de descontar, o dito, lá por Conacri, onde ia regularmente. É de loucos. (...)
(...) Do meu Cmdt de Pelotão, nem sequer a dignidade duma referência, no seu Relatório Final, pelo desterro de 10 homens de quem se deveria sentir responsável. Para ele, não existimos nunca. (...).
24 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2301: Tabanca Grande (41): Santos Oliveira, 2.º Sarg Mil de Armas Pesadas Inf (Como, Cufar e Tite, 1964/66)
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