1. O nosso camarada António Matos, ex-Alf Mil Minas e Armadilhas da CCAÇ 2790, Bula, 1970/72, enviou-nos a seguinte mensagem:
Deixem que cada um tenha a liberdade de criar a sua versão sem que isso seja motivo de confrontação!
Jorge Luís Borges dizia: “Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve", porém, e parafraseando alguém que escreveu no blogue, corroboro a confrangedora nulidade de muitos comentários nele publicados que não ajudam em nada a esta tão humilde posição pessoal de esforço de engrandecimento lendo as opiniões proferidas.
São, na sua maioria, eivadas de protagonismos exacerbados que nos toldam a visão e nos põem de pé atrás à cata dos proveitos que possam estar escondidos em tão díspares apreciações publicadas à saciedade.
Ciclicamente, a questão "Guileje" renasce das cinzas com os sobreviventes de tudo quanto aquilo possa ter sido, a reclamarem de sua justiça.
Esgotados os argumentos de que Coutinho e Lima foi um covarde ou um herói, retoma-se a lenga-lenga que, a meu ver, massacra psicologicamente quem lá esteve e enfada quem já leu dezenas de vezes a mesma coisa.
Conclusões, obviamente, nenhuma, o que me parece lógico na medida em que cada um viveu a situação dum ponto de vista, quer emocional quer geográfico diferente e isso dá diferentes percepções.
Calculo que todos e cada um dos intervenientes neste blogue terão já feito na sua cabeça o filme dos acontecimentos.
À sua medida, claro.
Com a sua verdade, com certeza.
Estarão certos? Estarão errados?
Já se percebeu que permanecerão as duas teorias, e daí?
Deixem que cada um tenha a liberdade de criar a sua versão sem que isso seja motivo de confrontação!
Ou alguém consegue ser eloquente suficiente que "venda" um discurso que se "compre"? Se sim, já o deveria ter feito!
Entretanto já existe uma segunda polémica: a FAP e a sua acção / inacção em (onde havia de ser?) Guileje!
Parece terem-se tornado hábito (pouco saudável, diga-se) as conversas de escárnio e mal dizer mas estas, (algumas) já são desabridamente insultuosas o que, de acordo com os credos do blogue já deviam ter sido pura e simplesmente eliminadas!
Liminarmente!
Vou continuar a ler querendo crer que Borges tinha razão.
António Matos
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Nota de MR:
Vd. poste anterior desta série em:
10 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5438: Controvérsias (58): Do revisionismo da história e da memória ao branqueamento do papel da PIDE/DGS (João Tunes)
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