De: Beja.Santos@dg.consumidor.pt
Data: 27 de Maio de 2011 12:34
Assunto: Pedido de livro emprestado
Meu caro Luís, caso tenha sido enviado, ou tenhas adquirido, o livro do Julião de Sousa sobre Amílcar Cabral (*), peço-te a amabilidade de mo emprestares.
Dou voltas à cabeça como é que devemos instituir dentro da Tabanca uma atmosfera de informação sobre publicações, incluindo matéria informativa pertinente que circula em blogues. Aqui te deixo um tema para as reuniões que deves promover com co-editores e conselheiros próximos.
O nosso blogue devia caprichar por ser uma vanguarda em acervo documental e fotográfico inéditos, uma biblioteca não pública de excelência e um repositório informativo de consulta obrigatória. Haverá, pois, que disponibilizar o que temos uns aos outros. Como sabes, tenho permanentemente pedinchado ajudas, de um modo geral colho silêncio, ou não há livros ou os proprietários terão medo da sua alienação, não sei. A sugestão fica feita. Aguardo as tuas notícias e recebe a estima do Mário.
2. Comentário de L.G.:
Não posso deixar de apaludir a ideia e a a sugestão do Mário. Muita a gente conhece (ou dá conta de) a invulgar capacidade de trabalho do Mário. Desde a morte da sua querida Locas, ele atacou, qual Sísifo, a tarefa hercúlea de fazer o levantamento sistemático e a recensão crítica de toda a produção bibliográfica sobre a "guerra colonial" (e em muito em particular no que se refere ao antigo teatro de operações da Guiné). As suas "notas de leitura" têm saído, no nosso blogue, a um ritmo de impressionante regularidade. Muitos leitores estão lhe gratos por este trabalho, único, na nossa blogosfera, de sinalização e de avaliação crítica de obras, da ficção à historiografia, da memorialística à poesia, que falam da "nossa" Guiné e da guerra que nos coube na lotaria do espaço e do tempo em que nascemos e vivemos.
O seu estilo e a sua frontalidade não deixam ninguém indiferente. Ou se gosta ou não se gosta do Mário e do que ele escreve. Como crítico literário, tem os seus os seus fãs e os seus críticos. Felizmente que o blogue não cultiva o unanimismo e, como poucos, tem um sistema (livre, sem moderação prévia) de comentários, permitindo que os leitores das "notas de leitura" do Mário também tenham uma palavra a dizer... umas vezes a favor, outras contra.
De um modo geral, tem-se privilegiado a frontalidade, o espírito crítico, a troca de pontos de vista, a procura de abordagens e de fontes complementares, a crítica com elevação, tolerância e elegância... Só raramente temos descambado para o insulto gratuito ou torpe. O que me apraz registar. Mas, hoje em dia de festa (porque o Mário faz anos, como qualquer ser humano) (**), queria muito simplesmente poder responder ao seu desafio e poder estar à altura da sua proposta de criar, na nossa Tabanca, um sistema de empréstimo de livros e outros documentos...
Eu próprio sou já o "fiel depositário" de uma pequena biblioteca e de um "arquivo pessoal", livros, areogramas e outros documentos que me tem sido confiados, e nomeadamente por parte do Mário (mas também de outros camaradas, como por exemplo, o Juvenal Amado que há tempos me surpreendeu com uma "espada de régulo"!)...
Na ausência de "instalações físicas", não é fácil à nossa Tabanca Grande (que é uma realidade virtual) pôr rapidamente em marcha um "sistema de empréstimo" de livros, incluindo os livros que nos são oferecidos por editores, para não falar já de montar um núcleo museológico ou um centro de documentação e informação (CDI)...
Ainda ontem falei com o Carlos Alvim, da editora Nova Vega, a quem solicitei um exemplar da obra recentemente editada, sobre o Amílcar Cabral, da autoria do investigador guineense e nosso amigo Julião Soares Sousa (*). Expliquei a génese, a natureza e a especificidade do nosso blogue, e forneci alguns números sobre a nossa actividade...
Gostaria de ter já em mãos o livro para o poder remeter hoje ao nosso recensor-mor (que, garanto-vos, não é mais o Tigre de Missirá que alguns de nós conheceram em Bambadinca; ele não precisa de livros para forrar as paredes, apenas para os ler e escrever sobre eles; de tempos a tempos, lá vem ele, carregado de sacos com livros, para os entregar ao "fiel depositário" da Tabanca Grande).
De qualquer modo aqui fica o endereço postal do Mário para o envio de livros ou outros documentos, em regime de empréstimo ou de oferta:
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Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
a/c MÁRIO BEJA SANTOS
Direcção-Geral de Defesa do Consumidor
Pr Duque de Saldanha, 31
1699-013 Lisboa
Telefone: + 351 21 356 4686 (directo)
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Por fim, e não menos impORtante: Sei que ele, Mário, acha que já não tem idade para lhe cantarem os Parabéns a você... Mas quem é que não gosta que os outros se lembrem de nós neste dia, celebrando a efeméride da nossa vinda ao mundo ? Mário, um xicoração dos teus amigos, camaradas e camarigos da Guiné. E daqui até aos cem, que seja sempre em linha recta! Como eu costumo dizer ao meu velhote, que está a chegar ao fim da picada, "mais vale andar neste mundo em muletas do que no outro em carretas" (o provérbio não é meu, é do povo)...
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 27 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8337: 25 de Maio de 2011, lançamento do livro Amílcar Cabral (1924-1973) - Vida e Morte de um Revolucionário Africano, de Julião Soares Sousa, na Biblioteca Municipal D. Dinis - Odivelas (José Martins)
(...) Título: Amílcar Cabral
Autor: Julião Soares Sousa
Nova Vega – Edição e Distribuição de Publicações, Lda.
Rua do Poder Local, n.º 2 - sobre loja A
1675-156 PONTINHA - Odivelas
Tel. 217 781 028 # Tel./Fax 217 786 295
E.mail: info@novavega.mail.pt
Horário de atendimento: 9:00 às 13:00 h e das 14:00 às 18:30 h.
Custo € 31,80 (IVA incluído).
(**) Vd. poste de 31 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8348: Parabéns a você (264): Mário Beja Santos, ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52 (Tertúlia / Editores)
3 comentários:
Caro Luís,
Desculpa, mas no 2º. prágrafo do teu comentário é utilizado o termo "detractor" está desajustado de todo o comentário.
Ou será que os criticos de MBJ, eu incluido pois sou um deles, me tornei agora num detractor?
Convem clarificar o termo e a direcção que leva.
As regras da Tabanca?
Um abraço do tamanho do Cumbijã,
Mário Fitas
Mário Fitas:
Oportuníssimo comentário! Já emendei, não queria dizer "detractor" (o que detrai, o que deprime o crédito, a fama ou a honra de alguém, difamador), mas "crítico" (o que faz comentários desfavoráveis a respeito de pessoas ou coisas; o que diz mal de; o que põe defeitos em; o que exerce a crítica).
Mário(s): A comunicação humana é traiçoeira... e não se compadece com as pressas. As minhas mil e uma desculpas aos dois Mários e demais tabanqueiros e leitores.
Claro que as regras da Tabanca são para se cumprir, meu querido Mário Fitas. Um Alfa Bravo para ti e um beijinho para a tua Maria Helena. E até Monte Real: dia 3. sexta-feira estou lá!
Luis Graça
Luís!
Carissimo! Sabes que me pregaste um susto!
É que eu nem sonhava que aparece-se aquela palavra.
Tudo certo. É verdade por vezes somos atraiçoados defacto com a pressão da comunicação.
Obrigado. "tranquilo".
Beijinhos da Helena.
Um abraço e até sábado 4.
Mário Fitas
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