9º ANIVERSÁRIO DE “Luís Graça & Camaradas da Guiné”
Salvè, querido blogue! Aqui vão as minhas respostas às perguntas do teu editor:
1. - Descobri-te pouco depois de, algo titubeante, ter começado a “navegar” na Net, aí por meados de 2009.
2. - Descobri-te quando, sozinho, consegui “saltar o muro” de acesso à "quinta" da Web e comecei a correr para todos os lados na exploração do “terreno”. Um dos caminhos que segui era o da guerra colonial portuguesa em que participei e, assim, a certa altura, “bati de chapa” em ti. Comecei logo a “bisbilhotar” as tuas coisas e a gostar muito do que tinhas em casa.
3. – Apresentei-me perante ti em 3 de agosto de 2009 mas nessa altura ainda me sentia inepto para arranjar a necessária jóia de ingresso e para ta entregar. Só consegui fazê-lo em 27 de novembro desse ano, com o texto “Balanta Furtador”.
4. – Quando estou no meu domicílio, quase diariamente te visito. Mas quando saio, desculpa lá, “deixo-te” em casa e não te consulto.
5. – Sabes muito bem que, regularmente, tenho andado a fornecer-te textos, fotos e um ou outro comentário pontual aos textos de outros teus frequentadores. Fica a saber que tenho intenção de continuar no mesmo caminho.
6. – Conheço, quase desde o seu nascimento, o teu “familiar” “Tabanca Grande Luís Graça”, morador no Facebook.
7. – Podes ficar contente por te preferir a ele e te frequentar assiduamente. Ao teu familiar que referi acima só esporadicamente o visito. Gosto dele mas gosto muito mais de ti, acredita.
8./9. – Vou opinar sobre ti e o teu familiar do “Facebook”. Estás com sorte porque sobre o “Tabanca Grande Luís Graça” não me permito ter opinião quanto ao gostar mais ou gostar menos do seu conteúdo, dada a pouca atenção que lhe tenho vindo a prestar.
Quanto a ti, meu querido blogue, gosto de tudo o que és e de tudo o que possuis, dê-me ou não prazer o que vais albergando. És tu, no teu todo, quem verdadeiramente me tem interessado, com todas as tuas qualidades e defeitos. Dás-me prazer, ou mesmo muito prazer, com a maior parte do que publicas mas também, de vez em quando, me deixas indiferente ou até me provocas irritação quando não consigo ficar indiferente perante o que acolhes, o que me causa borbulhas irritantes no espírito.
Eu gosto de ti assim, insosso, salgado, doce, amargo, triste, jocoso, pacífico, agressivo, diletante, combatente, respeitador, desrespeitador (algumas vezes, poucas)! A tua coluna vertebral, que vejo bem vertical, assenta neste teu aceitar da diversidade. Nesta diversidade de relatos que albergas afloram memórias e opiniões que me permitem manter, desfazer, renegar, recriar e mesmo criar os componentes do universo das minhas próprias memórias e opiniões sobre a guerra colonial.
É verdade que tenho muitos gostos e alguns desgostos contigo, que partilho alguns dos teus textos com emoção até às lágrimas e que vitupero outros, por vezes com tal veemência interior que fica expressa exteriormente com um sonoro “vai p’ró c.!” Como, perante alguns dos meus textos e opiniões, haverá quem diga e faça o mesmo a meu respeito, estamos quites! E tu, assim, é que ficas bonito para mim. Não te quero ver com uma só cor, seja ou não a minha cor preferida.
Ah, querido blogue, uma coisa de que não gosto mesmo é a falta de respeito pela expressão das ideias de cada um, a intolerância radicalizada, o “diktat” da verdade única que, de vez em quando, vem ao de cima num ou noutro dos “post” que acolhes.
Mas que fazer? - podes perguntar. Olha, deixa estar, são coisas normais na tua vida, a vida de um blogue colectivo aberto à livre participação, que permite a livre expressão a centenas de membros (e não só) que cobrem sociológica e ideologicamente todo o tipo de cidadãos deste país, quase todos antigos combatentes.
10. – Não tenho sentido qualquer dificuldade em ir ter contigo.
11. – Tu foste, e és, um ponto de encontro, para mim quase diário, onde vou à procura de conversa, de diálogo, de camaradagem e de amizade; uma romagem que faço, mesmo que virtual, para manter vivo um período da minha vida, numa altura em que sinto necessidade de reavivar todos aqueles tempos para deles recuperar a memória das situações, dos lugares e dos bons momentos (também os houve), memória que até há poucos anos atrás me tinha ficado soterrada pela avalanche de sacrifícios e de dores, físicas e morais, que a guerra originou.
Ao contrário de ti, a “Tabanca Grande Luís Graça” tem sido para mim, até agora, como que um estimado vizinho que cumprimento ao passar à sua porta, pergunto-lhe “como vai?” e logo a seguir retomo o caminho para o tal ponto de encontro que és tu.
12. – Participei nos teus dois últimos encontros nacionais, em Monte Real.
13. – Já estou inscrito para o encontro deste ano, no próximo dia 8 de junho.
14. – Penso que tu, actualmente, não só tens fôlego como estás cheio dele! Quanto ao teu futuro, “a Deus pertence”. Sabes, não sou adivinho.
Sinto que no futuro próximo te comportarás como um robusto barco bem comandado, serás capaz de aguentar as adversidades que as ondas da vida te possam trazer, tanto mais que tens uma boa cadeia de comando e uma tripulação numerosa e ainda vigorosa, pronta para os balanços do “mar” (a maior parte dela).
Num futuro mais alargado é de supor aparecerem grandes dificuldades se quiseres manter o rumo actual, já que se fará sentir a falta de “marinheiros” que “a lei da vida” irá inexoravelmente provocar. Isto não quer dizer que vás ao fundo por falta de pessoal. Há sempre a hipótese de compensar a referida perda com outro tipo de tripulantes que permitam o alargar das tuas actividades para outras áreas complementares às que actualmente exerces.
E pronto, querido blogue. Despeço-me com um
Viva o blogue “Luis Graça & Camaradas da Guiné”!
17/abril/2013
Manuel Joaquim
P. S. - Já agora, querido blogue, gostava que nesta tua festa de aniversário albergasses este vídeo com uma canção alemã do final do séc. XIX, “Alte Kameraden” (Velhos Camaradas).
Há uns dias, um dos teus membros, o Ernesto Duarte, deu-me a conhecer esta interpretação sem a “letra” respetiva. É uma canção de combatentes, velhos camaradas, que termina com promessas de fidelidade na amizade e no apoio solidário até à morte, enquanto se esvaziam alegremente uns bons copos de vinho. ( Ob in Freunde, ob in Not/ Bleiben wir getreu bis in den Tod./ Trinket aus und schenket ein/ Und lasst uns alte Kameraden sein).
Muito conotada com os exércitos alemães até ao fim da 2ª Guerra Mundial, esta marcha militar está hoje, na parte orquestral, adotada em todo o mundo pelas pequenas e grandes bandas militares que a tocam frequentemente, seja qual for o tipo de regime político dos seus países.
Esta é uma festiva versão de André Rieu e Orquestra Johann Strauss
Muitos parabéns pelo teu 9º aniversário, meu caro blogue!
Manuel Joaquim
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Nota do editor:
Último poste da série de 26 DE ABRIL DE 2013 > Guiné 63/74 - P11473: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (28): Respostas (53): Pepito / Carlos Schwarz, eng agr, cofundador e líder da AD - Acção para o Desenvolvimento: "Fazer a Guerra é fácil. (...) Construir a Paz e promover a Amizade é obra de espíritos superiores"
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