1. Mensagem do nosso camarada Vasco Pires (ex-Alf Mil Art.ª, CMDT do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72) com data de 4 de Dezembro de 2013:
Caríssimos Luís e Carlos,
Cordiais saudações.
Excelente a ideia: O que a malta lia..., para melhor documentar o nosso quotidiano em terras Africanas.
Lamentavelmente, pouco posso colaborar, pois, apesar do meu pai se preocupar com a minha saúde, física e mental, enviando regularmente, alimentos, jornais, revistas e livros, o único título que lembro é o "Diário de Lisboa", também não encontrei no fundo do baú nenhuma foto lendo (também não tem nenhuma com canhão).
Mas, como disseste noutra data: "as palavras são como as cerejas", associado com a campanha do "NÃO ao Acordo Ortográfico", pensei na língua que a malta vai ler (escrever).
Plenamente consciente, que a minha opinião é minoritária, gostaria de fazer algumas perguntas.
Qual a língua que queremos, não diria para os nossos filhos, mas, para os nossos netos e bisnetos?
Uma língua que escreveremos "Orgulhosamente sós", como o homem de Santa Comba, mandou "martelar" os nossos ouvidos?
Ou pelo contrário, escreveremos numa língua de mais de 200 milhões de pessoas, praticada em todos os Continentes, uma das mais usadas línguas ocidentais?
Uma língua que pode ser ensinada em qualquer Universidade do mundo, simplesmente como LÍNGUA PORTUGUESA, e não mais como Português daqui ou dali?
"A minha pátria é a língua portuguesa", ao recusar o Acordo, não estaremos reduzindo a pátria do Senhor Nogueira Pessoa?
O acordo não é a "arte do possível"?
Ou será que que cinco Séculos depois, ainda pensamos que é nossa missão "dilatar a fé e o Império"?
A propósito, sou a favor do Acordo Ortográfico!
Alguns médicos médicos andam dizendo que a polémica, ajuda a afastar o "Doutor Alemão". Será?
Forte abraço a todos
Vasco Pires
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Notas do editor
Imagem do DL, com a devida vénia à Fundação Mário Soares
Último poste da série de 6 de Dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12398: O que é que a malta lia, nas horas vagas (8): As minhas leituras em Bajocunda (José Manuel Matos Dinis)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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