quinta-feira, 10 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22270: Depois de Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74: No Espelho do Mundo (António Graça de Abreu) - Parte IX: Quioto, Japão, Abril de 2014




Japão > Quioto > Abril de 2014 > Templo do Pavilhão Dourado

Texto e fotos de António Graça de Abreu, recebidos em 7/6/2021


1. Continuação da série "Depois de Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74: No Espelho do Mundo" (*), da autoria de António Graca de Abreu [, ex-alf mil, CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74.

Escritor e docente universitário, sinólogo (especialista em língua, literatura e história da China); natural do Porto, vive em Cascais; é autor de mais de 20 títulos, entre eles, "Diário da Guiné: Lama, Sangue e Água Pura" (Lisboa: Guerra & Paz Editores, 2007, 220 pp); "globetrotter", viajante compulsivo com duas voltas em mundo, em cruzeiros.

É casado com a médica chinesa Hai Yuan, natural de Xangai, e tem dois filhos dessa união, João e Pedro; é membro da nossa Tabanca Grande desde 2007, tem 280 referências no blogue.



Kyoto, Japão, 2014



Para mim, não há no mundo cidade como Kyoto.

Armando Martins Janeira


Kinkakuji 金閣寺, o pequeno Templo do Pavilhão Dourado a norte de Kyoto, é talvez a maior maravilha do Japão. Três andares sobrepostos em madeira revestidos a folha de ouro, com estacas como alicerces, seguram a construção mergulhada na limpidez de um pequeno lago, o pavilhão flutuando nas águas, oscilando nos verdes da encosta dos montes. Budismo zen, água, terra e céu, o resplandecer da harmonia.

Rodeio Kinkakuji, a norte, a leste. À distância, imagens do ouro esbatidas no luxo da vegetação, e uma taça de saké na margem do lago do Espelho. Silêncio. Apenas um coração bate, num abraço depurado ao pavilhão.

Tinha hora marcada para o regresso ao autocarro que me iria levar na continuação da jornada pelo "melhor de Kyoto". Diante do ouro do Kinkakuji, de espanto em espanto, esqueci o tempo, perdi o transporte. Que bom! Ainda tenho mais dois dias em Kyoto. Toda a cidade à minha espera.

Ao lado do Kinkakuji, os kamis, entidades mágicas, seres divinizados, forças da natureza no xintoísmo, passeavam-se num pomar de cerejeiras em flor. Uma saudação, Dai Nippon, o grande Japão.

António Graça de Abreu

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 5 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22256: Depois de Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74: No Espelho do Mundo (António Graça de Abreu) - Parte VIII: Mosteiro de Yuste, Estremadura, Espanha, 2003
                

1 comentário:

J. Gabriel Sacôto M. Fernandes (Ex ALF. MIL. Guiné 64/66) disse...

Tambémm lá estive em 1994
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