Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5540: Memória dos lugares (60): Mais notícias da Cart 2410 (1) (Luís Guerreiro)
Guiné 63/74 - P5539: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (21): Padre Mário de Oliveira
Olá! Venho partilhar convosco a minha mensagem de natal e dizer-vos que este natal de 25 de Dezembro de cada ano não é, nunca foi, nunca será, o natal de Jesus.
Com o rato, fazei copiar sobre o endereço abaixo e transportai-o para a página do Google. Colocai-o no local, ao alto, para endereços de páginas, e clicai ENTER.
Aparecer-vos-ei num pequeno vídeo que acabo de colocar no youtube. Sabeis bem que vos amo com todas as minhas forças. Vosso irmão, Mário.
http://www.youtube.com/watch?v=TIAmTTZJ2CM
2. O Mário de Oliveira publicou também neste último trimestre.. E escreveu-nos a seguinte mensagem, em 20 de Ouubro último:
Venho até Vocês com a minha alegria e a minha paz. Também com a minha gratidão.
Foram muitas as pessoas que, no dia 17 Outubro 2009, vieram ao Barracão de Cultura à apresentação do meu “livro póstumo”, e que vibraram com ele.
Uma dessas muitas pessoas, a residir no Concelho de V. N de Gaia, já me fez chegar um e-mail com este pequenino mas eloquente testemunho: “Mário: Só agora pude comunicar para te dizer o quanto foi importante para todos nós Aquela Tarde APOCALÍPTICA que jamais esquecerei. Já ofereci 4 livros. Quando cá vieres traz mais. Vou informar-me junto do grupo das datas possíveis para nos encontrarmos. Um infinito Xi-coração”.
O Escritor Luandino Vieira, emocionado do princípio ao fim, esteve inexcedível. O Actor Júlio Cardoso leu pausadamente trechos do NOVO LIVRO DO APOCALIPSE OU DA REVELAÇÃO. Em muitos momentos, com a voz embargada e as lágrimas emocionadas a brilharem nos seus olhos. A representante da Editora Areias Vivas, Maria Fernanda Alves, mais parecia uma menina dançante de alegria. E não escondeu toda a saudável reviravolta interior que o Livro está já a provocar na consciência dela, da sua irmã Zi, e do ilustrador da capa, Nuno Pedreiro.
Rodrigo Filipe, presidente da Direcção da Associação As Formigas de Macieira que abriu a Sessão, esteve na Mesa, transfigurado do princípio ao fim. E eu, já com um certo toque de ressuscitado, desfiz-me, nem eu sei como, em cantos e palavras maiêuticas, em abraços e beijos, em autógrafos e sorrisos de liberdade. Nunca mais a vida de alguém será a mesma, depois deste livro entrar nela. Por isso, havemos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, para que o livro chegue a pessoas de todas as nações, até aos confins do Mundo.
Dos 500 exemplares do livro que, pessoalmente, assumi vender, cento e poucos “voaram” nesta Sessão de apresentação. O livro já se encontra nas principais livrarias do país. Chegará também a Angola e Moçambique. E ao Brasil. Se, porém, o adquirirem directamente a mim ou ao Barracão de Cultura As Formigas de Macieira, o dinheiro que entregarem por cada exemplar é todo para o Barracão, já que não há intermediários e a própria Editora faz questão de prescindir de qualquer percentagem sobre estes 500 livros que eu vender. O livro, com 670 páginas, custa 19 euros (não pôde ser menos). Se for enviado pelo correio, acrescem mais 2,50 euros de despesas do envio (envelope almofadado + franquia postal), o que perfaz um total de 21 euros e 50 cêntimos. O pagamento pode e deve ser feito por transferência bancária, a partir de uma caixa multibanco, para este NIB: 0007 0000 00775184231 23
Conto (e o Barracão de Cultura também) com a generosidade e a solidariedade de todas, todos Vocês.
A concluir, permito-me fazer minhas as palavras de Luandino Vieira: Este “livro póstumo” do Mário não é para se ler e depois arrumar na estante. É para andar sempre connosco, para onde quer que a gente vá. Não há versículo nenhum do livro, mesmo se aberto ao acaso, que nos deixe na mesma, pois sempre nos diz a palavra certa que precisamos de ouvir, naquele momento, para prosseguirmos na vida, como Humanos.
Façam, pois, quanto antes, as vossas encomendas. E indiquem o endereço postal para onde querem que o(s) livro(s) seja(m) enviado(s).
Fico na expectativa, cordialmente abraçado a cada uma, cada um de Vocês.
Mário, vosso irmão.
3. Comentário de L.G.:
O Mário de Oliveira é amigo pessoal da Alice que, neste Natal, encomendou cinco exemplares do supracitado livro para oferecer aos amigos. O Mário foi pároco na freguesia de Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, depois de regressar da Guiné (*). Sobre o livro que de que já li algumas largas de dezenas de crónicas, limito-me para já a dizer o seguinte: Para os crentes, a palavra de Deus é só uma, mas há muitas maneiras de a ler e interpretar. O Mário é um homem que merece o meu respeito pela sua coerência, despojamento, coragem e frontalidade. É, juntamente com o Arsénio Puim, os dois únicos ex-capelães militares que pertencem ao nosso blogue. Desejo-lhe as nossas melhores saudações bloguísticas. Votos de saúde e paz para 2010. Um Alfa Bravo. Luís
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Nota de L.G.:
(*) Vd. postes de:
12 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1946: Estórias de Mansoa (2): um capelão em apuros na estrada de Cutia (Aires Ferreira)
Vd. ainda postes de:
27 de Junho de 2005 > Guiné 60/71 - LXXXV: Antologia (5): Capelão Militar em Mansoa (Padre Mário da Lixa)
14 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCL: Capelão militar por quatro meses em Mansoa (Padre Mário da Lixa)
17 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXV: Foi em plena guerra colonial que nasci de novo (Padre Mário de Oliveira )
8 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1825: Mário de Oliveira, na Feira do Livro de Lisboa, dia 9 de Junho de 2007
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5538: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (20): Uma saudação muito afectuosa para todos os guineenses (Beja Santos)
Luis e Carlos,
Reparem nas tonalidades suaves, na delicadeza da dança juvenil, na ave de Picasso, no batuque acolhedor, no viço do pó d'osso. Só a nossa Guiné podia ter selos que falam tão vibrantemente da paz e reconstrução, sonho profundo de suas gentes.
Juntemos as nossas esperanças e sonhos com os dos guineenses, nesta quadra.
Uma saudação muito afectuosa para toda a Guiné-Bissau, são os meus ardentes votos do Mário Beja Santos
Guiné 63/74 - P5537: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Ano Novo 2010 (19): Mensagens da tertúlia
Guiné > Região de Cacheu > Barro > CCAÇ 3 > 1968 > Feliz Natal... "Este é mais outro aerograma que descobri. Mandei-o, pelo Natal, em 1968. O que eu quis transmitir é que eram natais de morte e que o que procurava era esquecer, dando de beber à dor".
Dizeres do aerograma: "Querida irmã e cunhado, um Natal feliz e que o Ano Novo seja sepre melhor que o anterior. António Manuel... Uma ginginha!.. Pois dar de beber à dar é o melhor"...
Foto (e legenda): © A. Marques Lopes (2005). Direitos reservados
1. Continuamos a receber na nossa antiga caixa de correio (luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com ) mensagens de boas festas de diversos amigos e camaradas da Guiné, em geral acompanhadas de belíssimos cartões (alguns animados) ou em formato ppt.
Na impossibilidade de as reproduzirmos, a todas, aqui ficam os nossos agradecimentos e o nosso apreço aos seguintes membros da nossa Tabanca Grande ou simples leitores (*):
Aires Ferreira e Fátima
Alberto Silva
Alexandre Coutinho e Lima
Álvaro Basto e Filomena
Amílcar Ventura
Antero Santos e família (Mª Fernanda, Alexandra, Cátia, André e Andrezinho)
António Graça de Abreu
Artur Conceição
Carlos Cordeiro
Carlos Silva
Fernando Santos
Filomena Sampaio
Francisco Palma
George Freire
Hugo Guerra
Jaime Bonifácio Marques da Silva
João Carvalho
Jorge Teixeira (Portojo)
José Moreira (Associação Humanitária Memórias e Gentes)
José Manuel Lopes e Luísa Valente (Quinta Sra. da Graça)
José Teixeira
Lia Medina
Luís Dias
Manuel Augusto Reis
Manuel Oliveira
Mário de Oliveira (Padre)
Mário Fitas
Paulo, Conceição e Paula Salgado
Pedro Neves
Vasco Ferreira
Victor Barata
Victor Garcia
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Nota de L.G.:
(`*) Vd. último poste dest série > 24 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5527: Votos de feliz Natal 2009 e Bom Ano Novo 2010 (18): Patrício Ribeiro, pai dos tugas em Bissau... (Luís Graça)
Guiné 63/74 - P5536: O Meu Natal no Mato (29): Sorrisos de Natal há 40 anos em Canjadude (José Corceiro, CCAÇ 5 - Gatos Pretos, 1969/71)
Natal, festa de excelência do mundo cristão. Festa da família, do amor, da paz, da união, das prendas e lembranças, da solidariedade, dos abraços, dos sorrisos, da confraternização, da luz e da esperança.
Façamos da vida um Natal permanente… Basta por vezes um olhar mais atento e carinhoso, um sorriso mais leal e consolador, um toque de conforto e tranquilidade, uma palavra de paz e esperança, uma doação do pouco que não nos faz falta, uma ajuda que para nós nada representa. Isto é Natal.
Quem não lembra os Natais da sua meninice?! Oh, que imensa saudade, eu tenho desses Natais, quando, na mais pura e cândida inocência, acreditava no Pai Natal, e ao acordar de manhã, corria para a chaminé, na esperança de que não se tivessem esquecido de mim. Oh! Quão feliz eu ficava ao ver as minhas botas cheias de prendas.
Coisas simples, uma moedinha dois ou cinco tostões, uma laranja, um chocolate, uns rebuçados, umas galhetas, um par de meias, umas luvas e camisola de lã, feitas pelas mãos mágicas da minha ditosa Mãe. Eu tentava esboçar uma desconfiança e dizia:
-Não foi a mãe que fez esta camisola?
Ela, no seu tom terno e doce, com um sorriso franco e acolhedor, respondia:
- Ai…! pois fui lá agora eu!
Eu fechava os olhos e continuava a sonhar e a acreditar. Como eu era feliz nesses tempos?! Não desejava o que não conhecia. Fui cresci e, sem que me apercebesse, a inocência foi-se desvanecendo e as desilusões e amarguras da vida, sem pedirem licença, foram-se instalando e manifestaram-se, deixando as suas marcas, mas eu continuo a sonhar, a crescer e aprender, tenho esperança.
Lembro com saudade e nostalgia os Natais da minha adolescência, Natais, simples, sem ostentação, onde não faltava o calor humano o conforto da família. Havia farturas de filhoses, rabanadas, arroz doce, aletria, bolos de abóbora, o bacalhau cozido com couves que, particularmente, nesta noite era uma delícia, era a ceia de consoada. Mimos feitos com tanto carinho e dedicação porque em casa o Natal era devoção, família, partilha e alegria.
Havia o calor da lareira envolvente e acolhedor, os sinos do campanário da minha aldeia tocavam ecoando os seus trinados por toda a povoação a convidar à união e oração. Lembro, as palavras amigas dos vizinhos e amigos a dizer "Natal Feliz", o frio, a neve, o presépio coberto de musgos serpenteado de veredas e carreiros, por onde se movimentavam as figurinhas de barro que iam adorar e levar prendas ao Deus Menino, o madeiro (cepo) a arder no adro para aquecer o Menino Jesus que toda a aldeia em fila ordenada ia beijar e adorar dentro da igreja da minha terra. Faltando o gesto de beijar o menino, o Natal perdia o encanto e magia. Havia harmonia, prendas, alegria, era NATAL, abraço de família.
Há três Natais que recordo com muita tristeza e melancolia:
(i) O Natal de 2007, difícil pelo sofrimento e abundância de saudades e dor, porque me faltou a prenda mais desejada, a minha Querida MÃE, que uns dias antes quis partir; faltaram todos os mimos e iguarias que minha mãe, diligentemente, com simplicidade e carinho, confeccionava; até os toques do sino da aldeia foram ruído para os meus ouvidos;
(ii) O Natal de 1969 e 1970 passados em Canjadude, Guiné, onde tive muitas saudades e tristeza: foi muito difícil...
Faltou-me a envolvência da minha família, faltaram-me as iguarias que a minha mãe tão terna fazia, faltou-me o calor da lareira acolhedor e consolador, faltou-me o som melodioso do repenicar dos sinos da minha aldeia, faltou o frio, a neve e o agasalho, o presépio, faltou o madeiro a arder no adro, faltaram-me os carinhos e afectos de mãos tão prendadas, assim para mim não era Natal.
Havia muito calor, muita insegurança, muita distância do lugar onde eu tinha nascido e onde tinha aprendido a gostar do Natal. Recusava-me a aceitar assim o Natal. Faltava a paz e os meus braços, não eram suficientemente grandes, para poder abraçar família militar tão numerosa:
Caps: Pacífico dos Reis, Ferreira Oliveira, Gaspar Guerra, Silveira Costeira;
Alfs: Gomes, Martins, Melo, Neves, Luís, Afonso de Sousa, Varela, Gago, Sousa, Silva;
Sargs: Paulino, Santos Rodrigues, Farinha, Cipriano (enfermeiro, a luta ceifou-lhe a vida);
Fur: José Martins, Antunes, Caldeira, Borges, Sá, Germano, Albino, Alves, Ramos, Moreira, Cardoso, Mário, Oliveira, Felizardo, Agostinho, Pena, João Purrinhas (perdeu a vida mina anti-carro entre Canjadude e Nova Lamego), Silva, Caetano, Laminhas, Costa, Carvalho, Gil, Gonçalves, Rito;
Cabos : Dionísio, (que eu substitui), Alex, Loupa, Carvalho, Rogério, Silva Trans., Silva, José Carlos Freitas(jogador do V. Guimarães), Graça, Cóias, Pinto, Faria Trans., Faria, Lúcio, Gaspar, Esteireiro, Nora, Viriato, Costa (cripto), Dinis (perdeu a vida mina nati-carro entre Canjadude e Nova Lamego) António Manuel, Ferro, Alves, Dias, Ramos, Vieira, Fernandes, Sado, Leitão, Monteiro, Marques, Pedro, Domingos, Gomes, Anjos, Mendes, Luís, Malhada, (foi no mesmo dia que eu fui para a companhia), Morais, Gonçalves, Almeida, Costa, Santos, Seabra, Montóia(jogador do Leixões), Lima, Mendes, Moura, Azevedo, Oliveira, Verissimo, Carmo, Fernandes, Rodrigues, Augusto, Romano, Pimenta, Zé (condutor), Magalhães, Sebastião, Morais, Leite, Leitão, Zé Batachão, Vergílio (condutor), Jorge (condutor), Fidalgo, Saldanha, Salazar;
Solds: Mané, Sanjo, Baba, Cholé (alfaiate);
1º Pelotão: Saliu, 70, Mama, Bojel, Pira, Malan, Lidi, Jamanca, Banamo, Mamadu Baldé;
2º Pelotão: Fali Baldé, Milício, Mamasaliu;
3º Pelotão: Samba, Felupe, Ussamané, Braíma, Sájo, Carpala, Mussá, Lourenço, Ossamané Bupiro, Ossamané Buaró, Carfala;
4º Pelotão: Paté Imbaló, Meta, Totala, Sajuma, Mamadú, Braíma, Canta, Canja, Mamadú Baldé, Malan;
Comandos: João Ceide (extremamente dedicado e seguro), Lunta, Gibril, Mamadú;
Outros militares que não sei em que pelotão estavam: Saju (padeiro), Opa, Baba (limpeza de armas), Samba Sisé (mecânico), Baba Gali (cozinheiro), Alin Combaco, Baba (cozinheiro), 615 (morteiro), Primo (morteiro), 416, Mamada Jamanca, Malan Jamanca, Ada Macundé, Banamu Ceide, Tijane, Manga, 819, Sucaro Nhoqué, Fali, Mama Salu Dambu, 348/63, Bané, Costa Pereira, Tripa (quem não se lembra dele), Benfica, Samba, Paté, Sané Mané, Bacar Baldé, Demba Baldé, Mamadu Alain Sané, Aruna, Mili, Mamadu Fati, Mili Braima Sané, Mili Braima Mané, Mili Candy, Adulo Baldé, Diaja.
E quem pode esquecer os miúdos da Companhia, acho que nem família tinham, eram como que mascotes, o Júlio que aprendia mecânica o Binta, o Mamassal(Marchal) que era o moço dos recados.
De Certeza que muitos foram esquecidos, sobretudo nativos, não foi por menos consideração ou estima, a outros poderei ter trocado o posto, mas o mesmo respeito, é natural que em nomes haja erros ortográficos, pois foram registos que eu fiz na época, sem recurso a documentação, só por audição.
Nos 25 meses que estive em Canjadude, fizeram parte da CCaç 5, todos estes militares, era de rendição individual, ainda que os militares nativos fossem, praticamente, sempre os mesmos. Esta foi a grande família GATOS PRETOS, do meu tempo, porque há mais, (eu estive entre Junho 1969 a Julho 1971) estivemos todos no mesmo palco, irmanados pela mesma causa.
Para todos um ABRAÇO de NATAL. Feliz Natal a todos.
José Corceiro
P.S. - Caso publiquem as fotos o titulo pode ser: SORRISOS DE NATAL HÁ QUARENTA ANOS EM CANJADUDE, GUINÉ
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Nota de L.G.:
(*) Vd. poste anterior, 25 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5535: Tabanca Grande (196): José Corceiro, ex-1º Cabo Trms, CCAÇ 5 (Gatos Pretos) (Canjadude, 1969/71)
Guiné 63/74 - P5535: Tabanca Grande (196): José Corceiro, ex-1º Cabo Trms, CCAÇ 5 (Gatos Pretos) (Canjadude, 1969/71)
Assunto - Pedido de passaporte
Lisboa, 22 de Dezembro de 2009
Boa tarde, Luís Graça:
Sou José Manuel Silva Corceiro, fui 1º Cabo Transmissões, Nº Mec. 01213568, estive na Guiné, Maio 1969 / Julho 1971, integrado (em rendição individual) na CCaç 5, Gatos Pretos, Canjadude.
Sou natural de Vale de espinho, Sabugal, nascido a 28 de Agosto 1947 e moro em Lisboa, na Rua Pascoal de Melo Lisboa, Tel. 213560809.
Venho solicitar que me assinem o passaporte, para poder entrar no convívio da Tabanca Grande. Tentarei dar o meu modesto contributo duma maneira cordial e responsável, respeitando a opinião e direito de cada um.
Não posso deixar passar a oportunidade, que tenho, para felicitar toda a equipa pelo excelente trabalho. É digno de admiração, o sacrifício, dedicação e tenacidade, com que se empenham, para dar corpo consistente ao Blogue, e para satisfazer a sede e o desejo deste colectivo, Tabanca Grande. Bem-haja. Agradecer e felicitar, também, os tertulianos, pois já me deliciei com alguns postes. Obrigado.
Sinto embaraço, tendo Net há tantos anos, como é que só recentemente descobri este dinamismo magnífico (Blogue) que contribui para nos aproximar, expor emoções, conhecimento, e libertar tensões. (Singela opinião, acho que devia haver uma colecta para poder publicitar o Blogue).
Eu tropecei nele acidentalmente. Foi obra do acaso, ao fazer uma busca, abro uma página e dou com o camarada, ex-furriel, José Martins, que foi meu furriel de transmissões na Guiné. Contactei-o, pois não tinha contactos, e graças aos bons serviços dele e ao seu timbre de disponibilidade, facultou-me uma listagem que já me permitiu dialogar com amigos do meu tempo de Guiné.
Durante quase 40 anos, só tive um contacto com um amigo que esteve comigo, e já foi há 30 anos. A rendição individual era pródiga na consistência de laços afectivos continuados, cada qual tinha o seu tempo efectivo (timing), vinha um de cada vez, rara era a vez que vinham dois em simultâneo, éramos relativamente poucos.
A todos os desejo um Bom e Santo Natal. Boa saúde. Um abraço.
José Corceiro
P.S. - Mando em outro e-mail a minha história.
2. Comentário de L.G.:
Meu caro Corceiro: Interpreto esta mensagem (ainda para mais, natalícia) como um pedido (formal) para ingresso na Tabanca Grande. Mandas incluisve as duas fotos da praxe, um antiga, da época de 1969/71 em que foste Gato Preto, e outra actual. Não tens que pedir desculpa a ninguém por só agora nos encontrares. O blogue tem vindo a crescer naturalmente, desde 2004, mercê da força dos testemunhos dos amigos e camaradas da Guiné, bem como da publicidade "boca à boca".
Aqui tens o passaporte...Sê bêm vindo, junta-te a esta outra grande família, onde há gente de outros tempos e lugares... De Canjadude e dos Gatos Pretos (CCAÇ 5), lembro-me, para já, de dois dos mais antigos membros do nosso blogue, o João Carvalho (ex-Fur Mil Enf, 1972/74) e o José Martins (ex-Fur Mil Trms, 1968/70). O Jpão Carvalho, um conhevcido wikipedista, e hoje farnacêutico, já qui nos descreveu a sua última (e tensa) noite em Canjadude, na altura da transferência de soberania para as mãos do PAIGC: vd. poste, I Série, de 4 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCV: A última noite em Canjadude (CCAÇ 5) (João Carvalho). Foi também o João Carvalho que nos facultou letras do Cancioneiro de Canjadude, que tu deves conhecer... O José Martins, por sua vez, é presença habitual no nosso blogue, uma verdadeira formiguinha baga-baga, sempre solícito e atento, que dispensa apresentações...
Sê bem vindo, para mais neste dia de Natal de 2009, em meu nome, e em nome dos restantes editores, o Carlos Vinhal, o Eduardo Magalhães Ribeiro e o Virgínio Briote. E, naturalmente, em nome dos demais camaradas que integram este espaço de partilha de memórias e de... afectos. Já conheces as nossas regras de convívio. Espero que te dês bem por cá. E que por cá fiques muitos anos... Claro, haveremos de nos conhecer ao vivo, unm dia destes. Para já, daqui do Norte (Madalena, Vila Nova de Gaia), onde passo sempre o Natal, um abraço natalício e bloguístico para ti. Luís Graça
_________
Nota de L.G.:
(*) Vd. poste anterior desta série:
19 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5502: Tabanca Grande (195): Ernesto Ribeiro, ex-1.º Cabo da CART 2339, Mansambo, 1968/69, contacta de novo o nosso Blogue
Guiné 63/74 – P5534: Histórias do Eduardo Campos (1): CCAÇ 4540, 1972/74 - Somos um caso sério (Parte 1): Do Cacheu ao Cantanhez
No dia 28 Agosto 1972, teve início no Regimento de Infantaria 15 (RI 15), em Tomar, a concentração do pessoal que constituiria a Companhia de Caçadores 4540. Na sua grande maioria, os militares eram oriundos do Norte do País, sendo de realçar a presença de alguns que vieram de França, para cumprirem o Serviço Militar.
E assim, lá fomos rio acima (Cacheu) desembarcando numa localidade chamada Ganturé, onde nos esperavam os camaradas da CART 3329, que iríamos substituir. Era notável a alegria com que nos receberam, tendo-nos em seguida transportado para Bigene (cerca de 6 ou 7 km), onde deparamos com vários dísticos e cartazes alusivos à chegada da nova Companhia de periquitos, espalhados pelas paredes e pela rua principal, cheios de humor e ironia.
Os primeiros dias da instalação do pessoal da Companhia foram penosos, em virtude de não existir nenhuma estrutura de que a tropa pudesse tirar partido, para implementar o seu futuro estacionamento.
Guné 63/74 - P5533: O meu Natal no mato (28): José Eduardo Alves, ex- Sold Cond Auto, CART 6250 (Mampatá, 1972/74)
Guiné > Região de Tombali > Mampatá > CART 6250/72 (1972/74) > Mampatá > Natal de 1973 > Cartão enviado pelo Leça [, natural de Leça da Palmeira,] à sua esposa, com votos de boas festas natalícias.
Foto: © J. Eduardo Alves (2009). Direitos reservados.
1. Mensagem (e foto) do José Eduardo Alves, ex-Sold Condutor Auto, Cart 6250/72, Os Unidos de Mampatá, Mampatá, com data de ontem:
Camarada Luis e editores do blogue
Venho nesta época festiva para os católicos desejar um santo
e feliz Natal com muita saúde muita paz. E lembrar que enquanto o nosso vizinho tiver frio e fome nós não podemos dormir em paz.
Já muito foi dito no blogue mas eu quando saí de casa dos meus pais com 12 anos o meu pai disse-me:
- Se tiveres frio ou fome, volta.
E neste natal eu lembrei-me de usar esta frase porque assenta
muita na minha maneira de ser.
Junto envio um cartão de boas festas que eu enviei à minha esposa no Natal de 1973, em Mampatá.
Agora para os cinco continentes, um bom natal e que o 2010 nos traga o que puder de melhor, saúde e paz.
_____________
Nota de L.G.:
(*) Vd. postes de:
30 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4442: Blogoterapia (105): Falando de camaradagem, de brancos e pretos (José Eduardo Alves)
22 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4400: História de Vida (14): Refazendo a vida correndo o mundo (José Eduardo Alves)
21 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4393: Tabanca Grande (146): Eduardo Alves, ex-Soldado Condutor Auto da CART 6250 (Mampatá, 1972/74)
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Guiné 63/74 - P5532: Efemérides (40): Cerimónia de homenagem ao Gabriel Telo (Juvenal Candeias)
1. O nosso Camarada Juvenal Candeias, ex-Alf Mil da CCAÇ 3520, Cameconde, 1971/74, enviou-nos uma mensagem do dia 22 de Dezembro de 2009, com uma reportagem da cerimónia de homenagem ao Gabriel Telo:
1º Cabo GABRIEL FERREIRA TELO, mobilizado no Batalhão Independente de Infantaria nº 19, no Funchal, integrando a Companhia de Caçadores nº 3518, solteiro, filho de João de Jesus Telo e Maria Flora Ferreira Telo, natural da freguesia de Paul do Mar, concelho de Calheta - Madeira. Morreu em Guidage em 25 de Maio de 1973, vítima de ferimentos em combate durante um ataque inimigo ao aquartelamento. Foi sepultado no cemitério de Guidage. (Extracto do poste P5240, José Martins).
Camaradas,
Só na passada semana recebi alguma informação sobre a cerimónia de homenagem ao Gabriel Telo, que decorreu no Paúl do Mar.
A informação chegou-me através do João Viveiros, ex-1º Cabo da CCaç 3520.
A cerimónia constou de uma missa na Igreja do Paúl do Mar, freguesia de naturalidade do Gabriel Telo, seguida do funeral para o cemitério da localidade.
Estiveram presentes autoridades representativas da Região Autónoma da Madeira e centenas de pessoas, em especial ex-Combatentes dos diferentes ramos das Forças Armadas, incluindo um elemento de uma Companhia de Comandos Africanos.
A homenagem terá, naturalmente, sido bastante emotiva e da mesma terá sido dada uma grande divulgação em toda a ilha.
Junto duas fotografias elucidativas e um recorte do JM (Jornal da Madeira) do dia 23.11.2009.
Creio que o atraso na informação, não é motivo para impedimento de publicação da notícia.
Um grande abraço para todos e um FELIZ NATAL.
Juvenal Candeias
Alf Mil da CCAÇ 3520
Fotos: © João Viveiros (2009). Direitos reservados.
__________
Nota de MR:
Vd. poste anterior desta série em:
12 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5261: Efemérides (29): Às custas dos seus familiares (Magalhães Ribeiro)
Guiné 63/74 - P5531: Álbum fotográfico de João Graça (1): Médico em Iemberém por cinco dias
(*) Vd. poste de 20 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5510: Notícias dos nossos amigos da AD - Bissau (10): Almoço de despedida do João Graça... e celebração dos 37 anos de casados do casal Silva (Pepito e Isabel)
(**) O João , e por extensão, o pai do João, convida todos os amigos e camaradas da Guiné a passar a festa de Fim de Ano, no Santiago Alquimista, na Costa do Castelo, em Lisboa...Às 22h00 do último dia do ano, haverá concerto com o seu grupo musical, os Melech Mechaya. Reservas e informações: 707 234 234 / reveillon2010@criasons.com. Preço: 20 a 25 € com direito uma taça de champanhe.
Membros do grupo: João Graça: violino; Miguel Veríssimo: clarinete; André Santos: guitarra; João Sovina: contra-baixo; Francisco Caiado: percussão. Género: Party Klezmer