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Nota do editor
Último poste da série de 16 de Fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12724: Parabéns a você (692): António Eduardo Carvalho, ex-Cap Mil da CCAÇ 3 e CCAÇ 19 (Guiné, 1974)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Guiné 63/74 - P12728: Convívios (560): VIII Almoço de confraternização de ex-Combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, dia 1 de Março de 2014, em Leça da Palmeira
VAI-SE LEVAR A EFEITO NO PRÓXIMO DIA 1 DE MARÇO DE 2014, EM LEÇA DA PALMEIRA, O VIII ALMOÇO/CONVÍVIO DOS EX-COMBATENTES DA GUINÉ DO CONCELHO DE MATOSINHOS
Como vai sendo hábito, as inscrições estão abertas também aos nossos camaradas ex-combatentes da Guiné dos concelhos limítrofes.
De salientar que este ano, para que se inicie uma aproximação entre todos os ex-combatentes do nosso Concelho, as inscrições são abertas aos três teatros de operações: Angola, Guiné e Moçambique.
Assim, receberemos com prazer todos os nossos conterrâneos que combateram em África na Guerra do Ultramar que queiram confraternizar connosco.
O programa terá este alinhamento:
11h30 - Concentração do pessoal junto à marginal da Praia de Leça, onde se fará a foto de família.
12h00 - Missa de sufrágio na Capela do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecida por Capela do Ruas, sita na Rua António Nobre, pelos camaradas caídos em campanha e pelos que, regressados vivos e sãos, ao longo da vida nos foram deixando.
13h00 - Almoço no Restaurante Luso-Brasileiro, sito na Trav da Agra.
Custo do almoço - 19 €uros.
Passa palavra e inscreve-te
Os organizadores do Encontro
Ribeiro Agostinho
José Oliveira
António Maria
Abel Santos
Carlos Vinhal
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Nota do editor
Último poste da série de 7 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12691: Convivios (559): Tabanca do Centro, Leiria, Monte Real, 31 de janeiro de 2014: 4º aniversário, 33º encontro, 80 convivas: um caso de sucesso, um futuro "case study" a ser seguido pelas academias militares de todo o mundo (Miguel Pessoa / Luís Graça)
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Ribeiro Agostinho
Guiné 63/74 - P12727: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (81): António Medina, natural da ilha de Santo Antão, Cabo Verde, foi fur mil da CART 527 (Teixeira Pinto, 1963/65) e vive hoje nos EUA, onde descobriu o nosso blogue
Cabo Verde > Ilha de Santo Antão > 1943 > Festa de São João
Foto (e legenda): © Augusto Silva Santos (2012). Todos os direitos reservados
1. Mensagem de hoje, do novo membro da Tabanca Grande, António Medina, que vive nos EUA, e que foi fur mil da CART 527 (Teixeira Pinto, 1963/65):
Amigo e camarada Graça:
Tive o interesse de ler o que a meu respeito foi colocado no Blogue mas deparei com um pequeno erro que, provavelmente, será facil de se corrigir. É que não nasci na Ilha do Fogo mas sim a minha esposa, sou natural da Ilha de Santo Antão, na antiga Vila da Ribeira Grande, tendo nascido a 26 de Setembro de 1939. Se ainda chego a tempo gostaria de ter a correcção feita.
Tenho muitas histórias que oportunamente irei contar, dessa guerra inútil e não só, da minha vida civil com a continuidade em Bissau, na Guiné como bancário.
Gostei da vossa composição do Blogue e é louvável a vossa paciência e eficiência em nos assistir para que o nosso sacrificio fique para a eternidade.
A todos um grande abraço deste vosso
Tive o interesse de ler o que a meu respeito foi colocado no Blogue mas deparei com um pequeno erro que, provavelmente, será facil de se corrigir. É que não nasci na Ilha do Fogo mas sim a minha esposa, sou natural da Ilha de Santo Antão, na antiga Vila da Ribeira Grande, tendo nascido a 26 de Setembro de 1939. Se ainda chego a tempo gostaria de ter a correcção feita.
Tenho muitas histórias que oportunamente irei contar, dessa guerra inútil e não só, da minha vida civil com a continuidade em Bissau, na Guiné como bancário.
Gostei da vossa composição do Blogue e é louvável a vossa paciência e eficiência em nos assistir para que o nosso sacrificio fique para a eternidade.
Muito obrigado, camaradas.
A todos um grande abraço deste vosso
António Medina
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Nota do editor:
Último poste da série > 7 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12690: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (80): Ao fazer uma pesquisa na Net, foi com enorme felicidade que encontrei a fotografia do meu irmão Carlos Alberto Maravilhas Soares na companhia de outros camaradas de guerra (Fernando Maravilhas, Matosinhos)
Guiné 63/74 - P12726: Tabanca Grande (428): Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Os Lacraus (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70), grã-tabanqueiro nº 648
O Valdemar Queirioz, foto atual
T/T Timor > 1969 > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > "Da esquerda para a direita, o Pechincha, o Queiroz e Duarte"
Guiné > Zona leste > Contuboel > Centro de Instrução Militar > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > O fur mil Queiroz, com os jovens recrutas Cherno, Sori e Umaru.
Fotos (e legendas): © Valdemar Queiroz (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complemenetar: L.G.]
1. Mensagem de Valdemar Queiroz, com data de 9 do corrente:
Ora viva, caro Luís Graça!
Eu sou o ex-Furriel Mil Valdemar Queiroz, da CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá,Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70).
Tenho acompanhado a Tabanca Grande desde que o Abílio Duarte entrou nela, o que me deixou cheio de querer, também, ser um Tabanqueiro,
O que será feito do Cândido Cunha ? Wntramos prá tropa em Santarém (10/07/67) e na EPC onde até os ilhós das botas por onde passavam os atacadores tinham que ser areados!
Faz este mês 45 anos, em 18/02/69, da partida da rapaziada prá Guiné.
Em anexo um texto, despretensioso e como eu vi aquele tempo.
Noutro e-mail que, depois vou enviar, vão umas fotos daqueles tempos.
Noutro e-mail que, depois vou enviar, vão umas fotos daqueles tempos.
2. Comentário de L.G. [, ex-fur mil ap armas pes inf, CCAÇ 2590, Contuboel, jun/jul 1969, na foto, à esquerda, com o Renato Monteiro, passeando de piroga no Rio Geba]:
Caro Queiroz, estivemos juntos em Contuboel, desde 2 de junho a 18 de julho de 1969 (e não erro), Eu fazia parte da CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12 (colocada depois no setor L1, Bambadinca, onde fizemos a comissão, como unidade de intervenção.
Não me levas a mal se eu te disser que, pelo teu nome, já não ia lá... Com as fotos de Contuboel, acende-se um luzinha ao fundo do túnel... Da foto que me envias com três jovens recrutas, o Umaro Baldé, o mais puto de todos, reconheço-o de imediato. Não devia ter mais do que 16 anos. Fumava cachimbo para passar por "homem grande"... Não sei como é que ele - e outros, que eram ainda crianças! - passaram pelo "crivo" da tropa... O Cherno e o Sori também, podem ter ido parar à minha CCAÇ 12, mas não tenho a certeza...
O Sold 82115869 Umarú Baldé (Ap Mort 60), fula (já falecido, depois de viver na Amadora), pertencia ao 4º Gr Comb, 2ª secção (fur mil António Fernando R. Marques),
Na 3ª secção do 4º Gr Comb, havia um outro Sori Baldé, fula, Sold 82111069...
De qualquer modo, querido camarada de Contuboel, deste a recruta aos nossos 100 soldados do recrutamento local, oriundo dos regulados de Badora e de Cossé, que passaram depois para a CCAÇ 2590/CCAÇ 12. Fomos nós que lhes demos a instrução de especialidade e a IAO.
É com enorme alegria que te recebo na Tabanca Grande, tão grande que cabemos cá todos, os camaradas que passaram pela Guiné desde 1961 até 1974, e que estiveram no noete e no sul, no leste e no oeste. Da tua companhia cá temos, pelo menos, o Renato Monteiro e o Abílio Duarte, dois nomes que me vêm logo à memória... Mas também o António Baldé, 1º cabo, fula, que é capaz de ser ainda do teu tempo... e que é natural de Contuboel! (É é agora meu vizinho... e "compadre", já que somos "padrinhos" da sua filha, a Alicinha do Cantanhez)... E ainda outros que passaram pela CART 11, mais tarde CCAÇ 11...
Valdemar, conheces as "regras do jogo" do nosso blogue... Vamos de seguida publicar o texto e as fotos que mandaste. Passas a ser o grã-tabanqueiro nº 648, e a ter direito a sentares-te sob o nosso poilão, mágico, fraternal e protetor. Manda também, ao Carlos Vinhal, editor de serviço 24 horas por dia, o teu contacto telefónico (telemóvel ou telefone fixo, só para uso interno, não devendo ser divulgado no blogue, a menos que autorizes).
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Nota do editor:
Último poste da série > 15 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12723: Tabanca Grande (427): António Cândido da Silva Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527 (Teixeira Pinto e Pelundo, 1963/65)
Valdemar, conheces as "regras do jogo" do nosso blogue... Vamos de seguida publicar o texto e as fotos que mandaste. Passas a ser o grã-tabanqueiro nº 648, e a ter direito a sentares-te sob o nosso poilão, mágico, fraternal e protetor. Manda também, ao Carlos Vinhal, editor de serviço 24 horas por dia, o teu contacto telefónico (telemóvel ou telefone fixo, só para uso interno, não devendo ser divulgado no blogue, a menos que autorizes).
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Nota do editor:
Último poste da série > 15 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12723: Tabanca Grande (427): António Cândido da Silva Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527 (Teixeira Pinto e Pelundo, 1963/65)
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Valdemar Queiroz
Guiné 63/74 - P12725: Notas de leitura (563): "Murmúrios do vento", da autoria do cap Valdemar Aveiro, o 3º livro de um trilogia sobre a epopeia da pesca do bacalhau, que chegou a ser alternativa à guerra colonial (Prefácio de José António Paradela, arq) (Parte I)
Capa do livro de Valdemar Aveiro: "Murmúrios do vento: recordações da pesca do bacalhau" [ Lisboa: Editorial Futura, 2012, 223 pp + fotos; capa: Sofia Ferreira de Lima, Âncora Editora; reproduzida com a devida vénia].
Dedicatória autografada ao editor do blogue, Luís Graça
Nota biográfica sobre o autor, o capitão Valdemar Aveiro, nascido em 1934, em Ílhavo. Cortesia do autor e do editor.
Índice da obra
PREFÁCIO, por José António Paradela, Arquiteto [natural de Ílhavo, e meu grande amigo]
[por cortesia do prefaciador e do autor da obra, meus amigos de Ílhavo]
“…E dentro de uma geração quem é que se lembrará disto? A menos que fique escrito, tudo se perderá no nada.” (Valdemar Aveiro)
Esta reflexão, respigada do autor, confronta-nos por um lado com o risco de esquecimento da História, reagindo saudavelmente por outro, a essa entropia; à mudez que muitas vezes se segue às vivências cuja violência assume uma dimensão desmedida.
Não é por acaso que só agora, ao fim de mais de três décadas, haja na sociedade portuguesa coragem para contar as histórias que se passaram na segunda metade do século vinte, por aqueles que efetivamente as viveram. Sejam as da guerra colonial, sejam as dessa outra guerra que foi a não menos violenta, porque psicologicamente castradora, da pesca do bacalhau que, ironicamente, chegou a ser alternativa legal à guerra de África.
[Negritos e sublinhados de L.G. Vd. este tópico, a pesca do bacalhau como alternativa à guerra colonial, vd. aqui o respetivo marcador.]
Na verdade quando os acontecimentos superam a capacidade de assimilação do ser humano, este têm de se proteger criando mecanismos de defesa contra o excesso de estímulos de sinal negativo, gerados pelas condições adversas que obrigatoriamente têm de enfrentar. No caso de alguns acontecimentos traumáticos, esse escudo de proteção é porém insuficiente, e deixa marcas profundas que impossibilitam qualquer verbalização.
Tive em casa um exemplo disso: Gostando de escrever histórias nos últimos anos da sua vida, o meu pai nunca relatou, salvo um ou outro episódio da juventude, os mais amargos momentos que passou ao longo de uma vida de 50 anos no mar, embarcado em navios por vezes decrépitos, onde esteve em risco de naufragar várias vezes.
Mas felizmente, não é esse o caso do Capitão Valdemar Aveiro, que publica agora o seu terceiro livro (*), o último de um tríptico magistral, contado quase sempre na primeira pessoa, composto de tábuas pintadas de saborosa e colorida literatura. Essas tábuas são narrativas que formam, sem dúvida, o mais completo políptico sobre a gesta incomensurável da pesca do bacalhau escrita até hoje por quem, na verdade, a viveu.
[Negritos e sublinhados de L.G. Vd. este tópico, a pesca do bacalhau como alternativa à guerra colonial, vd. aqui o respetivo marcador.]
Na verdade quando os acontecimentos superam a capacidade de assimilação do ser humano, este têm de se proteger criando mecanismos de defesa contra o excesso de estímulos de sinal negativo, gerados pelas condições adversas que obrigatoriamente têm de enfrentar. No caso de alguns acontecimentos traumáticos, esse escudo de proteção é porém insuficiente, e deixa marcas profundas que impossibilitam qualquer verbalização.
Tive em casa um exemplo disso: Gostando de escrever histórias nos últimos anos da sua vida, o meu pai nunca relatou, salvo um ou outro episódio da juventude, os mais amargos momentos que passou ao longo de uma vida de 50 anos no mar, embarcado em navios por vezes decrépitos, onde esteve em risco de naufragar várias vezes.
Mas felizmente, não é esse o caso do Capitão Valdemar Aveiro, que publica agora o seu terceiro livro (*), o último de um tríptico magistral, contado quase sempre na primeira pessoa, composto de tábuas pintadas de saborosa e colorida literatura. Essas tábuas são narrativas que formam, sem dúvida, o mais completo políptico sobre a gesta incomensurável da pesca do bacalhau escrita até hoje por quem, na verdade, a viveu.
Outros o têm feito, mas quase sempre como espectadores privilegiados, como Bernardo Santareno, ou Alan Villiers, por exemplo.
Os narradores gostam de começar as histórias com uma descrição das circunstâncias em que foram informados dos factos, a menos que essas histórias se refiram a experiências autobiográficas. É isso que acontece nestes livros de Valdemar Aveiro, permitindo-lhe imprimir a sua marca nas narrativas, como o oleiro na argila do vaso, recheando-as com um cunho de verdade, de saudade, de solidariedade... falando em tons sempre adequados à natureza de cada estória.
Este, é o seu Terceiro Livro, como diz o autor, mas é nele que se encontra o alfa e o ómega desta soberba trilogia: No começo, o retrato do autor enquanto jovem, abrindo as pétalas da vida no despontar da manhã que o traria até estas estórias. No final, a homenagem serena e plena de gratidão àqueles em cujos ombros soube apoiar-se, e que o ajudaram a crescer nos princípios da verticalidade que lhe permitiram estar naquela vida, maior entre os maiores, enfrentando temporais de inveja e mesquinhez, mais traiçoeiros que a ventania no oceano, notavelmente relatadas neste último episódio.
Neste livro, e no espaço intermédio entre a primeira e a última narrativas, outros episódios se vêm somar ao acervo contido nos livros anteriores, pejados da mesma graça, e aguçada escrita, abundante de termos por vezes estranhos, apelando à consulta do glossário.
(Continua) (**)
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Os narradores gostam de começar as histórias com uma descrição das circunstâncias em que foram informados dos factos, a menos que essas histórias se refiram a experiências autobiográficas. É isso que acontece nestes livros de Valdemar Aveiro, permitindo-lhe imprimir a sua marca nas narrativas, como o oleiro na argila do vaso, recheando-as com um cunho de verdade, de saudade, de solidariedade... falando em tons sempre adequados à natureza de cada estória.
Este, é o seu Terceiro Livro, como diz o autor, mas é nele que se encontra o alfa e o ómega desta soberba trilogia: No começo, o retrato do autor enquanto jovem, abrindo as pétalas da vida no despontar da manhã que o traria até estas estórias. No final, a homenagem serena e plena de gratidão àqueles em cujos ombros soube apoiar-se, e que o ajudaram a crescer nos princípios da verticalidade que lhe permitiram estar naquela vida, maior entre os maiores, enfrentando temporais de inveja e mesquinhez, mais traiçoeiros que a ventania no oceano, notavelmente relatadas neste último episódio.
Neste livro, e no espaço intermédio entre a primeira e a última narrativas, outros episódios se vêm somar ao acervo contido nos livros anteriores, pejados da mesma graça, e aguçada escrita, abundante de termos por vezes estranhos, apelando à consulta do glossário.
(Continua) (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 24 de novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2300: Memórias de outra tropa, de outra guerra, a da pesca do bacalhau: escovar a história a contra pêlo (José A. Boia Paradela)
(**) Último poste da série > 14 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12714: Notas de leitura (562): "Usos e Costumes Jurídicos dos Fulas da Guiné-Bissau", por Artur Augusto da Silva (Mário Beja Santos)
(*) Vd. poste de 24 de novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2300: Memórias de outra tropa, de outra guerra, a da pesca do bacalhau: escovar a história a contra pêlo (José A. Boia Paradela)
(**) Último poste da série > 14 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12714: Notas de leitura (562): "Usos e Costumes Jurídicos dos Fulas da Guiné-Bissau", por Artur Augusto da Silva (Mário Beja Santos)
Guiné 63/74 - P12724: Parabéns a você (692): António Eduardo Carvalho, ex-Cap Mil da CCAÇ 3 e CCAÇ 19 (Guiné, 1974)
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Nota do editor
Último poste da série de 14 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12715: Parabéns a você (691): Senhora Dona Clara Schwarz, Grã-Tabanqueira, mãe do nosso amigo Pepito, que a partir de hoje fica a um pequeno passo do seu centenário
Nota do editor
Último poste da série de 14 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12715: Parabéns a você (691): Senhora Dona Clara Schwarz, Grã-Tabanqueira, mãe do nosso amigo Pepito, que a partir de hoje fica a um pequeno passo do seu centenário
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Guiné 63/74 - P12723: Tabanca Grande (427): António Cândido da Silva Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527 (Teixeira Pinto e Pelundo, 1963/65)
1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano António Cândido da Silva Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527, Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió, 1963/65, com data de 6 de Fevereiro de 2014:
Olá camarada
Navegando pela Net deparei com o teu blogue que me chamou a atenção visto ter sido Furriel Miliciano pertencente à Companhia de Artilharia 527, sediada em Teixeira Pinto / Guiné, de 1963 a 1965.
Estive também nos destacamentos de Caió, Cacheu, Pelundo e Jolmete.
Pertencíamos ao Batalhão de Bula sob o comando do TCor. Hélio Felgas e participámos em diversas operações em Binar, Bissorã, etc.
Será que me poderei inscrever no teu blogue?
António C. Medina
2. No mesmo dia foi enviada esta mensagem ao António Medina:
Caro camarada Medina:
Muito obrigado pelo teu contacto.
Desculpa o tratamento por tu, mas é uma boa norma que seguimos na tertúlia para que não haja distinção entre idades, antigos postos militares, habilitações literárias, profissão, etc.
Receber-te-emos com todo o prazer na tertúlia. Para tal, além do posto que já sabemos, queríamos a tua especialidade e receber as duas fotos da praxe, uma do teu tempo de Guiné e outra actual, se possível tipo passe, se não umas que possamos transformar.
Poderás em jeito de apresentação, falar de ti ou contar uma pequena história. Posteriormente poderás colaborar no Blogue enviando fotos (com legendas) e contando as tuas memórias do início da guerra na Guiné, na qual foste protagonista.
Qualquer dúvida que tenhas é só perguntar que nós aqui estamos para ajudar.
Ao teu dispor os editores:
Luís Graça - luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
Carlos Vinhal - carlos.vinhal@gmail.com
Eduardo Magalhães - magalhaesribeiro04@gmail.com
Ficamos à espera das tuas próximas notícias.
Abraço
Carlos Vinhal
3. Ainda no mesmo dia recebemos esta mensagem:
Olá Vinhal:
Regressei a Portugal para o Centro de Operações Especiais em Lamego para depois seguir para a Guiné fazendo parte da Companhia de Intervenção - Artilharia 527.
O meu batismo de fogo foi em Fajonquito quando estávamos estacionados no Olossato.
Convém mencionar que depois de terminada a comissão regressei à Guine onde fui admitido como empregado bancário em Bissau.
Dez anos depois, e com a Independência, segui para Lisboa como bancário.
Hoje sou imigrante nos USA desde 1980, residindo no Estado de Massachusetts.
[...]
Um abraço a todos
António Medina
OBS: Há mais troca de mensagens que não têm interesse pois são acertos técnicos quanto a fotos, etc.
Aqui ficam as que recebemos via mail:
3. Comentário do editor:
Caro camarada e amigo António Medina.
Renovo os nossos agradecimentos por te juntares a esta família de ex-combatentes da Guiné.
Com poucas palavras contaste-nos já muito.
Estiveste na Guiné mesmo no início da guerra, mas novidade para ti era mesmo só a guerra já que África te corria no sangue, como ilhéu de Cabo Verde.
Foste também mais um dos camaradas que terminada a sua comissão de serviço resolveu ficar a trabalhar naquele país, embora no teu caso só até à sua independência. O outro nosso camarada Mário Serra de Oliveira ficou até bastante mais tarde. Provavelmente hás-de conhecê-lo já que era um industrial da área da hotelaria, era o dono do Pelicano. Curiosamente, como tu, vive aí nos States.
Tanto na condição de ex-combatente, como depois na de residente, poderás fazer-nos o retrato do que viveste na Guiné. Hás-de ter muitas histórias para nos contar.
Para poderes acederes ao Blogue, guarda nos teus favoritos esta ligação: http.//blogueforanadaevaotres.blogspot.pt
Para enviares fotos ou textos para publicação tens estes endereços:
luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
carlos.vinhal@gmail.com
e
magalhaesribeiro04@gmail.com
Para te tirar qualquer dúvida, já sabes "onde moro".
Recebe um abraço de boas-vindas dos editores e da tertúlia.
O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor:
Último poste da série de 13 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12712: Tabanca Grande (426): Carlos Gomes Ricardo Cor Inf DFA (ex-Alferes da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bula e Bissum Naga, 1967/68; ex-Capitão, CCS/QG/Bissau e CMDT da CCAÇ 3, Guidaje, 1970/72)
Olá camarada
Navegando pela Net deparei com o teu blogue que me chamou a atenção visto ter sido Furriel Miliciano pertencente à Companhia de Artilharia 527, sediada em Teixeira Pinto / Guiné, de 1963 a 1965.
Estive também nos destacamentos de Caió, Cacheu, Pelundo e Jolmete.
Pertencíamos ao Batalhão de Bula sob o comando do TCor. Hélio Felgas e participámos em diversas operações em Binar, Bissorã, etc.
Será que me poderei inscrever no teu blogue?
António C. Medina
2. No mesmo dia foi enviada esta mensagem ao António Medina:
Caro camarada Medina:
Muito obrigado pelo teu contacto.
Desculpa o tratamento por tu, mas é uma boa norma que seguimos na tertúlia para que não haja distinção entre idades, antigos postos militares, habilitações literárias, profissão, etc.
Receber-te-emos com todo o prazer na tertúlia. Para tal, além do posto que já sabemos, queríamos a tua especialidade e receber as duas fotos da praxe, uma do teu tempo de Guiné e outra actual, se possível tipo passe, se não umas que possamos transformar.
Poderás em jeito de apresentação, falar de ti ou contar uma pequena história. Posteriormente poderás colaborar no Blogue enviando fotos (com legendas) e contando as tuas memórias do início da guerra na Guiné, na qual foste protagonista.
Qualquer dúvida que tenhas é só perguntar que nós aqui estamos para ajudar.
Ao teu dispor os editores:
Luís Graça - luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
Carlos Vinhal - carlos.vinhal@gmail.com
Eduardo Magalhães - magalhaesribeiro04@gmail.com
Ficamos à espera das tuas próximas notícias.
Abraço
Carlos Vinhal
3. Ainda no mesmo dia recebemos esta mensagem:
Olá Vinhal:
Para já os meus agradecimentos em me aceitarem na tertúlia.
Seguirei as instruções para que de facto possa ser admitido.
Sou de Infantaria com a especialidade de Atirador, tendo frequentado em 1961 a Escola Prática de Infantaria em Mafra e o Centro de Instrução de Sargentos Milicianos em Tavira.
Dei instrução no Regimento de Infantaria 10 em Aveiro, seguindo em 1962 para Cabo Verde, donde sou natural, para mais tarde (1963) ser mobilizado.
Seguirei as instruções para que de facto possa ser admitido.
Sou de Infantaria com a especialidade de Atirador, tendo frequentado em 1961 a Escola Prática de Infantaria em Mafra e o Centro de Instrução de Sargentos Milicianos em Tavira.
Dei instrução no Regimento de Infantaria 10 em Aveiro, seguindo em 1962 para Cabo Verde, donde sou natural, para mais tarde (1963) ser mobilizado.
Regressei a Portugal para o Centro de Operações Especiais em Lamego para depois seguir para a Guiné fazendo parte da Companhia de Intervenção - Artilharia 527.
O meu batismo de fogo foi em Fajonquito quando estávamos estacionados no Olossato.
Convém mencionar que depois de terminada a comissão regressei à Guine onde fui admitido como empregado bancário em Bissau.
Dez anos depois, e com a Independência, segui para Lisboa como bancário.
Hoje sou imigrante nos USA desde 1980, residindo no Estado de Massachusetts.
[...]
Um abraço a todos
António Medina
OBS: Há mais troca de mensagens que não têm interesse pois são acertos técnicos quanto a fotos, etc.
Aqui ficam as que recebemos via mail:
António Medina em Caió
António Medina no Pelundo
António Medina na Mata de Coboiana
3. Comentário do editor:
Caro camarada e amigo António Medina.
Renovo os nossos agradecimentos por te juntares a esta família de ex-combatentes da Guiné.
Com poucas palavras contaste-nos já muito.
Estiveste na Guiné mesmo no início da guerra, mas novidade para ti era mesmo só a guerra já que África te corria no sangue, como ilhéu de Cabo Verde.
Foste também mais um dos camaradas que terminada a sua comissão de serviço resolveu ficar a trabalhar naquele país, embora no teu caso só até à sua independência. O outro nosso camarada Mário Serra de Oliveira ficou até bastante mais tarde. Provavelmente hás-de conhecê-lo já que era um industrial da área da hotelaria, era o dono do Pelicano. Curiosamente, como tu, vive aí nos States.
Tanto na condição de ex-combatente, como depois na de residente, poderás fazer-nos o retrato do que viveste na Guiné. Hás-de ter muitas histórias para nos contar.
Para poderes acederes ao Blogue, guarda nos teus favoritos esta ligação: http.//blogueforanadaevaotres.blogspot.pt
Para enviares fotos ou textos para publicação tens estes endereços:
luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
carlos.vinhal@gmail.com
e
magalhaesribeiro04@gmail.com
Para te tirar qualquer dúvida, já sabes "onde moro".
Recebe um abraço de boas-vindas dos editores e da tertúlia.
O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor:
Último poste da série de 13 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12712: Tabanca Grande (426): Carlos Gomes Ricardo Cor Inf DFA (ex-Alferes da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bula e Bissum Naga, 1967/68; ex-Capitão, CCS/QG/Bissau e CMDT da CCAÇ 3, Guidaje, 1970/72)
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CART 527,
Hélio Felgas (Maj Gen),
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Guiné 63/74 - P12722: Efemérides (148): 9 de Fevereiro de 1974, chegada da CCAÇ 4152/73 ao inferno de Gadamael (Carlos Milheirão)
Vista aérea de Gadamael
Foto: © Cor Art Ref António Carlos Morais da Silva
1. Mensagem de Carlos Milheirão (ex-Alf Mil da CCAÇ 4152/73, Gadamael e Cufar, 1974), com data de 7 de Fevereiro de 2014:
Bom dia
Em primeiro lugar, um abraço a todos os camaradas.
Na passagem 40º aniversário da chegada da CCAÇ 4152 ao "inferno de Gadamael", lembrei-me de actualizar as minhas fotografias da época e actual.
Do mesmo passo e porque comemorei o meu 22º aniversário nas matas de Bolama, durante o IAO, na semana de campo, juntamente com o Comandante da Companhia, Capitão Rodrigo Bello de Serpa Pimentel, vou contar a história da "festa" que oferecemos ao pessoal da Companhia.
Tendo "adquirido" duas cabras que andavam a pastar à beira da picada que ligava o local do acampamento à aldeia vizinha, esfolámo-las e à beira de um pequeno riacho que existia no local, fizemos uma valente fogueira.
Como não havia ingredientes para temperar, demos a volta às rações de combate para juntar o que se pudesse para dar gosto à coisa. As cabras untadas/temperadas com o que havia, lá engendrámos a maneira de as pôr a rodar sobre o brazido. Uma vara a servir de espeto e outras duas, com forcada, a servir de suporte.
Em breve começámos a ficar inebriados com aquele cheirinho da carne assada. Ficaram os ossos limpos.
Que festança!
Sobre a CCAÇ 4152/73:
Digitalização da pág. 423 do 7.º Volume das Fichas das Unidades, Tomo II, Guiné, da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1774)
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Nota do editor
Último poste da série de 16 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12305: Efemérides (147): Dia 9 de Novembro de 2013, data em que se assinalaram os seguintes aniversários: 95 Anos do Dia do Armistício da Grande Guerra, 90 Anos do Dia da Liga dos Combatentes e 39 Anos do Fim da Guerra do Ultramar (José Marcelino Martins)
Guiné 63/74 - P12721: Agenda cultural (301): Tertúlia Fim do Império, dias 18 de Fevereiro, 18 de Março, 1 de Abril e 20 de Maio de 2014, às 15h00, na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, em Oeiras (Manuel Barão da Cunha)
1. Mensagem do Coronel Cav Ref Manuel Barão da Cunha que foi CMDT da CCAV 704/BCAV 705, Guiné, 1964/66:
Caríssimos camaradas e amigos,
Anexo convite para 11.º ciclo da tertúlia "Fim do Império, Olhares sobre a Pátria e consequências do Fim do Império", a realizar na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, em Oeiras, nos dias 18 de Fevereiro, 18 de Março, 1 de Abril e 20 de Maio de 2014, às 15h00.
Fiquem bem,
MBC
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Nota do editor
Último poste da série de 1 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12663: Agenda cultural (301): Tertúlia Fim do Império, dias 13 de Fevereiro, 13 de Março, 10 de Abril e 8 de Maio de 2014, às 15h00, na Messe de Oficiais, Praça da Batalha, Porto
Caríssimos camaradas e amigos,
Anexo convite para 11.º ciclo da tertúlia "Fim do Império, Olhares sobre a Pátria e consequências do Fim do Império", a realizar na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, em Oeiras, nos dias 18 de Fevereiro, 18 de Março, 1 de Abril e 20 de Maio de 2014, às 15h00.
Fiquem bem,
MBC
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Nota do editor
Último poste da série de 1 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12663: Agenda cultural (301): Tertúlia Fim do Império, dias 13 de Fevereiro, 13 de Março, 10 de Abril e 8 de Maio de 2014, às 15h00, na Messe de Oficiais, Praça da Batalha, Porto
Guiné 63/74 - P12720: Os nossos seres, saberes e lazeres (67): Passagens da sua vida - 7000 milhas através dos Estados Unidos da América (10) (Tony Borié)
1. Em mensagem do dia 9 de Fevereiro de 2014, o nosso camarada Tony Borié (ex-1.º Cabo Operador Cripto do Cmd Agru 16, Mansoa, 1964/66), enviou-nos o 10.º e último episódio da sua viagem/aventura de férias, num percurso de 7000 milhas (sensivelmente 11.265 quilómetros) através dos Estados Unidos da América, na companhia de sua esposa.
Companheiros, esta é a parte final da viajem.
A intenção foi que viajassem comigo, que desfrutassem os momentos, que esquecessem a guerra que vivemos lá na Guiné, quando éramos jovens e andávamos naqueles Unimog’s, GMS’s, Berliete's, ou na avioneta do Honório, sem falar no “carro dos doentes”, que vinha todas as semanas para o Hospital, na capital, onde quase todos vinham com dores. E não quero ir mais longe lembrando aquelas viagens “acagaçadas”, nas auto-metralhadoras que iam na frente das colunas de Mansoa para Bissorã ou Mansabá, e algumas até eram improvisadas! “Puta de vida”.
Vamos esquecer os tiros e tentar tirar algum benefício do tempo que nos sobra.
Portanto...
A manhã ia alta, não havia aquela humidade e os malditos mosquitos, como lá na Guiné, (lá estou outra vez lembrar a guerra, porra, não tenho emenda, agora é de vez, cá vai), tomámos o café da manhã em família, no principal compartimento da habitação, envidraçada, com o sol entrando por toda a casa. Abrimos a porta que dava para o terraço, e desfrutámos a bela paisagem sobre o lago Sacandaga, com o sol a despertar, do lado de lá das montanhas, a obrigar-nos a colocar a mão sobre os olhos para que melhor desfrutássemos da paisagem de sonho que aquele local privilegiado nos proporcionava.
Despedidas, abraços, algumas lágrimas e vieram guiar-nos até à estrada principal, já um pouco distante da aldeia de Northville, pois o GPS não tinha sinal naquela zona remota, rumámos em direcção ao sul, tomando de novo a estrada número 90, que nos haveria de levar à estrada, número 87, depois à estrada número 84, onde seguimos até à fronteira de novo com o estado de Pennsylvania, que inicialmente foi colonizada por suecos e neerlandeses, que foram posteriormente excluídos da região pelos britânicos.
Foi na Pennsylvania, que a declaração de independência e a constituição americana foram criadas, tento-se tornado no segundo estado americano, após ter sido rectificada a Constituição Americana em 1787. Foi também a Pennsylvania o palco da batalha mais sangrenta da Guerra Civil Americana, a “Batalha de Gettysburg”.
Continuando na nossa rota, seguimos na estrada número 209, que acompanha o rio Delaware na direcção de norte para sul, passando por campos de milho, áreas com frondosas árvores, devidamente assinaladas, com retiros para piqueniques com mesas e bancos, alguns “trails”, também assinalados, que nos podiam levar até às montanhas de “Poconos”, estrada esta que nos havia de largar na cidade de Stroudsburg, no estado de Pennsylvania, para lá da ponte, sobre este mesmo rio Delaware, que nesta área se alarga, formando alguns lagos, pelo menos na época do verão, na região a que chamam, “Delaware Gap”, que fica entre duas grandes montanhas, que divide o estado de Pennsylvania com o estado de Nova Jersey.
Nas montanhas de Poconos, em companhia do nosso filho, sua amável esposa e nossos netos, permanecemos por 4 maravilhosos dias, brincando e passeando com os netos, uns dias com alguma chuva de montanha, outros dias com “sol de rachar”, visitámos algumas lojas utilitárias, comprando coisas do dia a dia, mudámos de novo o óleo do jeep, e andámos por lugares, alguns nossos conhecidos, outros que eram surpresa.
Num desses dias deslocámo-nos ao vizinho estado de Nova Jersey, para ver e confraternizar com a família amiga do coração, o Jorge e a “Tesse”, (o Jorge, é o “Zarco”, o tal paraquedista que foi nosso companheiro na Guiné, de quem já falámos por diversas vezes), que também têm residência na Flórida, do lado de lá, no Golfo do México, onde se deslocam periodicamente, e sempre que o fazem, nos dão a honra da sua visita, fazendo sempre uma paragem obrigatória em Palm Coast, no estado da Flórida, claro, onde sempre revivemos alguns momentos da guerra da Guiné.
Estando em New Jersey, tínhamos que visitar a “Ferry Street”, no bairro do Ironbound, naquele Newark, que já foi mais “Português”. Aí fizemos algumas compras de géneros alimentícios, importados de Portugal, pois aquela área é muito habitada por pessoas, que em outros tempos emigraram do nosso Portugal.
Uns dias depois, houve uma festa de anos de um nosso neto, num parque infantil, nas montanhas de Pennsylvania, assistimos a essa festa, e já ia tarde, quando iniciámos a viagem de regresso à Flórida, seguindo na estrada número 476, que atravessa o estado de Pennsylvannia de norte para sul, onde chegando ao estado de Delaware, seguimos na estrada número 95, aquela que nós portugueses quando nela viajamos, dizemos na nossa linguagem, à nossa maneira sempre improvisada de nos fazermos compreender, naquele inglês/americano/português, vindo ou indo para a Flórida, conforme a direcção que tomamos:
- Não tem nada que enganar, é, “Nainiefivenorte”!
Ou se viajam na direcção do sul, dizem:
- Sempre em frente, é, “nainiefivesul”!
E quando lhe perguntam onde se encontram neste trajecto, dizem:
- Passámos no “Pedro”, às tantas horas.
Ou:
- Ainda não chegámos ao “Pedro”!
Para quem não sabe, no final do estado da Carolina do Sul e logo no início do estado da Carolina do Norte, existe uma pequena povoação a que dão o nome “South of the Border”, foi fundada em 1914, mas em 1949, durante a lei seca, como estava situada a sul do estado de Norte Carolina, abriu lá uma pequena taberna que vendia cerveja e alguns outros licores que eram proibidos a norte, claro todos passavam fronteira, e iam a sul comprar cerveja e outros licores, em pouco tempo tornou-se uma povoação famosa, e hoje é ponto de paragem e de referência tanto para as pessoas que viajam para norte, como para sul, onde existe uma enorme povoação com áreas de descanso, estações de serviço, restaurantes, hotéis, parque de diversões, grandes supermercados e outros tipos de comércio próprio de quem viaja.
A mais de 150 milhas de distância já se vêm anúncios na estrada, dizendo que no “South of the Border” está o “Pedro”, que é um típico “bandido mexicano”, que era um “fora da lei”, tal como quando nasceu a povoação, também fora da lei, vendia cerveja e outros licores às pessoas do norte.
Continuando, depois do estado de Delaware, atravessámos o estado de Maryland, entrando no estado de Virginia, passando sobre a ponte, “Woodrow Wilson Bridge”, de onde se avista um pouco de Washington D.C., onde comemos e pernoitámos.
Seguindo viagem ao amanhecer, sempre rumo ao sul, passando pelos estados de Carolina do Norte, a tal povoação a que chamamos “Pedro”, entrando no estado da Carolina do Sul, onde parámos antes de entrar no estado da Geórgia, para retemperar forças, e caminhar um pouco, finalmente atravessámos o estado da Geórgia, onde na berma da estrada existem cartazes anunciando a venda de “pêssegos frescos da quinta”, que no nosso entender, não são lá muito frescos, entrando finalmente no estado da Flórida, com alguma alegria, onde o termómetro do jeep marcava 102 graus de temperatura. (Cerca de 39º Celsius).
Que maravilha, é esta a nossa Flórida, (calor como na Guiné, mas por enquanto sem guerra, peixe da bolanha com arroz, arame farpado, humidade e os inseparáveis mosquitos), pois para frio, chegou mais de trinta anos limpando neve no norte.
Aqui chegámos ao fim da tarde, com algumas saudades da nossa casa.
Este é o final da nossa viagem de férias de 2013, agora vamos cortar a relva, arrumar as ideias, ir à pesca, pensar no que há-de vir no futuro, como só nós portugueses sabemos dizer, pois na nossa idade, não existe nenhum futuro, a palavra futuro é agora, já, neste momento, portanto vamos bebendo uns copos, não água da bolanha, tal como lá na Guiné, talvez cerveja, vinho ou “Vat-69”, lembram-se, só que agora é nos intervalos da medicina.
Até qualquer dia, de novo em férias!
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Nota do editor
(*) Poste anterior de 1 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12661: Os nossos seres, saberes e lazeres (65): Passagens da sua vida - 7000 milhas através dos Estados Unidos da América (9) (Tony Borié)
Último poste da série de 6 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12685: Os nossos seres, saberes e lazeres (66): O fim dos lobos em Brunhoso (Francisco Baptista)
Companheiros, esta é a parte final da viajem.
A intenção foi que viajassem comigo, que desfrutassem os momentos, que esquecessem a guerra que vivemos lá na Guiné, quando éramos jovens e andávamos naqueles Unimog’s, GMS’s, Berliete's, ou na avioneta do Honório, sem falar no “carro dos doentes”, que vinha todas as semanas para o Hospital, na capital, onde quase todos vinham com dores. E não quero ir mais longe lembrando aquelas viagens “acagaçadas”, nas auto-metralhadoras que iam na frente das colunas de Mansoa para Bissorã ou Mansabá, e algumas até eram improvisadas! “Puta de vida”.
Vamos esquecer os tiros e tentar tirar algum benefício do tempo que nos sobra.
Portanto...
A manhã ia alta, não havia aquela humidade e os malditos mosquitos, como lá na Guiné, (lá estou outra vez lembrar a guerra, porra, não tenho emenda, agora é de vez, cá vai), tomámos o café da manhã em família, no principal compartimento da habitação, envidraçada, com o sol entrando por toda a casa. Abrimos a porta que dava para o terraço, e desfrutámos a bela paisagem sobre o lago Sacandaga, com o sol a despertar, do lado de lá das montanhas, a obrigar-nos a colocar a mão sobre os olhos para que melhor desfrutássemos da paisagem de sonho que aquele local privilegiado nos proporcionava.
Despedidas, abraços, algumas lágrimas e vieram guiar-nos até à estrada principal, já um pouco distante da aldeia de Northville, pois o GPS não tinha sinal naquela zona remota, rumámos em direcção ao sul, tomando de novo a estrada número 90, que nos haveria de levar à estrada, número 87, depois à estrada número 84, onde seguimos até à fronteira de novo com o estado de Pennsylvania, que inicialmente foi colonizada por suecos e neerlandeses, que foram posteriormente excluídos da região pelos britânicos.
Foi na Pennsylvania, que a declaração de independência e a constituição americana foram criadas, tento-se tornado no segundo estado americano, após ter sido rectificada a Constituição Americana em 1787. Foi também a Pennsylvania o palco da batalha mais sangrenta da Guerra Civil Americana, a “Batalha de Gettysburg”.
Continuando na nossa rota, seguimos na estrada número 209, que acompanha o rio Delaware na direcção de norte para sul, passando por campos de milho, áreas com frondosas árvores, devidamente assinaladas, com retiros para piqueniques com mesas e bancos, alguns “trails”, também assinalados, que nos podiam levar até às montanhas de “Poconos”, estrada esta que nos havia de largar na cidade de Stroudsburg, no estado de Pennsylvania, para lá da ponte, sobre este mesmo rio Delaware, que nesta área se alarga, formando alguns lagos, pelo menos na época do verão, na região a que chamam, “Delaware Gap”, que fica entre duas grandes montanhas, que divide o estado de Pennsylvania com o estado de Nova Jersey.
Nas montanhas de Poconos, em companhia do nosso filho, sua amável esposa e nossos netos, permanecemos por 4 maravilhosos dias, brincando e passeando com os netos, uns dias com alguma chuva de montanha, outros dias com “sol de rachar”, visitámos algumas lojas utilitárias, comprando coisas do dia a dia, mudámos de novo o óleo do jeep, e andámos por lugares, alguns nossos conhecidos, outros que eram surpresa.
Num desses dias deslocámo-nos ao vizinho estado de Nova Jersey, para ver e confraternizar com a família amiga do coração, o Jorge e a “Tesse”, (o Jorge, é o “Zarco”, o tal paraquedista que foi nosso companheiro na Guiné, de quem já falámos por diversas vezes), que também têm residência na Flórida, do lado de lá, no Golfo do México, onde se deslocam periodicamente, e sempre que o fazem, nos dão a honra da sua visita, fazendo sempre uma paragem obrigatória em Palm Coast, no estado da Flórida, claro, onde sempre revivemos alguns momentos da guerra da Guiné.
Estando em New Jersey, tínhamos que visitar a “Ferry Street”, no bairro do Ironbound, naquele Newark, que já foi mais “Português”. Aí fizemos algumas compras de géneros alimentícios, importados de Portugal, pois aquela área é muito habitada por pessoas, que em outros tempos emigraram do nosso Portugal.
Uns dias depois, houve uma festa de anos de um nosso neto, num parque infantil, nas montanhas de Pennsylvania, assistimos a essa festa, e já ia tarde, quando iniciámos a viagem de regresso à Flórida, seguindo na estrada número 476, que atravessa o estado de Pennsylvannia de norte para sul, onde chegando ao estado de Delaware, seguimos na estrada número 95, aquela que nós portugueses quando nela viajamos, dizemos na nossa linguagem, à nossa maneira sempre improvisada de nos fazermos compreender, naquele inglês/americano/português, vindo ou indo para a Flórida, conforme a direcção que tomamos:
- Não tem nada que enganar, é, “Nainiefivenorte”!
Ou se viajam na direcção do sul, dizem:
- Sempre em frente, é, “nainiefivesul”!
E quando lhe perguntam onde se encontram neste trajecto, dizem:
- Passámos no “Pedro”, às tantas horas.
Ou:
- Ainda não chegámos ao “Pedro”!
Para quem não sabe, no final do estado da Carolina do Sul e logo no início do estado da Carolina do Norte, existe uma pequena povoação a que dão o nome “South of the Border”, foi fundada em 1914, mas em 1949, durante a lei seca, como estava situada a sul do estado de Norte Carolina, abriu lá uma pequena taberna que vendia cerveja e alguns outros licores que eram proibidos a norte, claro todos passavam fronteira, e iam a sul comprar cerveja e outros licores, em pouco tempo tornou-se uma povoação famosa, e hoje é ponto de paragem e de referência tanto para as pessoas que viajam para norte, como para sul, onde existe uma enorme povoação com áreas de descanso, estações de serviço, restaurantes, hotéis, parque de diversões, grandes supermercados e outros tipos de comércio próprio de quem viaja.
A mais de 150 milhas de distância já se vêm anúncios na estrada, dizendo que no “South of the Border” está o “Pedro”, que é um típico “bandido mexicano”, que era um “fora da lei”, tal como quando nasceu a povoação, também fora da lei, vendia cerveja e outros licores às pessoas do norte.
Continuando, depois do estado de Delaware, atravessámos o estado de Maryland, entrando no estado de Virginia, passando sobre a ponte, “Woodrow Wilson Bridge”, de onde se avista um pouco de Washington D.C., onde comemos e pernoitámos.
Seguindo viagem ao amanhecer, sempre rumo ao sul, passando pelos estados de Carolina do Norte, a tal povoação a que chamamos “Pedro”, entrando no estado da Carolina do Sul, onde parámos antes de entrar no estado da Geórgia, para retemperar forças, e caminhar um pouco, finalmente atravessámos o estado da Geórgia, onde na berma da estrada existem cartazes anunciando a venda de “pêssegos frescos da quinta”, que no nosso entender, não são lá muito frescos, entrando finalmente no estado da Flórida, com alguma alegria, onde o termómetro do jeep marcava 102 graus de temperatura. (Cerca de 39º Celsius).
Que maravilha, é esta a nossa Flórida, (calor como na Guiné, mas por enquanto sem guerra, peixe da bolanha com arroz, arame farpado, humidade e os inseparáveis mosquitos), pois para frio, chegou mais de trinta anos limpando neve no norte.
Aqui chegámos ao fim da tarde, com algumas saudades da nossa casa.
Este é o final da nossa viagem de férias de 2013, agora vamos cortar a relva, arrumar as ideias, ir à pesca, pensar no que há-de vir no futuro, como só nós portugueses sabemos dizer, pois na nossa idade, não existe nenhum futuro, a palavra futuro é agora, já, neste momento, portanto vamos bebendo uns copos, não água da bolanha, tal como lá na Guiné, talvez cerveja, vinho ou “Vat-69”, lembram-se, só que agora é nos intervalos da medicina.
Até qualquer dia, de novo em férias!
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Nota do editor
(*) Poste anterior de 1 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12661: Os nossos seres, saberes e lazeres (65): Passagens da sua vida - 7000 milhas através dos Estados Unidos da América (9) (Tony Borié)
Último poste da série de 6 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12685: Os nossos seres, saberes e lazeres (66): O fim dos lobos em Brunhoso (Francisco Baptista)
Guiné 63/74 - P12719: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (17): Já, em 1970, eu fiz o meu levantamento do património histórico da cidade de Tavira e, à falta de máquina fotográfica, tomei uns apontamentos a tinta da china, de que é exemplo paradigmático o da fachada do nosso querido Quartel da Atalaia (Mário Miguéis, ex-fur mil rec inf, Bissau, Bambadinca e Saltinho, 1970/72)
Tavira, 1 de fevereiro de 2014 > Antigo Convento de Nossa Senhora da Graça, agora pousada (Monumento de Interesse Público). Localização: Largo Dr. Jorge Correia, Tavira. No meu tempo,era o quartel da Graça... que servia de apoio ao Quartel da Atalaia: enfermaria militar, campo de instrução física, pista de obstáculos... Foi esactivado em 1974. Diz-me o César Dias, que esteve 6 meses em Tavira (no 2º semestre de 1968, no 1º e 2º ciclos do CMS):
"Luís Graça, na Graça deves ter subido aquela corda que nunca mais terminava, quanto a esse das messes [de sragentos e oficiais, no quartel das Olarias,] também nunca la fui."
Foto: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados
(...) O Convento de Nossa Senhora da Graça, de Tavira é um dos edifícios mais importantes do centro histórico da cidade, pela sua implantação na colina genética, mas também pelo enorme impacto visual na paisagem, destacando-se bem acima da muralha. O edifício religioso veio ocupar uma zona relativamente periférica do primitivo recinto muralhado, onde até ao século XV se localizou a judiaria, precisamente a área oposta à Alcáçova e à principal porta da cidade.
Em 1497, no processo de expulsão dos Judeus que levou à fuga de uns e à conversão de outros, D. Manuel I ordenou a extinção das sinagogas e sua conversão em igrejas ou em edifícios para outros fins. Daqui resultou a desocupação do espaço onde mais tarde Frei Pedro de Vila Viçosa veio a fundar o convento, em 1542, o qual resulta da trasladação de um outro convento que teve vida efémera na praça africana de Azamor.
As obras, todavia, não se iniciaram antes de 1569, dado que os primeiros anos de vida da instituição foram fortemente marcados pela figura de Fr. Valentim da Luz, intelectual que assumia algumas posições protestantes, tendo acabado por ser acusado pela Inquisição e morto num auto de fé em Lisboa.
Dessa primeira construção pouco resta à exceção do claustro, que mantém a estrutura original, de planta quadrangular e realizado a partir de uma conceção renascentista algo erudita, pelo cuidado estilístico colocado na feitura de bases, colunas e capitéis toscanos. Também a igreja, edificada segundo princípios chãos, deve a sua estrutura atual ao primitivo templo da segunda metade do século XVI, embora tenha sido adulterada ao longo dos séculos.
As obras de construção do edifício conventual foram lentas, prolongando-se até ao século XVII. No século seguinte, temos muito poucas notícias acerca da sua história, mas parece certo que o convento entrou precocemente em decadência, uma vez que logo pelos meados do século XVIII é referido em estado ruinoso, muito particularmente o seu claustro.
A campanha barroca do edifício conventual iniciou-se em 1749, precisamente no claustro. Esta intervenção, contudo, respeitou a anterior traça renascentista do espaço, resumindo-se a copiar o modelo de suporte definido pela construção quinhentista.
Diferente foi o caso das alas conventuais, integralmente remodeladas numa grandiosa campanha realizada entre 1758 e 1778. Da responsabilidade do arquiteto algarvio Diogo Tavares, figura marcante da arquitetura do tempo barroco na província, e de Mestre Bento Correia, esta campanha encarregou-se de atualizar as dependências, destacando-se a escadaria monumental e a porta de acesso à hospedaria, com o seu tímpano interrompido por frontão triangular. A qualidade e amplitude desta obra encontram-se bem patentes na grandiosa fachada principal do convento, virada a Sul e organizada simetricamente. Definida a dois registos, possui duas poderosas torres retangulares nos limites, sendo os panos intermédios compostos por grandes janelões de molduração barroca.
A partir de 1839, com a extinção das ordens religiosas, o edifício ficou afeto ao Ministério da Guerra, que aqui instalou sucessivas unidades militares.
Em 2003 o conjunto foi adquirido pela Câmara Municipal de Tavira, e posteriormente cedido à ENATUR, que aí instalou uma Pousada. Esta obra possibilitou a intervenção arqueológica no espaço, processo que permitiu já a identificação de um bairro islâmico material do século XIII. (...)
Fonte: IGESPAR.Reproduzido, com da devida vénia, do sítio da Câmara Municipal de Tavira.
Caro Luís:
Serve a presente para apresentar enérgicos protestos em relação à peregrina ideia que tiveste de desafiar o Vinhal a falar e a promover um "passatempo literário" sobre as cidades e vilas que mais amadas ou odiadas foram pela malta durante o nosso percurso militar anterior à Guiné, protestos estes igualmente extensivos a esta espécie de crónica ilustrada que dá pelo título de "Gostei de voltar a Tavira", que até já vai na sua "Parte IV". Ora, toda esta acção concertada e insensata está a contribuir para o descalabro do honesto e difícil trabalho em que estou envolvido: chama-se a isto, no mínimo, concorrência desleal.
Para ser mais directo, que é como quem diz,para maus entendedores, informo que estou, de há uns meses a esta parte, a dedicar as minhas horas de maior tranquilidade à reconstituição do percurso militar atrás referido - no que a mim diz respeito, claro está! - que, naturalmente, abarca esta passagem pelas Caldas e por Tavira. Ora, com esta vossa intromissão no tema em causa, sinto-me, com a razão que, por certo, me darás, , prejudicado com este plagiar por antecipação, já que, para além de apresentardes fotografias que há muito tenho gravadas nas minhas "pen-drive" de estimação, chegais ao cúmulo de utilizar adjectivos idênticos aos utilizados por mim mesmo nas legendas e na própria narrativa, de que destaco a palavra "ronceiro", para caracterizar o pobre comboio que, coitadito, tinha que percorrer aquelas linhas de ferro do Oeste, Alentejo e quejandas.
Pois, meu caro, olha que, quanto a vistas de Tavira, já, em 1970, eu fiz o meu levantamento do património histórico da cidade, e, à falta de máquina fotográfica, tomei uns apontamentos a tinta da china, de que é exemplo paradigmático o da fachada do nosso querido Quartel da Atalaia, ao qual me liga um episódio com uma certa graça, que me dispenso de contar, por não ser este o espaço mais adequado,nem eu estar interessado em pôr em causa o interesse futuro dos meus potenciais leitores.
E, pronto, meu caro Luís, depois deste comentário brincalhão, resta-me, agora a sério, agradecer-te a ideia que, em boa hora, te iluminou, e ao Vinhal a pronta sequência que, com o seu próprio contributo e com o contributo de vários dos nossos tabanqueiros - comentadores incluídos - muito tem contribuído para um recordar e esclarecer de pormenores que a minha débil memória já não comporta (refira-se que, tempos atrás, sugeri a inclusão de um consultório no nosso blogue, tipo consultório sentimental da "crónica feminina", onde, periodicamente (publicação quinzenal ou mensal), se pudessem colocar questões de ordem técnica e outras ("quantos recrutas estiveram presentes no 4º turno de 69?!...; a que horas era o toque de alvorada?!..."). Enfim, perguntas singelas às quais não faltariam prestáveis camarigos a dar pronta e correcta resposta - admito que a vaga não era,na altura (e aqui altura tem duplo sentido), a mais favorável.
Daqui a nada, com tanta conversa da treta, aproveito para transcrever este comentário para o meu livrinho em embrião - sempre enche mais uma paginazita!...
Como - não sei porquê - me sinto algo generoso nesta noite de gripe e muita chuva, vou remeter ao Vinhal um dos desenhos que ilustram a minha passagem pelas Caldas, pode ser que ele goste. A ti, não ofereço nada, mas felicito-te pelas belíssimas fotografias que tens vindo a publicar.
Um grande abraço,
Mário Miguéis
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Nota do editor:
Último poste da série > 9 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12699: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (16): Não gostaria de regressar ao passado e muito menos em Tavira (Manuel Luís Lomba, ex-fur mil, CCAV 703 / BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66)
Guiné 63/74 - P12718: Blogoterapia (248): In Memoriam: Maria da Graça (1922-2014): Foste uma boa mãe, como todas as mães do mundo... e eu, da minha parte, nunca esquecerei que, com as minhas irmãs e o meu pai, rezavas por mim, todos os dias, nos quase 700 dias em que estive lá longe, na guerra, na Guiné (Luís Graça)
Lourinhã, jardim da Senhora dos Anjos, 1947: eu, aos 8 meses, ao colo da minha mãe, Maria da Graça (1922-204) e ao lado do meu pai, Luis Henriques (1920-2012). Foto: LG |
1. É um sentimento de vazio, de orfandade, de abandono, quando perdemos pai e mãe...
Pode a morte ser mais ou menos esperada...E pode até a vida, de um idoso, doente, já não ter qualquer sentido, pelo menos aos olhos da nossa racionalidade humana, quando a rede de comunicação deixa de funcionar...e uma mãe não reconhece mais o seu filho.
Tive a premonição da morte da minha mãe quando, no sábado passado, fui visitá-la pela última vez, ao Lar e Centro de Dia de Nossa Senhora da Guia, na Atalaia, Lourinhã... Eu e a Alice, que foi para ela uma verdadeira filha... Sempre que lá íamos, quase todo os sábados, à hora do almoço, a Alice gostava de ser ela a dar-lhe a comida... Com infinita paciência e desvelo filial. No sábado, sentimos que a sua hora estava a chegar. Como chegou, às 9 e meia do dia 12.
Na despedida da minha mãe, tive o privilégio de contar com a presença física de bons amigos e camaradas da Guiné que puderam e quiseram deslocar-se à Lourinhã: o Jorge Narciso, que se deslocou do Cadaval, o Humberto Reis (que já passa uma parte da semana na Lourinhã), o Luis R. Moreira, o Miguel e a Giselda Pessoa (que vieram de Lisboa)...
Tive a premonição da morte da minha mãe quando, no sábado passado, fui visitá-la pela última vez, ao Lar e Centro de Dia de Nossa Senhora da Guia, na Atalaia, Lourinhã... Eu e a Alice, que foi para ela uma verdadeira filha... Sempre que lá íamos, quase todo os sábados, à hora do almoço, a Alice gostava de ser ela a dar-lhe a comida... Com infinita paciência e desvelo filial. No sábado, sentimos que a sua hora estava a chegar. Como chegou, às 9 e meia do dia 12.
Na despedida da minha mãe, tive o privilégio de contar com a presença física de bons amigos e camaradas da Guiné que puderam e quiseram deslocar-se à Lourinhã: o Jorge Narciso, que se deslocou do Cadaval, o Humberto Reis (que já passa uma parte da semana na Lourinhã), o Luis R. Moreira, o Miguel e a Giselda Pessoa (que vieram de Lisboa)...
Dezenas e dezenas de camaradas deram-me, à distância, o seu apoio e espiritual, telefonando-me, mandando-me msns ou emails, ou ainda fazendo comentários no nosso blogue e na nossa página do Facebook.
Mesmo nunca tendo conhecido (ou privado com) a minha mãe, associaram-se ao meu pesar e ajudaram-me a suportar um pouco melhor este momento difícil. Pensei também em todos, meus bons amigos e camaradas, quando na quinta-feira, dia 13, disse, no final da missa de corpo presente, a oração que a seguir reproduzo. (**)
______________
2. Oração dos filhos, nora e genros, netos e bisnetos,
demais parentes bem como amigos
que vieram de mais longe ou de mais perto
(Porto, Fundão, Lisboa, Torres Vedras, Nadrupe, Atalaia, Lourinhã...),
para acompanhar a Maria da Graça,
"até à sua última morada",
e a quem eu, a Alice, o João, a Joana e o resto da família da Lourinhã
estamos muito gratos e reconhecidos.
Minha querida mãe,
em nome de todos nós,
tua família e amigos,
e por ser o filho mais velho
deixa-me dizer-te
algumas palavras, breves, de despedida,
mas também de agradecimento e esperança.
Chegaste ao fim da autoestrada da vida,
ao km 91,
serenamente, sem dor, em paz.
E preparas-te para fazer outra viagem,
a travessia do rio Caronte,
como diziam os gregos antigos:
uma viagem de que nenhum mortal alguma vez regressou.
Estamos aqui,
na igreja onde tu me trouxeste para me batizares,
num dia frio como este, em 1947,
estamos hoje aqui
para te dizer
quanto te amamos.
Não ficarás na história com H grande,
mas ficas na nossa história,
nos nossos corações,
nas nossas memórias,
nas fotos e vídeos que fizemos,
nas palavras que sentimos,
nas palavras que te dissemos ou escrevemos,
nos gestos de amor, afeto e carinho
que trocámos…
Despedes-te da terra da alegria,
como diz o poeta Ruy Belo,
despedes-te da grande família
que, como uma verdadeira matriarca,
criaste, alimentaste, cuidaste…
Não vou dizer que foste a melhor mãe do mundo
porque estaria a fazer comparações sem sentido.
Para nós,
teus filhos, netos e bisnetos,
foste muito simplesmente
a mãe querida,
a sogra amada,
a avó babada,
a bisavó velhinha,
a boa amiga…
Não há palavras
para explicar o mistério da vida e da morte,
mas aqui, nesta oração, cabe uma palavra,
de reconhecimento,
de agradecimento
pelo amor incondicional que sempre tiveste por nós,
e pelo nosso saudoso e querido pai.
Por nós, teus filhos, nunca esqueceremos
os teus pequenos grandes gestos de amor,
desde a preciosa vida que nos deste
até ao desvelo e carinho
com que ajudaste a nascer e a a criar
e viste crescer os teus netos e bisnetos.
Foste uma boa mãe,
como todas as mães do mundo...
e eu, da minha parte, nunca esquecerei
que, com as minhas irmãs e o meu pai,
rezavas por mim, todos os dias,
nos quase 700 dias
em que estive lá longe,
na guerra, na Guiné.
Como rezavas por todos nós,
pelos teus demais filhos e netos
nas horas difíceis,
na véspera de um exame
ou na hora incerta de um parto.
Tal como pai, que tratava carinhosamente
por “Maria, minha cachopa”,
partes em paz contigo,
com o mundo,
e com Deus.
A tua vida foi um livro aberto,
a de um mulher simples e generosa
que nada ou muito pouco pedia em troca
e que tanto deu,
em serviço aos outros.
A tua vida,
a tua morte
são também um exemplo,
para todos nós,
de esperança, de tenacidade, de verdade e de bondade.
O teu exemplo e a tua doce memória
vão-nos acampanhar pelo resto das nossas das vidas.
Deixa-me, por mim, mandar-te um recado
dos teus netos e bisnetos,
estão aqui todos,
exceto o Filipe
que não pôde vir a tempo, de Inglaterra,
mas que está connosco em pensamento.
Avó linda, avó velhinha,
estamos-te gratos
por tudo o que nos deste em vida.
Falaremos de ti com saudade e ternura.
Vela por nós,
lá do alto,
onde já tens uma estrelinha com o teu nome,
Maria da Graça.
Lourinhã, Igreja de Nossa Senhora do Castelo,
13/2/2014
Luís Graça
Mesmo nunca tendo conhecido (ou privado com) a minha mãe, associaram-se ao meu pesar e ajudaram-me a suportar um pouco melhor este momento difícil. Pensei também em todos, meus bons amigos e camaradas, quando na quinta-feira, dia 13, disse, no final da missa de corpo presente, a oração que a seguir reproduzo. (**)
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2. Oração dos filhos, nora e genros, netos e bisnetos,
demais parentes bem como amigos
que vieram de mais longe ou de mais perto
(Porto, Fundão, Lisboa, Torres Vedras, Nadrupe, Atalaia, Lourinhã...),
para acompanhar a Maria da Graça,
"até à sua última morada",
e a quem eu, a Alice, o João, a Joana e o resto da família da Lourinhã
estamos muito gratos e reconhecidos.
Minha querida mãe,
em nome de todos nós,
tua família e amigos,
e por ser o filho mais velho
deixa-me dizer-te
algumas palavras, breves, de despedida,
mas também de agradecimento e esperança.
Chegaste ao fim da autoestrada da vida,
ao km 91,
serenamente, sem dor, em paz.
E preparas-te para fazer outra viagem,
a travessia do rio Caronte,
como diziam os gregos antigos:
uma viagem de que nenhum mortal alguma vez regressou.
Estamos aqui,
na igreja onde tu me trouxeste para me batizares,
num dia frio como este, em 1947,
estamos hoje aqui
para te dizer
quanto te amamos.
Não ficarás na história com H grande,
mas ficas na nossa história,
nos nossos corações,
nas nossas memórias,
nas fotos e vídeos que fizemos,
nas palavras que sentimos,
nas palavras que te dissemos ou escrevemos,
nos gestos de amor, afeto e carinho
que trocámos…
Despedes-te da terra da alegria,
como diz o poeta Ruy Belo,
despedes-te da grande família
que, como uma verdadeira matriarca,
criaste, alimentaste, cuidaste…
Não vou dizer que foste a melhor mãe do mundo
porque estaria a fazer comparações sem sentido.
Para nós,
teus filhos, netos e bisnetos,
foste muito simplesmente
a mãe querida,
a sogra amada,
a avó babada,
a bisavó velhinha,
a boa amiga…
Não há palavras
para explicar o mistério da vida e da morte,
mas aqui, nesta oração, cabe uma palavra,
de reconhecimento,
de agradecimento
pelo amor incondicional que sempre tiveste por nós,
e pelo nosso saudoso e querido pai.
Por nós, teus filhos, nunca esqueceremos
os teus pequenos grandes gestos de amor,
desde a preciosa vida que nos deste
até ao desvelo e carinho
com que ajudaste a nascer e a a criar
e viste crescer os teus netos e bisnetos.
Foste uma boa mãe,
como todas as mães do mundo...
e eu, da minha parte, nunca esquecerei
que, com as minhas irmãs e o meu pai,
rezavas por mim, todos os dias,
nos quase 700 dias
em que estive lá longe,
na guerra, na Guiné.
Como rezavas por todos nós,
pelos teus demais filhos e netos
nas horas difíceis,
na véspera de um exame
ou na hora incerta de um parto.
Tal como pai, que tratava carinhosamente
por “Maria, minha cachopa”,
partes em paz contigo,
com o mundo,
e com Deus.
A tua vida foi um livro aberto,
a de um mulher simples e generosa
que nada ou muito pouco pedia em troca
e que tanto deu,
em serviço aos outros.
A tua vida,
a tua morte
são também um exemplo,
para todos nós,
de esperança, de tenacidade, de verdade e de bondade.
O teu exemplo e a tua doce memória
vão-nos acampanhar pelo resto das nossas das vidas.
Deixa-me, por mim, mandar-te um recado
dos teus netos e bisnetos,
estão aqui todos,
exceto o Filipe
que não pôde vir a tempo, de Inglaterra,
mas que está connosco em pensamento.
Avó linda, avó velhinha,
estamos-te gratos
por tudo o que nos deste em vida.
Falaremos de ti com saudade e ternura.
Vela por nós,
lá do alto,
onde já tens uma estrelinha com o teu nome,
Maria da Graça.
Lourinhã, Igreja de Nossa Senhora do Castelo,
13/2/2014
Luís Graça
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 12 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12711: In Memoriam (177): Senhora Dona Maria da Graça (1922-2014), mãe do nosso editor Luís Graça
(**) Último poste da série > 20 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12610: Blogoterapia (247): Reacções intempestivas dos ex-combatentes face a situações provocadoras de stresse (Abel Santos)
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 12 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12711: In Memoriam (177): Senhora Dona Maria da Graça (1922-2014), mãe do nosso editor Luís Graça
(**) Último poste da série > 20 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12610: Blogoterapia (247): Reacções intempestivas dos ex-combatentes face a situações provocadoras de stresse (Abel Santos)
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Guiné 63/74 - P12717: Os nossos médicos (73): Memórias do Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico dos BCAÇ 3872 e 4518 (6): Em Bubaque, como subdelegado de saúde
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 9
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 11
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 12
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 18
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 17
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 14
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 13
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 15
Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Ilha de Bubaque > c. 1973/74 > Foto nº 16
Fotos: © Rui Vieira Coelho (2014). Todos os direitos reservado. [Edição: LG]
1. O Rui Vieira Coelho, ex-al mil médico, do BCAÇ 3872 e 4518 (Galomaro, 1973/74), passou uma temporada no arquipélagos do Bijagós, na qualidade de subdelegado de saúde da região de Galomaro Cossé, a pedido do então Chefe da Saúde Pública, ten cor médico Aragão de Barros.
O Rui não nos disse em que data exata é que lá esteve. Mas deduzo que tenha sido já em 1974, na fase terminal da sua comissão de serviço. De qualquer modo, sabemos que fez serviço em diversas ilhas: Orango, Orangosinho, Caravela, Bubaque, Galinhas, etc. Mas a base era Bubaque, onde havia a casa do médico, ao lado da casa do administrador.
Estas fotos que ele acaba de nos mandar, em 12 do corrente, sem legendas, são de Bubaque.
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Nota do editor
Último poste da série > 4 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12676: Os nossos médicos (72): Memórias do Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico dos BCAÇ 3872 e 4518 (5): Arquipélago dos Bijagós
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