sábado, 3 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13091: Efemérides (152): Inauguração do Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar - 1961-1974 do Concelho de Matosinhos (2): Sessão Solene no Salão Nobre da Câmara Municipal (Carlos Vinhal)

INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL AOS COMBATENTES DA GUERRA DO ULTRAMAR - 1961-1974 DO CONCELHO DE MATOSINHOS

DIA 25 DE ABRIL DE 2014

2 - SESSÃO SOLENE NO SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL


A convite do Edil, Dr. Guilherme Pinto, foram muitas as pessoas que se deslocaram para o Salão Nobre da Câmara Municipal para assistirem à continuação do programa estabelecido para aquela tarde. Com muita alegria nossa, os lugares sentados não chegaram, pelo que distribuídas pelas laterais e fundo do Salão havia muitas pessoas em pé.

 Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos. Um aspecto da assistência

Na foto, individualidades presentes na cerimónia de inauguração do Memorial


Para iniciar a sessão, actuou o Grupo Coral do Núcleo de Matosinhos da LC, composto por sócios e esposas, superiormente ensaiado e dirigido pelo Sargento-Ajudante Luís Manuel Ribeiro.
Aqui interpretavam o Hino da Liga dos Combatentes, que convidamos a ouvir no Facebook, gravado e postado pelo nosso camarada/tertuliano Casimiro Carvalho.

Seguiu-se o momento mais emotivo da cerimónia, a leitura dos nomes dos 70 camaradas matosinhenses caídos em campanha, a cargo do Sargento-Chefe Reformado José Neto e dos combatentes: Ribeiro Agostinho, José Oliveira, Abel Santos, António Maria, Raul Ramos e José Augusto. Por cada nome lido toda a gente gritou "presente".

O Sargento-Chefe Reformado José Neto, também ele um combatente da Guiné, no momento em que iniciava a leitura dos nomes dos nossos malogrados camaradas

Ao combatente José Augusto coube ler os últimos 10 nomes duma lista de 70 que não queríamos que existisse.

Honrados os mortos, chegou o momento de dignificar os vivos. Para tal procedeu-se à imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas a 23 combatentes, entre os quais se encontravam três membros da nossa tertúlia, o Abel Santos, o António Maria e o Ribeiro Agostinho.


O nosso camarada e tertuliano Abel Santos, por ser, por ordem nominal, o primeiro, foi condecorado pelo senhor Tenente-General Chito Rodrigues 

Os combatentes medalhados. O quarto, também de boina, é o nosso camarada e tertuliano António da Costa Maria. Em terceiro, de blusão castanho, António Fangueiro da Silva que pertenceu ao pelotão do nosso tertuliano Raul Albino da CCAÇ 2402.

Chegou o momento das alocuções que tiveram como intervenientes: o senhor TCor Armando Costa, Presidente do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes; o senhor Tenente-General Chito Rodrigues, Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes e o senhor Dr. Guilherme Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.


O Presidente do Núcleo manifestou a sua satisfação por Matosinhos ter finalmente um memorial aos seus combatentes. Salientou a boa colaboração existente entre a Câmara e o Núcleo, cujos frutos são já visíveis, agradecendo por isso ao executivo na pessoa do seu Presidente, Vereadores e Técnicos.
O Núcleo, que neste dia festejava também o seu 5.º aniversário, muito se orgulha da obra já levada a efeito, continuando contudo atento à necessidade dos combatentes de Matosinhos, quer na saúde quer na vertente social.
Agradeceu ainda a colaboração que um pequeno grupo de combatentes que, mal souberam da criação do Núcleo, se apresentaram e deram a conhecer as suas iniciativas. Ao fim destes cinco anos aquele pequeno grupo cresceu e a colaboração não só se manteve como se implementou.


Seguiu-se a intervenção do Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, que tendo estado em Matosinhos uma primeira vez muito fugazmente, desta vez percorreu parte do Concelho, antes do almoço, para ver o que foi feito para perpetuar o esforço dos matosinhenses, a saber: as placas evocativas aos leceiros caídos nos três TO's no cemitério n.º1 de Leça da Palmeira; o Memorial do Cemitério do Cemitério de Sendim, se não o mais espectacular, por certo o mais bonito do país; a Rotunda dos Combatentes do Ultramar na Senhora da Hora e na freguesia de Matosinhos a Rua dos Combatentes do Ultramar 1961-1974, a que se junta agora o Memorial da Rua Augusto Gomes.

Cemitério n.º 1 de Leça da Palmeira. Coronel Barbosa Pinto, Ten-Gen Chito Rodrigues e TCor Armando Costa.

Não podia deixar de realçar o que o fez vir de Lisboa ao norte, dando os parabéns aos dirigentes do Núcleo, à Câmara e aos combatentes pelo que viu.
Numa intervenção de improviso, algo longa, mas que prendeu a assistência até ao fim, deu como que uma lição de História para realçar o heróico comportamento dos soldados portugueses desde a Primeira Grande Guerra, cujo centenário é este ano lembrado, na qual o nosso país participou activamente, passando pelos expedicionários que rumaram a África para impedir a ocupação das nossas possessões, acabando na guerra do ultramar, a mais longa em que Portugal se viu envolvido e que terminou graças ao derrube do regime então vigente. Lembrou que não foram os militares que perderam aquela guerra. Os militares fazem as guerras porque os governantes as decretam, logo cabe aos poderes políticos acabar com elas. O tributo pago pelos militares profissionais e civis armados saldou-se em muitos milhares de mortos, feridos, estropiados e doentes crónicos, principalmente do foro psicológico.
Hoje em dia Portugal tem um novo tipo de combatentes, um novo desafio menos perigoso, aqueles que actuam para assegurar a paz, seja na Europa, seja na Ásia, sempre a mando do poder político.


Finalmente tomou a palavra, o Presidente da edilidade que agradeceu ao Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes a sua disponibilidade para vir a Matosinhos abrilhantar a cerimónia de inauguração daquele testemunho de apreço ao esforço dos matosinhenses na guerra do ultramar.
Disse mais, que já que o 25 de Abril acabou com aquela guerra de 13 anos, o que mais desejava é que os jovens portugueses nunca mais tenham de voltar a pegar em armas para combater.

Para terminar em beleza aquela cerimónia, o Dr. Guilherme Pinto ofereceu ao Ten-Gen Chito Rodrigues uma serigrafia do arquitecto Alcino Soutinho, autor do projecto que deu corpo ao edifício dos Paços do Concelho de Matosinhos, onde estivemos reunidos.


Por sua vez o Ten-Gen Chito Rodrigues ofereceu um livro com todos os monumentos erigidos pelo país fora em honra dos combatentes, com a promessa de na próxima edição constar já o Monumento de Matosinhos, inaugurado há escassas horas.


Terminada a "troca de galhardetes", nas palavras informais do nosso Presidente da Câmara, aconteceu a segunda actuação do Coro do Núcleo de Matosinhos da LC, agora para interpretar, acompanhado pela assistência, o Hino Nacional.

Eram cerca das 17 horas, mas a tarde ainda era uma menina.
Quem previamente se inscreveu, foi a correr para Leça do Balio, onde, na sede do Núcleo, nos esperava um lanche ajantarado.

Antes de terminar este poste não posso deixar de registar os abraços de parabéns que recebi dos camaradas da nossa tertúlia que se deslocaram a Matosinhos naquela tarde chuvosa de 25 de Abril. Foram eles o José Teixeira, o Eduardo Campos e por último, mas com especial carinho, os infalíveis Eduardo Magalhães e Casimiro Carvalho.

Carlos Vinhal

Fotos: Abel Santos, Carlos Vinhal e Casimiro Carvalho
Legendas: Carlos Vinhal

(Continua)
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Nota do editor

Poste anterior de 2 de Maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13084: Inauguração do Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar - 1961-1974 do Concelho de Matosinhos (1) (Carlos Vinhal)

Guiné 63/74 - P13090: Agenda cultural (314): Palestra "Vidas marcadas pela História: a Guerra Colonial portuguesa e os deficientes das Forças Armadas", dia 7 de Maio de 2014 na ADFA - Av. Padre Cruz - Edifício ADFA - Lisboa

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Nota do editor

Último poste da série de 2 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13083: Agenda cultural (313): 1ª Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo na Guiné-Bissau, Bissau, 26-29 de novembro de 2014: resumos de comunicações até 15 de maio (Naldo Nogueira, NUGAU, Odivelas)

Guiné 63/74 - P13089: Convívios (589): Concentração do pessoal do Agrupamento de Transmissões do CTIG, dia 24 de Maio de 2014 nas Caldas de Aregos - Resende (Álvaro Vasconcelos)

1. Mensagem do nosso camarada Álvaro Vasconcelos (ex-1.º Cabo Transmissões do STM, Aldeia Formosa e Bissau, 1970/72), com data de 2 de Maio de 2014:

Boa noite. Amigo Vinhal,
Espero que estejas bem, na companhia da Dina.
Já anotei que o próximo Encontro Nacional (IX) será a 14 de Junho, em Monte Real. A seu tempo informarei se posso estar presente, assim como a Lourdes.
Entretanto, queria pedir se é possível publicar no Blogue da "Tabanca Grande" o Convite para a concentração da rapaziada do AGRTMS do CTIG, o qual tomo a liberdade de anexar.
No ano passado o encontro foi na Lagoa Santo André, Santiago do Cacém. Este ano será em Arêgos, nas Caldas com o mesmo nome, Concelho de Resende.
Em 2013, não havendo quem assumisse a organização, para a trazer ao norte, fiz-lo eu!...
Desta forma e para que os Camaradas da Tertúlia, do STM e/ou do AGRTMS do CTIG sejam informados, faço a solicitação devida.

Um abraço,
Álvaro Vasconcelos


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Nota do editor

Último poste da série de 29 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P13063: Convívios (588): XXIII Encontro do pessoal da CCAÇ 1439, Pel Caç Nat 52 e 54 e Morteiro 81, dia 10 de Maio de 2014 em Almeirim (José António Viegas)

Guiné 63/74 - P13088: Bom ou mau tempo na bolanha (54): Caravelas, Bolanhas, Índios & Cowboys! Hoover Dam (Tony Borié)

Quinquagésimo quarto episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.




Há mais de uma dezena de anos, como delegado do sindicato da “United Steelworkers of America”, assisti a uma convenção na cidade de Las Vegas. Era uma daquelas convenções, onde as pessoas se reúnem com tempo para falar de tudo, menos daquilo para que foram delegadas, onde existe comida e bebida, que dá para quatro ou cinco vezes mais do que as pessoas presentes, todas aquelas facilidades e mordomias, que alguém tinha que pagar, onde existem sempre encontros de ocasião, pessoas que só se vêm uma vez na vida e, alguns tinham vindo da Califórnia ou de South Dakota, tal como nós que viemos de New Jersey, mas depois de falar cinco segundos, logo se diz que se lembra muito bem de ter ouvido falar dele.

Num dia em que o programa da convenção designava “viagem de estudo”, fizemos uma visita à barragem de “Hoover Dam”, num pequeno autocarro, com um bar improvisado, acompanhados por umas gentis meninas, que devido ao calor do deserto do estado do Nevada, iam com roupas reduzidas e, por mais que elas gentilmente quisessem que a nossa atenção fossem para as suas palavras, quase ninguém ligava nada ao que diziam, pois a atenção era para os seus esbeltos corpos, com que o Criador as contemplou! Diziam-nos elas, entre outras coisas, que o cimento que foi colocado no fundo da estrutura da barragem, por volta do ano de 1931, portanto no século passado, ainda continua “fresco”, ainda está a “curar-se” e, que neste momento estão a nascer uns “fungos”, no fundo da bacia da barragem, que daqui a três mil anos farão com que a barragem fique “seca”!


Eu não fiquei no mínimo incomodado com a notícia, pois daqui a três mil anos, já cá devem estar outros, mas pensei que um dia devia de visitar este lugar com mais vagar, pois quem vê cá de cima parece um “mar”, toda aquela zona que se situa a norte e, pensando naquelas rochas, naquele deserto de terras áridas e secas, como deveriam de ser antes desta gigante barragem ser construída.

Pois bem, esse dia veio agora, com todo aquele tempo que nós nesta idade vamos tendo. Na noite anterior, dormimos num “Rancho”, no deserto do Arizona, pela manhã, seguindo pela estrada número 93, no sentido norte, eis-nos próximo da fronteira com o estado do Nevada, descendo por um labirinto de estrada que vai passar sobre a barragem “Hoover Dam”, que cruza a fronteira entre estes dois estados.


Na altura uma grandiosa ponte estava em construção sobre a barragem que faz fronteira com o estado de Nevada, portanto seguindo pela estrada número 93, temos que passar por cima da barragem, portanto, a estrada desce, com algumas curvas apertadas, onde existem alguns locais com vista privilegiada, podendo-se apreciar uma imensidão de água, entre as rochas, e depois da barragem, o precipício onde o rio continua a sua jornada.

A barragem “Hoover Dam”, está localizada entre os estados de Arizona e Nevada, no rio Colorado, ficando mais ou menos a 50 quilómetros da cidade de Las Vegas, o seu nome é uma homenagem a Herbert Hoover, que foi o 31.º Presidente dos USA, e que foi muito importante no processo da sua construção.


Esta barragem, além da energia eléctrica, forma uma albufeira que funciona como reservatório, a que dão o nome de “Lago Mead”, que presta uma homenagem a Elwood Mead, é o maior projeto dos Estados Unidos da América, sendo considerada como um “Marco Histórico Nacional”.

Uma curiosidade, muito próximo existe a cidade de Boulder City, que foi construída pelo Gabinete de Reclamações dos USA, para abrigar os trabalhadores que operaram na construção da barragem. Uma lembrança dos tempos da construção da barragem é a proibição dos jogos de azar no território da cidade, sendo que somente Panaca, um município próximo, onde existe uma colónia “Mormon”, que também proíbe o jogo no estado de Nevada. Outra lei que havia na cidade era a proibição das bebidas alcoólicas, que entretanto foi derrubada em 1969.


A construção foi iniciada em 1931 e terminada em 1936, dois anos antes do prazo estipulado, custou naquele tempo 48 milhões de dólares e morreram 96 operários durante todo o processo de construção. A barragem mede 221 metros de altura e 379 de largura, a sua base tem 200 metros de espessura e 15 no topo, onde passa uma estrada que faz a ligação entre os dois estados.
Por aqui nos demorámos algumas horas, tirando fotos, fazendo o “tour”, vendo as “turbinas” e a água revoltosa lá no fundo logo a seguir à barragem, onde de vez em quando existe alguma descarga.


Seguimos a nossa rota em direcção a Las Vegas, parando umas milhas antes da cidade, no centro de informação, procurando hotel de acordo com a nossa condição financeira, pois como já sabem, já não era a primeira vez que por aqui andávamos e, para quem não sabe, em Las Vegas qualquer pessoa pode gastar milhares de dólares para dormir uma noite, dependendo das mordomias, até pode dormir pelos típicos $29.99 por uma noite, pode até simplesmente não pagar nada, (sendo delegado de qualquer coisa e, sendo convocado para ir às tais convenções), ou naquelas promoções de certos hotéis/ casinos, onde estamos a dormir, ouvindo e pensando no “tilintar” das moedas nas máquinas de jogo.
Las Vegas é famosa pelos seus casinos, a Las Vegas Boulevard, mais conhecida por “Strip”, é onde se encontram os mais imponentes casinos do mundo, como o Bellagio, Caesars Palace, Excalibur, Luxor, Mandaly Bay, MGM Grand, Monte Carlo, New York, Treasure Island, entre muitos outros.

Dormimos num hotel/casino umas milhas antes, por um preço irrisório e ainda com cupões para a comida.

No próximo episódio, se vocês concordarem, falaremos então de Las Vegas.

Tony Borie, Abril de 2014.
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Nota do editor

Último poste da série de 26 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P13048: Bom ou mau tempo na bolanha (53): "Cristo", o Carpinteiro (Tony Borié)

Guiné 63/74 - P13087: Em busca de... (243): Anselmo Soares Moreira, ex-sold, CCAÇ 1419 (Bissorã, 1965/67), a viver em França... Próximo convívio da companhia: 10 de Maio, Rio Tinto, Gondomar (Manuuel Joaquim)




1. Mensagem, com data de 30 de abril último, do nosso leitor (e camarada) Anselmo Soares Moreira, residente em França:

Olá, um abraço a todos!... Venho por este email se caso seja possível me informarem:

Eu, Anselmo Soares Moreira,  soldado da companhia de caçadores 1419 que estive na Guiné em 65/67 em Bissorã, gostava de  saber se este ano, 2014,  fazem convívio,  pois como me encontro em França não recebo notícias, nem sei qual o motivo porque que não me enviam  correio para cá...

Pois se algum colega me pudesse informar,  eu agradecia. Obrigado.


2. Mensagem do Manuel Joaquim, a quem pedi que respondesse ao seu camarada de companhia:

Olá, Luís, muito boa tarde.

Irei contactar o meu camarada Anselmo Moreira mas não sei se ainda há tempo para ele poder comparecer na confraternização anual da CCaç 1419, a realizar no próximo dia 10 de maio no "Choupal dos Melros", Quinta dos Choupos, Fânzeres, Rio Tinto, Gondomar. As inscrições fecharam a 30 de Abril mas este facto não impede que o camarada Moreira compareça, caso o deseje fazer. Terá de falar com o organizador, o camarada Joaquim Silva e penso que alguma coisa se há de arranjar. Anexo o anúncio do acontecimento.

Votos de óptima e rápida recuperação. Espero que não te apaixones pelas canadianas e que as mandes dar uma volta o mais depressa possível! Até lá, aproveita bem esse convívio, trata-as bem que elas bem te querem também. Abraço amigo do

Manuel Joaquim
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Guiné 63/74 - P13086: Parabéns a você (728): Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAV 3366 (Guiné, 1971/73)

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Nota do editor

Último poste da série de 1 de Maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13075: Parabéns a você (727): José Carlos Neves, ex-Soldado TRMS do STM (Guiné, 1974) e Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil Cav da CCAV 703 (Guiné, 1964/66)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13085: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (12): ainda a propósito da última sondagem, pergunto: "afinal, o que é que os ex-combatentes querem, devem querer ou será justo que o País lhes dê ? "

1. Texto enviado a 18 de abril último, pelo nosso camarada António J. Pereira da Costa, autor da série "A minha guerra a petróleo":

Camarada

Reporto-me ao inquérito que lançaste para “ocupar” o blog, nesta altura em que as férias começam a fazer rarear as nossas intervenções. Desta vez (vá lá...) concordo contigo e considero muito pertinentes as perguntas. Essencialmente, põe-se a questão de saber se conseguiremos transmitir aos vindouros o que foi o fenómeno sociológico em que fomos obrigados a participar. Seria lógico que começássemos pelos nossos filhos, mas, como viste, há uma grande dificuldade em passar testemunho a alguém que nos seria – ou é – muito próximo, mas que, todavia, parece pouco receptivo a captar a nossa mensagem.

Nesta análise reporto-me ao meu primeiro post que, se me não engano, chamou-se “Quem Somos?”.

Nessa altura, confesso que “entrei a pés juntos” ou, se calhar dei um chuto no baga-baga e a malta que vinha atrás que se desenrascasse. Fui devidamente metralhado, mas, com o tempo, os ânimos pacificaram-se e tenho encontrado muitos camaradas que concordam comigo, o que, de certo modo, prova que eu não estava tão errado quanto parecia…

Há que partir da base de que a passagem de experiências não é possível e quem toma conhecimento de um facto só valorizará e apreciará (devidamente) os intervenientes se estiver disposto a tal e sensibilizado para uma análise (des)apaixonada do sucedido. De outro modo, o assunto cai no esquecimento e, depois, será tema para os estudiosos.

Os estudiosos que já vão surgindo vão começando a analisar o sucedido e até podemos dizer: com certo cuidado e precisão. Só daqui por mais alguns anos começarão a surgir os “verdadeiros” estudiosos que falarão de coisas que só os iniciados compreenderão e valorizarão e, mesmo assim, se puderem ser confrontados com os protagonistas ficarão na sua e recusarão o depoimento… É a lei do funcionamento da História.

Conheces certamente o exemplo da insignificante e desconhecida “Guerra Fantástica” de 1762/63 que só foi fantástica por que não a sentiste na pele (e eu também não…). De outro modo teria sido bem real.

São velhos. Estão esquecidos. Porventura toldados na memória. Enfim, o que narram “vale o que vale”.

Eles, os estudiosos, é que sabem. Eles é que leram os papéis…

No que respeita à possibilidade de transmitir a nossa experiência a quem vem a seguir, remeto para as considerações que faço no meu post para “os que vinham chegando, cumprido o dever ou a desobriga” e para a recepção que lhes era propiciada pelos(as) que cá tinham ficado e para quem o próximo jogo do “Glorioso” ou o programa de music-hall que passava na RTP (a P/B,preto e branco,,,) era mais importante do que inteirarem-se e valorizarem o que o amigo ou familiar tinha passado. Isto para não falar da reacção da “entidades oficiais” que continuavam na sua árdua tarefa de tapar o Sol com a peneira.

Contudo, o tempo passou e nunca conseguimos responder a uma pergunta simples ou complexa como são todas as perguntas simples: o que é que os ex-combatentes querem, devem querer ou será justo que o País (e os seus próximos e vindouros lhes dêem? Qual o grau de atenção que merecemos ou fazemos por merecer?

É que, para se ter qualquer coisa, neste caso: respeito, consideração e atenção para o que se fez é necessário lutarmos por isso. E, mesmo que espontaneamente no-los dessem deveríamos sempre lutar para termos um pouco mais.

Temos, contra nós, o facto de apenas termos passado dois anos da nossa vida naquela situação o que, numa vida de mais de sessenta “não tem significado especial” e… o que lá, lá vai.

Além disso – por serem verdadeiras – contamos sempre as mesmas histórias, o que não anima uma reunião de família, nem entusiasma os que nos são queridos nem os amigos e, mesmo as nossas mulheres que começam a não ter paciência para nos aturar… Algumas consideram mesmo que “aquilo são lá coisas deles” e, com uma insensibilidade digna de registo, mas imprópria de quem faz alarde da sua maior sensibilidade atávica, alheiam-se.

Por vezes penso se não teríamos mais e melhor aceitação se não tivéssemos passado o mesmo tempo, mas numa prisão ou num hospital. Julgo que, quando falássemos disso, seríamos mais ouvidos. No fim de contas seria algo mais imaginável por quem não passou pela experiência, embora talvez mais traumatizante.

Atrevo-me a transcrever o que escrevi noutro lugar:

A vida foi correndo (...). Ficámos velhos. E os velhos têm necessidade de recordar, contemplando a vida, para se sentirem gente.

Demos a nossa contribuição, modesta como é sempre é a dos homens do povo feitos soldados. Para quê? Hoje cada vez podemos menos e dentro em breve ninguém nos recordará. E nem pelo facto de termos sido muitos seremos mais recordados. Sabemos que “os povos têm má memória” e que a cultura e o conhecimento de quem fomos ou somos, como povo, é, cada vez menos, uma prioridade na formação e educação dos nossos jovens, logo, do nosso Povo.

Vejam o que sucedeu aos que foram à África nos finais do Séc. XIX e inícios do Séc. XX e ireis observar a dificuldade em invocarmos os que participaram, em Africa ou na Bélgica. Vai ser muito difícil saber os que foram e os que voltaram, mas ainda temos uns dois anos para trabalhar. A I Guerra Mundial começou há 100 anos, mas não para nós…

Sobre este tema sugeria ainda que lessem uma peça de teatro – Nápoles Milionária – que trata do modo como é recebido, no seu meio e pelos seus, um modesto guarda-freio italiano que foi à II Guerra Mundial.

Sentimo-nos orgulhosos – o que não é nada bom – e cremos que não temos hoje nada para provar a ninguém, nem podemos aceitar que nos censurem por aquilo que fizemos ou não fizemos.

Somos hoje Portugueses, com cerca de 60 anos (normalmente mais), com uma experiência traumática, de dois anos, vivida com cerca de 20, mas com reflexos (alguns bastante dramáticos) para toda a vida. Estamos ricos com uma mensagem a transmitir!

É isso que pretendi demonstrar.

No âmbito da celebração dos 10 anos do blog, experimenta organizar um questionário – mais elaborado (esta sociologia em chavetas dos “pensadores” americanos causa-me “bretoêja”) – em que ponhas a questão da comunicação com os netos(as) e com as esposas. Será importante saber a resposta para continuarmos a procurar o nosso lugar na sociedade.

Tenta estender aos colegas de trabalho, correligionários de partido, médicos que nos tratam, vizinhos e amigos. Faz a separação por sexos em vez de tratares, por junto. Tenho para mim que a aceitação junto das mulheres é ínfima e que muitas vezes atinge a repulsa, mas isto sou eu a pensar…

E pronto, amigo, aqui tens, em traços gerais, uma ideia para incendiares o blog em tempo de fogos de Verão. Põem a malta a discutir e a dizer mal, nem que seja uns dos outros, mas, por favor inquéritos em chavetas, não! Quanto melhor não será uma “redacção” sobre o tema: como consigo que as minhas recordações sejam aceites na minha família, círculo de amigos e colegas de trabalho ou reforma?

Um Ab do

António J. P. Costa

[alf art na CART 1692/BART 1914,Cacine, 1968/69;
e cap art cmdt das CART 3494/BART 3873, Ximee Mansambo
e CART 3567, Mansabá, 1972/74; 
hoje cor art reformado, foto á esquerda, acima]:
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Guiné 63/74 - P13084: Efemérides (151): Inauguração do Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar - 1961-1974 do Concelho de Matosinhos (1) (Carlos Vinhal)

INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL AOS COMBATENTES DA GUERRA DO ULTRAMAR - 1961-1974 DO CONCELHO DE MATOSINHOS

DIA 25 DE ABRIL DE 2014

1 - INAUGURAÇÃO E BÊNÇÃO DO MONUMENTO

Quando em 2 de Maio de 2007, numa iniciativa individual, escrevi uma carta ao Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, então no seu primeiro mandato, sensibilizando-o para a necessidade de o nosso Concelho, a exemplo de outros, prestar homenagem aos seus ex-combatentes da Guerra do Ultramar, estava longe de imaginar que em 2014 esta homenagem teria corpo.

No passado dia 25 de Abril, graças à perseverança de quatro ex-combatentes da Guiné, aos quais se foram juntando combatentes de outros TO's, e mais recentemente o recém-instalado Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, que trabalharam de perto com o Dr. Guilherme Pinto e a sua equipa de Vereadores, engenheiros e arquitectos, foi inaugurado um Memorial em honra dos ex-combatentes da Guerra do Ultramar do Concelho de Matosinhos, que ficou localizado no gaveto da Rua Alfredo Cunha, uma das artérias de entrada e saída na cidade, com a Rua Augusto Gomes, muito próximo da Escola Secundária com o mesmo nome, do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Leixões e da recém-inaugurada Rua dos Combatentes do Ultramar - 1961-1974.

Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar 1961-1974, do Concelho de Matosinhos

Pormenor da base do Memorial
Fotos: © Abel Santos (2014)

O Memorial de traça muito simples é uma peça em chapa de aço cortén, com 2 metros de altura, 90 centímetros de largura e 23 de profundidade, gravada e recortada a laser. Na parte frontal da peça podemos apreciar uma gravação a negro da Península Ibérica e do Continente Africano, onde, recortado na chapa se encontram Portugal, ponto de partida dos combatentes e os três Teatros de Operações, Guiné, Angola e Moçambique. Pode-se ler a quem se destina a homenagem “Aos Combatentes do Ultramar 1961-1974” e ainda, a frase “Honrar os mortos e dignificar os vivos”. Entre a chapa frontal e traseira, foram colocados dois pontos de luz, sendo um vermelho e outro verde, que simbolizam a chama da Pátria, ou seja Portugal no Mundo. O Monumento é ainda constituído por um percurso, executado em lajetas de granito, desde o passeio atá à base do monumento. A última dessas lajetas, no encontro com a chapa de aço cortén, tem a inscrição de 70 cruzes que simbolizam os 70 combatentes matosinhenses que faleceram nos Teatros de Operações.

De notar que neste dia tivemos a honra de contar com a presença do Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, Ten-General Chito Rodrigues, que se deslocou a Matosinhos para o efeito, a tempo de ainda almoçar com os órgãos sociais do Núcleo de Matosinhos da Liga, no Centro de Apoio Social do Porto do Instituto de Acção Social das Forças Armadas.

O Ten-General Chito Rodrigues ladeado, à sua direita pelo Cor Barbosa Pinto e à sua esquerda pelo TCor Armando Costa.

Participantes no almoço. 

Foto de família dos participantes no almoço de recepção ao Ten-General Chito Rodrigues

Fotos: © Abel Santos (2014)

As cerimónias começaram às 15 horas sob uma chuva miudinha e persistente, que não constava do programa, e que obrigou a alterações de ordem logística.

Uma primeira parte da cerimónia, no terreno, com uma afluência de público bastante numerosa, não obstante o relativo frio e chuva, foi dedicada à inauguração e evocação religiosa do monumento, Homenagem aos Mortos com deposição de uma coroa de flores seguida de um minuto de silêncio.

A inauguração ficou a cargo do Presidente da Câmara de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, e do Presidente da Direcção Central do Liga dos Combatentes, Ten-General Chito Rodrigues. Ao Pároco de Leça da Palmeira, Padre Francisco Andrade, coube a evocação religiosa e bênção.

Estiveram presentes: a Fanfarra do Regimento de Artilharia 5, um Pelotão do Polo Permanente do Regimento de Transmissões do Porto e os estandartes dos Núcleos da Liga dos Combatentes da Lixa, Penafiel e, como não podia deixar de ser, de Matosinhos.

Um aspecto da assistência momentos antes do início da cerimónia.

Força em Parada presta continência ao senhor Ten-General Chito Rodrigues

Momento da inauguração do Memorial

Momentos após a inauguração. Na foto: Ribeiro Agostinho, Presidente da Assembleia Geral do Núcleo de Matosinhos da LC; TCor Armando Costa, Presidente da Direcção do Núcleo de Matosinhos da LC; Palmira Macedo, Presidente da Assembleia Municipal;  Dr. Guilherme Pinto, Presidenta da Câmara Municipal de Matosinhos e Ten-General Chito Rodrigues, Presidente da Direcção Central da LC.

Momento em que o senhor Padre Francisco Andrade presidia à cerimónia religiosa.

Momento em que alguns familiares dos nossos camaradas caídos em campanha, depositam uma coroa de flores na base do Memorial.

Momento da Homenagem aos Mortos. Pelotão Permanente do Regimento de Transmissões do Porto em Apresentar Armas

Fanfarra do Regimento de Artilharia 5

O nosso muito obrigado aos Núcleos da LC da Lixa e de Penafiel que se fizeram representar pelos seus porta-guiões. À esquerda, lamentavelmente cortado, o Guião do Núcleo de Matosinhos.

Fotos: © Abel Santos (2014)

Se o tempo permitisse, o alinhamento do programa continuaria com a evocação dos nomes dos 70 militares do Concelho de Matosinhos caídos em combate, com a actuação do Grupo Coral do Núcleo de Matosinhos da LC, com a imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas a 23 ex-combatentes e com as alocuções do Presidente da Direcção do Núcleo de Matosinhos da LC, Presidente da Direcção Central da LC e Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, mas não havia condições.

Como se pode verificar, algumas fotos estão manchadas pelas gotas da água da chuva depositadas na objectiva da máquina fotográfica. O tempo não colaborava, e para grandes males, grandes remédios. Por sugestão do Dr. Guilherme Pinto, a sessão continuaria no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, que distava dali pouco mais de uma centena de metros.

(Continua)

Carlos Vinhal

Guiné 63/74 - P13083: Agenda cultural (313): 1ª Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo na Guiné-Bissau, Bissau, 26-29 de novembro de 2014: resumos de comunicações até 15 de maio (Naldo Nogueira, NUGAU, Odivelas)




1. Mensagem de Naldo Nogueira

Data: 28 de Abril de 2014 às 13:03

Assunto: Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo na Guiné-Bissau

Núcleo Guineense de Arquitetura e Urbanismo, NUGAU
Rua dos Bombeiros Voluntários 23, Cv Dta
2675-305 Odivelas
email: ciau.gb2014@gmail.com
http://ciau2014gb.blogspot.pt/
Tlm.: 920 318 402; Tel.: 218 271 971

REF.: AP 015/04.2014

Caríssimos,

Finalmente, ganho a oportunidade para diretamente elogiar o vosso magnifico trabalho: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Um enorme obrigado pelo que estão a fazer pela nossa Guiné.

De qualquer das formas, tomei a liberdade para vos escrever em nome do Núcleo Guineense de Arquitetura e Urbanismo, NUGAU, e assim para vos informar que, em parceria com a Câmara Municipal de Bissau, estamos a organizar a Iª Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo na Guiné-Bissau, a realizar-se de 26 a 29 de Novembro do presente ano, em Bissau.

Vamos ter presenças de Especialistas e Empresas internacionais, Investigadores e Profissionais guineenses, onde abordarão estes 5 capítulos temáticos:

-Arquitetura Vernacular, Materiais e Técnicas Construtivas;
-Salvaguarda Patrimonial e Cultura Construtiva;
-Urbanismo, Ecologia Urbana e Legislações;
-Autossuficiência Energética e Projeto Sustentável;
-Perspetivas de Investigação &  Desenvolvimento.

Sendo um dos objetivos do congresso, prende-se com as componentes da eficiência e sustentabilidade Económica e Empresarial, que naturalmente, vão ser foco de debate em busca da definição integral de estratégias e soluções à curto e médio prazos

Contudo, gostaríamos de poder contar com a vossa colaboração neste evento, ajudando na divulgação do mesmo junto dos vossos parceiros e comunidade profissional e académica, empresas e potenciais investidores neste prometedor mercado guineense, pelo que agradecemos antecipadamente e aguardamos pela resposta.

Gratos pelo tempo e disponibilidade.

Cumprimentos associativos, sou
Naldo Monteiro




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Nota do editor:

Último poste da série > 1 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13077: Agenda cultural (312): Convite para o lançamento do livro “O Corredor da Morte”, de Mário Vitorino Gaspar, no próximo dia 22 de Maio, 4ª feira, pelas 17h30, no Forte do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa, com a presença, entre outros, do ten gen Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes, e do psiquiatra Afonso de Albuquerque, autor do prefácio