1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 13 de Fevereiro de 2014:
Queridos amigos,
O historiador David Castaño é autor de um livro recente sobre o papel de Mário Soares na revolução portuguesa.
No artigo ora em análise, Castaño procede a exame o ideário dos oposicionistas ao regime de Salazar e a evolução operada em Soares sobretudo após a criação da Ação Socialista Portuguesa.
Descreve os equívocos, ilusões e crispações vividos logo no arranque do I Governo Provisório e como foi evoluindo o sentir da descolonização da Guiné, negociações que Soares acompanhou do princípio ao fim e que foram, aliás, as únicas negociações em que Soares agiu como principal negociador português.
Um abraço do
Mário
Mário Soares e a descolonização da Guiné
Beja Santos
A revista Relações Internacionais R:I publicou no seu número de setembro de 2012 o artigo intitulado “Abrindo a Caixa de Pandora: Mário Soares e o início da descolonização”, por David Castaño, investigador do ISCTE e do IPRI, doutor em História Contemporânea e autor do livro “Mário Soares e a Revolução”, Publicações Dom Quixote, 2013. Dá-nos uma grande angular da evolução do pensamento de Soares acerca da do património colonial, clarifica o confronto entre Soares, ministro dos Negócios Estrangeiros e Spínola, presidente da República, e descreve toda a intervenção de Soares na descolonização da Guiné, aliás a única em que interveio.
Primeiro, em 1960, Soares é um dos redatores do Programa para a Democratização da República, documento que registava o ideário da oposição “democrática, republicana, liberal e socialista”. No tocante à política ultramarina, este sector de oposição reclamava “a imediata institucionalização da vida democrática, sem discriminação racial ou política, para todos os territórios e todos os povos”. Indicavam-se várias medidas destinadas à criação de elites locais, entre outras. Ou seja, estava-se ainda longe de falar em autodeterminação e de independência. A proposta foi rapidamente ultrapassada com os acontecimentos de 4 de fevereiro de 1961, em Angola. Neste novo contexto, estes oposicionistas defendiam que o problema ultramarino era essencialmente político, havia que “reencontrar na paz – nunca na guerra – o caminho do diálogo entre as populações”. Um segmento expressivo da oposição cerrou fileiras em torno da defesa da África portuguesa. O livro de Frantz Fanon, entretanto, abalava as gerações mais jovens, a guerra da Argélia tornava-se-lhes claro que chegara a hora de dar um novo rumo às colónias. A Ação Socialista Portuguesa, a partir de 1964, condena política colonial da ditadura, reclama “o direito à autodeterminação e à independência das populações submetidas à nossa soberania”. Em 1970, numa conferência em Nova Iorque, Soares defendeu que a democracia era “incompatível com o prosseguimento da guerra colonial, e defende o fim da guerra". Estas declarações foram um dos motivos que o conduziram ao exílio.
Segundo, à chegada a Lisboa, na Estação de Santa Apolónia, Soares declarou que uma das prioridades imediatas passava por assegurar o “respeito pelos princípios de autodeterminação”, referiu-se aos contactos que durante o exílio tivera com líderes dos movimentos africanos alertou para o perigo do desenvolvimentos de movimentos separatistas brancos. Spínola pede-lhe para efetuar uma viagem pelas principais capitais europeias a fim de explicar o sucedido em Portugal. Durante esse périplo, Soares apercebe-se que quase todos os líderes europeus pressionam os contactos com os movimentos de libertação. Já ministro dos Negócios Estrangeiros, reúne-se com James Callaghan, primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Castaño escreve: “Soares defendeu que a prioridade era a Guiné. Era necessário alcançar um cessar-fogo, separar a questão de Cabo Verde e preparar-se a realização de um referendo quando se realizassem as eleições em Portugal. Em sua opinião, Portugal não podia reconhecer imediatamente a Guiné-Bissau pois não existia um mandato popular nesse sentido já que o Governo em funções tinha origem num golpe militar, pelo que só depois de realizadas eleições em Portugal e consultados os guineenses se poderia dar esse passo”.
Tinham-se iniciado em Londres negociações com uma delegação do PAIGC, Soares acreditava que se ia conseguir um acordo de cessar-fogo, a troca e a libertação de prisioneiros, estabelecer-se-ia a retirada de tropas portuguesas e alguns pontos do território, seguir-se-iam negociações para implementar o princípio da autodeterminação, Soares contava igualmente com a boa vontade da OUA do bloco de Leste. Só que as negociações não evoluíram como o ministro português perspetivara. Os negociadores do PAIGC mostraram-se rígidos, recusaram e consideraram muito grave a proposta de consulta às populações, recordaram que o Estado da Guiné-Bissau já era reconhecido por 84 Estados e que em breve a Assembleia Geral das Nações Unidas podiam admiti a Guiné-Bissau e mais recordaram que a Assembleia Geral já tinha adotado uma resolução em que condenava Portugal pela ocupação ilegal de uma parte do território. As negociações foram interrompidas. No resumo das conversações de Londres, o chefe da delegação do PAIGC, Pedro Pires, anotava que os negociadores portugueses reconheciam que os seus soldados já não queriam combater.
A pressão internacional crescia, os países africanos e os países escandinavos defenderam junto de Mário Soares que Portugal deveria reconhecer, sem qualquer tipo de consulta, o Estado da Guiné-Bissau. Mas Spínola mantinha-se intransigente, queria a realização de consultas populares. E Soares parte para Argel, o PAIGC mantém a sua postura intransigente. Soares mudara entretanto de posição, ele que se revelara defensor da realização de um qualquer tipo de consulta, mesmo para o caso guineense, deixava claro que passara a ser partidário do reconhecimento imediato da Guiné-Bissau. “Numa reunião dos ministro dos Negócios Estrangeiros dos países da NATO, realizada em Otava, nos dias 18 e 19 de junho, Soares informou Callaghan que o caso guineense era peculiar e que a independência poderia vir a ser alcançada sem a realização prévia de uma consulta popular”. Soares reúne-se com Kurt Waldheim, secretário-geral da ONU, e expõe-lhe francamente as diferentes posições em jogo, Waldheim defendeu que se devia fazer uma distinção entre a situação da Guiné-Bissau que já tinha a independência reconhecida.
Terceiro, é a descolonização e as suas vias possíveis que vai precipitar a crise política que levará à queda do primeiro-ministro, Palma Carlos, defensor da aprovação de uma constituição provisória que claramente reconhecesse o princípio do direito à autodeterminação. Os acontecimentos sucediam-se em turbilhão, Waldheim é confrontado com o pedido de adesão da Guiné-Bissau às Nações Unidas, Soares é informado pelos mais variados canais diplomáticos que a maioria esmagadora dos Estados aprova a ideia. O MFA da Guiné intervém, no início de julho aprovara uma moção em que se defendia que “a realidade político-social da República da Guiné-Bissau e do PAIGC” não era “compatível com o seu enquadramento nos limites de uma autodeterminação pela via de um referendo ou qualquer outro processo semelhante”, exigia-se que o Governo português reconhecesse “imediatamente e sem equívocos a República da Guiné-Bissau e o direito à autodeterminação e independência dos povos de Cavo Verde”. Spínola apercebe-se que não tem margem de manobra e promulga a Lei 7/74, que irá ficar a ser conhecida como a lei da descolonização. No início de Agosto, Waldheim chega a Lisboa. No comunicado final da visita, o Governo português declarava-se pronto a reconhecer a República da Guiné-Bissau como Estado independente e disposto a celebrar imediatamente acordos com a República da Guiné-Bissau para a transferência imediata da Administração. A 8 de agosto as negociações foram retomadas em Argel e no dia seguinte os representantes de Portugal e do PIAGC alcançaram um protocolo de acordo. A 26 de agosto, novamente em Argel, assinou-se o acordo e ficou agendado para 10 de setembro o reconhecimento da Guiné-Bissau.
Estas foram as únicas negociações em que Mário Soares agiu como principal negociador português. A partir de julho, com a chegada do major Melo Antunes ao governo como ministro responsável pela descolonização, o MFA tomou as rédeas do processo.
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Nota do editor
Último poste da série de 22 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13524: Notas de leitura (625): “Che Guevara: La clave africana, Memorias de un comandante cubano, mebajador en la Argelia postcolonial”, por Jorge Serguera (Papito) (Mário Beja Santos)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Guiné 63/74 - P13531: Parabéns a você (778): Manuel Carmelita, ex-Fur Mil Radiomontador do BCAÇ 3852 (Guiné, 1971/73)
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Nota do editor
Último poste da série de 24 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13529: Parabéns a você (777): António Fernando Marques, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 12 (Guiné, 1969/71)
Nota do editor
Último poste da série de 24 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13529: Parabéns a você (777): António Fernando Marques, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 12 (Guiné, 1969/71)
domingo, 24 de agosto de 2014
Guiné 63/74 - P13530: Efemérides (173): Romagem anual ao Cemitério de Lavra / Matosinhos, de homenagem aos combatentes mortos na Guerra do Ultramar, levada a efeito no passado dia 8 de Agosto de 2014
ROMAGEM AO CEMITÉRIO DE LAVRA DE HOMENAGEM AOS COMBATENTES LAVRENSES MORTOS NA GUERRA DO ULTRAMAR
8 DE AGOSTO DE 2014
No dia 08 de Agosto de 2014, realizou-se em Matosinhos, na localidade de Lavra, a tradicional romagem anual ao cemitério em homenagem aos combatentes lavrenses mortos na Guerra do Ultramar.
A cerimónia foi promovida pelo Núcleo de Matosinhos, em colaboração com a Junta da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo.
Pelas 11H00, após concentração dos participantes, do porta guião do Núcleo e, de um clarim, caixa de guerra e uma secção tudo da Escola Prática dos Serviços, deu-se inicio à cerimónia com o hastear da bandeira nacional seguido da deposição de uma coroa de flores no memorial em frente ao edifício daquela localidade pelos Presidentes da Junta e da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo.
Momentos que antecederam o hastear da Bandeira Nacional
Força presente nas cerimónias
Coroa de flores depositada no memorial em frente ao edifício daquela localidade pelos Presidentes da Junta e da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo.
Posteriormente, os participantes seguiram em romagem ao cemitério local em marcha cadenciada pela caixa de guerra, acompanhando o porta guião do Núcleo e a força militar.
Deslocação para o cemitério local. Como Porta-Bandeira o camarada Amorim
Pelas 11H15, já no cemitério junto ao Panteão onde se encontram os lavrenses que tombaram pela Pátria e dando continuidade ao programa traçado, foram proferidas alocuções alusivas ao ato pelos: Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo, Sr. Ribeiro Agostinho e pelo Presidente da Junta da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Sr. Rodolfo Mesquita.
Ex-combatentes da Guerra do Ultramar e Força Militar presentes
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, ex-combatente Ribeiro Agostinho, na sua intervenção
Presidente da Junta da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Dr. Rodolfo Mesquita, no uso da palavra
Concluídas as intervenções, foi iniciada a homenagem aos mortos com a deposição de uma coroa de flores, no referido Panteão, pelos dois representantes, continuando com os respetivos toques de homenagem aos mortos e na altura do minuto de silêncio, foi proferida uma prece pelo sócio combatente, Sr. Abel Moreira dos Santos.
Deposição de uma coroa de flores no Panteão existente no cemitério de Lavra pelo Dr. Rodolfo Mesquita e pelo ex-Combatente Ribeiro Agostinho
O ex-combatente Abel Santos que teve a seu cargo a prece.
Por último, foi cantado o Hino Nacional.
Terminada a cerimónia, foi servido um porto de honra no Polo da União de Freguesias a todos os participantes, onde, num ambiente de franco convívio e camaradagem, foi oferecido ao Presidente do executivo da União de Freguesias uma lembrança do Núcleo, materializando-se assim a continuidade da excelente parceria entre as duas instituições.
O Porto de Honra.
Momento da entrega de uma lembrança pelo ex-Combatente Ribeiro Agostinho, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, ao DR. Rodolfo Mesquita, Presidente da Junta da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo
Texto e fotos: Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes
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Nota do editor
Último poste da série de 13 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13494: Efemérides (172): Ainda o Naufrágio no Rio Geba em 10 de Agosto de 1972, aflorado no P10246
Guiné 63/74 - P13529: Parabéns a você (777): António Fernando Marques, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 12 (Guiné, 1969/71)
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Nota do editor
Último poste da série de 22 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13523: Parabéns a você (776): Carlos Cordeiro, ex-Fur Mil Inf (Angola) - Grã-Tabanqueiro, Prof. Universitário em Ponta Delgada, e J.L. Vacas de Carvalho, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2206 (Guiné, 1969/71)
Nota do editor
Último poste da série de 22 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13523: Parabéns a você (776): Carlos Cordeiro, ex-Fur Mil Inf (Angola) - Grã-Tabanqueiro, Prof. Universitário em Ponta Delgada, e J.L. Vacas de Carvalho, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2206 (Guiné, 1969/71)
sábado, 23 de agosto de 2014
Guiné 63/74 - P13528: Convívios (618): Rescaldo do Encontro das CCAÇ 3327 e 3328, levado a efeito no passado dia 26 de Julho de 2014 na Quinta do Paúl, em Ortigosa (José da Câmara)
1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de hoje 22 de Agosto de 2014:
Eu sou um felizardo. Tenho amigos, bons amigos. Só assim se compreende que todos os anos haja sempre um que me convida a passar alguns dias na sua companhia.
Este ano, o Fur Mil João Cruz e a sua mui simpática esposa, a Fernanda, a quem nunca poderei agradecer o suficiente, foram os anfitriões de umas férias maravilhosas que eu e a minha esposa passámos através das grandes planícies alentejanas, costas algarvias e centro do país.
Sim, sou um felizardo porque em horas de adversidade tive a felicidade de encontrar gente maravilhosa com quem partilhei as mesmas angústias, as mesmas incertezas, os mesmos sofrimentos e também as mesmas alegrias e os mesmos momentos de boa disposição.
Se serviço militar foi o ponto de encontro entre nós, o solo da Guiné foi o enraizamento de uma planta e cuja bela flor, pétalas de amizade, tantas quanto os militares da CCaç 3327, foi alimentada pelos anos que se passaram desde então.
Nos últimos anos, as pétalas daquela linda flor juntam-se alternadamente entre os Açores e a Metrópole para um abraço.
Este ano, o convívio foi na Quinta do Paúl, em Ortigosa, um lugar com condições edílicas, a que não são alheias a simpatia e o excelente serviço de restauração.
As CCaç 3326 e a CCaç 3328, companhias irmãs do BII 17, foram convidadas a estarem connosco. E se a CCaç 3328 esteve muito bem representada, a CCaç 3326 primou pela ausência. Estivemos lá para um abraço, sempre estaremos. Mas estes convívios têm sempre algumas peculiaridades que importa realçar.
Quando os nossos amigos não se podem deslocar ao convívio, levamos este até eles. Este ano foi o que aconteceu com o nosso amigo Luís Moura, o Furriel Vagomestre. Doença debilitante não lhe permitiria estar connosco.
Na Sexta-feira, a esposa e o filho, a quem agradecemos imenso, trouxeram-no de Maia, próximo do Porto, até Coimbra; alguns de nós fomos ao seu encontro, levando-lhes o melhor do nosso convívio, o nosso abraço de amizade e a nossa solidariedade.
O Fur. Mil. Sesinando, da CCaç 3328, esteve empenhado na preparação do convívio deste ano. Mora nas redondezas e foi o encarregado de procurar o local apropriado. Foi mais que feliz na escolha deste lugar aprazível.
Acometido por doença que chegou sem aviso, esteve em dúvida a sua participação no convívio. Não sei onde foi buscar força anímica, mas a sua entrada foi triunfante naquela sala que o recebeu de braços abertos. Ele, pela sua coragem psíquica, personificou, melhor do que ninguém, porque todos os anos teimamos em estarmos juntos.
Foram muitos os que compareceram à chamada. É bom rever todos aqueles amigos, abraçá-los, conhecer as suas famílias, conversar com eles. Este ano, com o aliciante de termos tido a emigração bem representada pelo casal Francisco Parreira que veio da Califórnia, pelo casal José Ramiro Serpa, este da minha secção, que veio do Canadá e pelo Casal José Marcelino Sousa, vindo da ilha das Flores, mas que também um dia andou emigrado em terras da América, que visita frequentemente.
Porque também trilho os caminhos da emigração, exulto com a vinda destes amigos da diáspora. Sei que só uma grande amizade é capaz de tamanhas deslocações.
A completar este belo quadro de amizade, a presença desejada do meu mano, assim nos tratamos em particular, Carlos Vinhal e da Dina, a sua mui simpática esposa, foi deveras apreciada por todos nós. Os meus amigos da CCaç 3327 sabem da importância do nosso Blogue nestes nossos convívios. Também não é nenhum segredo para eles que mantemos uma amizade sólida, diferente, criada e alimentada pelo respeito mútuo, talvez fruto de algum paralelismo nas nossas vidas privadas. Por isso mesmo, também é um dos nossos.
Carlos Vinhal, editor do nosso blogue, amigo e mano especial do José Câmara no uso da palavra. Na primeira mesa, de costas, o Fur Mil Trms João Correia
O Cap Mil Art.ª Rogério Rebocho Alves no uso da palavra. Na mesa, da esquerda para a direita, são reconhecidos o Alf. Mil Almeida, os Furriéis Leite e Caseiro e ainda o Alf. Mil Agostinho Neves. Encoberto, o Alf. Francisco Magalhães.
A Samara Araújo, esposa do Pinto, fotógrafa de serviço, Luís Pinto, Xisto, Álvaro Pereira, Joaquim Rodrigues e Francisco Magalhães.
Estes convívios envolvem sempre muito trabalho e preocupações mil. Os organizadores deste ano, o João Cruz, pela CCaç 337, o Sesinando e o Victor Costa, pela CCaç 3328, pelo excelente trabalho conseguido, são merecedores do nosso respeito e do nosso agradecimento.
No abraço da despedida sentimos o sabor amargo do tempo ser tão pouco para cada um. É sempre assim.
Ainda se aproveitavam os últimos momentos para mais uma recordação. Carlos Vinhal, José Câmara, Luís Pinto, Dina Vinhal, João Cruz e Cap. Mil Rogério Alves
Ficam saudades, mas levamos muitas mais e a certeza que para o ano, possivelmente na linda Ilha das Flores, lá estaremos para mais um convívio, se Deus quiser.
José Câmara
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Texto e legendas da fotos: José Câmara
Fotos: José Câmara e Carlos Vinhal
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Nota do editor
Último poste da série de 19 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13515: Convívios (617): Almoço do pessoal e comemoração do 40.º aniversário do regresso da Guiné das CCAV 8350 (Guileje) e 8352 (Caboxanque-Cantanhez), dia 30 de Agosto de 2014 em Estremoz (Coutinho e Lima)
O CONVÍVIO 2014 DAS CCAÇ 3327 E 3328
DIA 26 DE JULHO DE 2014 NA QUINTA DO PAÚL, EM ORTIGOSA
Um belo aspecto da Quinta do Paúl
Eu sou um felizardo. Tenho amigos, bons amigos. Só assim se compreende que todos os anos haja sempre um que me convida a passar alguns dias na sua companhia.
Este ano, o Fur Mil João Cruz e a sua mui simpática esposa, a Fernanda, a quem nunca poderei agradecer o suficiente, foram os anfitriões de umas férias maravilhosas que eu e a minha esposa passámos através das grandes planícies alentejanas, costas algarvias e centro do país.
Sim, sou um felizardo porque em horas de adversidade tive a felicidade de encontrar gente maravilhosa com quem partilhei as mesmas angústias, as mesmas incertezas, os mesmos sofrimentos e também as mesmas alegrias e os mesmos momentos de boa disposição.
Se serviço militar foi o ponto de encontro entre nós, o solo da Guiné foi o enraizamento de uma planta e cuja bela flor, pétalas de amizade, tantas quanto os militares da CCaç 3327, foi alimentada pelos anos que se passaram desde então.
Nos últimos anos, as pétalas daquela linda flor juntam-se alternadamente entre os Açores e a Metrópole para um abraço.
Este ano, o convívio foi na Quinta do Paúl, em Ortigosa, um lugar com condições edílicas, a que não são alheias a simpatia e o excelente serviço de restauração.
As CCaç 3326 e a CCaç 3328, companhias irmãs do BII 17, foram convidadas a estarem connosco. E se a CCaç 3328 esteve muito bem representada, a CCaç 3326 primou pela ausência. Estivemos lá para um abraço, sempre estaremos. Mas estes convívios têm sempre algumas peculiaridades que importa realçar.
Quando os nossos amigos não se podem deslocar ao convívio, levamos este até eles. Este ano foi o que aconteceu com o nosso amigo Luís Moura, o Furriel Vagomestre. Doença debilitante não lhe permitiria estar connosco.
Na Sexta-feira, a esposa e o filho, a quem agradecemos imenso, trouxeram-no de Maia, próximo do Porto, até Coimbra; alguns de nós fomos ao seu encontro, levando-lhes o melhor do nosso convívio, o nosso abraço de amizade e a nossa solidariedade.
Coimbra - O ex-Fur Mil Vaguemestre Luís Moura
Na Foto: ex-Cap. Mil Alves, Luís Moura, João Cruz, Paulo Moura (filho do Luís Moura) e José Câmara
O Fur. Mil. Sesinando, da CCaç 3328, esteve empenhado na preparação do convívio deste ano. Mora nas redondezas e foi o encarregado de procurar o local apropriado. Foi mais que feliz na escolha deste lugar aprazível.
Acometido por doença que chegou sem aviso, esteve em dúvida a sua participação no convívio. Não sei onde foi buscar força anímica, mas a sua entrada foi triunfante naquela sala que o recebeu de braços abertos. Ele, pela sua coragem psíquica, personificou, melhor do que ninguém, porque todos os anos teimamos em estarmos juntos.
O Casal Sesinando, CCaç 3328, ladeado pelos Furriéis João Cruz e José Câmara da CCaç 3327
Foram muitos os que compareceram à chamada. É bom rever todos aqueles amigos, abraçá-los, conhecer as suas famílias, conversar com eles. Este ano, com o aliciante de termos tido a emigração bem representada pelo casal Francisco Parreira que veio da Califórnia, pelo casal José Ramiro Serpa, este da minha secção, que veio do Canadá e pelo Casal José Marcelino Sousa, vindo da ilha das Flores, mas que também um dia andou emigrado em terras da América, que visita frequentemente.
Porque também trilho os caminhos da emigração, exulto com a vinda destes amigos da diáspora. Sei que só uma grande amizade é capaz de tamanhas deslocações.
A completar este belo quadro de amizade, a presença desejada do meu mano, assim nos tratamos em particular, Carlos Vinhal e da Dina, a sua mui simpática esposa, foi deveras apreciada por todos nós. Os meus amigos da CCaç 3327 sabem da importância do nosso Blogue nestes nossos convívios. Também não é nenhum segredo para eles que mantemos uma amizade sólida, diferente, criada e alimentada pelo respeito mútuo, talvez fruto de algum paralelismo nas nossas vidas privadas. Por isso mesmo, também é um dos nossos.
José Câmara e José Leite dão as boas-vindas ao Carlos Vinhal
José Câmara no uso da palavra
Carlos Vinhal, editor do nosso blogue, amigo e mano especial do José Câmara no uso da palavra. Na primeira mesa, de costas, o Fur Mil Trms João Correia
O Cap Mil Art.ª Rogério Rebocho Alves no uso da palavra. Na mesa, da esquerda para a direita, são reconhecidos o Alf. Mil Almeida, os Furriéis Leite e Caseiro e ainda o Alf. Mil Agostinho Neves. Encoberto, o Alf. Francisco Magalhães.
O Fur Mil Pereira (CCaç 3328) no uso da palavra
Bolo comemorativo do Encontro
O Fur Mil José Leite, o Cap. Rogério Alves e o Sold Cozinheiro Joaquim Rodrigues que veio de França
O Alf Mil Francisco Rodrigues e o Fur Mil José Câmara, ambos do 4.° GComb
Carlos Vinhal e José Câmara
A Samara Araújo, esposa do Pinto, fotógrafa de serviço, Luís Pinto, Xisto, Álvaro Pereira, Joaquim Rodrigues e Francisco Magalhães.
Fur Mil José Câmara e Cabo Telegrafista Álvaro Pereira
José Câmara e Luís Pinto
Fernanda Cruz e o Cap. Rogério Alves
Fur Mil João Cruz e Alf Mil Agostinho Neves, 2.° GComb
Estes convívios envolvem sempre muito trabalho e preocupações mil. Os organizadores deste ano, o João Cruz, pela CCaç 337, o Sesinando e o Victor Costa, pela CCaç 3328, pelo excelente trabalho conseguido, são merecedores do nosso respeito e do nosso agradecimento.
O sorriso de um homem tranquilo e satisfeito por um trabalho excelentemente conseguido: João Cruz
No abraço da despedida sentimos o sabor amargo do tempo ser tão pouco para cada um. É sempre assim.
Na hora da despedida, um abraço fazendense, Ilha das Flores: Joé Câmara e José Sousa
Ficam saudades, mas levamos muitas mais e a certeza que para o ano, possivelmente na linda Ilha das Flores, lá estaremos para mais um convívio, se Deus quiser.
José Câmara
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Texto e legendas da fotos: José Câmara
Fotos: José Câmara e Carlos Vinhal
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Nota do editor
Último poste da série de 19 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13515: Convívios (617): Almoço do pessoal e comemoração do 40.º aniversário do regresso da Guiné das CCAV 8350 (Guileje) e 8352 (Caboxanque-Cantanhez), dia 30 de Agosto de 2014 em Estremoz (Coutinho e Lima)
Guiné 63/74 - P13527: Bom ou mau tempo na bolanha (63): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (3) (Tony Borié)
Sexagésimo segundo episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.
Como curiosidade queremos dizer-vos que o estado de Iowa está localizado na região centro-oeste do país e, 92% da população é branca, não, não me enganei, é mesmo 92%, sendo o maior grupo o dos alemães que compõem 35,7% da população do estado. Limita-se a norte com o Minnesota, a leste com o Wisconsin e o Illinois, ao sul com o Missouri, e a oeste com o Nebrasca e Dakota do Sul e, em 1846, tornou-se o 29.º Estado da União. Não pensem nada de mal, isto é só uma curiosidade.
E também, não tem nada a ver uma coisa com a outra, pois nós também nos orgulhamos de sermos de descendência europeia, de Portugal, da Beira Litoral, onde havia geada pela manhã, que o sol derretia suavemente, onde ia roubar maçãs ao quintal do vizinho, que deviam de ser parecidas com as que os primeiros “colonos” brancos que se instalaram na região, por volta do ano de 1833, cultivavam, além de aveia, legumes ou milho, com que criavam algum gado suíno e bobino.
Dizem que os primeiros europeus a explorarem a região que atualmente constitui o estado de Iowa, foram os franceses Louis Joliet e Jacques Marquette, em 1673, que descreveram a região como verde e fértil e devia de ser verdade, pois hoje podem ver-se grandes áreas de plantações de milho ou soja, ao longo da estrada que fica um pouco mais alta que essas áreas, onde em algumas partes é mesmo alagadiça, produzindo forte nevoeiro, pelo menos pela parte da manhã. Também nos dizem que o nome do estado de Iowa, provém do povo nativo americano “Iowa”, que habitava a região.
Bem, chega de história e sigamos em frente.
Saímos da cidade de Council Bluffs, às 5 da manhã, passando pelas cidades de Sioux City, ainda no estado de Iowa, Sioux Falls, já no estado de Dakota do Sul, que nos deu ascesso à estrada 90, parando por algum tempo na aldeia de Alexandria, onde existe uma igreja em honra de Nossa Senhora de Fátima, com uma área onde estão as imagens dos pastorinhos, parecida com a que existe em Portugal, que visitámos e apreciámos pela curiosidade.
Pelo menos para nós não é fácil falar de Dakota do Sul, pois ele simboliza as grandes planícies americanas, grandes plantações de trigo, grandes rebanhos de gado bovino, as montanhas de “Black Hills”, localizada no oeste do estado, onde se abriga a principal atração turística do estado, o Monte Rushmore, onde estão esculpidos os bustos de quatro presidentes americanos, George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln, o gigante monumento esculpido nas montanhas de “Black Hills” ao chefe dos “Sioux”, Crazy Horse.
Já por cá andámos por outras vezes e esta enorme escultura é uma das atrações turísticas mais conhecidas do mundo, que rendeu ao estado o cognome de The Mount Rushmore State, temos que lembrar as tribos de nativos americanos que viviam na região, os “Akirara”, de caráter sedentário, que viviam primariamente da agricultura, e os “Cheyenne”, de caráter nómada, que viviam essencialmente da caça. Conta-se que as relações entre os arikara e os cheyenne eram amigáveis, mas já no século XVIII, uma terceira tribo, os Lakota, que era parte do grupo nativo americano dos “Sioux”, se instalou na região, já após a chegada dos primeiros exploradores europeus. Os sioux não foram bem recebidos pelos arikara, e confrontos entre as duas tribos foram comuns ao longo dos séculos XVIII e XIX, no actual Dakota do Sul. O nome do estado provém dos “Sioux”, que chamavam a si mesmos de dakota, que significa em português, "amigo".
Sempre simpatizámos com este estado e gostaríamos de por cá passar mais tempo, mas tínhamos que seguir viagem, portanto lembrando, os grandes chefes “Sioux”, Crazy Horse e Sitting Bull, o ouro que existia nas montanhas de “Black Hills”, a aldeia de Deadwood, o general George A. Custer, exploradores europeus, guerras pelo território que reivindicavam toda a bacia hidrográfica dos rios Mississipi e Missouri, bacia que inclui todo o actual Dakota do Sul, entre franceses e espanhóis, mas acabaria por todo o território fazer parte dos Estados Unidos, quando a França vendeu toda a Louisiana, por volta do ano de 1803.
Também visitámos a cidade de Mitchel, onde apreciámos um edifício com o nome de “Mitchel Corn Palace”, que tem como símbolo a espiga do milho.
Atravessámos a região das “Bad Lands”, onde fizemos o tour de 35 milhas por dentro do parque, com Jeep e a Caravana a rodar sem qualquer problema, indo dormir na cidade de Spearfish, ainda no estado de Dakota do Sul.
Neste dia percorremos 512 milhas, com o preço da gasolina variando entre $3.24 e $3.65 o galão, que são aproximadamente 4 litros.
Tony Borie, Julho de 2014
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Nota do editor
Último poste da série de 16 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13503: Bom ou mau tempo na bolanha (61): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (2) (Tony Borié)
Como curiosidade queremos dizer-vos que o estado de Iowa está localizado na região centro-oeste do país e, 92% da população é branca, não, não me enganei, é mesmo 92%, sendo o maior grupo o dos alemães que compõem 35,7% da população do estado. Limita-se a norte com o Minnesota, a leste com o Wisconsin e o Illinois, ao sul com o Missouri, e a oeste com o Nebrasca e Dakota do Sul e, em 1846, tornou-se o 29.º Estado da União. Não pensem nada de mal, isto é só uma curiosidade.
E também, não tem nada a ver uma coisa com a outra, pois nós também nos orgulhamos de sermos de descendência europeia, de Portugal, da Beira Litoral, onde havia geada pela manhã, que o sol derretia suavemente, onde ia roubar maçãs ao quintal do vizinho, que deviam de ser parecidas com as que os primeiros “colonos” brancos que se instalaram na região, por volta do ano de 1833, cultivavam, além de aveia, legumes ou milho, com que criavam algum gado suíno e bobino.
Dizem que os primeiros europeus a explorarem a região que atualmente constitui o estado de Iowa, foram os franceses Louis Joliet e Jacques Marquette, em 1673, que descreveram a região como verde e fértil e devia de ser verdade, pois hoje podem ver-se grandes áreas de plantações de milho ou soja, ao longo da estrada que fica um pouco mais alta que essas áreas, onde em algumas partes é mesmo alagadiça, produzindo forte nevoeiro, pelo menos pela parte da manhã. Também nos dizem que o nome do estado de Iowa, provém do povo nativo americano “Iowa”, que habitava a região.
Bem, chega de história e sigamos em frente.
Saímos da cidade de Council Bluffs, às 5 da manhã, passando pelas cidades de Sioux City, ainda no estado de Iowa, Sioux Falls, já no estado de Dakota do Sul, que nos deu ascesso à estrada 90, parando por algum tempo na aldeia de Alexandria, onde existe uma igreja em honra de Nossa Senhora de Fátima, com uma área onde estão as imagens dos pastorinhos, parecida com a que existe em Portugal, que visitámos e apreciámos pela curiosidade.
Pelo menos para nós não é fácil falar de Dakota do Sul, pois ele simboliza as grandes planícies americanas, grandes plantações de trigo, grandes rebanhos de gado bovino, as montanhas de “Black Hills”, localizada no oeste do estado, onde se abriga a principal atração turística do estado, o Monte Rushmore, onde estão esculpidos os bustos de quatro presidentes americanos, George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln, o gigante monumento esculpido nas montanhas de “Black Hills” ao chefe dos “Sioux”, Crazy Horse.
Já por cá andámos por outras vezes e esta enorme escultura é uma das atrações turísticas mais conhecidas do mundo, que rendeu ao estado o cognome de The Mount Rushmore State, temos que lembrar as tribos de nativos americanos que viviam na região, os “Akirara”, de caráter sedentário, que viviam primariamente da agricultura, e os “Cheyenne”, de caráter nómada, que viviam essencialmente da caça. Conta-se que as relações entre os arikara e os cheyenne eram amigáveis, mas já no século XVIII, uma terceira tribo, os Lakota, que era parte do grupo nativo americano dos “Sioux”, se instalou na região, já após a chegada dos primeiros exploradores europeus. Os sioux não foram bem recebidos pelos arikara, e confrontos entre as duas tribos foram comuns ao longo dos séculos XVIII e XIX, no actual Dakota do Sul. O nome do estado provém dos “Sioux”, que chamavam a si mesmos de dakota, que significa em português, "amigo".
Sempre simpatizámos com este estado e gostaríamos de por cá passar mais tempo, mas tínhamos que seguir viagem, portanto lembrando, os grandes chefes “Sioux”, Crazy Horse e Sitting Bull, o ouro que existia nas montanhas de “Black Hills”, a aldeia de Deadwood, o general George A. Custer, exploradores europeus, guerras pelo território que reivindicavam toda a bacia hidrográfica dos rios Mississipi e Missouri, bacia que inclui todo o actual Dakota do Sul, entre franceses e espanhóis, mas acabaria por todo o território fazer parte dos Estados Unidos, quando a França vendeu toda a Louisiana, por volta do ano de 1803.
Também visitámos a cidade de Mitchel, onde apreciámos um edifício com o nome de “Mitchel Corn Palace”, que tem como símbolo a espiga do milho.
Atravessámos a região das “Bad Lands”, onde fizemos o tour de 35 milhas por dentro do parque, com Jeep e a Caravana a rodar sem qualquer problema, indo dormir na cidade de Spearfish, ainda no estado de Dakota do Sul.
Neste dia percorremos 512 milhas, com o preço da gasolina variando entre $3.24 e $3.65 o galão, que são aproximadamente 4 litros.
Tony Borie, Julho de 2014
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Nota do editor
Último poste da série de 16 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13503: Bom ou mau tempo na bolanha (61): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (2) (Tony Borié)
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