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Nota do editor
Último poste da série de 18 de Agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17678: Parabéns a você (1298): Coronel Inf Ref António Melo de Carvalho, ex-Cap Inf, CMDT da CCAÇ 2465 (Guiné, 1969/70) e Maria Alice Carneiro, Amiga Grã-Tabanqueira de Lisboa, esposa do nosso editor Luís Graça
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sábado, 19 de agosto de 2017
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Guiné 61/74 - P17681: Notas de leitura (989): “Cartas do Mato, Correspondência Pacífica de Guerra”, por Daniel Gouveia, Âncora Editora, 2015 (2) (Mário Beja Santos)
"Cartas do Mato, Correspondência Pacífica de Guerra”
Autor: Daniel Gouveia - Âncora Editora, 2015
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 9 de Agosto de 2017:
Queridos amigos,
É a escrita de um septuagenário experimentado, os seus livros de guerra distinguem-se dos demais por revelarem um ser curioso, deslumbrado com a Natureza, vai aprendendo a olhar e a interessar-se pelo Outro, aquela guerra foi a sua matéria-prima para aprender a crescer. Não está desatento ao fator bélico, não é mordaz ou cínico ou calhandreiro ou está tomado por acessos de azedume, não, é medularmente construtivo, divertido e convivente. É esse o vigor que perpassa pelas cartas que ele selecionou e que enviou à sua dama. No meio de uma chuva imensa, conta entusiasmado que presenciara um espetáculo magnífico, talvez uma hora antes de a clareira se alargar e formigueiros inteiros mudav am para os sítios altos, aranhas passavam carregando sob as patas um saco com os ovos, gafanhotos, lagartas buscavam lugar seguro contra a subida das águas. E estava sempre a aprender com o guia Teixeira que lhe dizia que ia chover muito e apontava para a bicharada em fuga.
Um homem que escreve assim tem o coração pacífico, aprende a superar os antolhos com uma perna às costas.
Um abraço do
Mário
Cartas do mato, por Daniel Gouveia (2)
Beja Santos
De Daniel Gouveia já aqui se saudou o seu notável “Arcanjos e Bons Demónios – Crónicas da Guerra de África”, DG Edições, 3.ª edição, 2011. Em abono dessa sua preciosa narrativa, vamos agora dar atenção a “Cartas do Mato – Correspondência Pacífica de Guerra”, Âncora Editora, 2015. Por uso e costume, o centro das nossas atenções vai para o que se escreve sobre a guerra da Guiné, mas faz-se sempre o reconhecimento de que só ganhamos em comparar o que é comparável em toda a literatura da guerra; em comparar e distinguir, pois claro, cada teatro tem as suas especificidades, houve diferentes hostilidades. Mas ao comparar e distinguir também elevamos o nosso olhar para um patamar de princípios, de ética, de fusão da camaradagem: os valores e os sentimentos universais, aquilo que é transversal no combatente, seja a descoberta dos novos ambientes, as formas de adaptação, o quinhão da solidariedade, as angústias e os medos, a repartição dos farnéis, o combate contra a solidão, e o medo das picadas, a angústia das esperas, o caminhar dentro das florestas húmidas, a reação à emboscada; e a caraterização dos protagonistas, o cozinheiro, o padre, o apontador de bazuca, o oficial e o sargento, a ansiedade na chegada do correio.
Os meses passam, Daniel Gouveia está em Quiximba, anda à procura de soluções práticas, uma delas passa pelo uso do apito: “Comprei um apito de árbitro, para evitar berrar ordens, sobretudo nas paradas dos quartéis alheios, quando a tropa anda dispersa a falar com os conterrâneos. Tenho um código de apitadelas e aquilo funciona como um relógio, com uma eficácia de que nem eu suspeitava. Uma apitadela curta e duas longas e tenho toda a minha gente a correr para os Unimogs, estejam na cantina, na caserna ou nas latrinas”. Vai encontrando soluções expeditas para evitar acidentes e simultaneamente ter as armas prontas as funcionar. Sem descurar a guerra e a logística, é um alferes profundamente atento a brejeirices e dá conta de divertidos entremeses culturais, caso de um soldado cuja mulher tinha ido a França e lhe mandara um postal ilustrado, ele queria saber o conteúdo:
“Vendredi = Sexta-feira
Ma cheri marrie
je ofere-ça a mon marrie que bocú eme vu, toutjours, e jame múa no
pa te obilie
je te envie compliments escuzemuá
bocú
rvoá macheri
mom bena mó”
(Com boa vontade, poderia traduzir-se assim: Sexta-feira/Meu querido marido/ofereço isto ao meu marido que amo muito, sempre e jamais te esqueço/mando-te cumprimentos, desculpa/muito/adeus meu querido/meu bem amor). Está bem integrado, partilha as festas dos seus homens, ridiculariza o empolamento dado pelos relatórios oficiais, ele encontrara ninharias e a PIDE destacava que a unidade “apreendera grande quantidade de material ao inimigo, numa operação de limpeza a umas grutas aonde se encontraram vestígios de permanência de um numeroso grupo. Nessa operação foram recuperadas 10 enxadas indígenas, dez metropolitanas, dinheiro e documentos ao inimigo”. E comenta, ladino: “Tudo aldrabice. As enxadas eram três, o dinheiro era uma moeda de cinquenta centavos e os documentos eram uma ficha de recenseamento local e uma guia para consulta no hospital de São Salvador”.
São deliciosos os seus comentários com o guia Teixeira, andavam em patrulha e detetaram o rasto de uma manada de burros-do-mato:
“- São poucos. Trazem cinco ou seis crias. O chefe é este – aponta uma pegada – e é muito velho. Aqui escorregou um. Aqui uma cria correu para alcançar a mãe.
Já vou percebendo alguma coisa, quando os sinais são nítidos. A vista vai-se treinando. Às vezes encontro um rasto e chamo o Teixeira para interpretar. Outras, arrisco eu a interpretação e ele vai corrigindo:
- Teixeira, olha, pacaça do ontem.
- Do hoje, meu alferes…
- Cabra do mato, da água para aquela mata, parando de vez em quando a olhar para trás, porque o vento estava contra e só trazia o cheiro do que estivesse à frente.
- Não, meu alferes. Olhava para trás porque desconfiava da onça no rasto.
- Mas não há pegadas de onça…
- Cabra do mato passou sobre esta lama, marcou as patas dela. A onça passou ao lado, no chão seco, não marcou.
- Então como é que sabes que era onça?
- Este arbusto tem pelo de onça. Vê, meu alferes?
- Vejo…
É assim que vou fazendo a minha aprendizagem de pisteiro”.
Vai de férias e volta a Quiximba, dá notícias da rotina, da chegada do cinema ao refeitório, dos autos, das colunas, faz um comentário duríssimo aos camionistas: “São uma raça especial de gente, rude e grosseira, o rebotalho humano que já não tem onde cair, nem sequer numa terra como Angola, onde qualquer paspalho subsiste, e agarram-se à última das últimas tábuas de salvação: guiar camiões pelas zonas de guerra, estabelecendo contacto entre as povoações e os centros urbanos e levando os abastecimentos à tropa. Por um lado, são admiráveis, pelo que suportam, por aquilo a que se sujeitam a troco de 6.000$00 por mês, melhor dizendo a 1$20 por quilómetro. Por outro lado, já pouco têm a perder e gente desta só se recruta nas camadas marginais da sociedade. Donde, a violência de atitudes, a falta de educação e até hostilidade em relação ao resto das pessoas”.
Inaugura-se a capela de Quiximba, o padre Campos, antes de benzer a capela, dirige-se às tropas nestes termos: neste momento, não chegou ainda às unidades o modelo oficial em português, da bênção, porque agora só se faz em português, de maneira que vai ser em latim, vocês não vão perceber nada, mas também é só cinco minutos…
Aprende a dar injeções, nem aqui dá tréguas à brejeirice: “Cheguei a combinar com o enfermeiro Bessa o truque de, no último momento, ele passar-me a agulha e ser eu a espetá-la sem o paciente saber. Mas a notícia espalhou-se em menos de um fósforo e bastava eu estar na enfermaria à hora dos tratamentos, para logo desaparecerem os doentes que tinham de levar injeções".
Estamos em Maio vão chegar 350 famílias que viviam no Quanza Norte, virão fazer sanzala para o Quiximba. Chama-se a “Operação Robusta”. É um dos grandes textos de Daniel Gouveia, como veremos.
(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 14 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17669: Notas de leitura (988): “Cartas do Mato, Correspondência Pacífica de Guerra”, por Daniel Gouveia, Âncora Editora, 2015 (1) (Mário Beja Santos)
Guiné 61/74 - P17680: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (15): Págs. 113 a 120
Capa da brochura "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra"
Gabriel Moura
1. Continuação da publicação do trabalho em PDF do nosso camarada Gabriel Moura, "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", enviado ao Blogue por Francisco Gamelas (ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 3089, Teixeira Pinto, 1971/73).
(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 15 de Agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17671: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (14): Págs. 105 a 112
Guiné 51/74 - P17679: Manuscrito(s) (Luís Graça) (122): um soneto de amor (dedicado àquela que amo e que faz hoje anos)
Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Soneto do amor
(o primeiro soneto que dedico à minha Chita)
O italiano Francesco Petrarca (1304-1374) foi o inventor do soneto (14 versos de 10 sílabas métricas, sob a forma de duas quadras e dois tercetos). E com isso, foi o fundador da moderna poesia de amor. Ficam para a história aos seus sonetos a Laura. Camões e tantos outros poetas maiores da língua seguiram o modelo. Fernando Pessoa acharia ridículo escrever cartas e, pior ainda, sonetos de amor. Para mais publicamente, num prosaico blogue dedicado à guerra da Guiné de que já ninguém se lembra. E para mais repproduzido no Facebook que ele abominaria, se fosse vivo. Mas não tive outro jeito: poeta menor, nascido em meados do século passado, jubilado, descobri agora o encanto do soneto. Faço sonetos por encomenda, para batizados, casamentos e funerais, Não chego às barbas nem sequer aos calcanhares dos grandes, e vais-me desculpar a minha menoridade poética. Mas também sei que os teus amados nunca te escreveram, em vida, um soneto de amor. Eu ousei, tentei e aqui está um, o primeiro que te dedico. Sei que és facebook...eira. Em dia de anos, toma lá soneto em primeira mão. Come-se como o chocolate. Di-lo-ei em público, no fim da caldeirada de peixe, que é o prato que vai ser servido na Tabanca de Porto Dinheiro, do régulo Eduardo Jorge Ferreira, meu amigo e camarada. O ramo de rosas vermelhas, como tu gostas, virá depois. A esta hora a florista ainda está fechada. Um bom dia de anos, meu amor!... LG
O amor é como o bacalhau,
P’ra cada dia tem uma receita,
Ora se rapa com colher de pau,
Ora se estraga e nada se aproveita.
Se queres ser um (e)terno enamorado,
Amor é arte, mais do que ciência,
Primeiro, nunca o sirvas requentado,
E, depois, tem do santo a paciência.
Quem o diz, é a minha dama e mestra,
Que faz hoje setenta e dois aninhos:
Que pena eu não ter aqui uma orquestra,
Com coro, para os parabéns lhe dar,
E, entr’as velas e os búzios dos moinhos,
Lhe jurar que a continuarei… a amar!
Lourinhã, Tabanca de Porto Dinheiro, Restaurante "O Viveiro", 18 de agosto de 2017
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Nota do editor:
Guiné 61/74 - P17678: Parabéns a você (1298): Coronel Inf Ref António Melo de Carvalho, ex-Cap Inf, CMDT da CCAÇ 2465 (Guiné, 1969/70) e Maria Alice Carneiro, Amiga Grã-Tabanqueira de Lisboa, esposa do nosso editor Luís Graça
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Nota do editor
Último poste da série de 17 de Agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17676: Parabéns a você (1297): José Manuel Cancela, ex-Soldado Apontador de Metralhadora da CCAÇ 2382 (Guiné, 1968/70)
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Guiné 61/74 - P17677: Fotos à procura de... uma legenda (88): "Pietá"... O fotógrafo indiano, Avinash Lodhi, captou o desespero de uma fêmea de macaco Rhesus que abraça a cria inanimada (Luís Mourato Oliveira)
"Pietá"...Um fotógrafo indiano captou o momento em uma macaca abraça com força a cria, que aparentemente estava inconsciente. "Foi um momento raro, especialmente entre animais", disse o fotógrafo Avinash Lodhi.
Segundo informação do DN - Diário de Notícias, de 11 de maio de 2017, a fotografia foi tirada em Jabalpur, no estado indiano de Madhya Pradesh e publicada nas redes sociais. "A imagem tem comovido vários utilizadores e tornou-se viral."... Um momento raro, entre animais, comentou o fotógrafo.
O animal parece-nos ser uma fêmea de macaco Rhesus, uma das 15 quinze espécies de macacos existentes no subcontinente indiano. De acordo com a investigação dos primatólogos, os macacos Rhesus demonstram uma variedade de habilidades cognitivas complexas, como a capacidade de fazer avaliações psicológicas, entender regras elementares e avaliar os seus próprios estados mentais. Inclusive, parecem reconhecer-se ao espelho, tendo por isso algum tipo de autoconsciêncua. Já em 2014, os utentes de uma estação de comboio em Kampur, na Índia, assistiram a um cena incrível: a de macaco Rhesus, eletrocutado, a ser objeto de assistência e reanimação por outro macaco Rhesus.
[Imagem enviada e legendada por Luís Mourato Oliveira. Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné... Reprodução com a devida vénia...]
1. Mensagem do Luís Mourato Oliveira, com data de 22 de junho (complementada com informação sobre a foto em 15 do corrente):
[foto à esquerda, Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil inf CCAÇ 4740, Cufar, 1972/73, e Pel Caç Nat 52, Bambadinca e Mato Cão, 1973/74; membro da nossa Tabanca Grande, com o nº 730]
Não contava, o que me deu muita satisfação, que um dos textos enviados, “ Macaco em Mato de Cão”, gerasse polémica e discussão tendo ainda originando um inquérito feito no Blog e no Facebook, sobre as opiniões gustativas dos camaradas que experimentaram esse prato. (**)
Um camarada criticou vivamente essa prática gastronómica que qualificou de quase canibalismo e quem a praticava de “não serem boas rolhas”, tendo eu assumido com algum humor que me enquadrava nessa categoria.
Há alguns dias uma fotografia trouxe-me à memória a discussão travada na altura. Foi produzida por um fotógrafo indiano [, Avinash Lodhi,]. que captou o desespero de uma macaca que abraçava a cria inanimada e a imagem trouxe-me imediatamente à memória a Pietà que Miguel Ângelo esculpiu quando tinha apenas vinte e três anos e que é das obras de arte que mais emoções me produziram.
Na Pietà a mãe de Jesus sustenta o corpo do filho morto com resignação pela morte e talvez a serenidade da sua expressão na escultura já represente a esperança da ressurreição. Na macaca o que mais impressiona é o enorme desespero e revolta de uma perda para ela irrecuperável.
Hoje seria para mim impossível repetir o exercício relatado em “Macaco em Mato de Cão”, não pelo efeito da fotografia, mas por toda a vivência de mais de quarenta anos que modificaram mais de forma invisível o meu comportamento, bem como os camaradas da minha geração com experiência similares que as transformações físicas que vamos sofrendo, o que me leva a ponderar sobre que tipo de pessoas éramos quando jovens num cenário de guerra e qual o limite que a educação e a ética impunham para os nossos comportamentos de então?
Questiono-me se, sem as experiências vividas, como teríamos evoluído como seres humanos e se a nossa visão de humanidade seria hoje critica aos comportamentos dos nossos vinte anos?
Todos nós “crescemos” no mesmo sentido ético e dentro dos mesmos valores após as experiências vividas?
Sem rejeitar nada do passado, em transportar quaisquer sentimentos de culpa ou complexos pelos momentos vividos naquele período, quero acreditar que a vida e as experiências adquiridas nos encaminharam para ciclos distintos de comportamento difíceis de explicar porque muitas vezes antagónicos.
Quero acreditar que o processo de evolução das nossas vidas nos conduz à aprendizagem e aperfeiçoamento permanente a padrões de humanidade e compaixão por todos os seres que connosco coabitam neste Mundo e à rejeição dos caminhos fáceis de trilhar do egocentrismo, da violência e da escuridão. (***)
Hoje seria para mim impossível repetir o exercício relatado em “Macaco em Mato de Cão”, não pelo efeito da fotografia, mas por toda a vivência de mais de quarenta anos que modificaram mais de forma invisível o meu comportamento, bem como os camaradas da minha geração com experiência similares que as transformações físicas que vamos sofrendo, o que me leva a ponderar sobre que tipo de pessoas éramos quando jovens num cenário de guerra e qual o limite que a educação e a ética impunham para os nossos comportamentos de então?
Questiono-me se, sem as experiências vividas, como teríamos evoluído como seres humanos e se a nossa visão de humanidade seria hoje critica aos comportamentos dos nossos vinte anos?
Todos nós “crescemos” no mesmo sentido ético e dentro dos mesmos valores após as experiências vividas?
Sem rejeitar nada do passado, em transportar quaisquer sentimentos de culpa ou complexos pelos momentos vividos naquele período, quero acreditar que a vida e as experiências adquiridas nos encaminharam para ciclos distintos de comportamento difíceis de explicar porque muitas vezes antagónicos.
Quero acreditar que o processo de evolução das nossas vidas nos conduz à aprendizagem e aperfeiçoamento permanente a padrões de humanidade e compaixão por todos os seres que connosco coabitam neste Mundo e à rejeição dos caminhos fáceis de trilhar do egocentrismo, da violência e da escuridão. (***)
Luís Mourato Oliveira
Nota: A cria que na fotografia parece ter morrido estava apenas inconsciente e após ter recuperado a macaca mostrou de novo alegria e “macaquices”.
Nota: A cria que na fotografia parece ter morrido estava apenas inconsciente e após ter recuperado a macaca mostrou de novo alegria e “macaquices”.
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 10 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16706: De Cufar a Mato Cão, histórias de Luís Mourato Oliveira, o último cmdt do Pel Caç Nat 52 (2) - Experiências gastronómicas (Parte II): Restaurante do Mato Cão: sugestões de canibalismo, bom pão e melhor... macaco cão no forno com batatas!
(**) Vd. 17 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16730: Inquérito 'on line': Num total de 110 respondentes, apenas 16% disse que provou (e gostou de) carne de macaco-cão... Pelo lado dos "tugas", o "sancu" está safo... Agora é preciso que os nossos amigos guineenses façam o seu trabalho de casa...
(ªªª) Último poste da série > 26 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17620: Fotos à procura de...uma legenda (87): o luxo de um "petromax" da Casa Hipólito nas noites escuras como breu...
(*) Vd. poste de 10 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16706: De Cufar a Mato Cão, histórias de Luís Mourato Oliveira, o último cmdt do Pel Caç Nat 52 (2) - Experiências gastronómicas (Parte II): Restaurante do Mato Cão: sugestões de canibalismo, bom pão e melhor... macaco cão no forno com batatas!
(**) Vd. 17 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16730: Inquérito 'on line': Num total de 110 respondentes, apenas 16% disse que provou (e gostou de) carne de macaco-cão... Pelo lado dos "tugas", o "sancu" está safo... Agora é preciso que os nossos amigos guineenses façam o seu trabalho de casa...
(ªªª) Último poste da série > 26 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17620: Fotos à procura de...uma legenda (87): o luxo de um "petromax" da Casa Hipólito nas noites escuras como breu...
Guiné 61/74 - P17676: Parabéns a você (1297): José Manuel Cancela, ex-Soldado Apontador de Metralhadora da CCAÇ 2382 (Guiné, 1968/70)
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Nota do editor
Último poste da série de 16 de Agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17673: Parabéns a você (1296): Armando Faria, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 4740 (Guiné, 1972/74)
Nota do editor
Último poste da série de 16 de Agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17673: Parabéns a você (1296): Armando Faria, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 4740 (Guiné, 1972/74)
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Guiné 61/74 - P17675: In Memoriam (302): Morreu o Pais, de Nelas, o homem das transmissões da CART 2479 / CART 11, que era também o nosso barbeiro (Valdemar Queiroz)
Foto nº 1 > Guiné, Nova Lamego > CART 2479 / CART 11 (1969/71) > O Pais, barbeiro. O "cliente" era o Valdemar Queiroz.
Foto nº 2 A > CART 2479 / CART 11 > Convívio > Nelas, 2000 > O Pais, de gravata, entre o capitão, de camisa vermelha e o Valdemar Queiroz, de camisa azul clara. O ex-cap mil art, Analido Aniceto Pinto, morreu em 20/2/2014.
Foto nº 2 > CART 2479 / CART 11 > Convívio > Nelas, 2000 > Foto de grupo
Fotos ( e legendas): © Valdemar Queiroz (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
O ex-Alf.Mil. Pina Cabral informou-me da morte da Pais, de Nelas.
Morreu mais um rapaz do nosso tempo.
Morreu o Pais, o homem das transmissões da CArt 2479 / CArt 11.
Morreu o Pais, o homem que nos cortava o cabelo
Morreu o Pais, que esteve na Guiné de 1969 1971
Morreu o Pais, silêncio, por favor.
Morreu o Pais.
Valdemar Queiroz
Valdemar Queiroz
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Nota do editor:
Último poste da série > 11 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17568: In Memoriam (301): António Alves Ramos (Ramitos), ex-Radiotelegrafista da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1871/74) (Sousa de Castro)
Guiné 61/74 - P17674: Os nossos seres, saberes e lazeres (226): De Lisboa para Lovaina, daqui para Valeta: À procura do Grão-Mestre António Manoel de Vilhena (5) (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 28 de Abril de 2017:
Queridos amigos,
São os últimos dias passados em Malta, amanhã vou até Gozo e farei relatório.
Malta vive essencialmente do turismo, é gigantesco, desdobra-se em atividades ao ar livre, visitas culturais, excursões em todas as direções. Hoje movimentei-me a pé durante horas, quando me senti esfaimado entrei num snack e fui servido por um português que ali vive e se sente muito bem, o salário mínimo ronda os 840 euros, ele sente-se satisfeito com o estado social de Malta.
Continuo à volta do Grão-Mestre Vilhena mas há outros vultos portugueses referidos com regularidade. Para os estudiosos das guerras informo que tem aqui um largo pitéu com as instalações poderosas que foram vitais durante a II Guerra Mundial para assegurar sucessos da aviação e da frota naval.
Um abraço do
Mário
De Lisboa para Lovaina, daqui para Valeta:
À procura do Grão-Mestre António Manoel de Vilhena (5)
Beja Santos
Pelas contas do viandante, hoje será um dia exclusivamente dedicado a contemplar preciosidades em Valeta. Já ficou dito que este pequeno país tem entre as suas peculiares atrações um número elevadíssimo de estátuas em todas as localidades, é um país novo que procura a identidade com os seus vultos e eventos superiores. Logo esta dinâmica estátua alusiva à independência, à entrada da cidade.
Há razões fundadas para os guias proporem, entre as principais atrações, a visita à Igreja do Naufrágio de S. Paulo e às suas 25 relíquias. Caminhando para o templo, surpreende a amálgama de diferentes estilos arquitetónicos da sua fachada neogótica oitocentista, parece mais a sede de um banco do que uma igreja. Entra-se e tudo muda de figura. Ali predomina o barroco. Os visitantes vão à procura das relíquias, diz-se que há um osso do pulso direito e um fragmento da coluna onde terá sido decapitado. O viandante já aqui esteve e voltará aqui logo que possível. A cúpula do tempo não é nada de transcendente, mas o arquiteto foi subtil nos jorros de luz que a elevam e lhe dão uma dimensão sublime. Também esta relíquia de S. Paulo, a sua cabeça, é uma impressiva imagem da mortificação, ele que falou na dádiva pelos outros assim cumpriu a sua missão, parece dizer o génio desta estatuária.
Não teria sentido ignorar o nosso Grão-Mestre Manoel, sempre presente, vamos ao seu encontro no teatro que ele providenciou para que o público tivesse “entretenimento honesto”, logo ópera séria. O Teatro Manoel abriu as suas portas em 19 de Janeiro de 1732. Em rigor, é hoje uma casa de espetáculos, promove concertos, recitais, mas também óperas. Foi ligeiramente atingido durante os bombardeamentos da II Guerra Mundial e restaurado. Dizem que é uma réplica do teatro da ópera de Catânia, a capital da Sicília.
O turista recebe ampla informação sobre o património maltês, dentro das referências fala-se nas fontes e o viandante gosta muito desta, está na Praça de S. Jorge, lugar de grande afluência, o viandante pôs-se a observar e escreveu no caderninho: mais um elemento italiano a juntar a tantos outros.
Sendo Valeta uma cidade com tantos fortes e fortificações, é sempre uma tentação descer e olhar de cima para baixo a monumentalidade das muralhas. O viandante tomou o elevador nos jardins superiores de Barrakka e desceu. Recorde-se a ironia de ter feito esta construção ciclópica que ficou operacional no exato momento em que o império Otomano entrou em refluxo.
O viandante sobe ao nível superior de Valeta, encontra aberta a igreja de Nossa Senhora das Vitórias, considerada a primeira igreja de Valeta, mandada construir por Jean Parisot de Valette, para comemorar a sua vitória sobre os otomanos em 1565. Foi a principal igreja de ordem e o Grão-Mestre Manuel Pinto da Fonseca mandou embelezá-la com a fachada barroca que podemos admirar. Fala-se das vitórias, não é só a de 1565 é também para marcar a capitulação da Armada italiana em 1943, representou a chegada da paz para os malteses. Os viandantes podem agora admirar uma igreja praticamente toda restaurada, é um encanto para os olhos tanta arte preservada.
Nisto o viandante tem uma veneta, olha para o céu, busca um autocarro e procura novo desfrute, as falésias Dingli, muito procuradas pelos amantes da conservação da natureza. Estas falésias de calcário na Costa Ocidental proporcionam panorâmicas de cortar o fôlego. Foi construída uma agradável marginal e dá-se um passeio de alguns quilómetros a ouvir o piar dos pássaros, a ver o funcho e a contemplar, mantendo uma respeitosa distância das falésias uma brancura que cai abruptamente nas águas. Está na hora do regresso, volta-se a Sliema.
Isto de vasculhar à procura de promoções dá por vezes resultados sensacionais. Um hotel de Sliema assegurava um quarto por 30 euros, com vista para o pátio, por sinal sem graça nenhuma. Mas era um quarto cheio de conforto, foi um ótimo negócio. Porque Sliema é a principal faixa turística de Malta, passeios não faltam e as vistas são soberbas. O viandante despede-se hoje dos seus amigos com uma vista da cidade e em dado momento até pensou em Veneza, imagine-se, estava na marginal a ver os barcos e o serviço de ferry que atravessa a baía em dez minutos. O viandante escreve no seu caderninho: amanhã começamos pela pré-história e a seguir parte-se para Gozo. O passeio maltês dentro em breve finda para se partir para Bruxelas, o viandante está saudoso desta cidade que percorre com tanta alegria.
(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 9 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17660: Os nossos seres, saberes e lazeres (225): De Lisboa para Lovaina, daqui para Valeta: À procura do grão-mestre António Manoel de Vilhena (4) (Mário Beja Santos)
Guiné 61/74 - P17673: Parabéns a você (1296): Armando Faria, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 4740 (Guiné, 1972/74)
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Nota do editor
Último poste da série de 10 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17662: Parabéns a você (1295): Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 84 (Guiné, 1961/63) e Tomás Carneiro, ex-1.º Cabo Condutor Auto da CCAÇ 4745 (Guiné, 1973/74)
Nota do editor
Último poste da série de 10 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17662: Parabéns a você (1295): Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 84 (Guiné, 1961/63) e Tomás Carneiro, ex-1.º Cabo Condutor Auto da CCAÇ 4745 (Guiné, 1973/74)
terça-feira, 15 de agosto de 2017
Guiné 61/74 - P17672: Manuscrito(s) (Luís Graça) (121): poema à minha igreja do Castelo, Lourinhã, setembro de 1964...
Jornal "Alvorada", quinzenário regionalista, Lourinhã, 13 de setembro de 1964.
1. Um poema meu, publicado aos 17 anos... Foi aqui, no jornal "Alvorada", que comecei a publicar os meus primeiros poemas. Foi aqui que tive a minha primeira atividade remunerada como jornalista, embora sem carteira profissional. Foi, aliás, esta a profissão que dei para a tropa, quando aos 18 anos fui à inspeção militar.
Comecei por estar ligado, à criação de uma secção, ou de uma página, a que chamámos "Alvorada Juvenil", com outros jovens da terra, estudantes e outros, com destaque para os meus amigos e colegas de escola, Álvaro Andrade de Carvalho, hoje psiquiatra, e o saudoso Rui Tovar de Carvalho (Lourinhã, 1948-Lisboa, 2014), que haveria, depois, de fazer carreira no jornalismo desportivo.
Criámos a seguir um secção dedicada ao correio dos soldados do ultramar, e mais outra onde demos voz aos nossos emigrantes. No "Alvorada Juvenil", abrimos um inquérito aos jovens lourinhanenses e alimentámos o "cantinho dos poetas"...
Havia da nossa parte alguma irreverência e inquietação, próprias da idade e das circunstâncias da época. Acabei por exercer as funções de redator coordenador deste jornal, quinzenário regionalista, que ainda hoje se publica. Foi fundado ao em 1960, pelo padre António Pereira Escudeiro (Tomar, 1917-Lisboa, 1994), um homem a quem a Lourinhã muito deve e que fez uma aposta forte na formação das elites locais, ou seja, na educação, para além do apostolado e do mister sacerdotal. Foi o fundador e o primeiro diretor do Externato Dom Lourenço, que permitiu aos jovens do concelho da Lourinhã prosseguir os seus estudos depois do ensino obrigatório (que era apenas de 4 anos no meu tempo)-
O padre António Escudeiro fora igualmente fundador do jornal "Redes e Moinhos" (1954-1960). Antes de vir para a Lourinhã como pároco, em 1953, estivera em Alcanena, terra da indústria dos curtumes, onde fundara o jornal quinzenário "O Alviela", entretanto supenso pela censura por ousar publicar um artigo sob o título "A fome em Alcanena" (onde se critica a banca pelos juros usurárips que levavam à falência das empresas locais, ao desemprego e à fome)... Estava-se em plena campanha eleitoral do general Norton de Matos. "O Alviela" retomaria a publicação depois de, mediante requerimento, ser expressamente autorizado a versar também "assuntos sociais"...
À frente do "Alvorada", como redator-coordenador, de 1964 a 1966, "fiz-me esquecido" e deixei de mandar o jornal à censura... A entrada de jovens fora uma pedrada do charco da pasmaceira e do conformismo em que se vivia nesta terra do oeste estremenho. Estava-se em plena guerra colonial mas já na fase de fim de ciclo da história..."Cadáver adiado", o regime do Estado Novo ainda estrebuchava e metia medo a muitos. Não admira que o diretor do jornal tenha recebido um intimidatório ofício da direcção geral de censura a perguntar por que é que se permitia o luxo de ultrapassar a lei...
Metade do ofício, que era apenas de duas linhas, correspondia a uma assinatura em letra garrafal, símbolo máximo da arrogância totalitária quem se sentia dono e senhor deste país... A assinatura, ilegível, seguia-se à fórmula, obrigatória, no tempo do Estado Novo (1926.1974), "A bem da Nação, com que terminavam todos os ofícios (e todas as demais comunicações escritas, internas, incluindo discursos, requerimentos, petições, etc.)
O pobre do vigário geral, já com ficha na PIDE (por causa do "Alviela"), lá teve que arranjar uma desculpa esfarrapada aos senhores coronéis da censura e, a mim, puxou-me as orelhas... Doravante, tínhamos que mandar os artigos em duplicado para a tipografia, sita em Torres Novas, que por sua vez mandava uma cópia para a censura... E no entanto nunca nenhum de nós escreveu o que que fosse que pudesse pôr em causa a sagrada tríade "Deus, Pátria e Família"!...
Eu acho que os censores embirraram sobretudo com os nossos jovens poetas. Não entendiam nada da poesia moderna e receavam à brava que os jovens lourinhanenses e outros, que colaboravam connosco, escrevessem também nas "entrelinhas", mandassem em código, entre si, perigosas, subversivas e dissolventes mensagens...
Nunca se sabe o que se passa no coração dos poetas nem muito menos na cabeça dos censores...
Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
2. A Igreja do Castelo, antiga igreja matriz da Lourinhã, monumento nacional, é um belíssimo tempo de arquitetura gótica do dos finais do séc. XIX. Os seus capitéis, de motivos vegetalistas, são verdadeiras obras-primas.
É obrigatória uma visita a esta jóia do nosso património arquitetónico que, ao longo dos séculos, sofreu muitos maus tratos, incluindo a sua reconstrução e restauro no tempo do Estado Novo, pela Direção Geral dos Monumentos Nacionais...
Foi nela que fui batizado, em 1947... Fica na minha rua, a rua onde nasci, a rua do Castelo (ou rua dos Valados, hoje rua Dr. Adriano Franco), no alto da pequena elevação que domina a vila da Lourinhã, conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques, em 1147. É um dos ex-libris da Lourinhã.
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Nota do editor:
Último poste da série > 2 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17572: Manuscrito(s) (Luís Graça) (120): A notícia da morte do Zé Belo, comido por uma úrsula menor quando ia à pesca do salmão lá na Lapónia... foi um bocado exagerada!
2. A Igreja do Castelo, antiga igreja matriz da Lourinhã, monumento nacional, é um belíssimo tempo de arquitetura gótica do dos finais do séc. XIX. Os seus capitéis, de motivos vegetalistas, são verdadeiras obras-primas.
É obrigatória uma visita a esta jóia do nosso património arquitetónico que, ao longo dos séculos, sofreu muitos maus tratos, incluindo a sua reconstrução e restauro no tempo do Estado Novo, pela Direção Geral dos Monumentos Nacionais...
Foi nela que fui batizado, em 1947... Fica na minha rua, a rua onde nasci, a rua do Castelo (ou rua dos Valados, hoje rua Dr. Adriano Franco), no alto da pequena elevação que domina a vila da Lourinhã, conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques, em 1147. É um dos ex-libris da Lourinhã.
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Nota do editor:
Último poste da série > 2 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17572: Manuscrito(s) (Luís Graça) (120): A notícia da morte do Zé Belo, comido por uma úrsula menor quando ia à pesca do salmão lá na Lapónia... foi um bocado exagerada!
Guiné 61/74 - P17671: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (14): Págs. 105 a 112
Capa da brochura "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra"
Gabriel Moura
1. Continuação da publicação do trabalho em PDF do nosso camarada Gabriel Moura, "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", enviado ao Blogue por Francisco Gamelas (ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 3089, Teixeira Pinto, 1971/73).
(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 11 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17664: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (13): Págs. 97 a 104
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