segunda-feira, 16 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8283: (In)citações (30): Humberto, é hora de sofreres, uma vez mais, mas é hora também de olhares em frente e pensares que a tua Teresa há-de gostar, no além, se existe, que não esmoreças (Paulo Salgado)

1. Mensagem Paulo Salgado, nosso camarada e amigo, a trabalhar e a viver neste momento em Angola, com a sua São, e também ele um homem Op Esp, tal como o Humberto, tendo sido Alf Mil na  CCAV 2721,Olossato e Nhacra, 1970/72) [, foto à direita,]... Fez questão de me pedir expressamente que eu a fizesse chegar ao Humberto, do dia do funeral da Teresa (*):


Enviada: segunda-feira, 16 de Maio de 2011 07:46
Assunto: Vida-morte

Estimados Camaradas deste Blogue

Quantas mulheres choraram, quantas, na espera silenciosa do regresso dos seus queridos, oraram pelo regresso dos seus "heróis"…Não conheci – pena a minha! – esta Mulher, a Teresa. Mas sei imaginar o quanto representará para o Humberto! Muitos de nós sabem reconhecer o quanto representaram essas queridas mulheres, para os que já haviam casado, para os que namoravam, mesmo para aqueles que apenas tinham uma "madrinha de guerra" ou uma simples correspondente – elas ajudaram, tanto, a sonhar com o regresso. Eu sei o que isso representa.

Para ti, Humberto, um abraço de camaradagem e de carinho. É hora de sofreres, uma vez mais, mas é hora também de olhares em frente e pensares que a tua Teresa há-de gostar, no além, se existe, que não esmoreças.

Paulo Salgado
 (**)





Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de Maio de 2007 > Encontro do pessoal de Bambadinca 1968/71 > O madeirense José Luís Vieira de Sousa, ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 12, com a esposa e com a saudosa Teresa, esposa do Humberto Reis (dessa vez ausente na Suécia, em viagem de negócios; de facto, o Humberto Reis falhou nesse ano, pela primeira vez, o encontro do pessoal de Bambadinca 1968/71, que já se vinha realizando desde 1994; mas todos/as os/as participantes logo concordaram que ele esteve impecavelmente bem representado pela esposa, Teresa,  que, além de grande senhora, era uma santa (todos/as concordando que, em Portugal ou na diáspora, não era/não é fácil ser companheira... de um camarada da Guiné). 


Foto (e legenda): © Luís Graça (2007). Todos os direitos reservados.


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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 


15 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8279: In Memoriam (78): Teresa Reis (1947-2011), companheira de uma vida do nosso querido Humberto Reis: vamos dizer-lhe adeus, 2ª feira, 16, às 13h30 (na casa mortuária da Igreja Paroquial da Buraca) e às 14h30 no cemitério municipal da Amadora

4 comentários:

Luís Graça disse...

Gostaria de ter lido estas palavras, de coragem, de compaixão, de incentivo, do nosso amigo e camarada, transmontano, solidário, Paulo Salgado, na hora da despedida da Teresa... O ambiente não se proporcionou... A indústria da morte tem também o seu ritmo de produção.... Já atrás vinha outro funeral, por sinal de alguém muito jovem, a avaliar pelos acompanhantes... Mas ficam aqui as palavras de uma camarada da nossa Tabanca Grande, um de entre muitas dezenas, que quis estar com o Humberto, a Teresa e todos nós, mesmo à distância que separa Lisboa de Luanda...

Foi bonito, em plena hora e dia de trabalho, tantos camaradas da Tabanca Grande, da região da Grande Lisboa: correndo o risco de esquecer outros tantos, cito de cor os nomes do Carlos Silva (e esposa, Germana, de Massamá/Sintra), o Jorge Cabral, o Miguel e a Gisela Pessoa, o Hélder Sousa, o Zé Dinis, o António Marques e a Gina, o José Colaço, o António Santos, o José Luís Vacas de Carvalho, eu pr´prio e a Alice, o Tony Levezinho, a Isabel e a Rita (filha de ambos), o Carvalhal, o Lopes, o José Manuel Amaral Soares (estes três últimos da CCS/BBCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70)...

Outros camaradas não puderam comparecer a tempo e horas como o Jorge Narciso, por exemplo.

Luís Graça disse...

Esqueci-me de mencionar os nomes do José Pedro Neves e da Ana Maria, a viver em Lisboa... Estiveram ontem no velório e hoje no funeral... O meu lapso foi involuntário... LG

Manuel Joaquim disse...

Tomei agora conhecimento. Não conheço pessoalmente o Humberto Reis mas sei como dói, sei como esmaga a dor que sentimos na perda de um ente querido. Gostava de ter força para dar força ao Humberto para ele olhar em frente, com resignação mas com coragem e crendo que a beleza que o rodeia não deixou de existir, a começar pelos afetos de quem nos é querido. Viver é duro mas até nos sítios mais esconsos e menos imaginados há laivos de beleza que nos podem amenizar o sofrimento. Força, camarada!

antonio barbosa disse...

Humberto embora não tenha o prazer de te conhecer pessoalmente, quero manifestar o meu pesar e solidariedade neste momento que imagino deverá ser dificil de ultrapassar, nestas situações utilizo uma citação que é a seguinte OS BONS NÂO MORREM; AUSEnTAM-SE.
Um grande abraço
ANTONIO BARBOSA Ex- Alf. Mil. Op. Esp,. CABUCA 73/74