domingo, 2 de março de 2008

Guiné 63/74 - P2605: Blogues da nossa Guerra (II). (Virgínio Briote)

Para conhecimento da Tertúlia

1. Mensagem do FÓRUM IGNARA#GUERRA COLONIAL:

Caro Virgínio Briote

(...)
É nossa intenção divulgar, o mais possível, este projecto.
Se tiver conhecimento de outros blogs onde possamos constar, muito lhe agradeço que nos informe.
Se locais houver onde acha que seria interessante apresentar os nossos espectáculos, também lhe agradeço que nos dê nota.
Convido-o, desde já, para estar presente nas apresentações já agendadas. A saber:

Estreia:

Dia 12 de Abril, no Núcleo de Sintra da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, às 21h30.

Outras Apresentações:

Dia 21 de Abril, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, às 18h.
Dia 28 de Abril, na Universidade Nova de Lisboa, às 18h30.
Dia 10 de Maio, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.

Remeto, em anexo, os nossos objectivos gerais (*). Gostaria de ouvir o seu comentário.
Mais gostaria de incluir o seu nome como um dos participantes do Fórum. Que lhe parece?
Sem mais, subscrevo-me atenciosamente

Paulo Campos dos Reis

PS.- Procuramos, com alguma urgência, para as apresentações, slides ou filmagens em Super 8 acerca do tema. Conhece alguém que nos possa valer?

__________



logo do teatromosca

Companhia de teatro profissional sedeada no concelho de Sintra, fundada em 1999.
http://teatromosca.com.sapo.pt/

(*) Objectivos gerais de IGNARA#GUERRA COLONIAL

A Guerra Colonial portuguesa é, hoje, 34 anos depois da Revolução de Abril que lhe pôs termo, um tema enguiçado.
Historiadores, sociólogos, ensaístas, professores universitários, jornalistas, ex-combatentes, filhos de ex-combatentes são unânimes em considerar que, por diversos factores - entre os quais a paupérrima edição de estudos de história colonial portuguesa, a insipiência dos programas curriculares escolares, ou a simples ausência de mediatização do tema (salvo raríssimas excepções) -, a memória colectiva desse conflito dissolveu-se, depois de Abril, nas brumas de um esquecimento inadmissível.

Dissipar esse nevoeiro, que vem impedindo os portugueses de se conhecerem a si próprios (a sua história familiar, a do seu País) e aos africanos (que, definitivamente, precisamos "estranhar menos"), eis o fito de IGNARA# GUERRA COLONIAL.

Através de um "teatro documental" (não exclusivamente subsidiário, mas que procura filiação nos laboratórios de Erwin Piscator - e o "Teatro Político" -, Bertolt Brech - e o "Verfremdungseffekt"-, ou, mais recentemente, de Moisés Kaufman - e sua teoria da "cópula entre forma e conteúdo"), o teatromosca (cujos elementos constituintes são, justamente, filhos de ex-combatentes) procura, colocando-se numa posição absolutamente apartidária (não apolítica, todavia), apresentar este delicado e controverso "trabalho de casa".

Acompanha e enforma este projecto aquilo a que designamos como FÓRUM IGNARA#GUERRA COLONIAL, que compreende o encontro de diversos parceiros/indivíduos, comprometidos com a pesquisa, análise, discussão, criação e apresentação de conteúdos artísticos afins ao tema aduzido (com edição de resultados on-line, já a funcionar no endereço electrónico
http://projectoignara.blogspot.com/).

Se houvesse que estabelecer aquilo a que genericamente se designa "público alvo" com relação às diversas apresentações de IGNARA#GUERRA COLONIAL, seria fácil fazê-lo: todos os portugueses - e serão quase todos - que, ainda hoje, possuem uma ligação vivida e ignara com a guerra colonial.

Traduz-se num ciclo de quatro espectáculos - três "leituras preparatórias" e um "espectáculo final"- que o teatromosca produzirá, no triénio 2007/8/9.

IGNARA#GUERRA COLONIAL por fases:

FAZER O TRABALHO DE CASA

A primeira apresentação pública de IGNARA respiga material de compêndios de história, documentos, ensaios, textos literários, notícias, entrevistas, material fotográfico, compondo uma espécie de antologia (necessariamente subjectiva) daquilo que consideramos "temas básicos e incontornáveis" sobre a guerra colonial, vista numa perspectiva de pós-memória, ou seja, o que, para nós, hoje, deve ser falado quando falamos de guerra colonial. A "desmemória", o (in)voluntário silêncio dos ex-combatentes, ou o caso do mediático massacre de Wiriyamu serão alguns dos temas em apreço.

O lado Africano

Revisitam-se os três países africanos- Angola, Guiné e Moçambique- onde eclodiram os diversos movimentos independentistas que se sublevaram contra o Estado Novo de Salazar e Caetano. Esta segunda apresentação pretende apresentar um retrato mais fiel dos africanos (e suas razões) que o regime fazia passar, muitas vezes (não ingenuamente), por singelos "terroristas". Recorre-se, novamente, à selecção de material de procedências diversas, nomeadamente a alguns títulos ou autores (sob a forma de entrevistas) da também escassa historiografia contemporânea das ex-colónias.
(em locais e datas a anunciar)

Conclusão

Do cruzamento do resultado destas duas apresentações (e discussão – em sede de Fórum de IGNARA#GUERRA COLONIAL - daí decorrente) resultará uma conclusão acerca das razões por que somos ignaros da guerra colonial (talvez que, mercê dessa socrática assunção, possa surgir o princípio do seu oposto: sermos cidadãos mais esclarecidos de um País reconciliado com o seu passado).

Esta terceira e última apresentação consistirá na leitura de uma comunicação do Fórum de IGNARA# GUERRA COLONIAL.
(em locais e datas a anunciar)

Participantes no Fórum de IGNARA#GUERRA COLONIAL:

Núcleo de Sintra da ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas)
Fernando Sousa (jornalista e dramaturgo)
Daniel Alves (historiador)
Filipe Araújo (actor)
Susana Gaspar (actriz)
Paulo Campos dos Reis (actor e encenador)
Mário Trigo (actor e encenador
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1 de Março de 2008 >
Guiné 63/74 - P2602: Blogues da nossa Guerra. (Virgínio Briote)

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