1. Em mensagem do dia 29 de Novembro de 2010, o nosso camarada Joaquim Mexia Alves*, ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73, define um camarigo.
CAMARIGO
Um comentário do Torcato levou-me a pensar e a escrever para tentar explicar a invenção da palavra camarigo.
Em primeiro lugar o óbvio!
Camarigo é a junção das palavras camarada com amigo!
Quando comecei a frequentar a Tabanca Grande, (já lá vão uns anos), comecei também a descobrir melhor uma relação com os ex-combatentes da Guiné, que não se restringia apenas àqueles com quem tinha estado, mas se alargava a todos os outros que lá estavam, não só na altura, mas também antes e depois.
O termo utilizado pelos militares para se tratarem uns aos outros é camarada, o que está certo sem dúvida, com vemos no dicionário.
Camarada: companheiro de quarto; colega; parceiro; condiscípulo; indivíduos do mesmo ofício; tratamento entre militares e entre filiados de certos partidos políticos…
Ora isto parecia-me pouco, para definir a relação que nos une como ex-combatentes, e até também porque verdadeiramente já não somos militares.
Mas fomos realmente companheiros de quarto, (ainda o somos quando os mesmos sonhos ou pesadelos nos envolvem à noite), e parceiros, e colegas e sei lá mais o quê.
Mas somos muito mais do que isso!
Somos sentimento e emoção, e não é raro num reencontro, numa história contada ou lida, virem-nos as lágrimas aos olhos e apetecer-nos abraçar com força aquele que conta a história, para lhe dizer que sabemos bem o que foi, o que é, e muito provavelmente o que continuará a ser.
Ora isso vai muito para além da camaradagem, pois revela sentimentos de afectividade, de compreensão, de conhecimento, enfim numa palavra: de amizade.
Quando um de nós sofre, não sofre apenas um camarada, sofre também um amigo, por isso sofremos todos com ele, mesmo que não o conheçamos pessoalmente!
Quando um de nós se alegra, não se alegra apenas um camarada, alegra-se também um amigo, por isso nos alegramos todos com ele, mesmo que não o conheçamos pessoalmente!
Quando um de nós morre, não morre apenas um camarada, morre também um amigo, por isso morremos nós também um pouco, mesmo que não o conheçamos pessoalmente!
Lá longe, na Guiné, muitos de nós desabafaram com certeza aos ouvidos do outro, as alegrias e as tristezas de uma vida que se fazia longe de nós.
Um filho que nascia, uma mãe ou um pai que morria, um namoro que acabava, uma dúvida, uma incerteza, um desespero e uma alegria, enfim tudo aquilo que faz parte da vida e que tantas vezes ia parar ao ombro do que estava ao nosso lado, do que estava connosco.
E hoje isso ainda acontece, quando nos encontramos, ou quando nos procuramos num telefonema, ou numa visita oportuna.
Então era preciso para mim, procurar maneira de revelar com uma palavra aquilo que ia descobrindo, aquilo que ia tomando lugar no meu coração.
Porque o amigo também não chegava para definir essa relação:
Amigo: aquele que estima outra pessoa ou é por ela estimado; partidário; amásio; amante; afeiçoado…
E o óbvio apareceu diante de mim.
Somos camaradas, mas somos mais do que isso, somos amigos!
Somos assim camaradas e amigos, ou seja, somos CAMARIGOS!
É isso que eu sinto e é isso que sempre pretendo transmitir em cada encontro e em cada momento em que estamos juntos e não só.
Tenho um coração mole, (graças a Deus), a lágrima fácil, e os braços com uma “tendência compulsiva” para se abrirem, por isso arranjei a palavra que servisse para expressar os meus sentimentos em relação a todos vós.
Por isso gosto de vos tratar pelo nome próprio, para estar mais perto de vós e me sentir mais perto de vós!
Por isso também, aqui fica o meu forte, enorme e camarigo abraço para todos vós.
Monte Real, 29 de Novembro de 2010
__________
Notas de CV:
(*) Vd. poste de 27 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7348: (Ex)citações (113): Achas para a fogueira, ou a influência dos movimentos independentistas na política interna de Portugal (Joaquim Mexia Alves)
Vd. último poste da série de 25 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7336: Blogoterapia (167): Manhãs de Outono (Felismina Costa)
Fotografia do nosso camarada A. Costa Paulo, com a devida vénia.
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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21 comentários:
Camarigo
E ainda há o camarigo mais. ou seja, aquele que gosta de se meter, brincando, com o camarada militar e o amigo.
Obviamente, Meu Caro J.M. Alves que numa palavra, contracção de duas, se consegue conter muito.
Há aquela definição do Antº. L. Antunes, longa mas a tanto dizer. Não repito devido a celeumas e retóricas.
Por tudo e algo mais é que nós assim somos e se recomenda.Por tudo e algo mais é que sentimos tão nosso o camarada(militar) e o amigo e, por isso e muito mais é que vamos esfarelando o nosso eu...palavras , a mais,para quê?São ex militares da Guiné...
Um abração do T
Camarigos:
Camaradas de armas (ex):
Há pessoas (ia escrever "camaradas"...) que não gostam de usar a palavtra "camarada" porque pode arrastar conotações políticas, mas aqui significa "camarada de armas".
Ora, seguindo o texto do Torcato (que antecede este), que associa a condição de "camarada" à condição militar, poderemos "agarrar" as três palavras:
- Camarada
- Militar
- Amigo
e fazer a contracção das três para "camaràmilmigo".
Sugiro seja esta proposta colocada a referendo nacional (e extra-nacional).
Alberto Branquinho
Amigo Joaquim, muito Boa-noite!
É só para lhe dizer, que é muito bonito descobrir os sentimentos de amizade entre os (Homens da guerra).
Os sentimentos que nutre pelos seus "camarigos", como muito bem explica a sua definição de companheiros de armas, numa amizade que vai para além desse tempo, que irá certamente para além de todos os tempos, é apanágio dos homens bons e sensíveis.
Não tenho dúvidas de que as situações limite que viveram, vos tenham unido para sempre!
Gosto de saber, que pelo menos, restaram as amizades!
Os meus parabéns, pelo esclarecimento, para que não restem dúvidas, de que na guerra, como na Paz, a amizade é um sentimento que faz bem, que anima, enobrece, enriquece e torna mais felizes aqueles que a sentem.
Um Abraço da
Felismina Costa
Camarigo
A única coisa que me ocorre dizer-te é que os meus olhos "embaciaram-se" ao ler o teu magnífico poste.
Para ti um Fraternal Abraço do tamanho do Corubal.
Luís Borrega
PS- Nada é mais importante que a amizade, nem a fama, nem o dinheiro,nem a morte...
Camarigo,
Desculpa-me por não te poder dar um abraço tão grande como o teu, mas tu tens uns braços maiores.
Parabens pelas tuas bonitas palavras, que traduzem mais ponto menos ponto as nossas principais emoções.
Um grande abraço para os restantes camarigos e camarigas do blog.
Adriano Moreira
Camarigo Mexia Alves
Como sempre escreves e dizes por palavras, aquilo que é mais importante nesta vida e realmente tem mais valor do que todas as riquezas do mundo.
Quanto ao "camaramilmigo" do Alberto Branquinho, é demasiado
comprido e de maior dificuldade de pronunciamento.
Abraço camarigo para todo(a)s
Jorge Picado
CARO JOAQUIM MEXIA ALVES,
FAZEDOR,CRIADOR E BURILADOR DA PALAVRA.
ESTE TEU "CAMARIGO" É DUM SENTIDO DE OPORTUNIDADE EXTRAORDINÁRIO.
PARABÉNS.
UM GRANDE ABRAÇO
MANUELMAIA
Caro Mexia Alves,
Só um GRANDE HOMEM e HOMEM GRANDE como tu é capaz de escrever e sentir como o camar(ada) + (am)igo.
Parabéns pela palavra: CAMARIGO.
Um abraço de amizade do
António Tavares
Camarigos:
Ainda não consegui descobrir (por falta de tempo, paciência... e um bom pesquisador) quando é que o neologismo "camarigo" apareceu no nosso Blogue, I Série... Mas deve ter sido por volta de Setembro de 2005.
Cite-se o poste de 27 de Setembro de 2005 (Guiné 63/74 - CCXV: O 'adeus e até ao meu regresso' do Paulo Salgado), que começa assim:
"Camarigos (... tenho pena de ainda não poder dizer camarigos & camarigas, por enquanto ainda não apareceu nenhuma enfermeira-paraquedista, mas eu vou tentar arranjar uma) (...) (LG).
Um camarada que entrou nessa altura (meados de Setembro de 2005), o João Tunes, também gostava de usar o termo...
Escreveu no seu blogue, "Água Lisa 6 (no poste de 28 de Setembro de 2005 > APESAR DOS CAMARIGOS, A SOLIDÃO ACOMPANHA O GUERREIRO)
a seguinte nota:
(...) "Camarigo: – Elisão que resolve a preguiça e o preconceito de dizer “camarada e amigo”, tratamento comum entre ex-militares que, mantendo o tratamento castrense de “camarada”, lhe acrescentam a qualidade civil e deferente de “amigo"”.(...)
Mas não há dúvida que tem sido o Joaquim Mexia Alves o "camarigo" a usar o termo, por sistema, e de alma e coração.
Vou continuar as minhas pesquisas, quando tiver tempo, em:
http://blogueforanada.blogspot.com/search?q=camarigo
Um Alfa Bravo. Luís
Camrigo Luís
Se alguém usou a "palavra" camarigo antes de mim não sabia nem tinha conhecimento de tal.
Por isso mesmo o meu texto diz, pela minha escrita, que inventei tal "palavra".
Se não fui eu o primeiro a utilizá-la, dou a mão á palmatória, mas fi-lo na perfeita consciência de até então dela, "palavra", não ter conhecimento.
Faço-o muitas vezes na minha vida e na minha escrita, noutros conceitos e noutros lugares, pelo que me julguei o "inventor" de tal "palavra".
Como tal, não uso o termo por "sistema" e de alma e convicção, (o que faço sem dúvida), mas por julgar que o mesmo tinha sido, repito, "inventado" por mim.
Teria sido bonito, perante o meu texto, um contacto prévio, tanto mais que o leste e recomendaste a sua publicação.
Daqui, deste espaço e neste comentário peço desculpa pela afirmação de uma "paternidade" que afinal não era minha.
Um abraço camarigo para todos
Caros amigos Luís Graça e Mexia Alves
Transcrevo, com o merecido respeito, o comentário do João Tunes em:
Quarta-feira, 28 de Setembro de 2005
APESAR DOS CAMARIGOS, A SOLIDÃO ACOMPANHA O GUERREIRO
Sempre bem acompanhado por tantos que tão bem me trataram [bolas, eu fui tratado na Guiné, onde andei, pelos meus camarigos (*), como um príncipe da amizade!], camarigos eram todos (tirando uma ou outra dissonância e importante para fazer a diferença de referência), partilhando dores, alegrias e confidências; pessoas que eu hoje revejo e para com quem só tenho o impulso emocionado de uma grande e interminado abraço (mais até que aos meus irmãos biológicos para quem mantenho a distância afectiva da proximidade distante pelo pudor de pensar que os olhos dos nossos pais nos estejam a ver, enquanto a malta da tropa sabia quase tudo de nós que se podia saber, dominava os nossos fortes e fraquezas, sabia o que mais ninguém sabe, nem as nossas mulheres, o que valíamos como homens quando a morte nos queria cheirar o cú ou quando a luxúria de matar nos entrava nas veias).
No entanto, quantas vezes, me afastei mato dentro, procurando a noite africana e os seus sons e cheiros, metendo lágrimas para dentro, olhando o escuro, reduzido a uma solidão infinita, interrogando-me sobre o absurdo de estar ali e não poder ver, no escuro da bolanha, os rostos da minha mãe, da minha irmã, da minha mulher, da minha filha, nem estar a comer um pastel de nata em Belém, ir ao Estádio querer ganhar e saber perder, levar com a luz de Lisboa na cara, apanhar caracóis a caminho do Cabo Espichel ou roubar as amoras que são de todos a caminho da Ericeira ou da Lourinhã, alapar-me com um bife encharcado em molho gorduroso na Portugália e tentar esgotar-lhes as imperiais e obrigá-los a confessarem como suprema humilhação - a esses vaidosos "imperialistas" da Portugália - "caro cliente, acabou-se-nos a cerveja, melhor dizendo, vossa excelência acabou-nos com a cerveja", enfiar o rabo na poltrona do Cinema Londres e mandar o Visconti maravilhar-me com o "Leopardo"e devolver-me a Caludia Cardinale, admirar as maravilhosas bundas e os charmosos seios das alfacinhas subindo o Chiado, deitar-me na minha cama (e a cama de cada um, é sempre uma única), passear os dedos pelos livros lidos e a ler, embirrar com a senhora de bigode que é malcriada como o raio que a parta mas vende fruta melhor que em todos os sítios onde atendem bem, ler o jornal do dia e a horas, meter a chave na nossa porta e entrar no santuário da nossa casa e ter um (o) beijo da mulher que nos ama, amarrar a mão à sua cintura, derreter os dedos nos seus cabelos e levá-la, deixando-nos ir, docemente, para a cama do amor.
Fui sempre um soldado solitário na guerra, salvam-se os camarigos, e que camarigos, a terra seja leve ao "Caco" e ao Amílcar, mas faltou-me sempre a vida que nos faz vivos. Na Guiné eu nunca estive completamente vivo, caso contrário não tinha sido um guerreiro.Por tudo isto, acompanhado, bem acompanhado, sempre estive, ali na guerra, também só.
(*) – Camarigo – Elisão que resolve a preguiça e o preconceito de dizer “camarada e amigo”, tratamento comum entre ex-militares que, mantendo o tratamento castrense de “camarada”, lhe acrescentam a qualidade civil e deferente de “amigo”.
Publicado por João Tunes às 16:27
Um abraço e uma boa tarde
José Corceiro
Desculpem, faltaram as aspas…
“Quarta-feira, 28 de Setembro…..
…Publicado por João Tunes às 16:27”
José Corceiro
Meus camarigos
Perante o último comentário que agradeço e reiterando no entanto o meu total desconhecimento da utilizaçao anterior de tal "palavra", peço ao editores que retirem este meu texto, com o meu pedido de desculpas a todos por ter "usurpado" algo, que pelos vistos não me pertencia.
O que não quer dizer que não o sinta como meu e pelas razões que invoquei no texto e que são parcas para definir verdadeiramente o que queria dizer.
Tudo isto era escusado, se o camarigo Luís Graça, perante o texto que escrevi e que conhecia antes da publicação me tivesse alertado para o facto de tal "palavra" já ter sido utilizada antes, e assim eu não me teria "apropriado" daquilo que afinal não era meu.
Não posso deixar de afirmar que me sinto incomodado, envergonhado, com este assunto, porque me prezo de ser homem de uma só palavra e honestidade social e intelectual.
Mais uma vez peço que me desculpem e relevem a minha falta, levando em conta a minha ignorância sobre o "passado" de tal "palavra".
Um abraço camarigo para todos.
Camarada e Amigo,
Companheiro de armas e guerras, absurdas.
Camarada é, como dizes, segundo os dicionários, companheiro de quarto.
Eu, tu e os restantes, dormimos no mesmo QUARTO.
O céu da Guiné, quer fizesse chuva, trovoada ou noite calma.
CMS
Cart 2339
Caro 'camarigo' Mexia
Li o teu artigo e considero-o muito genuíno, muito 'vindo de dentro', tal como tu agora te revelas.
Li depois os comentários e pareceu-me ter sentido uma mágoa da tua parte por não ter havido uma espécie de 'chamada de atenção' para o facto do termo 'camarigo' já ter sido pontualmente utilizado anteriormente e que, nesse sentido, não seria uma 'invenção' tua e, desse modo, se ter deixado ficar no ar, aparentemente, uma espécie de 'abuso de patente' da tua parte.
Seja lá a 'paternidade' de quem for, a verdade é que foste tu que lhe deste consistência, pelo uso persistente e permanente (e não apenas esporádico) do termo "camarigo" e todos nós o usamos sem rebuço, até porque é muito bem aplicado e está perfeitamente adaptado à realidade que sentimos.
Um forte abraço, meu 'camarigo'
Hélder S.
Joaquim:
Não está em causa a "paternidade" do termo "camarigo", nem eu quis fazer uma "investigação" sobre essa paternidade...
Pus-me à procura, na Net, e só a encontro o termo "camarigo" no nosso blogue (Enfim, há uma sociedade francesa com o nome "Le Camarigo"...). Mas a pesquisa através do Google não é fiável... Encontramos muita coisa mas não de maneira exaustiva...
Que ele, o termo "camarigo" (com o duplo sentido de camarada e amigo), apareceu no nosso blogue, I série, em meados de 2005, disso é que não há dúvida.
Há uma referência, de 27 de Setembro de 2005, ao uso da palavra "camarigo, por mim; e depois a 28, pelo João Tunes... Mas o termo começou certamente a ser usado antes...
Quem o popularizou foste tu, sem dúvida, ao longe destes anos todos que tens estado connosco sob o fraternal e frondoso poilão da Tabanca Grande... Tal como o termo "camarigagem"...
E que fostes a tu a usá-lo sistematicamente, da maneira efusiva e emocional como só tu sabes fazê-lo (por ex., nos nossos encontros e nos nossos mails), e de tal maneira que entrou no nosso "léxico", isso também hão há dúvida... E isso é que conta... Como diz o Manuel Maia, foste tu o "burilador" da palavra, foste que "afeiçoaste" a palavra...
Enfim, vou ver melhor na I Série, mas só por mera curiosidade... Eu, seguramente, não a criei: aliás, não usava muito a palavra, foi sobretudo a partir do convívio contigo...
É possível que a palavra tenha começado a ser usada entre nós na troca de e-mails...
Mas não quero que percamos tempo com isto: é, como eu costumo dizer, "discutir o sexo dos anjos"... E muito menos que faças disto uma questão de honra...
Joaquim, venha daí um abraço camarigo!
Adenda:
Grande camarigo Joaquim, régulo da Tabanca do Centro: Só depois da publicação do teu poste, é que eu me lembrei de pesquisar o "rasto" da palavra... Só tens que ter orgulho por ter contribuído para que a palavra "camarigo" vá um dia entrar nos dicionários de língua portuguesa... Por essa e todas as demais razões, não posso aceder ao teu pedido de retirar o teu poste (para mais, em magnífica prosa, que já suscitou manga de comentários...).
Fica decretado que, de hoje em diante, todo o CAMARADA E AMIGO da Tabanca Grande seja tratado por CAMARIGO...
Camarigos: O termo "camarigagem" (outra "buzzword" do nosso blogue) foi utilizado pelo Joaquim neste comentário a um poste de 5 de Fevereiro de 2009:
"Aqui, meu caro Luís, dialogamos uns com os outros, trocamos experiências, discordamos e concordamos. Tentamos por a política de parte e fazemos esforço para chegar à verdade. Uns pensam e vêem de uma maneira e outros de modo oposto, e assim vamos construindo a história que se vai fazendo das nossas histórias.
Ali meu caro Luís, está uma 'visão' e uma linha de pensamento muito nitidas nas quais não me revejo e com as quais não concordo.
Devo dizer no entanto que o que Pezarat Correia diz sobre a guerra ganha ou perdida não é nem mais nem menos do que o que eu e outros temos vindo a dizer.
"Fico-me por aqui, por este espaço cheio de verdade e frontalidade onde todos temos direito à palavra, onde verificamos a discordância, que depois de argumentada conduz muitas vezes á concordância que acaba por se revelar a verdade que muitas vezes tem duas ou mais interpretações, todas correctas na 'camarigagem' que nos une.
Abraço camarigo do
Joaquim Mexia Alves"
5 de Fevereiro de 2009
Guiné 63/74 - P3840: Sítio Guerra Colonial (1961-1974), da A25A, em colaboração com a RTP (1): Intervenção do Maj Gen Pezarat Correia
Camarigos:
Para fazerem pesquisas no Google, usem a funcionalidade "Pesquisa avançada"...
Por exemplo, camarigo site:blogueforanada.blogspot.com
Faz a pesquisa da palavra "camarigo" só na I Série do nosso blogue...
Também podem usar o pesquisador do blogue:
http://blogueforanada.blogspot.com/search?q=camarigo
Caro Luís e caros camarigos
Hoje de manhã tinha aqui deixado um comentário, a seguir ao 2º comentário do Luís, que não foi publicado por "nabice" minha, inexperiente que sou nestas coisas da informática.
Reproduzo-o integralmente.
Caro Luís, meu camarigo
Não é obviamente uma questão de honra, mas sim uma questão de que eu não gosto de passar por aquilo que não sou, ou não faço.
Podias ao ler o meu texto antes de ser publicado, ter-me dado uma palavra no sentido de me dizeres que o termo já tinha sido utilizado antes e eu teria reescrito o texto tendo em conta essa informação.
Não sou homem de esconder o que sinto por isso te digo que me custou ler aquilo que eu afinal podia ter sabido antes.
Reconheço obviamente a minha utilização "obsessiva" do termo, o que continuarei a fazer, pois para mim reflecte bem melhor aquilo que eu sinto em relação aos outros combatentes.
Posto isto e como não quero colocar um problema à SPA!!!, partamos para outra com um sorriso nos lábios e um abraço apertado.
E aqui vai ele, o abraço, apertado e camarigo como sempre
Resta-me dizer que o Luís fez o favor de me telefonar a informar que só depois do texto publicado se lembrou que talvez o termo em questão já poderia ter sido utilizado.
Peço desculpa se tomei a peito uma "ninharia" mas eu sou assim e já não me devo curar, apesar de me andar a tratar!!!
Um abraço camarigo para todos
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