sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7562: Tabanca Grande (259): O casal Vinhal, um dos totalistas dos nossos cinco encontros nacionais, anuais (desde a Ameira, em 2006, a Monte Real, em 2010)


Montemor-O-Novo > Ameira > 2006 >  I Encontro Nacional da Tabanca Grande > Algumas das nossas companheiras... A  Dina Vinhal (*) é a segunda a contar da esquerda... Refira-se que ao casal Vinhal é um dos totalistas dos nossos encontros anuais (cinco, desde 2006).

A explicação é simples: a Dina é inseparável do Carlos (e vice-versa)... O Carlos (**), desde que entrou  para a nossa equipa editorial (foi o primeiro, em 2006, depois da Ameira), tem estado na comissão organizadora dos nossos encontros nacionais desde então. Recorde-se que o II foi em Pombal, em 28 de  Abril de 2007, sob a batuta do chefe de orquestra Vitor Junqueira... Desde 2009, o Carlos tem parelha com o Joaquim Mexia Alves na organização dos encontros nacionais da Tabanca Grande em 2008 e 2009, na Quinta do Paul, Ortigosa, Momnte Real; e em 2010, no Palace Hotel, de Monte Real...


Foto: © Luís Graça (2009). Direitos reservados






Matosinhos > Leça do Balio > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Bar Vilas > Jantar-convívio de Natal > 27 de Dezembro de 2007 > Da esquerda para a direita: (i) Dina Vinhal, mulher do nosso co-editor Carlos Vinhal; (ii) A esposa e a filha do José Teixeira, respectivamente Maria Armanda e Joana, respectivamente... À esquerda, de costas, está a Eduarda, a esposa do Albano Costa e mãe do Hugo Costa...

Foto: © Albano Costa (2007). Direitos reservados.

  

Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande > 20 de Junho de 2009 > 2009 >A Dina Vinhal, na oprimeira fila, ao centro (é a quinta  a contar do lado direito)

Foto: © David Guimarães (2009). Direitos reservados





Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande  > 20 de Junho de 2009 > O nosso camarigo Rui Alexandre Ferreira (que neste último Natal esteve internado com sérios problemas de saúde)  mostrando um documento, de eventual interesse para o blogue, ao Carlos Vinhal, sob o olhar atento da Dina.


Foto: © Luís Graça (2009). Direitos reservados
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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 6 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7559: Tabanca Grande (258): Agradecimento à tertúlia (Dina Vinhal)

(...) Chamo-me Maria Leopoldina, Dina para os amigos, e estou casada com o Carlos há quase 39 anos. Há que somar a este tempo mais 4 de namoro, e nestes, uma “comissão de serviço” na Guiné. Coincidências da vida, andámos no Ciclo Preparatório na mesma Escola e nos mesmos anos lectivos, mas daí não veio nenhum conhecimento, porque se bem se lembram, naquele tempo as meninas eram separadas dos meninos. Por outro lado eu morava no extremo sul de Matosinhos e ele no extremo norte de Leça da Palmeira, logo bem afastados um do outro. (...)



(**) Vd. poste de 25 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCLI: A madeirense CART 2732 (Mansabá, 1970/72) (Carlos Vinhal)
 
Poste DCLI (em numeração romana, 651...)
 
(...) Amigos e camaradas de tertúlia: Abram aulas para receber mais um camarada da Guiné. Aqui vai o testemunho do Carlos Vinhal, ex-furriel miliciano da CART 2732 (Mansabá, 1970/72):


Caro Luis Graça

Entrei recentemente no seu site e, como antigo combatente da Guiné, queria deixar o meu modesto contributo para aumentar o número daqueles que não têm complexos em assumir-se como antigos combatentes de uma guerra que, a não querendo, dela não fugiram. (...)

Passo a apresentar-me:

(i) chamo-me Carlos Esteves Vinhal, fui Furriel Miliciano Atirador com a especialidade de Minas e Armadilhas;

(ii) fui incorporado como instruendo do CSM em Abril de 1969 nas Caldas da Rainha (RI5);

(iii) a especialidade de Atirador tirei-a em Vendas Novas (EPA);

(iv) em Novembro fui para Tancos (EPE) onde tirei o 33.º Curso de Minas e Armadilhas;

(v) em Dezembro rumei para o Funchal onde ajudei a dar a Especialidade de Atirador a um grupo de militares madeirenses com os quais se formaram as duas primeiras Companhias do Grupo de Artilharia de Guarnição n.º 2 (GAG2) a irem para o Ultramar: a CART 2731 foi para Angola e a minha, a CART 2732, embarcou no Cais do Funchal para a Guiné no dia 13 de Abril de 1970, chegando a 17;

(vi) uns quantos dias em Brá e no dia 21 do mesmo mês seguimos para Mansabá, situada entre Mansoa e Farim, onde permanecemos até finais de Fevereiro de 1972.

Como se tratava de uma Companhia independente ficámos dependentes administrativa e operacionalmente ao BCAÇ 2885, sediado em Mansoa. Os Oficiais, Sargentos, Cabos e Soldados especialistas eram todos continentais. Os madeirenses, homens de comprovada bravura, eram aquilo que poderíamos chamar a carne para canhão. A verdade é que muitos deles foram feridos em combate mais de uma vez e nunca viraram a cara à luta. Verdadeiros heróis anónimos, embora alguns reconhecidos e louvados até pelo General e Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné.

Perdemos três militares madeirenses, dois em combate quase no fim da comissão (o Vieira e o Barbosa) e um por acidente (o Silvestre). O soldado Malcata, oriundo do continente, morreu de doença. Perdemos também o Alferes Couto que, tendo como eu o Curso de Minas e Armadilhas, viu-lhe rebentar nas mãos uma mina antipessoal.

Futuramente escreverei mais umas coisas, porque memórias não faltam.



 Guiné > Região do Oio > Mansabá> CART 2732 (Mansabá, 1970/72)> 1970 > : 3º Pelotão, secção do Fur Mil Vinhal (na primeira fila, à direita, ladeado pelo seu amigo Ornelas).

Foto: © Carlos Vinhal (2006). Todos os direitos reservadios


 
É com muita honra e a título de homenagem aos meus valorosos camaradas madeirenses da CART 2732 e em particular ao meu 3º Pelotão que anexo duas fotografias. Na de cima a minha Secção  (...).

Refira-se que nesta altura - e só tínhamos 6 meses de comissão - já a Companhia se encontrava desfalcada. Já havia morrido o Alferes Couto e estava hospitalizado o Alferes Bento comandante do meu Pelotão, vítimas do mesmo incidente. Por que estou presente nas fotografias, na Secção estou em baixo à direita, ladeado pelo meu grande amigo Ornelas  (...)

4 comentários:

Joaquim Mexia Alves disse...

E para eles, Carlos e Dina, o meu grande e camarigo abraço.

Ainda havemos de fazer juntos uma empresa de organização de "cumbibios"!!!!

Homenagem justíssima, camarigo Luís Graça. Parabéns!

José Marcelino Martins disse...

Apesar de já o ter referido. noutro post, é mais que merecida a "ENTRADA EM GRANDE" da Grande DINA, na Tabanca Grande.

O presente comentário era para ter sido colocado no post em que a Dina "responde" à Tabanca, mas, de certa forma ontem foi um dia de emoções.

Foi dia de catarse:
1º - A confissão do filho de um militar, nosso camarada das lides da Guiné (CCaç 13)que recorda, emocionando-se quase até às lágrimas, os momentos de angustia geral, quando era ouvida a chamada de um camarada à portaria dos Pilões (Pupilos do Exército)a horas desusadas. Eram filhos de nossos camaradas do quadro, e as noticias podiam não ser as melhores.

2º - A confissão da Dina, uma das muitas mulheres que tiveram alguém querido na guerra, e a espera diária por um papelinho, de tom amarelo (azul ou os dois?) que traziam noticias de além mar.

Não posso ignorar que, foi na Ameira que conheci a Dina e não só, já que era o primeiro encontra da que seria a Tabanca Grande.

Foi um encontro em que, a páginas tantas, ouço a Dina dizer. dirigindo-se a todas as companheiras:
- Se os nossos maridos se tratam por "tu", porque não utilizar os mesmos termos?

Resultado: Quebra imediata do "gelo" que ainda pudesse existir, troca de opiniões e vivências, expectativas e, desta (s) conversas (s), os beneficiários fomos nós, que passamos a ser olhados com outros olhos.

Obrigado Dina, e aquele fraternal beijo com abraço da

Manuela e José Martins

Cesar Dias disse...

Carlos e Dina

Venho por este meio manifestar também o meu apreço pela disponibilidade que teem demonstado para que a Tabanca vá resistindo apesar dos vendavais. É conhecido e reconhecido o esforço por vós dispendido, vidé comentários dos nossos camarigos.
Bem hajam meus amigos.

César Dias

Anónimo disse...

Para os Amigos Carlos e Dina, mais uma vez "Aquele Abraço...", cantado em ritmko bem brasileiro.

Jorge Picado