terça-feira, 20 de novembro de 2012

Guiné 63/74 – P10701: Páginas Negras com Salpicos Cor-de-Rosa (Rui Silva) (22): O Boby

 
1. Mensagem do nosso camarada Rui Silva (ex-Fur Mil da CCAÇ 816, Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67), com data de 15 de Novembro de 2012:

Caros amigos Luís, Vinhal e M. Ribeiro
Recebam um grande abraço e votos de muita saúde. Aqui vai também, mais um salpico dos tais cor-de-rosa.
Rui Silva



Como sempre as minhas primeiras palavras são de saudação para todos os camaradas ex-Combatentes da Guiné, mais ainda para aqueles que de algum modo ainda sofrem de sequelas daquela maldita guerra.

Do meu livro de memórias “Páginas Negras com Salpicos cor-de-rosa”

Olossato 1966

O que havemos de fazer?! Talvez… talvez …, olha (!), pôr gasolina no cú do Boby! 

Tarde cálida muito cálida e algo seca; as chuvas estavam à porta, os pavorosos trovões e os temidos tornados. Os fantasmagóricos relâmpagos a rachar o céu de lés a lés. Coisa nunca visto por um tuga mobilizado para a Guiné.

Embora assim quente, a tarde estava muito calma, demais, e tediosa, a convidar pelo menos os mais irrequietos a fazerem alguma coisa, fosse o que fosse, para combater o marasmo. À porta da messe alguns dormiam nas cadeiras baloiçantes (é verdade, os pipos não serviam só para transportar o vinho canforado para a tropa, serviam para fazer cómodas cadeiras também), outros nem por isso. E um ou outro certamente a pensar como devia chatear o outro. Daqueles, nunca faltaram não.

Que fazer então?

Passa enfrente o Boby. Não ia para Farim não, embora o sentido fosse esse. Nem vinha de Bissorã. À procura duma sombra talvez, e para fazer o que os “amigos” Furriéis ali estavam a fazer e a sugerir: dormir! Os cães não saíam do quartel. Sentiam-se bem ali e é que de vez em quando saltava uma bucha.

No Olossato havia 5 cães (pelo menos os “recenseados”) a viverem, quase sempre em matilha: A cadela sempre à frente e o séquito sempre atrás. Disciplina militar também.

Uma cadela (pobre da cadela) e 4 machos, todos tipo rafeiro e sem qualquer patente. Entre eles destacava-se pelo corpanzil o Boby.

O clima parecia também prolongar o cio e, seria como o milho que dava 2-3 vezes por ano?


Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Tabanca do regulado de Badora... Alguns dos numerosos cães que  infestavam as povoações... E nos nossos quartéis, onde cheirava a comida,  fresca e abundante, ainda mais... Eram um problema de saúde pública. 
Foto do nosso camarada Arlimdo Roda, ex-fur mil, CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71).

Foto: © Arlindo Roda (2010). Todos os direitos Reservados


Bom, o Boby pelo estilo e pela raça (?) era o mais solicitado pela malta. Brincava-se com ele. Só faltava dar um nó ao rabo. Tivesse o rabo comprimento para isso.

Só que naquele dia os astros não estavam com o Boby.

O Boby passou no local errado, à hora errada e… com gente errada ali por perto. Da ideia, não me lembro de quem foi, mas daquela ao fazer foi um instante. Ali era assim: havia uma ideia e já estava um ou mais a pô-la em prática. Sempre para chatear o outro. Desta vez escolheu-se o desamparado do Boby

Desperdícios embebidos em gasolina e “óh Boby anda cá”. De rabo a abanar todo solícito, como era habitual, o Boby aproxima-se e sim senhor podem fazer o que quiser. Então alguém lhe esfrega desperdícios com gasolina no rabo. O que parecia ao princípio ser um refresco para o Boby logo o tornou possesso. Numa fração de segundos o Boby encrespa-se e aí vai ele!

Velocidade de turbo. Imparável!!

A gasolina era a vulgar, das viaturas, mas pela velocidade que o Boby chegou a atingir se calhar era mesmo gasolina de avião que andava por ali O Boby de vez em quando pára e, apoiado nas patas da frente esticadas, esfregava o cú no chão. E dava para aliviar. Mas era só uns curtos segundos porque logo, e já com a “primeira” previamente metida, encetava outro vai-e-vai em correria desenfreada, louca. Enquanto houvesse quartel e espaço…O Boby ficou com o diabo no corpo.

O cão estava transformado em diabo mesmo e uma raiva incontida tomou conta dele. Era uma fera. Julgo que se alguém se atravessasse naquela altura, o Boby descarregava a fúria.

Todo o mundo refugiou-se na caserna e o filme era agora vista da janela que não se abria muito não fosse ele escolher aquela abertura para ver se passava por ali mais vento pelo rabo.

A – casa dos Oficiais; B – casa dos Furrieis; C - A estrada Bissorã-Farim que dividia a meio o aquartelamento do Olossato. Em cima, junto às árvores, e em baixo, no meio da estrada, os cavalos-de-frisa delimitavam o aquartelamento.

De cavalo-de-frisa a cavalo-de-frisa (nos extremos do aquartelamento - aprox. 150metros-) o Boby supersónico e tocado a gasolina (d’avião?) percorreu várias vezes o espaço num frenético vai-e-vem.

O filme entretanto acabou de forma paulatina e o tempo foi bom conselheiro para o Boby, isto é a irritação com o tempo foi aliviando, aliviando… . Mais calmo e sereno, agora mais a pensar certamente “quem foi o FdP que me fez isto”?

O facto de ele voltar a abanar o rabo indiciou que o pesadelo tinha passado.

Não me lembro se depois disto o Boby ainda vinha junto de nós e com o rabo a abanar.

Tudo então voltou à normalidade.

Outro programa seguiria dentro de momentos…

Bom, a lição foi aproveitada. Para mim pelo menos, pois gasolina em cú de cão?

Nem pensar!!!

Aconteceu um dia na Guiné!!... pronto!.
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 14 de Outubro de 2012 > Guiné 63/74 – P10531: Páginas Negras com Salpicos Cor-de-Rosa (Rui Silva) (21): Operação Outra Vez, objectivo: Iracunda

16 comentários:

Anónimo disse...

Alguém vai ser processado pela sociedade protectora dos animais...ai..vai.vai..
Esta da gasolina em "cu de cão"não lembrava nem ao diabo..seus sádicos do caraças apanhados do clima..

C.Martins

Luís Graça disse...

Atenção, camaradas: Este poste não foi publicado de ânimo leve... Passou por vários crivos...

Vejamos a nossa troca de emails:

(i)Do editor de serviço, CV:

Caro Rui
Com as minhas desculpas pela hesitação, vamos ver o que diz o Luís quanto ao conteúdo do teu texto e à sua publicação, ou não, tendo em vista esta acção menos civilizada para com um dos animais mais nobres que o homem domesticou há séculos, e se tornou num companheiro dedicado e fiel, o cão, vítima da inconsciência de um jovem cruel, como foi o caso que relatas.

Abraço
Carlos

Caro Luís
À tua consideração
Ab
Carlos

(ii) Parecer do editor L.G.:

Carlos (com conhecimento ao Rui Silva e aos nossos "conselheiros"):

Uma das nossas regras de ouro, como sabes, é que não fazemos... "juízos de valor" sobre o comportamento passado dos nossos camaradas, em combate ou fora de combate, na caserna ou na parada, na guerra ou na paz, no quartel ou na tabanca...

O blogue é como um confessionário e nós, editores, somos como os padres ou os psiquiatras... Temos de "saber ouvir" e, às vezes, "guardar segredo"... Mas não é aqui o caso.

Também eu participei, indiretamente, numa "chacina" de cães vadios que não nos deixavam dormir... Alguém os abateu, uma a um, com tiros de pistola Walther... e eu ia ao lado no jipe, com um major a conduzir, se bem me lembro!... Não me orgulho disso, dessa cena, mas já aqui, no blogue, fiz referência a essa "noite das facas longas" (sic), em que exterminámos os cães de Bambadinca que tiveram o azar de ficar retidos dentro do arame farpado... Agora imagina se a nossa fúria se voltasse contra a população amiga dos turras, como Nhabijões, ali perto... Na realidade, os cães simplesmente eram uma praga, e não deixavam dormir os operacionais (que não tinham horas para dormir!)...

Admito que o texto possa ferir a sensibilidade de um ou outro dos nossos leitores, mas nós não estávamos propriamente num colégio interno para meninos da mamã...Estávamos num cenário de guerra, numa situação-limite que muitos seres humanos, felizmente, nunca conheceram nem conhecerão...

Como diz o Rui, aconteceu, na Guiné, e essa brincadeira (sádica...) por certo que não aconteceu só em Bissorã... Descarregávamos a nossa raiva, o nosso stress, a nossa angústia nos pobres cães vadios... ou nos repugnantes abutres.

Tens o meu OK para publicar. Um grande abraço para ti e para o Rui, que é um camarada generoso e de grande sensibilidade. Luís

Anónimo disse...

Ainda a propósito de cães...

No passado como agora na Guiné,devido a não haver qualquer prevenção sanitária,os cães são um perigo na saúde pública, nomeadamente na contaminação de raiva nos humanos..

Em 98 vi morrer um jovem guineense com raiva.
É tal e qual como vem nos livros..simplesmente uma morte horrível e com grande sofrimento..

C.Martins

Anónimo disse...

Em Gadamael o pelart tinha um cão como "mascote", julgo que o nome era S.Bárbara, como não podia deixar de ser.

No início das flagelações raspava-se nas calmas..nunca soube para onde..terminada a coisa..apresentava-se ao serviço, abanando a cauda,desejoso de uma festa e quando esta era feita,fazia um latido...uuuiiimmm.

Não me lembro de o ouvir ladrar.
Quando das conversações com o PAIGC,ladrava furiosamente aos antigos INs..foi preciso prende-lo.
Era um verdadeiro "artilheiro".
Nunca teve um louvor..uma injustiça.

C.Martins

Henrique Cerqueira disse...

Deixa Lá Boby...Eu tambem te vou contar a estória de um humano que tinha os "tomates tijolados".
Sabes Boby certo dia um humano ia sentado num burro e de repente o burro recusou-se a andar mais.Vai daí o humano levou o burro á garagem dos burros.O humano se queixou ao "garagista"que o burro não andava.
O garagista mandou meter o burro de marcha-atráz na garagem e posto isso pegou em dois tijolos e bateu com eles em simultânio nos tomates do burro.Este saíu em disparada não mais sendo visto.
O estúpido do humano ficou admirado com a velocidade do burro.
E então todo eufórico disse:-Bravo o burro anda que se farta,mas como é que agora o vou apanhar?
O garagista disse logo ao estúpido do humano.
-Naõ se preocupe caro amigo ,veja lá se recua até aqui de marcha atráz....e já apanha o seu burro!!
Vêz Boby não foste nem serás a ínica vitima dos humanos estúpidos.É que o que te fizeram não teve nada a vêr com ações sanitárias,mas sim malvadês pura e crua.
Adeus Boby um muito grande abraço.Há é verdade boby perdoa lá essa malta sim ? Eles eram tão novinhos e tão stressados.
Henrique Cerqueira

Anónimo disse...

"Parecer" do nosso "conselheiro" Heldr Sousa:


Caros amigos
Só agora li. E também já vi o mail com a publicação.
Realmente, o que se haviam de lembrar!
Mas a verdade é que esse 'retrato' ilustra bem o que também se fazia para 'matar o tédio', esquecer a situação, etc., tantas vezes à custa da regressão civilizacional.
Não vejo inconveniente na sua publicação, tanto mais que não há uma acusação directa, uma 'fulanização', logo não se aponta 'um culpado', mas sim uma situação.
E parece que afinal o cãozinho 'safou-se'. Ainda bem, pois ainda era capaz de aparecer aí alguém da liga dos animais a querer castigos retroactivos.
Já agora, essa história até nem me era estranha: uma das anedotas que se costuma contar lá por Vila Franca era que no "Parque de Alverca", como eram lá conhecidas as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), tinham um cãozinho que era a mascote e um dia um malvado deitou gasolina de avião na água de beber do bicho e logo que ele bebeu uns goles desatou a correr desalmadamente. Até aqui há pontos semelhantes com a história dos "Salpicos": um cão, gasolina e correria desalmada. Na anedota é pouco credível que o cachorro 'bebesse' o líquido, cheirava e não bebia, mas para a anedota, serve. Na continuação da anedota dizia-se que o bicho correu, correu, correu e, de repente, parou! Algum inocente ouvinte inquiria: morreu? E a resposta vinha pronta: não, acabou a gasolina! Se o ouvinte dizia: acabou a gasolina, verdade? A resposta era: não, morreu, o que é que esperavas com gasolina no bucho?
Abraços
Hélder Sousa

Anónimo disse...

E já que estamos em matéria de "confidências" (sobre "maldades"), aqui vai mais outra para o nosso "confessionário"... Esta é de outro "conselheiro",o Zé Martins (ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70)

Meus amigos

Não sei, concretamente, o que aconteceu aos cães, pois de cães se deve tratar.
Também em Canjadude, em determinada altura (princípios de 1969), também houve uma batida aos cães que, de acordo com a opinião do nosso enfermeiro, o Sarg Cipriano, foram abatidos, devido a "aquisição de doenças" que as transmitiram a alguns elementos da população, nomeadamente os miúdos.

Abraços

José Martins

Rui Silva disse...

Caro C. Martins:
Julgo que não comes carne à mesa ao pensares que é produto de uma morte violenta sobre um animal.
As vacas os porcos e os cabritos etc, etc., são fruto de uma morte (assassínio?)muita das vezes violenta e com tortura muita das vezes por o meio. São mortos à faca, à catana, electrocutados.
E agora? Quem é o Pilatos' Não deves também ver as touradas por certo, e serás contra elas liminarmente.
O que se passou, afinal, foi uma maroteira a um cão que até a nós era muito querido e voltou a sê-lo.
Maroteiras faziamo-las também uns aos outros e algumas a acabar às vezes mal.
Ao outro dia sentavamos todos outra vez à mesa bem dispostos e amigos.
...até era próprio da idade. Tomara voltar ao mesmo.
Passa bem caro C. Martins

Rui Silva

Anónimo disse...

Viva Rui,
Vejo que já tens uma boa colecção de opiniões sobre a história do pobre Boby. Não devia acontecer mas aconteceu e dizes bem, o animal estava no sitio errado, à hora errada, e especialmente com os militares errados.
Então tu escondeste uma foto do Olossato de um ângulo tão original? Se puderes envia-me um anexo dessa foto, acrescentando mais algumas letras identificativas das outras instalações visiveis.
Um abraço,
Raul Albino

Antº Rosinha disse...

Quando há crise, uma das coisas que se larga da mão são os cães.

Quando se vai de férias, são os cães que se abandonam.

No caso da guerra da Guiné os habitantes das tabancas abandonaram as casas e os cães.

A seguir à independência,em certas ruas de Bissau algum cão morria diariamente abandonado, era uma característica típica aos olhos de um visitante.

Os africanos em paz, faziam dos cães um elemento da família.

Em paz, os cães não passavam fome na chamada África Negra daqueles tempos, no sentido daquela fome que se conhecia na Europa de pedintes à porta das igrejas.

A paz foi embora, os cães pagaram também as favas.



Luís Graça disse...

O meu comentário anterior estava todo "gralhado"... Já o eliminei. Dizia sssim:

Há aqui, no blogue, uma história de cães, passada em Bambadinca, que merece ser lida e relida... Acho mesmo que merece ser republicada, depois da "maldade" que fizemos ao Boby e, pior ainda, ao Chichas, o nosso cão de estimação, a nossa mascote, que dormia à porta do nosso quarto (!), morto com um tiro na cabeça...

Numa floresta com mais de 10 mil árvores, há preciosidades como esta que um dia farão parte da nossa "antologia"... Já tem 4 anos, a "estória avulsa" dos "cães, nossos amigos, de Bambadinca"...

O "Lobo" e sua matilha deveriam ter sido condecorados com cruz de guerra, se o mundo fosse justo e se os homens fossem dotados de "inteligência emocional"...


Um abraço para o "velhinho" Alberto Nascimento (de 1961/63!!!), dos tempos de brasa de Bambadincam, no início da guerra... LG
_________________

10 de julho de 2008 >

Guiné 63/74 - P3044: Estórias avulsas (3): Os cães de Bambadinca (Alberto Nascimento, CCAÇ 84, 1961/63)

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2008/07/guin-6374-p3044-estrias-avulsas-16-os.html

Anónimo disse...

Caro camarada Rui Silva

Pela tua reacção ao meu comentário, verifico que não percebeste a minha ironia....
Um alfa bravo

C.Martins

Henrique Cerqueira disse...

O que se passou, afinal, foi uma maroteira a um cão que até a nós era muito querido e voltou a sê-lo.
Maroteiras faziamo-las também uns aos outros e algumas a acabar às vezes mal.
::::::::::::::
Caro Camarada RUI Silva:
Copiei esta tua fraze para precisamente comentar a mesma.
É claro que todos nós algum dia fizemos ou participamos em maroteiras. Só que a diferença está nas pessoas que depois dessas "maroteiras"se sentem ou não orgulhosas das mesmmas.E quanto a mim é aí que reside a minha discordância com o testo aplicado.
E atenção que estamos aqui a comentar,pois que "cada um é como cada qual"
Abraços
Henrique Cerqueira

Rui Silva disse...

Caro C. Martins:
Cheguei, na altura, a equacionar que o teu comentário o era com algo de irónico, mas levei para o outro lado. Foi a quente...
Terei sido um pouco agressivo, desculpa lá.
Recebe um abraço.
Rui Silva

Caro H. Cerqueira:
Nunguém se sentiu orgulhoso do acto.
A reação do cão surpreendeu-nos a todos.
Atitudes ou ações irrefletidas passam por todos.
Lembro-te a idade e o estado de espírito
Recebe um abraço.
Rui Silva

Henrique Cerqueira disse...

Boa Camarada Rui
Nós só estamos aqui a comentar atos e ações da nossa junventude.Não estou aqui a fazer juizos de valor mas unicamente a comunicar com todos os nossos camaradas deste blogue.É isso que eu acho importante.Estamos todos nos "sessenta e tais"e já temos(?)juizinho suficiente para nos entendermos.É neste contesto que participo no blogue.
Um abraço para ti e restante tertulia.
Henrique Cerqueira

Anónimo disse...

Bom dia Camaradas
No que toca aos cães não sei se não se terá produzido um "apuro de raça" como tantos tem havido, de modo a serem produzidas as actuais raças de cães. Assim, terá surgido assim o "Rafeiro da Guiné"? É que vi, noutros locais, cães muito parecidos com estes...
Chamava a atenção dos camaradas para o aspecto da tabanca. Se excluirmos o arbrigo enterrado à direita da foto, parece que estamos a observar uma aldeia do neolítico, digo eu. Isto configura uam situação etnográfica curiosa. E o sociólogo de serviço o que é que tem a dizer?
Um Ab.
António J. P. Costa