quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P10920: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (20): Vestígios da passagem de "Os Magriços do Guileje", a CCAÇ 2617 (mar 70/ fev 71), na reconstrução da antiga messe... Quem serão o José Sá e o João Castro ? (Pepito)


Foto nº 5



Foto nº 4

Foto nº 3


Foto nº 1



Foto nº 2


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Vestígios da antiga messe, agora em reconstrução, e que são do tempo da CCAÇ 2617 (Guileje, março de 1970/fevereiro de 1971).

Fotos: © Pepito / AD - Acção para o Desenvolvimento (2013). Todos os direitos reservados. [ Fotos editadas por L.G.].


1. Mensagem de ontem, do nosso amigo Pepito, diretor executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento:


Olá Luís

Continuamos com o programa de reconstituição da Memória de Guiledje.

Agora, estamos a "reconstruir" de forma muito adaptada a zona da antiga Messe, onde irá ficar o Centro Interpretativo Ambiental e Cultural. [Fotos nº 1 e 2].

Prevê-se a sua inauguração no dia 29 de Março do corrente ano.

Hoje, ao andar a ver os pormenores da obra, dou com estas inscrições no que julgo ter sido o depósito de água da Messe. Não resisto a mandar-te as fotos [nºs 3, 4 e 5] ,  pois poderá dar muito prazer aos que lá deixaram o nome:  40 anos depois ainda lá estão e continuarão a estar.
um abraço
para todos
pepito


2. Comentário de L.G.:

Obrigado, Pepito. Se ainda estiverem vivos e nos lerem, os nossos Magriços da CCAÇ 2617, João Castro e José Sá vão ter um bom pretexto para sorrirem, ao verem os "vestígios arqueológicos" do aquartelamento do seu tempo e as inscrições, no cimento da messe, com os seus nomes... É um hábito muito antigo que nos vem da Alta Idade Média, altura em que os mestres canteiros deixavam a sua "assinatura" (geralmente simbolos geométricos, antropomórficos) nas pedras...

Recordo que a CCAÇ 2617, Os Magriços do Guileje, passaram por Guileje enter Março de 1970 e Fevereiro de 1971... Cada companhia que por aí passava ia fazendo as melhorias que podia (em termos de instalações para o pessoal e sistema de defesa). Tudo indica que o referido depósito da água que abastecia a messe tivesse sido construído pelos Magriços.

A este companhia pertencia o ex allf miil José Carlos Mendes Ferreira, falecido em 2006,  amigo do Humberto Reis, do Tony Levezinho e de mim próprio (furriéis milicianos da CCAÇ 12). Era natural da Amadora ou vivia na Amadora, desde miúdo. Visitou-nos em Bambadinca, a caminho da região do Gabu para onde foi inicialmente o seu batalhão (BCAÇ 2893) e a sua companhia (CCAÇ 2617). Ainda convivi com ele na Amadora, depois do regresso da Guiné. Era casado e tinha dois gémeos.

Se não erro, o José Crisóstomo Lucas é o primeiro  Magriço (e até agora o único) a integrar a nossa Tabanca Grande. Talvez ele nos possa ajudar a localizar os camaradas José Sá e João Castro (que, tudo indica, terão pertencido à CCAÇ 2617).

Pepito, fico sensibilizado pelo carinho e competência com que tu e a tua equipa vão fazendo surgir dos escombros o antigo quartel de Guileje. Um bom ano para a AD e para os seus projetos. LG

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