Foto à esquerda: O comandante-chefe, gen António Spínola, na inauguração das renovadas instalações do quartel do Dulombi, em abril de 1972. Em segundo plano, o cap mil art Fernando Pires (1942-2024), comandante da CCAÇ 3491 (Dulombi e Galomaro, 1972/74).
Foto (e legenda) © Luís Dias (2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
1. Mensagem de Luís Dias (ex-alf mil at inf, CCAÇ 3491/BCAÇ 3872, Guiné, 24 de dezembro de 1971 a 28 de março de 1974).
Data - terça, 3/06/2025 23:06
Assunto - Xadrez (*)
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Luís Dias |
O meu professor foi o capitão da minha companhia (CCAÇ 3491), Fernando Pires (cap mil art, infelizmente já falecido) e foi com ele que pratiquei por largos meses.
Ainda cheguei a jogar também com ele nos tempos que passei em Galomaro (sede da CCS do BCAÇ3872, ao qual pertencemos e para onde foi deslocada a maior parte da companhia, quando saímos do Dulombi, onde ficaram 13 elementos, comandados por 2 furriéis e ainda 2 pelotões de milícias), para reforçar a sede do Batalhão, após terem sofrido um forte ataque no dia 1 de dezembro de 1972, tendo ainda 1 Grupo de Combate de reforço ao Batalhão de Piche.
Estive durante a comissão em outros locais como: Bolama e S. João (no estágio das Unidades Africanas), Piche, Bambadinca (como comandante do CIM - Centro de Instrução Militar), Nova Lamego e Pirada, e em todos eles não vi, nem tive adversários para continuar a jogar, umas vezes talvez por falta de tempo, outras por não ter-me apercebido de que houvesse pessoal a jogar xadrez.
Ainda podia ter-me internacionalizado a jogar com um estrangeiro (o célebre Libanês, proprietário de um bom restaurante em Bafatá, que chegou a desafiar-me para um joguinho) mas não havia tempo para tal, pois era comer o belo bife à bota e regressar o mais depressa possível ao Dulombi, ou a Galomaro.
Estive durante a comissão em outros locais como: Bolama e S. João (no estágio das Unidades Africanas), Piche, Bambadinca (como comandante do CIM - Centro de Instrução Militar), Nova Lamego e Pirada, e em todos eles não vi, nem tive adversários para continuar a jogar, umas vezes talvez por falta de tempo, outras por não ter-me apercebido de que houvesse pessoal a jogar xadrez.
Ainda podia ter-me internacionalizado a jogar com um estrangeiro (o célebre Libanês, proprietário de um bom restaurante em Bafatá, que chegou a desafiar-me para um joguinho) mas não havia tempo para tal, pois era comer o belo bife à bota e regressar o mais depressa possível ao Dulombi, ou a Galomaro.
No regresso a Lisboa, ainda fiz alguns jogos com amigos, mas o prazer do jogo foi-se desvanecendo com a atividade laboral em que estava integrado e não jogo há já muitos e bons anos.
Um forte abraço, Luís Dias.
Um forte abraço, Luís Dias.
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Nota do editor:
5 comentários:
Afinal, não eram só os russos, os cubanos, os cabo-verdianos do PAIGC e... os suecos que jogavam xadrez...
Obrigado, Luís, tu mais o António Graça de Abreu e o Ernestino Caniço, ajudaram a salvar a "honra da Pátria"...Mas, consolemo-nos, o Amílcar Cabral também não jogava xadrez...Não foi educado na ex-URSS, mas sim no ISA - Instituto Superior de Agronomia, Lisboa.
Desculpa, Eduardo Estrela, omiti o teu nome!... Por lapso...Também jogavas xadrez.
A conversdar com o cor art ref e nosso grão-tabanqueiro Morais Silva, fiquei a saber que na Academia Militar, na sala dos cadetes, havia tabuleiros de xadrez e outros jogos de mesa...Além disso, muitos dos nossos oficiais jogavam bridge... Está salva a honra do convento...
Luís! Jogava eu e o Abel Loureiro que foi quem me iniciou nas manobras do jogo.
Grande abraço
Eduardo Estrela
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