Viva Carlos,
Hoje reservo-te uma surpresa.
Envio-te um texto da lavra do Cândido Morais, um camarada e amigo desde que nos conhecemos na Madeira.
O Morais [foto à civil à esquerda], que é voyeur do blogue, foi convencido a descrever pelo menos esta e outra situação, mas é um repositório de estórias com muito para contar.
É um tipo brilhante, de muito fácil contacto, linha direita, generoso e afectivo. Mas, se for preciso, também é teso. Prima pela inteligência e simplicidade, pelo que declaro com grande orgulho a nossa amizade.
Foi director de uma empresa de construção naval, mantém o culto do desporto, agora com particular atenção para o Kayak Clube de Perre, a sua terra, e já me ajudou em dois passeios para o meu grupo de montanhismo.
Assim, se não te importas, vou enviar-te sucessivamente, umas trocas de impressões prévias, e depois o texto e fotografias. Ele não pede ainda a aceitação na Tabanca Grande, mas cumpre a obrigação antecipadamente, isto é, conta-nos uma estória, e depois é que pede licença. E, já agora, se for preciso um fiador, conta comigo, que este é dos poucos por quem ponho as mãos.
Um grande abraço
JMMD
2. E ainda numa outra mensagem do dia 14, o José Dinis dizia-nos:
Viva Carlos, boa noite,
De facto enviei-te dois textos: um, o principal, da autoria do Cândido Luís Carvalho de Morais [foto à direita], residente em Perre, Viana do Castelo, que foi Fur Mil da mesma CCaç 2679, mas do 1.º Pelotão.
Pelas linhas dos textos anteriores deixei algumas impressões sobre ele, e adianto, se tivéssemos que eleger o melhor dos furriéis da Companhia, ele, muito provavelmente, seria o eleito. Foi ele que algumas vezes, e durante as minhas ausências, era incumbido do 2.º Pelotão.
Em geral, os pelotões aceitavam com grande à-vontade essas rotações, pois entre os milicianos havia o sentido da camaradagem, mas o Cândido tinha uma peculiar forma de relacionamento, que não prescindia da autoridade, mas era sempre transmitida com grande delicadeza.
Não estou a exagerar, estou a dar a minha avaliação, e não menosprezo os restantes furriéis, que também, e tão bem, contribuíram para que a Companhia não se desestruturasse e mantivesse um bom nível operacional e de relacionamento com a população.
Se pretenderes mais alguma coisa, faz o favor de mandar vir.
Um grande abraço
JD
Nesta foto, o autor da pintura Zé Tito Martins e o retratado Cândido Morais
Nesta foto a cópia e o original
Por ordem de grandeza: Dinis, Tito, Morais e Marino. A oportunidade está na bola, ou luz, ou mancha avermelhada, que deve representar um sinal transcendental, de que os meninos eram jovens, espertos, e divertidos, pelo que teriam ainda longas vidas para puxar pelo tutano.
Foto e legenda de JMMD
3. Comentário de CV:
Caro camarada Cândido Morais, o teu "padrinho" fala de ti de uma maneira que te deve provocar algum rubor. Tens aqui um amigo a valer que acreditamos não está a exagerar.
Julgo que irás partilhar com o Zé Dinis a série da História da CCAÇ 2679, o que será inédito no Blogue. Tens campo aberto para trabalhar, até porque as tuas histórias serão na maioria passadas contigo no teu 1.º Pelotão.
Temos cá um texto que sairá talvez segunda-feira pelo que podes começar a pensar já no próximo.
Resta-me enviar-te o abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.
O teu camarada e amigo
Carlos Vinhal
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Nota de CV:
(*) Vd. poste de 15 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10947: História da CCAÇ 2679 (59): Grande farra no Funchal (José Manuel Matos Dinis / Cândido Morais)
Vd. último poste da série de 13 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10935: Tabanca Grande (381): Abílio Magro, ex-Fur Mil Amanuense do CSJD/QG/CTIG (1973/74), 600.º tabanqueiro desta tertúlia