[ Manuel Resende, com o Dandi, em pose para a fotografia; ex-Alf Mil da CCaç 2585/BCaç 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71]
Caros Luís e Vinhal,
Em anexo segue um pequeno texto sobre as minhas máquinas fotográficas na guiné.
Tambés as fotos para serem coladas nos locais próprios. (Vd aqui o link do meu álbum fotográfico. referido no texto).
Em anexo segue um pequeno texto sobre as minhas máquinas fotográficas na guiné.
Tambés as fotos para serem coladas nos locais próprios. (Vd aqui o link do meu álbum fotográfico. referido no texto).
Desejo-vos um Santo Natal. Muitas prendinhas do Menino Jesus e um 2015 um pouco melhor que este.
Um abraço, Manuel Resende
2. As minhas máquinas fotográficas
por Manuel Resende
A propósito da sondagem das fotos e máquinas fotográficas da nossa comissão na Guiné (*), tenho todo o prazer em dar a minha opinião, pois já nessa altura eu era o fotógrafo da Companhia, havia de facto mais algumas máquinas, mas quase todos me batiam à porta.
(*) Último poste da série > 15 de dezembro de2014 > Guiné 63/74 - P14030: A minha máquina fotográfica (12): Ainda tenho, operacional, a minha Fujica Compact S, comprada em finais de 1972, em Bissau (Armando Faria, ex-fur mil, MA, CCAÇ 4740, Cufar, 1972/74)
(**) Vd. poste de 1 de julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4622: Fichas de Unidades (4): História do BCAÇ 2884 (José Martins)
Um abraço, Manuel Resende
Crachá da CCAÇ 2585 ( Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71)
2. As minhas máquinas fotográficas
por Manuel Resende
Amigo Luís Graça
A propósito da sondagem das fotos e máquinas fotográficas da nossa comissão na Guiné (*), tenho todo o prazer em dar a minha opinião, pois já nessa altura eu era o fotógrafo da Companhia, havia de facto mais algumas máquinas, mas quase todos me batiam à porta.
Tirava fotos individuais a quem me pedia e colectivas, sendo a revelação feita sempre em Bissau e com cópias “por cabeça”. O nosso 1º Sarg. Vinagre ia todos os meses a Bissau tratar dos assuntos necessários, e levava os rolos para revelar e trazer as cópias que eram feitas em tempo oportuno. Também comprava o que lhe encomendássemos, como foi o caso da minha máquina fotográfica, da minha pressão ar “Diana 37 de 5,5 mm”, etc. Convém não esquecer que Jolmete era só o Quartel, depois do arame farpado era mato e turras.
Lembro-me que o Fur Guarda tinha uma máquina, salvo erro Olympus. O Fur Rodrigues também tinha uma, mas a que me chamou mais a atenção era a do Alf. Mosca, uma Yashica, tipo caixa, de ver por cima, que fazia negativos de 60x60 mm e tinha uma lente com luminosidade de 1:1.2, o que na altura era o máximo que se fabricava. As fotos de 12x12 cm ficavam extremamente nítidas. Tenho a certeza que ele a levou para fotografar os “amigos”, como ele dizia, que o assassinaram juntamente com os Majores.
Eu, depois de “tirar” a especialidade de Atirador de Artilharia em Vendas Novas (a nossa artilharia era G3), fui colocado no BII 18 dos Arrifes, em Ponta Delgada - Açores, e passado um mês de lá estar a descansar, recebi guia de marcha para o Pragal (Almada) para formar Companhia para a Guiné, e no meu regresso dos Açores viajei no Paquete Funchal. Foi lá que eu vi uma linda máquina Reflex, marca Kowa, com lente de 1:1.8. Comprei também um Flash electrónico, com regulação de luz (manga de ronco), que ainda hoje funciona. A máquina custou 2.800$00 e o Flash custou 1.000$00.
Sensivelmente a meio da comissão resolvi comprar a máquina dos meus sonhos. Numa das idas a Bissau do nosso 1º Vinagre, pedi-lhe que me comprasse uma que eu já tinha namorado na casa Pintosinho, nos dois dias em Bissau à nossa chegada. Era uma Minolta SRT 101, com lente 1:1.2, só que na altura não tinham esse modelo, pelo que o nosso 1º resolveu comprar a melhor que lá tinham, a mesma mas com lente 1:1.4, e que me custou 7.800$00. Ainda hoje a tenho e funciona bem. Entretanto vendi a alguém da Companhia, e que já não me lembro, a anterior.
Amigo Luís,
se um dia quiseres fazer um museu de máquinas antigas podes contar com a minha, pois o valor real é nulo, mas o valor sentimental é grande e eu não a vendo.
Em relação às minhas fotos e slides estão todas num álbum na net. São trezentas e tal, mas acho que muitas são de nível particular e penso que não terás interesse em publicá-las. Estás à vontade para publicar as que bem entenderes.
Um abraço
Manuel Resende
(Fotos e link em anexo)
Fotos (e legendas): © Manuel Resende (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]
Lembro-me que o Fur Guarda tinha uma máquina, salvo erro Olympus. O Fur Rodrigues também tinha uma, mas a que me chamou mais a atenção era a do Alf. Mosca, uma Yashica, tipo caixa, de ver por cima, que fazia negativos de 60x60 mm e tinha uma lente com luminosidade de 1:1.2, o que na altura era o máximo que se fabricava. As fotos de 12x12 cm ficavam extremamente nítidas. Tenho a certeza que ele a levou para fotografar os “amigos”, como ele dizia, que o assassinaram juntamente com os Majores.
Sensivelmente a meio da comissão resolvi comprar a máquina dos meus sonhos. Numa das idas a Bissau do nosso 1º Vinagre, pedi-lhe que me comprasse uma que eu já tinha namorado na casa Pintosinho, nos dois dias em Bissau à nossa chegada. Era uma Minolta SRT 101, com lente 1:1.2, só que na altura não tinham esse modelo, pelo que o nosso 1º resolveu comprar a melhor que lá tinham, a mesma mas com lente 1:1.4, e que me custou 7.800$00. Ainda hoje a tenho e funciona bem. Entretanto vendi a alguém da Companhia, e que já não me lembro, a anterior.
Amigo Luís,
se um dia quiseres fazer um museu de máquinas antigas podes contar com a minha, pois o valor real é nulo, mas o valor sentimental é grande e eu não a vendo.
Em relação às minhas fotos e slides estão todas num álbum na net. São trezentas e tal, mas acho que muitas são de nível particular e penso que não terás interesse em publicá-las. Estás à vontade para publicar as que bem entenderes.
Um abraço
Manuel Resende
(Fotos e link em anexo)
Álbum do Manuel Resende > Foto nº 24 > "Como as palmeiras eram pesadas"
Álbum do Manuel Resende > Foto nº 57 > "Cubano ferido"
Álbum do Manuel Resende > Foto nº 85 > "Capitão Almendra" (**)
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Notas do editor:
(**) Vd. poste de 1 de julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4622: Fichas de Unidades (4): História do BCAÇ 2884 (José Martins)
(...) Companhia de Caçadores nº 2585
(...) Iniciou o deslocamento, por fracções, em 15 e 16 de Março de 1969, com destino a Teixeira Pinto donde, no dia seguinte, segue para Jolmete, afim de render a Companhia de Caçadores nº 2366.
Na dependência do Batalhão de Artilharia nº 2845, assume a responsabilidade do subsector Jolmete e, após remodelação dos sectores, fica na dependência do Batalhão de Artilharia 2866 e posteriormente na dependência do seu batalhão.
Colaborou na protecção e segurança dos trabalhos da estrada de Bula - Ponta de S. Vicente, guarnecendo as bases de Bipo e Ponta Fortuna, e realizou operações nas regiões de Bugula, Ponta Nhaga, Peconha e outras.
Foi rendida, em 12 de Fevereiro de 1971, pela Companhia de Caçadores nº 3306.
(...) Distinguiram-se e foram condecorados os seguintes militares:
(...)
Por acção praticada no dia 22 de Outubro de 1970:
ANTÓNIO CAMILO ALMENDRA, Capitão Miliciano Graduado de Infantaria, foi condecorado com a medalha da Cruz de Guerra 1ª Classe, conforme Ordem do Exército nº 17, IIª Série de 1971; (...)