Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Guiné 61/74 - P17011: Os nossos seres, saberes e lazeres (197): Pelos caminhos de Trancoso até chegar a Foz Côa (2) (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 15 de Setembro de 2016:
Queridos amigos,
Tratava-se de sair de Pedrógão Pequeno e viajar até aos castelos históricos da Beira Alta, primeira paragem em Trancoso para rever um grande amigo, a etapa seguinte era Foz Côa. Tudo na última semana de Julho de 2016, com temperaturas elevadíssimas e uma criança de 5 anos e meio a bordo, por sinal bem conformada.
Inesquecíveis castelos, inesquecível museu de Foz Côa, inesquecíveis trilhos do Alto Douro vinhateiro, com uma passagem muito feliz por esse esplêndido museu do Douro. E lá se apontou para o Porto, uma velha amizade, um antigo comandante da Guiné, fazia 90 anos, a família fez-lhe uma linda festa, almoçamos os dois e rememoramos, mais divertidos que agastados, aquelas ásperas experiências que tudo mudaram nas nossas vidas.
Um abraço do
Mário
Pelos caminhos de Trancoso até chegar a Foz Côa (2)
Beja Santos
A estadia em Foz Côa previa um passeio local, incluindo o Parque Arqueológico do Vale do Côa, o Castelo de Numão e de Freixo de Numão, o deslumbramento daquelas paisagens de montes pintados ou livros abertos e depois o Museu do Côa, remate antes da viagem até à Régua, a travessia do Douro, depois a cidade do Porto. A meteorologia alterou tudo, era um calor incendiário que nem a uma garrafa de litro e meio de água na mão de cada um apaziguava. Havia que tomar decisões, escolheu-se o Museu do Côa, ganhámos todos.
Viaja-se por uma paisagem árida, aterra-se num parque de estacionamento em frente a uma construção monumental, um bloco de linhas puras com uma frecha por onde o viajante entra e sai, faz parte de uma inserção paisagística a todos os títulos impressionante. O que aqui viemos visitar é o cadinho museológico e museográfico da arte rupestre do paleolítico superior que uns senhores da UNESCO exararam em acta: “A arte do vale do Côa é uma ilustração excecional do desenvolvimento repentino do génio criador, na alvorada do desenvolvimento cultural humano”. Aqui estamos, para exultar esse primeiro antepassado da humanidade".
Tem o viajante sido cumulado de benefícios espirituais em diferentes museus onde assenta os pés. Para que conste, este é um assombro que enche de orgulho a alma portuguesa. Tudo bem organizado em salas, gigantes, cavernosas, como se andássemos nas ramificações do parque, talvez mesmo na Canada do Inferno. Na sala que funciona como apresentação, somos informados das principais localizações desta arte no Côa, temos aqui o itinerário de 25 mil anos de iniciação estética.
O viajante obtém imensa informação, às vezes pensa que entrou num romance de ficção científica, fala-se da evolução do planeta Terra e da especificidade destes vales protegidos do Côa onde habitaram grandes herbívoros, auroques e cavalos, dão-se explicações para esta arte paleolítica, depois mergulhamos num género de santuário, assistimos a projeções de conjuntos magníficos entre a Penascosa e a Quinta da Barca, fazem-se comentários e a gente apreende: a invenção do movimento numa única figura; a sobreposição intencional de figuras, temos à vista réplicas, caso da cabra pirenaica com duas cabeças, aqui e acolá vemos placas de pedra decoradas com finas incisões de animais e até temos possibilidade de vermos indicados na Península Ibérica outros lugares aparentados, mas nada com este volume e com tanta direções da inspiração deste senhor, o tal primeiro antepassado da humanidade.
Tudo isto é uma história interminável, se estamos no paleolítico superior com milhares de manifestações daqui caminhamos para a Arte Pós-paleolítica, é uma caminhada até à arte das sociedades guerreiras da Idade do Ferro
Nem tudo fica dilucidado, há mistérios que enxameiam tudo este período da pré-história. E assim se acaba numa sala onde se celebra uma arte sem tempo. Por convite do museu do Côa, Alberto Carneiro expõe aqui uma escultura que se desenvolve como uma mandala sobre um castanheiro e cujos quadrantes correspondem a relações entre Arte-Vida/Natureza-Cultura. Sai-se do museu do Côa não às arrecuas mas impantes de orgulho como fazemos bem a preservação deste património mundial. Inesquecível.
De Foz Côa desce-se ao Pocinho, vamos apanhar o comboio para Peso da Régua, viagem deslumbrante, em paralelo com as sinuosidades do Douro, não fosse este calor sem trambelho e até se captaria umas imagens, optou-se por guardar na retina os socalcos, as reentrâncias, as penedias e penhascos. Chegou-se a Peso da Régua e até o chão fervia, lá se encontrou um tasco com refrigério, deu gosto ver a Benedita a derrubar a vitela estufada. E seguimos para o museu do Douro, outro relicário com muitas perdas preciosas. Não conheço maior hino à alegria da saga vinhateira do que esta mostra, exibem-se usos e costumes, as fainas de todo o ano, há fotografias comoventes de trabalhos épicos para que aquele vinho viaje para todas as partidas do mundo. Abençoada a ideia de aqui vir. É museu moderno que conserva os diferentes materiais desta economia, desta sociedade, desta cultura. E a loja do museu satisfaz o curioso mais exigente, parece que convocaram tudo o que de essencial tem sido escrito e publicado sobre o Douro.
A viagem prossegue, é um regresso até ao Pocinho, depois há que acalmar a fome, descansar e amanhã retomar a viagem, ver mais montes pintados e avançar garbosamente para a Invicta. Depois o viajante separa-se da sua comitiva, vai participar na festa de um seu antigo comandante na Guiné que festeja 90 anos. Outro dia memorável, e à noite regressa-se a Lisboa.
Até à próxima!
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Nota do editor
Último poste da série de 25 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16985: Os nossos seres, saberes e lazeres (196): Pelos caminhos de Trancoso até chegar a Foz Côa (1) (Mário Beja Santos)
Guiné 61/74 - P17010: Manuscrito(s) (Luís Graça) (111): O editor do blogue, artesão da palavra e da imagem, autor desta série, jubilou-se no dia 29 de janeiro de 2017, de tudo, exceto da vida, do amor, da amizade, da camaradagem... (Parte II)
ninguém
gosta de falar de si,
mas eu tenho
a obrigação de dizer duas palavrinhas,
a quem teve a gentileza de me dar os parabéns
ao passar ao km 70 da minha autoestrada da vida.
a quem teve a gentileza de me dar os parabéns
ao passar ao km 70 da minha autoestrada da vida.
Não só por
educação,
como sobretudo por amor, amizade ou camaradagem.
como sobretudo por amor, amizade ou camaradagem.
Todos gostam
e não gostam de fazer anos.
No dia dos
anos,
somos alvo
de atenções, mimados, apaparicados, infantilizados,
voltamos a
ser meninos…
Em
contrapartida, é mais uma folha do calendário da vida
que, física e simbolicamente, arrancamos…
Setenta anos
não é só um número redondo,
tem
implicações na vida dos aniversariantes, ou dos passantes.
O mais
vulgar comentário que se ouve,
ao passar ao quilómetro 70, é:
ao passar ao quilómetro 70, é:
“Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”…
a viver
nesta parte do hemisfério norte,
têm ainda
uns bons aninhos à sua frente…
Em Portugal,
em 2014, a esperança média de vida, aos 65 anos,
era então de
17,3 e 20,7 anos,
para os
homens e para as mulheres respetivamente…
Como a minha mulher, a "Chita",
é um pouco mais velha do que eu,
se as contas estiverem bem feitas,
é um pouco mais velha do que eu,
se as contas estiverem bem feitas,
podemos
comprar o bilhete juntos,
para irmos
juntos no barco de Caronte,
o tal que
atravessa o rio na viagem sem regresso…
(Há uma
exceção: os deuses e os heróis,
os tais que,
não sendo deuses, são mais do que homens,
podem comprar bilhete de ida e volta…)
podem comprar bilhete de ida e volta…)
A desvantagem de se fazer 70 anos
é pensarmos mais vezes
no raio da
viagem…
a que ninguém escapa.
a que ninguém escapa.
Mas mais do que a
morte física, é a "morte social"
que pode afligir quem faz 70 anos e se jubila…
A primeira
vez que ouvi o termo, "morte social",
foi da boca
de um saudoso amigo, psiquiatra,
meu companheiro da saúde
pública, João Sennfelft.
A reforma é, para muitos, também a perda de estatuto,
de referências, de colegas de trabalho,
e sobretudo de trabalho.
Em contrapartida, ganha-se a ilusão
de se ser dono do tempo,
das 24 hora do dia
a que se resume a nossa vida,
já que somos seres circadianos.
Na realidade, estamos a envelhecer
desde que nascemos:
o relógio biológico está em nós,
foi o que nos coube na lotaria genética,
já ao "relógio social", a esse, ainda lhe podemos dar alguma corda...
A minha querida Chita queixa-se
de que está há 10 anos
de referências, de colegas de trabalho,
e sobretudo de trabalho.
Em contrapartida, ganha-se a ilusão
de se ser dono do tempo,
das 24 hora do dia
a que se resume a nossa vida,
já que somos seres circadianos.
Na realidade, estamos a envelhecer
desde que nascemos:
o relógio biológico está em nós,
foi o que nos coube na lotaria genética,
já ao "relógio social", a esse, ainda lhe podemos dar alguma corda...
A minha querida Chita queixa-se
de que está há 10 anos
à espera de
mim…
para dar a
volta ao mundo,
no tempo que
nos resta.
Vamos lá a
ver se o mundo, em contrapartida,
não nos prega a partida
não nos prega a partida
de fechar as
portas aos “globetrotters”,
agora que os muros estão de volta,
para tentar travar, em vão, a globalização,
começada pelos portugueses há cerca de 600 anos…
agora que os muros estão de volta,
para tentar travar, em vão, a globalização,
começada pelos portugueses há cerca de 600 anos…
Aos 70 anos os professores jubilam-se…
e vão para
casa
(, tirando os heróis, que esses vão para o Olimpo).
(, tirando os heróis, que esses vão para o Olimpo).
Estranha
ironia, a da origem etimológica da palavra:
Jubilar
(-se) significa encher(-se) de júbilo ou de grande alegria.
Palavra que
vem do latim “jubilaeus, jubilaei”,
o ano do jubileu judaico...
o ano do jubileu judaico...
E que era o jubileu entre os antigos hebreus ?
Era a remissão de servidão e e o perdão das dívidas,
Era a remissão de servidão e e o perdão das dívidas,
que ocorria de 50 em 50
anos,
numa época em que a esperança média de vida deveria ser de 30,
na melhor das hipóteses.
Em suma, ao fim de 50 anos, eu deixava de ser escravo ou servo
e passava a ser um homem livre.
E, no caso de ainda estar endividado,
o usurário perdoava-me o resto da dívida e dos juros...
(Era bom que isto também se pudesse aplicar aos países,
esmagados com a dívida pública...).
Por extensão, jubileu quer dizer:
(i) quinquagésimo aniversário;
(ii) aniversário solene;
(iii) grande período de tempo;
e, entre os católicos, a (iv) indulgência plenária concedida pelo papa
em épocas fixas, e sob certas condições.
numa época em que a esperança média de vida deveria ser de 30,
na melhor das hipóteses.
Em suma, ao fim de 50 anos, eu deixava de ser escravo ou servo
e passava a ser um homem livre.
E, no caso de ainda estar endividado,
o usurário perdoava-me o resto da dívida e dos juros...
(Era bom que isto também se pudesse aplicar aos países,
esmagados com a dívida pública...).
Por extensão, jubileu quer dizer:
(i) quinquagésimo aniversário;
(ii) aniversário solene;
(iii) grande período de tempo;
e, entre os católicos, a (iv) indulgência plenária concedida pelo papa
em épocas fixas, e sob certas condições.
Querida
Chita,
meus queridos filhos,
meus irmãos,
meus amigos,
meus colegas,
meus camaradas:
meus queridos filhos,
meus irmãos,
meus amigos,
meus colegas,
meus camaradas:
reformado, jubilado, passo a
estar perdoado,
de todos os meus pecados,
de todos os meus pecados,
exceto do
pecado original
de que
carregarei a culpa, por toda a vida,
sendo também eu filho de Adão e Eva…
Jubilado,
estou perdoado:
se fui mau
pai ou amante,
mau professor ou colega,
mau amigo ou camarada...
mau professor ou colega,
mau amigo ou camarada...
não me
voltem, por favor, a relembrar o passado,
o meu
cadastro hoje está limpo
e de certo
modo posso pensar em começar
um outra
vida, uma nova vida…
Por isso
falamos hoje, na saúde pública,
no
envelhecimento saudável,
e, mais do
que ativo, proativo, produtivo…
Na véspera de fazer 70 anos,
podia dizer,
com humor e propriedade,
que era o
último dia da minha vida… profissional.
Hoje,
jubilado, liberto do ónus da profissão,
posso
descobrir que há mais vida
para além do
que fazemos por obrigação
(e, nalguns casos, com satisfação)
que é trabalhar…
(e, nalguns casos, com satisfação)
que é trabalhar…
Se virmos a
reforma por este prisma,
por esta
janela larga (para outros, porta estreita),
então
diremos que ela é mais um tempo de
oportunidade(s),
que não
podemos desperdiçar…
Não basta
dizer que passamos a ter mais tempo,
pelo
contrário temos que aprender a saborear o tempo,
que é o
único recurso que os seres humanos
não podem
poupar, guardar, amealhar, mercantilizar…
Era bom que houvesse um disciplina de economia do tempo,
a par da economia da saúde,
para a gente, individual e socialmente,
podermos dar mais valor ao único recurso que conta,
para quem, como nós, somos sermos finitos:
isto é, estamos aqui a prazo,
e esta "terra da alegria", como diz o meu poeta Ruy Belo,
este planeta que habitamos, não é nosso,
pertence aos nossos filhos e netos.
Era bom que houvesse um disciplina de economia do tempo,
a par da economia da saúde,
para a gente, individual e socialmente,
podermos dar mais valor ao único recurso que conta,
para quem, como nós, somos sermos finitos:
isto é, estamos aqui a prazo,
e esta "terra da alegria", como diz o meu poeta Ruy Belo,
este planeta que habitamos, não é nosso,
pertence aos nossos filhos e netos.
Aos 70 podemos acho que ganhamos o privilégio de poder dizer,
como os velhos edonistas da antiguidade,
“carpe
diem”,
goza os dias…
Ora, uma das coisas de que gosto, é, seguramente, escrever…
goza os dias…
Ora, uma das coisas de que gosto, é, seguramente, escrever…
pois prometo
escrever mais e melhor.
Gosto da
vida... e das coisas boas da vida,
pois prometo continuar a viver, e a gostar de viver,
e a transportar o fogo sagrado da vida...
Seguramente com outra filosofia de vida,
em que importa mais o ser do que o ter...
e a transportar o fogo sagrado da vida...
Seguramente com outra filosofia de vida,
em que importa mais o ser do que o ter...
Prometo, enfim, continuar a amar,
e a tê-los/as, a
vocês todos/as, no meu coração.
Não, não
precisa, felizmente,
de obras de remodelação e ampliação
este coração que ainda bate forte:
tem assoalhadas para todos vocês,
de obras de remodelação e ampliação
este coração que ainda bate forte:
tem assoalhadas para todos vocês,
meus amores, meus amigos, meus camaradas...
Está aberto para quem
mais quiser entrar…
Last but not the least,
por fim e não menos importante,
deixem-me dizer-vos
que a gratidão é das coisas mais belas no ser humano.
E eu estou-vos grato,
comovidamente grato,
pelo amor, amizade, companheirismo
que me têm manifestado
ao longo da
minha vida,
nos bons e nos maus momentos da vida…
PS1 - Para os meus bravos camaradas de guerra,
permito-me acrescentar:
até ao fim da picada,
até ao quilómetro 100,
é sempre em frente,
só é preciso é ter cuidado
com as p... das minas e armadilhas da vida!
PS2 - Caros/as amigos/as da saúde pública:
No dia 29 de janeiro, atingi o km 70 km da minha autoestrada da vida... Quiseram-me fazer uma festinha (a família e alguns amigos no próprio dia; uma boa parte de vocês, ontem, dia 31). Foi uma agradável surpresa, e eu fiquei feliz pela vossa manifestação de carinho e de amizade (, que é a melhor prenda que alguém me pode dar).
nos bons e nos maus momentos da vida…
PS1 - Para os meus bravos camaradas de guerra,
permito-me acrescentar:
até ao fim da picada,
até ao quilómetro 100,
é sempre em frente,
só é preciso é ter cuidado
com as p... das minas e armadilhas da vida!
PS2 - Caros/as amigos/as da saúde pública:
No dia 29 de janeiro, atingi o km 70 km da minha autoestrada da vida... Quiseram-me fazer uma festinha (a família e alguns amigos no próprio dia; uma boa parte de vocês, ontem, dia 31). Foi uma agradável surpresa, e eu fiquei feliz pela vossa manifestação de carinho e de amizade (, que é a melhor prenda que alguém me pode dar).
Do ponto de vista legal, deixo, a partir de agora, de ter um vínculo (laboral) à Escola, mas o mais importante é o património de memórias e de afetos que trago comigo (e que também fica convosco)... Sem nunca esquecer a missão principal dessa Escola, que é a de formar gente e produzir conhecimento no campo da arte e da ciência da saúde pública, permito-me chamar a atenção para aquilo que é (ou deve ser) o nosso traço de distinção na universidade: a educação (tal como a saúde) é uma coatividade relacional... E por isso que gostamos dizer: as pessoas, em primeiro lugar...
Um dia, um qualquer "Big Brother" vai ter a tentação (totalitária) de nos substituir por robôs, ou máquinas superinteligentes, a nós, professores, médicos, enfermeiros, e outros terapeutas... Quiçá mesmo, aos políticos, aos gestores, aos decisores, aos economistas... Nesse cenário (bastante verosímil), só restará fazer apelo à nossa condição de "homo sapiens sapiens" e lembrar-nos que só fomos bem sucedidos, enquanto espécie, porque tínhamos (temos tido) a enorme capacidade de aprender e sobretudo de aprender uns com os outros... Somos animais, primatas, terrivelmente territoriais e predadores, mas também, e sobretudo, sociais...
Não é um adeus, é um "até já"... Com um pé dentro e outro fora, continuaremos juntos a lutar para que a saúde pública não perca o "suplemento de alma" que faz toda a diferença.... Foi também a pensar em pessoas como vocês, mulheres e homens da saúde pública, generosos e talentosos, que me ajudaram a ser um melhor ser humano, que eu escrevi e publiquei, neste blogue, este texto singelo: "Obrigado, a todos/as".
Luís Graça
Adapt. das palavras que disse em duas festinhas
em que tive de apagar o bolo dos 70,
Hotel do Vimeiro, 29 de janeiro de 2017 / ENSP/NOVA, 31 de janeiro de 2017
em que tive de apagar o bolo dos 70,
Hotel do Vimeiro, 29 de janeiro de 2017 / ENSP/NOVA, 31 de janeiro de 2017
________________
Nota do editor:
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Guiné 61/74 - P17009: Agenda cultural (539): Lançamento do livro "A Colonização Portuguesa da Guiné", do prof João Freire, sociólogo (Lisboa, Comissão Cultural de Marinha, 2017), em Belém, na Biblioteca Central da Marinha, no próximo dia 8, 4ª feira, às 18h
Capa e contracapa do livro do prof João Freire A Colonização Portuguesa da Guiné, edição da Comissão Cultural de Marinha, 2017.
1. Convite
No próximo dia 8 (4ª Feira) às 18h, terá lugar em Belém a sessão de lançamento do meu livro A Colonização Portuguesa da Guiné, pela Comissão Cultural de Marinha.
Serão apresentadores da obra o comandante Luís Costa Correia e o antropólogo Eduardo Costa Dias, professor do ISCTE-IUL.
Teria gosto e honra na vossa presença.
João Freire
2. Nota do editor
Comissão Cultural da Marinha, com sede em Belém, Lisboa, tem página no Facebook
Notas sobre autor:
João [Carlos de Oliveira Moreira] Freire
A, História administrativa/biográfica/familiar
João Freire, nasceu a 5 de novembro de 1942, emLisboa; por influência familiar, mas também por escolha própria, entrou para o Colégio Militar de Lisboa, onde permaneceu como interno por sete anos.
Em 1960 entrou na Escola Naval. Guarda -marinha (da nova reforma) em 1964, aperfeiçoando-se em artilharia, onde foi oficial de guarnição no N.R.P "SAGRES", "CORTE REAL", "FAIAL", e "ÁLVARES CABRAL (Moçambique, 1966-1968)", expulso por deserção em 1968.
Amnistiado e passado à Reserva em 1974. Operário industrial metalúrgico entre 1970 e 1976 em França. Carreira universitária em Portugal. no ISCTE.
Em 1988 fez o Doutoramento em Sociologia, agregado, pelo ISCTE (1994). Domínio científico: sociologia (especialidade de sociologia do trabalho).
Publicou, entre outros livros; Anarquistas e Operários (1992), Sociologia do Trabalho: Uma Introdução (1993 e 2002), Homens em Fundo Azul Marinho (2003), Pessoa Comum no seu Tempo (2007), Economia e Sociedade (2008), A Marinha e o Poder Político em Portugal (2010), Moçambique Há Um Século Visto pelos Colonizadores (2009, compil.), Elementos de Cultura Militar (2011), Olhares Europeus sobre Angola (2011, compil.), Do Controlo do Mar ao Controlo da Terra (2013), Crónicas de um Tempo Sombrio (2013), Portugal Face à Guerra em 1914-1915 (2014), Sociologia do Trabalho: Um Aprofundamento (2014, com R. Rego e C. Rodrigues), Crónicas Desassom 2bradas e Ensaios Sócio-Lógicos (2015) e A Colonização Portuguesa da Guiné 1880-1960 (2017).
B. Outras Actividades
Campeão nacional de esgrima em 1965 e representante português nas Universidades de 1961, 1963 e 1965, e nos Campeonatos do mundo de 1965 e da Europa (veteranos) em 2008.
Fundador e director da Revista "A Ideia", 1974, co-fundador da secção portuguesa da Amnistia Internacional em 1981. Sócio correspondente do Clube Militar Naval (proposto por 32 sócios e aprovado por unanimidade e aclamação em assembleia geral realizada a 27 de Fevereiro de 2004). Mais de vinte livros e perto de centena e meia de artigos publicados em revistas científicas.
C. Prémios, Louvores e Condecorações:
- 1 louvor militar (Moçambique, 1966);
- 1º Prémio do 1º Certamen Internacional del Ateneu Enciclopedic Popular de Barcelona em 1983;
- Professor emérito do ISCTE (IUL) em 2008.
_______________
Nota do editor:
Último poste da série > 30 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17003: Agenda cultural (538): Lançamento do livro "Ditadura ou Revolução?", da autoria de José Luís Andrade, dia 2 de Fevereiro de 2017, pelas 18h30, nas Caves Manuelinas do Museu Militar de Lisboa, junto à Estação de Santa Apolónia
Último poste da série > 30 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17003: Agenda cultural (538): Lançamento do livro "Ditadura ou Revolução?", da autoria de José Luís Andrade, dia 2 de Fevereiro de 2017, pelas 18h30, nas Caves Manuelinas do Museu Militar de Lisboa, junto à Estação de Santa Apolónia
Guiné 61/74 - P17008: Efemérides (243): Acontecimentos no mês de Janeiro, entre 1963 e 1974, na Guiné (António Tavares, ex-Fur Mil SAM)
1. Mensagem do nosso camarada António Tavares (ex-Fur Mil SAM da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72), datada de 30 de Janeiro de 2017:
Camarigos,
Neste Janeiro de 2017, recordemos
OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DE OUTROS JANEIROS, no Comando Territorial Independente da Guiné:
Em Janeiro de 1960 Amílcar Cabral abandona definitivamente Lisboa para encabeçar a luta de libertação nacional da Guiné.
1963.01.09 - Inauguração, no Centro Nacional de Transmissões, em Lisboa, da ligação pela rádio e teleimpressor com os Serviços Militares da Guiné.
1963.01.23 - Início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite, no Sul da Guiné, pelo PAIGC.
1964.01.05 - Ataque do PAIGC a Mansabá, no Morés, com implantação de minas na estrada Mansabá-Mansoa, uma das quais foi accionada por uma autometralhadora Fox.
1964.01.14 - Início da Operação Tridente na ilha de Como, no Sul da Guiné, que se prolonga por mais de dois meses. Nesta operação, que durou 71 dias, Portugal mobilizou cerca de 1200 homens, do Exército, Marinha e Força Aérea.
1964.01.28 - O PAIGC implanta minas na estrada Mansabá-Bissorã e na estrada Bissorã-Olossato.
1965.01.01 - Primeira emissão de uma Emissora de Rádio do PAIGC. O PAIGC dispunha da Rádio Libertação, que era a emissora do partido e, a nível internacional, dispunha do apoio da Rádio Conacri, Rádio Pequim, Rádio Praga, Rádio Gana e Rádio Cairo, que emitiam várias horas em português.
1966.01.03 - Amílcar Cabral teve diversos encontros com Fidel Castro em Havana. Foi a partir desta data que se iniciou a ajuda cubana ao PAIGC, fornecendo assessoria militar e ajuda médica.
1966.01.04 - Criação do Serviço Postal Militar, através do Decreto-Lei n.º 46 826, constituído por um número com quatro algarismos. O oito (- - - 8) era o último número atribuído ao CTI da Guiné.
1966.01.22 - Ataque de guerrilheiros do PAIGC a Fulacunda, Sul de Bissau, apoiado com morteiros 82 mm e foguetes de 122 mm, causando 13 feridos.
1968.01.03 - A PIDE referia nos seus relatórios desinteligências graves entre Amílcar Cabral e Malam Sanhá, Mamadu Djassi e Oto, que se tinham recolhido a Conacri. A acusação que faziam a Cabral era a do favorecimento aos cabo-verdianos.
1968.01.10 - Ataque simultâneo do PAIGC à Lancha de Fiscalização Grande (LDG) Hydra e ao quartel de Cacine no rio Cacheu.
1968.01.11 - Emboscada a uma coluna portuguesa na estrada Guileje-Gadamael-Porto causando um morto e oito feridos à força portuguesa.
1968.01.24 - Ataque do PAIGC a aviões T-6 e Fiat G-91 com metralhadora antiaérea na região de Cafal Balanta – Cantanhez-Sul.
1968.01.31 - Ataque do PAIGC ao quartel de Buba, no Sul, provocando sete feridos e grandes destruições. O ataque foi acompanhado pelo capitão cubano Peralta. Este seria capturado em 16.11.1969 no corredor de Guileje por forças Paraquedistas, durante a operação Jove.
1969.01.21 - Operação Grande Colheita na zona de Bigene, nos “corredores” Talicó e Sambuiá.
1970.01.05 - Reunião entre o PAIGC e o Governo do Senegal para resolver a crise existente em Casamança.
1971.01.01 - O PAIGC entrega um cabo e três soldados desertores do Exército Português ao Crescente Vermelho da Argélia. O PAIGC encaminhava habitualmente os prisioneiros portugueses para Argel através do Crescente Vermelho.
1972.01.13 - Forças portuguesas capturaram duas rampas de foguetões do PAIGC, na região de Aldeia Formosa.
1972.01.24 - Golpe de mão de guerrilheiros do PAIGC, comandados por Queba Sambu, a Catió, fazendo prisioneiros dois militares portugueses.
1972.01.27 - Convite formal do PAIGC ao Conselho de Segurança da ONU para enviar uma delegação às “áreas libertadas da Guiné”.
1973.01.08 - Amílcar Cabral anunciou que o Estado da Guiné-Bissau seria proclamado em 1973. Esta promessa foi feita no final da mensagem de Ano Novo lida por Amílcar Cabral na rádio de Libertação, a emissora do PAIGC.
1973.01.20 - Assassínio de Amílcar Cabral, em Conacri.
1973.01.27 - Mensagem de exortação dos dirigentes do PAIGC aos combatentes, na sequência da morte de Amílcar Cabral, assinada por Aristides Pereira, Luís Cabral, Chico Mendes, Victor Saúde Maria, Silvino da Luz e Paulo Correia.
1973.01.28 – Continuação da reocupação do Cantanhez.
1974.01.01 - Fim da Operação Galáxia Vermelha no Cantanhez, a primeira grande operação do comando de Bettencourt Rodrigues.
1974.01.03 - Flagelação do PAIGC a Canquelifá com mais de 100 foguetões de 122mm e 50 granadas de morteiro durante mais de 10 horas.
1974.01.06 - Ataque do PAIGC a Canquelifá com 50 foguetões de 122mm durante três horas e a Buruntuma durante 50 minutos com 30 foguetões de 122 mm.
1974.01.07 - Emboscada do PAIGC na estrada Bajocunda-Copá.
1974.01.07 - Operação Minotauro, na zona de Canquelifá, tendo uma força do recrutamento local interceptado um grupo do PAIGC com 50 elementos, causando-lhe 22 mortos confirmados.
1974.01.07 - Disparos de mísseis Strela contra dois aviões Fiat G-91 em Bedanda.
1974.01.08 – O PAIGC destruiu com cargas explosivas o pontão na estrada Pirada-Bajocunda sobre o rio Mael Jaube.
1974.01.09 – O PAIGC atacou com RPG e armas automáticas quatro helicópteros e um heli-canhão em operações na região de Canquelifá.
1974.01.20 - Ataques do PAIGC a várias guarnições militares no Sul da Guiné para celebrar o 1.º aniversário da morte de Amílcar Cabral.
1974.01.21 - Primeira acção do PAIGC na cidade de Bissau, com lançamento de engenhos explosivos contra autocarros da Força Aérea.
1974.01.26 – Assinatura de um contrato para fornecimento a Portugal de mísseis Antiaéreos Crotale, destinados à defesa antiaérea dos pontos sensíveis na Guiné.
1974.01.28 – O PAIGC lança dois engenhos explosivos num café de Bissau frequentado por militares portugueses.
1974.01.31 - Novo ataque do PAIGC a Canquelifá, próximo da fronteira do Senegal com 50 foguetões de 122mm durante duas horas. Um avião militar português Fiat G-91 foi abatido com um míssil Strela a sul de Canquelifá. O piloto ejectou-se e foi recuperado na povoação de Dunane no dia seguinte.
Fonte: Os Anos da Guerra Colonial, 1961-1975, de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes (Quidnovi II, Matosinhos, 2010, 832 pp.).
Abraço
António Tavares
Foz do Douro, Domingo 29 de Janeiro de 2017
____________
Nota do editor
Último poste da série de 9 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16938: Efemérides (242): Homenagem a Vitor Manuel Parreira Caetano (Mário Pinto, ex-fur mil at art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá", Buba, Aldeia Formosa e Mampatá, 1969/71)
Guiné 61/74 - P17007: Memória dos lugares (358): 85 tabancas, essencialmente fulas e mandingas, do Norte e do Leste, com água de fontenário e bombas solares (Patrício Ribeiro, Impar Lda, Bissau)
Guiné- Bissau > Região de Gabu > Canjadude ou Candjadude (*)
Guiné- Bissau > Região de Mansoa > Gã Mamudo (*)
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
1. Mensagem de Patrício Ribeiro, que deve estar de abalada para a Guiné-Bissau, depois de terminados os festejos de Feliz Natal e Ano Novo, em Lisboa e em Águeda...
De: IMPAR Lda Energia <impar_bissau@hotmail.com>
Data: 31 de janeiro de 2017 às 00:33
Assunto: 85 Tabancas com água, com bombas solares.
Luís,
Conforme me solicitaste pelo Natal, junto duas listas das 85 tabancas da Guiné, que beneficiam de água canalizada e distribuída através de diversos fontenários, normalmente um por rua, ou bairro (**).
Estes nossos trabalhos da montagem e reparações das bombas fotovoltaicas, decorreram no tempo seco, de novembro de 2015 até julho de 2016.
Levámos durante estes meses, diariamente com muito pó e, no final, muita lama. Em que percorremos 12 horas de viaturas todo o terreno, por dia... Enfim, foi foram muitos milhares de quilómetros. Tirámos algumas centenas de fotos dos nossos trabalhos.
Vivemos, neste período, com a população destas diversas tabancas que essencialmente são Fulas e Mandingas, são estes os maiores beneficiários destes sistemas de abastecimento de água.
São zonas muito secas, em que quase não há floresta, que foi queimada, mas sim plantações de cajueiros por todo o lado, que praticamente é o sustento da população Mandinga.
Os Fulas ainda continuam a ter muitas vacas e a pastorear. Por este motivo, são obrigados a preservar alguns matos sem caju, para as "limárias" terem capim para comer, já que debaixo dos cajueiros nada se reproduz.
As tabancas, nos últimos 8 anos, desde que por lá andamos, tiveram um grande aumento de população. São milhares de crianças, que agora tem água para beber, cozinhar e lavar o corpo.
Quase todas estas tabancas têm novas mesquitas, que estão a ser financiadas por países árabes.
Abraço
Patricio Ribeiro
IMPAR Lda
Av. Domingos Ramos 43D - C.P. 489 - Bissau , Guiné Bissau
Tel,00245 966623168 / 955290250
www.imparbissau.com
impar_bissau@hotmail.com
______________
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 18 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16966: Memória dos lugares (357): Ilha de Orango, uma pérola do arquipélago dos Bijagós, num dos sítios mais ameaçados do mundo, devido às alterações climáticas (Foto e legendas: Patrício Ribeiro, Bissau)
(**) Anexos:
Lista, por região e sector, das tabancas (n=60) que beneficiam de água canalizada, graças à energia solar (Fonte: Impar Lda)
Lista das tabancas recentes (n=25) que beneficiam de água nos fontanários, abastecidos com bombas solares (Fonte: Impar Lda)
Lista, por região e sector, das tabancas (n=60) que beneficiam de água canalizada, graças à energia solar (Fonte: Impar Lda)
Nr | Nome | RegiÃo | Sector |
1 | Amedalai | GABU | PIRADA |
2 | Anambe | BAFATA | BAFATA |
3 | Badjucunda | GABU | PIRADA |
4 | Bafatá Oio | OIO | FARIM |
5 | Bagingara | BAFATA | CONTUBOEL |
6 | Bangacia | BAFATA | GALOMARO |
7 | Biribam | OIO | FARIM |
8 | Bricama | BAFATA | BAFATA |
9 | Cabelé | GABU | SONACO |
10 | Cambesse | BAFATA | XITOLE |
11 | Camboré | GABU | PITCHE |
12 | Campaté | BAFATA | GALOMARO |
13 | Cancubanhe | BAFATA | CONTUBOEL |
14 | Candama | BAFATA | XITOLE |
15 | Candemba Uri | BAFATA | BAFATA |
16 | Canhanque | GABU | GABU |
17 | Canquenha | BAFATA | CONTUBOEL |
18 | Cansamandje | BAFATA | XITOLE |
19 | Cansamba | BAFATA | GALOMARO |
20 | Cansonco | BAFATA | XITOLE |
21 | Carabina | BAFATA | BAFATA |
22 | Carantaba | BAFATA | CONTUBOEL |
23 | Caridade | BAFATA | CONTUBOEL |
24 | Caurba | OIO | FARIM |
25 | Cobeto | BAFATA | CONTUBOEL |
26 | Colibuia | TOMBALI | QUEBO |
27 | Cumbidja | TOMBALI | QUEBO |
28 | Dara | GABU | PITCHE |
29 | Deba | BAFATA | GALOMARO |
30 | Demba Tacoba | BAFATA | BAMBADINCA |
31 | Djaima | GABU | PITCHE |
32 | Djamboro | GABU | PITCHE |
33 | Fajonquito | BAFATA | CONTUBOEL |
34 | Fataco Mandinga | BAFATA | CONTUBOEL |
35 | Gã Garnês | BAFATA | BAMBADINCA |
36 | Gã Turé | BAFATA | BAMBADINCA |
37 | Galugada Mandinga | BAFATA | CONTUBOEL |
38 | Ginane | BAFATA | CONTUBOEL |
39 | Guidadje | OIO | FARIM |
40 | Irabato | OIO | FARIM |
41 | Lenqueto | BAFATA | CONTUBOEL |
42 | Lenqueto I | GABU | SONACO |
43 | Madina Fali | BAFATA | GALOMARO |
44 | Mampatá Corubali | BAFATA | XITOLE |
45 | Mampatá Forea | TOMBALI | QUEBO |
46 | Mansaine | BAFATA | GA MAMUDO |
47 | Mansidi | BAFATA | GA MAMUDO |
48 | Missira | BAFATA | GA MAMUDO |
49 | Norbantam Mandinga | OIO | FARIM |
50 | Pacua | BAFATA | GA MAMUDO |
51 | Sado | BAFATA | GA MAMUDO |
52 | Sansancutoto | OIO | FARIM |
53 | Sare Bacar | BAFATA | CONTUBOEL |
54 | Sintchã Sama | GABU | PITCHE |
55 | Sumbundo | BAFATA | CONTUBOEL |
56 | Tantan Cossé | BAFATA | BAFATA |
57 | Tchumael | BAFATA | XITOLE |
58 | Tendinto | BAFATA | CONTUBOEL |
59 | Uacaba | GABU | SONACO |
60 | Ufoia Ura | GABU | PITCHE |
61 | Umaru Cossé | BAFATA | GALOMARO |
Sistemas mais antigos reparados | em 31.12.16 |
Lista das tabancas recentes (n=25) que beneficiam de água nos fontanários, abastecidos com bombas solares (Fonte: Impar Lda)
Nº | Nome da Tabanca | Sector | ||
Norte
|
||||
1 | Mansodé | Mansabá | ||
2 | Manhau | Mansabá | ||
3 | Gã Mamudo | Mansoa | ||
4 | Cuntima | Farim | ||
5 | Fambanta | Farim | ||
6 | Bricama | Farim | ||
7 | Cussaraba | Farim | ||
8 | Morés | Mansabá | ||
Leste
|
||||
9 | Ponhé Maunde | Gabu | ||
10 | Candjufa | Pirada | ||
11 | Coiada | Gabú | ||
12 | Madina Braima Sori | Sonaco | ||
13 | Sintchã Botché | Pirada | ||
14 | Fasse | Sonaco | ||
15 | Pirada | Pirada | ||
16 | Pitche | Pitche | ||
17 | Buruntuma | Pitche | ||
18 | Bambadinca | Gabú | ||
19 | Canquelifá | Pitche | ||
20 | Padjama | Gabú | ||
21 | Saucunda | Sonaco | ||
22 | Mafanco | Sonaco | ||
23 | Cuntuba | Bafatá | ||
24 | Candjadude | Gabú | ||
25 | Bonco | Bafata | ||
____________ |
Marcadores:
abastecimento de água,
ambiente,
Canjadude,
energias renováveis,
fulas,
Gã Mamudo,
Guiné-Bissau,
mandingas,
Memória dos lugares,
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