sexta-feira, 26 de março de 2010

Guiné 63/74 - P6054: Controvérsias (68): Preciso de entender coisas que não alcanço (Hélder Sousa)

1. Mensagem de Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 23 de Março de 2010:

Caros Editor e Co-Editores
Envio-vos este pequeno texto, fruto de algumas reflexões que tenho vindo a fazer, face a vários comentários que vão surgindo no Blogue a pretexto dos trabalhos do Beja Santos e que, como é natural, têm toda a liberdade para utilizar, caso achem que possa ter cabimento.

Devo dizer, para que não hajam equívocos, que não concordo com tudo o que ele apresenta, com as suas observações ou conclusões. Mas, é claro, respeito "as suas opiniões", concedendo-me a mim o direito a ter as minhas e como não entendo o nosso Blogue como sendo um espaço de discussão literária, daí que opte por receber a apreciação, tomar boa nota do que ele entende e apenas isso, deixando para outro espaço a eventual discussão que possa ter lugar.

Um grande abraço para toda a 'Tabanca'
Hélder Sousa


AJUDEM-ME A PERCEBER

Caros camaradas, amigos e outros

Preciso da vossa ajuda!


Preciso de entender coisas que não alcanço com o meu pouco discernimento e tenho esperanças que me possam valer.

Isto vem ao caso motivado pelo seguinte:

O nosso camarada Beja Santos tem vindo sistematicamente a dar conta da tarefa de ler ou apreciar vários livros, de várias proveniências, de várias ‘sensibilidades’ de vários estilos e a transmitir as suas observações e opiniões para publicação no nosso Blogue. O traço comum aos diversos livros é, como não podia deixar de ser, a Guiné, a problemática da guerra que foi nossa contemporânea, situações várias que estão sempre relacionadas com o mesmo tema, em relatos históricos, em romances, em poesia, etc.

Por diversos comentários que são colocados nos ‘postes’ das suas apresentações e que tenho lido, dá-me às vezes a impressão que ‘essa’ guerra ainda não acabou, tal o empolgamento com que alguns camaradas se referem a situações passadas e até pretendem que o que se passou não se devia ter passado assim, mas sim como entendem (e aqui não faço juízos de valor, apenas quero salientar o absurdo da situação) que se deveria ter passado…

As opiniões do Beja Santos são isso mesmo, as opiniões do Beja Santos e, por isso, fico perplexo e tenho dificuldade em entender, daí necessitar da vossa ajuda, as por vezes ferozes e violentas críticas que lhe são feitas.

Será que não é uma coisa boa haver quem leia um livro sobre um tema que nos é caro e que apresente as suas conclusões?

Será que o Beja Santos pode ter a sua opinião e pode exprimi-la ou terá que pesar o que os ‘bernardos’ gostariam que ele pensasse e exprimisse esses seus (deles) pensamentos?

Por mim, porque não tenho a capacidade de ler ao ritmo alucinante com que ele o faz, fico agradecido que alguém tenha esse trabalho. Que leia, que interprete, que resuma, que dê o sentido DA SUA OPINIÃO…

Então eu, depois, por mim, tendo por base o que ele relata do ‘miolo’, do tema, da trama, do livro, se tiver tempo e oportunidade, irei lê-lo e formar A MINHA PRÓPRIA OPINIÃO.

Será que farei bem? Será que isto é correcto?

Um abraço para toda a Tabanca!
Hélder Sousa
Fur Mil Transmissões TSF
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 9 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5961: A Guiné aos olhos das actuais gerações (1): Marta Ceitil, cooperante na área da Formação (Hélder Sousa)

Vd. último poste da série de 19 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5841: Controvérsias (67): Como diria o meu avô Samuel, há orações que os lábios murmuram, mas o coração não sente (Carlos Schwarz)

14 comentários:

Anónimo disse...

Caro Helder Sousa

Segundo a minha opinião, no meu modesto literato, foste oportuno, eloquente e polido, ao lançar as tuas dúvidas sobre o tema - Opinião de Pensamento.
Sem plagiato, neste caso, a tua opinião e dúvidas são também as minhas.
Um abraço

José Corceiro

Anónimo disse...

Caro Hélder Sousa.

O texto que escreves é uma chamada de atenção para um assunto que de facto já me tinha apercebido mas nunca dessa forma que tão bem colocas.

Estou completamente de acordo contigo e á vontade pois nunca comentei os livros que o camarada Beja Santos coloca no blogue com a sua apreciação crítica, ou no sentido elogioso da obra ou na sua recusa, nem podia ser de outra maneira, pois é a sua opinião.

Na realidade, praticamente não á referências elogiosas ás leituras postas no blogue, mas como nos textos escritos por todos os camaradas, respeito em absoluto as opiniões que são expressas em comentários, mesmo não concordando.

O blogue é muito mais rico com as leituras dadas a conhecer, pelo Beja Santos, e posso acrescentar que tenho uma razoável biblioteca, com parte significativa dedicada á temática da Guerra Colonial que sempre me interessou, leio sempre os textos que o Beja Santos tem colocado no blogue e posso ou não gostar, mas desperta-me a atenção e tomo nota do livro e fica a aguardar vez, para altura oportuna os adquirir

Constam também da minha lista, livros de três camaradas do blogue para assim que puder os comprar.

Houve um camarada que um dia teceu um comentário a propósito de haver ex-combatentes que nem se atreviam a escrever para o blogue, porque as discussões eram demasiado intelectuais, e eu concordo em absoluto com esta ideia.

Finalmente deve-se fundamentar a recusa de determinada leitura expondo pontos de vista no sentido de que outros camaradas possam seguir ou até participar na discussão, o que no caso presente nem sempre acontece.

Caro Hélder, gostei do teu texto, quero dizer-te que neste assunto concordo contigo.

Um abraço

Manuel Marinho

Antonio Graça de Abreu disse...

Sou, por vezes, um dos críticos às críticas úteis do Mário Beja Santos.
Claro que ele tem todo o direito à sua opinião. Mas podemos concordar ou discordar.Ou simplesmente calar.
Eu discordo muitas vezes, sobretudo
por causa da "política".
Ainda dois postes abaixo, o Mário, na recensão ao livro do Marchi mete no saco dos neofascistas homens como, por exemplo, António Manuel Couto Viana (um excelente poeta, ligado ao grupo da Távola Redonda, com David Mourão Ferreira, etc.), José Valle de Figueiredo e José Miguel Júdice. É uma opinião,creio, do Marchi que o Mário subscreve. É a sua opinião.
Mas, até porque conheço os dois primeiros citados, e as suas obras, tenho também direito à minha opinião.
Confundir nacionalismo com neofascismo parece-me uma confusão, passe a redundância. Eu sei que muita dessa gente da direita tradicional foi reciclada, pós 25 de Abril. Mas o neofascismo
é uma ideologia política, o nacionalismo é amar a terra em que nascemos.
O Mário Beja Santos, um homem culto e bem informado (para quando uma recensão ao meu Diário da Guiné?)tem um ego singular. É a minha opinião.
Um abraço,
António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Caro Helder Sousa

Tens toda a razão.

Também me causa alguma surpresa notar que, por vezes, há aqui como que uma tentativa de "julgamento por delito de opinião".

Isto tem sido evidente no que ao Beja Santos diz respeito, mas não só.

Pode não se concordar em parte ou até no todo com a opinião expressa, mas que raio, não temos todos direito a opinião própria?

Já agora, a propósito do direito de opinião e expressão, comemora-se no próximo mês o 36º aniversário do 25 de Abril.
Ou estarei enganado?

Concordo também com os comentários dos camaradas José Corceiro e do Manuel Marinho.

Um abraço
extensivo a todos os camaradas de todas as Tabancas

José Vermelho
Ex-Fur. Milº
CCAÇ 3520 - Cacine
CCAÇ 6 - Bedanda
CIM - Bolama

Anónimo disse...

AMIGO HELDER CONCORDO PLENAMENTE CONTIGO A 100% SÓ NÃO DISSE AINDA NADA COM ALGUM RECEIO QUE ME CAÍA O CARMO E A TRINDADE EM CIMA, E JÁ AGORA A TALHO DE FOICE EU NUNCA MAIS DISSE NADA A NÃO SER DAR OS PARABÉNS AOS NOSSOS CAMARADAS, PORQUE FIQUEI VACINADO COM O MEU POSTE DE "AJUDA AO PAIGC" HÁ CAMARADAS QUE AINDA NÃO SABEM RESPEITAR A OPINIÃO DOS OUTROS E QUANDO ISTO É ASSIM ALGUMA COISA VAI MAL NA CASA DE CÉSAR.
UM ABRAÇO DO TAMANHO DA GUINÉ PARA TODOS OS CAMARADAS DO NOSSO BLOGUE.

AMILCAR VENTURA EX-FURRIEL MIL. DA 1ª COMPª: DO BCAV 8323 72/74

Anónimo disse...

Caros amigos

Tenho para mim que qualque Poste ou comentário publicados,sejam de quem forem,poderão ser objecto de análise crítica ,pela positiva ou negativa, mas construtiva.

Este é a meu ver o critério a seguir,não devendo haver influencias por os textos de opinião serem desta ou daquela pessoa.

Em resumo,sou adepto da expressão crítica ,positiva ou negativa construtiva ,clara e sem ofensas.

Com essas ...aprende-se !

Desculpem a intromissão

Luis Faria

Anónimo disse...

Meu caro Hélder,

Só tenho uma coisa a comentar, foste ponderado.

Gostei, é a minha opinião.

Um abraço,
BSardinha

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro camarigo Helder Sousa

Sempre a considerar-te, como sabes, com amizade e muita estima, mas em desacordo contigo em relação ao que escreves.

Em primeiro lugar tenho amizade e toda a consideração pelo Mário Beja Santos, que considero um homem de cultura invulgar e de invulgar capacidade de trabalho, para alé de ter sido antes de mim Comandante do Pel. Caç. Nat. 52, o que como compreenderás me diz muito.

Dito isto, para que não haja dúvidas, escreves tu: «As opiniões do Beja Santos são isso mesmo, as opiniões do Beja Santos e, por isso, fico perplexo e tenho dificuldade em entender, daí necessitar da vossa ajuda, as por vezes ferozes e violentas críticas que lhe são feitas.»

Se são opiniões, como todas as opiniões, podem ser criticadas ou apoiadas, porque são isso mesmo, opiniões e não verdades absolutas.
Mas, podemos ir mais longe, e a verdade é que o Mário faz a sua critica de acordo com as suas opções políticas e é muito fácil verificar que, sendo algo do seu campo político a critica é sempre boa ou benevolente, sendo do outro lado é sempre má ou violenta.

Ainda agora apelida de neofascistas pessoas só porque ele entende ser assim. O que seria se um de nós começasse para aí a apelidar uns e outros de comunistas, ou extremistas da esquerda, etc., etc.?

Disse eu um dia e não foi só uma vez que a merda da política onde entra destrói amizades e camaradagens e já houve alguns casos em que isso aconteceu aqui mesmo neste espaço.

O camarigo Mário não perde oportunidade nas suas criticas literárias de fazer passar a sua opinião sobre a guerra, dando como certo o que lhe agrada e como errado aquilo com que não concorda. Ora é da guerra que este espaço fala e discute e portanto é não só legitimo, mas até salutar que as opiniões do Mário ou qualquer outro sejam criticadas.

Ele próprio já em muitas dessas opiniões literárias foi extremamente critico e “violento”.

Quanto á opinião do camarigo Manuel Marinho sobre a “demasiada intelectualidade” do nosso blogue já várias vezes chamei a atenção para isso.
Mas camarigo, não serão estas criticas literárias expressão disso mesmo?

Quanto ao Amilcar Ventura que não perde comboio para vir recordar a sua lamentável história, apenas lhe digo que o episódio que relatou não foi uma opinião, mas segundo ele um facto, e bem triste por sinal e foi por isso mesmo que muitos se indignaram.

Este é um espaço de histórias e de história da guerra da Guiné. Se até os factos reais são muitas vezes interpretados de forma diferente por diferentes intervenientes, como não poderiam ser as criticas e opiniões contraditadas e criticadas?

E repare-se que nada tem a ver, quanto a mim, com o facto de ser o camarigo Mário Beja Santos, mas sim com o facto de ser ele praticamente o único que aqui faz essas criticas literárias.

Mas claro eu posso estar enganado e como esta é uma opinião minha ela pode ser criticada e contraditada dentro dos limites que nunca cheguem ao insulto, o que me parece nunca aconteceu.

Para além do facto de todos nós escrevermos e reagirmos de forma diferente ao que nos é proposto.

Ao camarigo Mário, ao camarigo Helder e a todos os outros camarigos um grande abraço, também camarigo e...inscrevam-se no V Convívio da Tabanca Grande

António Matos disse...

Em tempos de tão agitadas convulsões sociais onde a liberdade de expressão e liberdade de imprensa tomam foros de particular acuidade, não é isento de um olhar mordaz o que me apercebo dos comentários anteriores onde as sensibilidades individuais se empertigam demonstrando quão fracturante o tema se pode tornar.

Classificar de “opinião” aquilo que são as nossas opiniões, parece-me uma redundância nem sempre inocente.
Opinarmos sobre um determinado assunto ( situação política, livro, guerra, mulheres, etc. ) não nos deve coibir perante as críticas ( favoráveis ou desfavoráveis ) na medida em que somos livres para tal.

Porém, se pelo nosso mediatismo ou qualquer outro predicado que nos prante em lugar de destaque, as nossas opiniões tiverem o intuito de fazerem escola e assim arregimentarmos correlegionários no sentido de formarmos uma corrente de opinião, então aí devemo-lo confessar inequivocamente para que as componentes contextuais possam esclarecer o leitor dos nossos intentos.

Formarmos opinião é salutar ! É sinal de que pensamos o assunto e divagamos sobre o mesmo.
Usar a opinião formada para defendermos um determinado ponto de vista é correcto e mais, é a única maneira de defendermos honestamente as nossas ideias.

Dito isto, esclareço que este texto é todo ele a ideia que formei sobre o tema ( opinião ) e que não tenho outro interesse que não seja, pura e simplesmente, expô-la.

António Matos

Anónimo disse...

Para o Helder

Podemos ter "opinião" sobre um livro, um acontecimento, uma pessoa, um comportamento, etc.?
Concerteza que sim. E podemos transmiti-la (se quisermos).
Aliás, essa "opinião" pode manifestar-se sobre a forma de um "conceito" ou, até, ser um "juizo de valor".
O PROBLEMA estará na "forma" ou na "forma/conteúdo" como se omite essa "opinião"

E os receptores ou destinatários da "opinião" manifestada poderão ter a sua própria "opinião sobre a opinião" que leram ou ouviram?
Concerteza que podem, embora não sejam obrigados a manifestá-la. Mas, mais uma vez, o "problema" estará na "forma" como a "opinião sobre a opinião" é transmitida, ou seja, a tal questão da "forma" ou "forma-conteúdo" atrás referida.

Para o Manuel Marinho

A utilização de linguagem simples na transmissão de ideias/conceitos ou de juizos afastará a "acusação" de as discussões serem "demasiado intelectuais" (mas, atenção, esses conceitos e, principalmente, os juizos têm que ser estruturalmmente bem elaborados).

Alberto Branquinho

https://cart3494guine.blogspot.com/ disse...

Amigo Helder Sousa,

Sobre esta matéria não concordo nem discordo. O que eu acho, na minha modesta opinião... é que o blogue já à muito que vai fugindo aqui e ali do tema para o qual nasceu. Que era: "Não deixes que sejam os outros a contar a tua História" Por outro lado o blogue está a tornar-se muito intelectualizado, parece-me que se está a utilizar o blogue para divulgação de várias obras, com opiniões de vária índole e que pode provocar alguns dissabores.

É a minha opinião

Sousa de Castro

Anónimo disse...

Quando se fala,a propósito de revisoes de livros,em "política", como algo de isolado de tudo o resto, a que , (simplificando)se chama do dia-a-dia,parte-se desde logo de premissa fraca. Todas as opinioes sao políticas.(o que acabo de escrever é...político.)Se afirmar o contrário e disser:-Há opinioes que nao sao políticas (o que acabo de escrever é,mais uma vez...político!).Daí tornarem-se extremamente abstractos(?!)alguns tipos de argumentos apresentados. Procura-se estabelecer uma invisível fronteira quanto ao que será correto opinião,e como.E,desde logo,o salto é rápido do "correto" ao "patriótico".E,ainda mais rápido do "patriótico" ao "traidor"!A soberba de alguns ,banhando-se em certezas exclusivas de patriotismos ,já levou a que neste mesmo blogue se tivesse escrito que....."os como eu"(?) deveríamos estar(lhes) gratos por nos terem tentado reeducar na cadeia.(Leia-se,em vez de fuzilados).sao afirmacoes deste tipo,logo que alguém se atreve a opinar de modo diferente,que acabam por criar um clima de auto-censura junto dos menos "tarimbados" nestas coisas.As intolerâncias mais nao sao que simples manifestacoes de patológicas insegurancas. É no interesse de todos nós,leitores do blog,que se possa livremente opinião,tanto em assuntos sérios ,como por exemplo,a colaboracao de guineenses com o governo colonial na repressao armada contra o seu povo,como em outros campos(sem qualquer seriedade),como por exemplo,o que alguns de nós verdadeiramente pensam sobre as tao faladas,e romantizadas,lavadeiras das tabancas....no seu relacionamento com alguns militares. Umas Santas Páscoas para todos! (E,mais uma vez,tao simples e sinceros votos....sao,também,opiniao política!)

Manuel Reis disse...

Amigo Helder:

Estou contigo.
Aliás, sobre os comentários feitos ao último livro, que ele analisou, eu manifestei a minha dificuldade em entender algumas críticas.
Tenho muito apreço pelo trabalho do Beja Santos na análise de trabalhos sobre a Guiné e questiono-me, muitas vezes, onde vai ele desencantar alguns livros. A sua crítica pode ser alvo de crítica, mas o mérito de todo este trabalho, de pesquisa e análise, é de salientar.
Um abraço amigo.
Manuel Reis

MANUELMAIA disse...

CARO MAGALHÃES RIBEIRO,

TAL COMO O ACONTECIDO COM O CARLOS VINHAL,SÓ HOJE ME É POSSÍVEL APRESENTAR AS MINHAS DESCULPAS PELO ATRASO.

DAQUI VÃO OS VOTOS DE TUDO DE BOM PARA TI E PARA OS TEUS.

MANUELMAIA