1. Mensagem de Rui Silva (ex-Fur Mil da CCAÇ 816, Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67), com data de 4 de Janeiro de 2010:
Caros Luís, Vinhal, Briote e M. Ribeiro:
Recebam um grande abraço mais votos de muita saúde, extensivos a todos os ex-Combatentes da Guiné, mais ainda para aqueles que, de algum modo, ainda sofrem de sequelas daquela maldita guerra.
Das minhas memórias “Páginas Negras com Salpicos cor-de-rosa”, aqui vai mais um extracto que se insere na rubrica:
BISSORÃ – OLOSSATO – MANSOA:
O périplo da 816 em 2 anos de guerrilha na Guiné Portuguesa
MANSOA (III)
1 de Agosto de 1966 a 8 de Fevereiro de 1967
O ENCANTO NATURAL DA SALA DE VISITAS DA GUINÉ: MANSOA
Do que nos foi prometido, acabou por ser Mansoa - Nhacra (outra hipótese) seria bem melhor (tinha uma boa (?) piscina) e era pertinho de Bissau (~20 Kms.) -, o local para descanso da laboriosa 816. Modéstia à parte, um descanso merecidíssimo para quem durante 15 meses trabalhou árdua e decisivamente, com profícuos resultados, como o aprisionamento ao inimigo de material bélico na ordem de mais de 1,5 Ton., feito em diversas operações de “Golpes-de mão” - naquela altura, julgo, que foi apanhada ao inimigo a primeira metralhadora anti-aérea com respectivo tripé e canos de reserva - e com acção pedagógica relevante, ensinando a ler e a escrever as crianças nas povoações onde a Companhia estava sediada, (O Capitão Riquito fazia questão disso) num dos sectores vitais da guerra da província da Guiné: o OIO!
Era já um hábito colocar uma Companhia de Caçadores que tivesse estado sistematicamente em zona de grande conflito, nos últimos meses, em zona menos problemática e na altura Mansoa acabou por ser esse o local prometido à 816.
Mas Mansoa afinal não seria para a 816 a sua estância de repouso como seria de esperar, mas, e assim quis o destino, a continuação de uma luta sem tréguas como até então, pois o terrorismo acentua-se então nessa zona, como aliás por toda a província e é então a 816, que numa chamada às suas últimas forças, é forçada a intervir. É mais propriamente na vizinha zona de Jugudul e até Porto Gole nas margens do grande rio Geba - a guerra cada vez estava mais perto das portas de Bissau - que o inimigo começa a exercer acção em potência e cada vez mais bem armado e então era este o prato de sobremesa que estava reservado à massacrada 816. Os soldados mostravam já e de forma muito sensível nos seus rostos os traços de vida tão dura e desgastante. Alguns davam mesmo indícios de esgotamento ou psíquico ou físico ou as duas coisas, pois não é de esquecer que eram os soldados que, pelo menos fisicamente, eram os que tinham mais razões para estarem abatidos. Eram eles que mais puxavam pelo corpo nos trabalhos no quartel, eram eles que perdiam sucessivas horas na vigília do quartel, principalmente de noite nos postos de sentinela, e eram eles os mais solicitados em trabalhos de força e de carregamento.
A estrada que ligava Mansoa a Bissau tinha então também deixado de ser um passeio. Percorrê-la já requeria um bom efectivo militar e dispositivo de progressão adequado, como no interior, isto é, no seio propriamente dito da guerra.
Então as emboscados sucediam-se. Haviam já feridos e até mortes para contar. A estrada para Cutia também começava a ter os seus problemas e para Bissorã ainda mais, daí a construção entretanto do abrigo de Braia. A continuação do alcatroamento de Cutia para Mansabá fazia-se à custa de muita porrada.
Os ataques ao aquartelamento eram também mais frequentes e mais fortes.
Foi combater até entrar no Uíge.
Falando um pouco de Mansoa, desta simpatiquíssima povoação, e é este o propósito desta história, Mansoa ficou por certo gravada na memória de todos os militares da 816 e por certo de todos aqueles que por ali passaram (aparte a guerra).
Formava geograficamente o vértice de um trapézio composto ainda pelas povoações de Bissorã, Olossato e Mansabá; destas, as duas primeiras bem conhecidas da 816.
Mansoa dista cerca de 50 quilómetros da capital Bissau e uma estrada alcatroada, (e lembrar que em Junho (1966) fiz a viagem Bissau-Mansoa-Bissau num Volkswagen alugado a um Sargento em Bissau, para ir buscar um indispensável documento para a viagem de férias) ligava estas 2 povoações e que se estendia para além de Mansoa, até às proximidades de Cutia, para se ligar mais tarde a Mansabá.
Falando, já agora, um pouco de Cutia, esta era uma pequena povoação com um relativamente pequeno, destacamento militar, onde também mais tarde eu passaria fazendo parte da guarnição. Poucos indígenas a viverem ali também. Os graduados dormiam num abrigo feito em troncos de palmeiras e semienterrado. Nesse abrigo estava também o Operador Cripto e havia aí também um posto de sentinela, estes num posição altaneira e em torre adequada para o efeito. Não sei quem construiu aquele abrigo mas, o que era verdade, era um abrigo quase inexpugnável. Boa execução militar.
A estrada, dizia eu, haveria mais tarde de continuar alcatroada até Mansabá mas por ora o alcatroamento acabava perto de Cutia. A estrada para Mansabá veio depois também a ser alcatroada mas com muita porrada à mistura como já disse atrás. Para Bissorã continuava a estrada em terra batida onde sensivelmente a meio do percurso construiu-se então, e com já disse, o abrigo de Braia.
Falando agora de Mansoa mesmo, esta era de fisionomia plana com artérias alcatroadas dividindo a povoação de forma regular isto é com uma geometria simétrica e em quadrícula, possuía um cinema, conhecido pelo cinema dos “Balantas”, semi-descoberto, onde por vezes assistíamos a um filme que nos distraía e retemperava o espírito. Abro aqui um parêntese para referir que por vezes a sala era intempestivamente abandonada, pois acontecia que o inimigo resolvia atacar ou só flagelar, e aqui o filme já passaria a ser outro, na altura em que a sessão decorria e então a tropa, ali presente, como autómata e em rapidez impressionante ia ao encontro das suas posições previamente estabelecidas e que obedeciam claro está a um dispositivo de defesa. Contíguo ao cinema havia um bar onde nos deliciávamos de vez em quando com uma saborosa e refrescante bebida. Oh(!) bela água Du Perrier ou Du Vichy a combinar com uma bebida espirituosa –whisky (o velho Vat 69), Gin ou Rum -, enquanto jogávamos às cartas. Aqui o jogo era às Copas e os parceiros eram sempre os mesmos: o Piedade, o Marques, o Carneiro, e eu. Valia um Gin com água tónica. Tomávamos todos esta bebida e ao fim, os dois que perdessem, faziam o especial obséquio de pagar a dita despesa. Contiguamente ao bar e que servia de Hall ao cinema, havia um amplo salão que servia também de campo para uma mesa de ténis. Jogava-se também muito o ping-pong se bem que a prática de tal desporto em tais condições climatéricas, não fosse muito apetecível, pois punha-nos logo com os bofes de fora em pouco tempo. Cá fora, havia, para além de 2 campos um para Ténis, e outro para Voleibol etc., uma esplanada onde a malta passava uns bons bocados conversando e gozando de uma temperatura mais amena e suportável que a noite nos oferecia.
Foto 1 > As instalações dos “Balantas” com cinema, campos para ténis e voleibol e salão/bar com mesa de ping-pong e outos jogos de mesa e ainda sede do Clube com alguns troféus expostos.
Todo este interessante complexo recreativo e desportivo era propriedade do Clube de Futebol “Os Balantas”. Era o grupo representativo de Mansoa. Ainda no mesmo complexo a que me venho referindo existia a sede do Clube. Tive a oportunidade de ver alguns troféus conquistados pelo Clube embora que um pouco modestos, alguns galhardetes entre os quais um da Associação Académica de Coimbra e outro do Clube de Futebol Os Belenenses, de quem o clube local era filiado, daí a parecença entre os nomes e os emblemas dos dois clubes.
Entre as figuras típicas daquela típica terra, lembro-me da Libanesa e das suas duas filhas que também tinham uma loja de comércio.
A Libanesa mãe, ao que se constava, para não dizer ao que se via, de porte menos ortodoxo (aquele clima tropical!), e nada escondia das suas filhas, que se não compartilhavam do mesmo comportamento parecia que para lá iam, embora de forma mais discreta, já o coitado do marido esse procurava alhear-se, andando ao largo da zona de acção. Uma das filhas teve então uma paixão e… por quem havia de ser? Isso mesmo, pelo meu amigo, Furriel também, Baião, que aonde chegasse e antes de todo o mais, armava a rede. Desta feita na rede apareceu então uma das filhas da libanesa mãe. O pior é que o amigo do Baião embora fosse conquistador e por vezes bem sucedido - em Bissorã deixou perdida de amores a filha do tasqueiro Sr. Maximiano -, tinha um grande fraco com ele e que não se conseguia desenvencilhar: acabava por se apaixonar com facilidade pela conquista e depois claro sofria sentimentalmente quando as coisas corriam menos bem, pagando assim o tributo, mas ele lá se ia entendendo.
Também me lembro daquela figurinha esguia e de aspecto exótico que era uma moça muito preta (ainda mais) de cor, mas muito bem cuidada e arranjada, que tinha uma cintura muito fininha, que nos levava a duvidar da sua naturalidade - haveria ali algum espartilho? - e que usava umas unhas muito compridas, muito bem pintadas de vermelho que contrastava com a sua escura cor de pele e muito bem cuidadas. Também o cabelo bem arranjado desfrisado e puxado atrás a fazer banana. Habitava mesmo em frente ao café dos Balantas e não passava cartão rigorosamente a ninguém, se bem que a malta a olhasse para ela mais por curiosidade do que por simpatia.
Havia também lá em Mansoa um restaurante, propriedade de uma senhora mulata, julgo cabo-verdiana, de nome Emília. Recordo-me que foi lá que eu mais o Ludgero e o Marques resolvemos fazer um pequeno almoço de ovos estrelados e à compita (ai os 20 anos!). A ideia nasceu ainda na caserna, ao levantarmo-nos, e daí a pô-la em prática foi um instante. Só me lembro que comemos cinco ou seis ovos cada um e que aquilo soube que foi um regalo também por ser bem regado. No mesmo restaurante também almocei uma vez a convite do Cisco, moço Furriel que conheci em Bissau e que em Mansoa cumpria o tempo que lhe restava da comissão, pois tinha ido para a Guiné em rendição individual e a Companhia onde tinha estado até então já tinha acabado o seu tempo de comissão e regressando naturalmente à metrópole. Andava sempre metido em buracos, mas era um camaradão. Um abraço Cisco onde quer que estejas.
Ainda em Mansoa havia um jardim e um parque infantil, estes mesmo defronte de uma bonita capela aonde várias vezes assisti à missa.
Foto 2 > A bonita capela de Mansoa
Havia também o campo de futebol dos Balantas, uma pista para a aviação, uma escola mesmo enfrente do antigo quartel (improvisado inicialmente para isso), aqui também instalado em antigas edificações de civis -, um novo andava em construção, uma central termo-eléctrica, e outras coisas mais que alindavam e valorizavam aquela quão típica como bonita povoação.
Foto 3 > A central termo eléctrica em Mansoa aqui destruída; conheci-a nova, bem cuidada e a produzir electricidade.
Enfim, ali em Mansoa já vivíamos um ambiente que nos fazia lembrar uma vilazinha metropolitana, olhando ao conjunto e harmonia das casas, das coisas e até dos costumes. A população, de maioria negra já se vê, também diversificava em várias etnias mas com predominância da Balanta. Dizia-se então que Mansoa era a terra dos Balantas,.
Havia bastante comércio, e como nos outros lados, maioritariamente controlado por emigrantes libaneses que teimavam em ficar por ali. Havia ainda um mercado aonde por vezes dávamos lá uma volta satisfazendo a nossa curiosidade sobre o que é que se vendia por ali.
Um mercado à boa maneira indígena com tudo ou quase tudo espalhado por o chão e em rudimentares bancas também; frutos frescos e secos, sementes e raízes e até escovas de dentes: um pequeno pau de uma planta qualquer que ripado parecia uma pequenina vassoura (lá que os nativos eram bom de dentes - muito brancos e fortes - lá isso eram, faltavam era… as nozes) e tudo o mais, tipo feira da ladra. Também os variados apetrechos eléctricos de som. Algumas coisas curiosas que não se viam na Metrópole, que vinham ao que se dizia do vizinho Senegal.
Mansoa era marginada pelo rio com o mesmo nome, um dos principais rios da província, de leito largo e profundo, mais largo ainda no tempo das chuvas, com margens bastante pantanosas, mais extensas ainda no tempo de seca.
Militares da 816 que chegaram uma vez pelo rio Mansoa vindos de uma operação ainda caçaram (a tiro, claro) um crocodilo.
Foto 4 > Ponte em cimento armado sobre o rio Mansoa e já perto da povoação
Na altura estava quase concluído o novo quartel e que foi construído mesmo para tal, pois aquele que eu já chamei de antigo, era, como na maioria de todas as instalações militares então na Guiné, improvisado em casas mais ou menos grandes e que outrora tinham sido armazéns, serrações, ou até grandes casa de habitação e que eram pertença dos colonos até a guerra rebentar.
A messe ficava numa ampla sala em edifício de bom recorte a indiciar uma mansão de um colono abastado outrora.
Foto 5 > Rio Mansoa ao luar, espelhando como um lençol de prata.
(Foto, a cujo autor, peço autorização de a publicar.)
Foto 6 > Aspecto das instalações do Quartel de Mansoa e que foi construído em 1966
Diga-se de passagem, que instalações mesmo construídas para fins militares só conheci e em Bissau, o Quartel (ou Forte?) da Amura. Edificação com uma longa e antepassada história; parte do Quartel-General lá para os lados de Santa Luzia, o primeiro mesmo sobranceiro ao mar e em frente ao cais de Bissau separado deste apenas pela estrada marginal, levando a pensar que foi outrora mais uma fortificação para suster investidas guerreiras(?) principalmente vindas do mar, e talvez construído nos primórdios da colonização. Parece que não é alheio ao tempo da escravidão.
Foto 7 > Fachada do Quartel ou Forte da AMURA virada à marginal e ao porto de Bissau. A Porta d’Armas ficava do lado oposto, isto é, virada para a cidade de Bissau. Dois militares da 816 em primeiro plano no amplo relvado adjacente ao Forte
O novo quartel em Mansoa, ou por outra o verdadeiro quartel de raiz, tinha umas condições muito razoáveis e era muito funcional. Os quartos para nós Furriéis tinham capacidade para 3 camas. Aí e enquanto estive em Mansoa fiquei num com o Marques e o Ludgero. A nossa messe era boa, ampla e com um bar bem apetrechado.
No entanto, a 816 ficou, praticamente, e uma vez que em situação transitória, alojada nas instalações antigas, que antes tinham sido ocupadas pela CCS (Companhia de Comandos e Serviços) e uma das Companhias operacionais dos “Águias Negras”. Estas instalações eram improvisadas em quartel, pois eram efectivamente e como já disse instalações de civis em tempos de paz.
Aí então eram as casernas dos soldados do lado direito, já na estrada que dava para Cutia e Mansabá enquanto do lado esquerdo ficava a pista de aviação e também o campo de futebol dos Balantas
Dentro do mesmo conjunto de casas ficavam o bar e o refeitório dos soldados, instalações estas feitas pelas mãos dos soldados.
Contiguamente ao bar e do lado de trás, estava instalada a arrecadação do material incluindo as munições. No edifício principal estavam espalhadas pelas diversas dependências, o gabinete do Comandante da Companhia, o Quarto dos Oficiais, a Secretaria, etc.
Este edifício ficava enfrente à escola que atrás já me referi e esta mesmo ao lado da casa do Administrador, se bem que, com uma estrada ao meio em qualquer dos casos.
Mansoa era considerada muito justamente (e havia muito gente conhecedora do terreno a dizer o mesmo) a sala de visitas da Guiné e se bem que desconhecesse muita terra na Guiné, não me custava a crer e a quem quer que fosse, que assim o era. A sua fisionomia, natural, era de rara beleza e a sua urbanização muito bem ordenada e desenhada. O seu aspecto natural tropical, onde as bonitas palmeiras criteriosamente plantadas, se evidenciavam e com o seu belo rio, qual serpente prateada ali mesmo ao lado de largo caudal davam a Mansoa um singular encanto.
De Mansoa até Bissorã distam 18 quilómetros por estrada de terra batida, estrada muito acidentada e muito poeirenta, mas transitável por carros militares e outros (civis). Foi esta a primeira estrada que nós transitamos com dispositivo de guerra quando depois de chegarmos à Guiné e como atrás algum tempo já contei. Uma estrada então sinuosa marginada de ambos os lados de denso capim e outra folhagem que muito nos enervava ou não fosse propícia à instalação de emboscadas. Trabalho das picas indispensavelmente. O acidentado da estrada e o facto de ser de terra batida propiciava a uma boa dissimulação de minas e/ou fornilhos. Esta possibilidade provocava uma viagem lenta e morosa com sucessivas paragens das viaturas, o que permitia ao inimigo ganhar tempo e emboscar-se adequada e consecutivamente sempre no nosso encalço. Esta estrada era então já um biscate do caraças. Isto para não falar na altura das chuvas em que não raras vezes as viaturas atolavam na vasta e densa lama.
Foi aquando da estada da 816 em Mansoa que também estive algumas semanas no abrigo de Uaque, história que aqui também já foi contada.
Em Mansoa a opercionalidade da 816 foi colaborar, protagonizar e dar reforço a tropas em dificuldades (estava lá então uma Companhia de Periquitos - julgo a 1590) aquando de “Golpes de mão”, colunas de reabastecimento, etc..
Estávamos então já em Dezembro de 1966 e a comissão da 816 na Guiné estava também a acabar. Deste Natal há também uma história, esta muito triste, que mais para diante vou contar, pois assisti, sub-repticiamente, à chegada de helicópteros ao Hospital Militar de Bissau, onde a área para a aterragem destes ficava ao lado da Morgue, com corpos mutilados e já sem vida. Isto no dia de…consoada.
Entretanto continuaria a atribulada e odisseia da Companhia pois como atrás já disse a acção inimiga acentua-se nesta região, mais propriamente nas áreas de Jugudul e Porto Gole, esta povoação já junta ao rio Geba, (principal rio da Guiné) rio que desaguava em Bissau à distância aí de uns 50 quilómetros.
A 816 luta assim até ao fim.
Operações então a JUGUDUL, QUIBIR, BINDORO entre outras, seguem-se em áreas em que já há guerra latente. Ainda deu para que o doutor (cabo bazookeiro) levasse um tiro (ou estilhaço) numa perna e fosse evacuado para a metrópole.
Nota: Todas as fotos aqui inseridas (excepto a última) não são da minha autoria. Aos seus legítimos autores e com a devida vénia, peço autorização
Foto 8 > Finalizando o meu trabalho sobre “O périplo da 816 em 2 anos de guerrilha na Guiné Portuguesa”, indico em área a tracejado no mapa, as zonas de intervenção da Companhia. (CCaç 816 – Guiné 1965/67).
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 5 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5410: Páginas Negras com Salpicos Cor-de-Rosa (Rui Silva) (7): O périplo da 816 em dois anos de Guiné - Olossato
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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3 comentários:
Gostei muito dos teus três textos, narrativos da tua passagem pela Guiné. Em particular o texto II referente ao Olossato, porque a minha companhia, a CCaç. 2402 sucedeu à tua no período de 69/70, e tudo aquilo que falas sobre aquela gente diz-nos bastante.
De tal modo que gostaria de apresentar esse teu artigo, no próximo convívo da companhia em Julho deste ano em Fátima. Como quase a totalidade da companhia não tem acesso ao nosso blogue para ler o artigo, pedia-te encarecidamente que, se puderes, me envies um e-mail com uma cópia desse teu texto, para eu tirar algumas cópias e levá-las ao conhecimento dos meus ex-camaradas de luta. Estou certo que gostarão de ler o relato de como era o Olossato antes deles.
Um abraço e os meus agradecimentos antecipados.
Raul Albino - Ex-Alf. Mil. de CCaç. 2402.
Caro Raúl Albino.
Antes de tudo um abraço e os meus agradecimentos por teres lido e apreciado os meus três textos sobre as terras por onde a 816 andou.
Concerteza e com muito gosto que te mando uma cópia da rubrica sobre o Olossato que, de facto, foi a terra mais marcante para a minha Co«mpanhis. Confirma-me o teu endereço electrónico: ralbino@sapo.pt
Enviar-te-ei de seguida.
Saúde e felicidade é o que eu te desejo também
Rui Silva
O meu e-mail está correcto.
Os meus agradecimentos e um grande abraço,
Raul Albino.
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