Assunto - Os contratados no tempo colonial e a luta que continuou
MONANGANBÉÉÉ
(...)
O café vai ser torrado
pisado, torturado,
vai ficar negro,
negro da cor do contratado.
Negro da cor do contratado!
(...)
Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande,
ter dinheiro
- Quem?
Ruy Mingas
OS MENINOS DO HUAMBO
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender como se ganha uma bandeira
(...)
Autor: Ruy Mingas foi embaixador de Angola, músico, autor, recordista de salto em altura português em Luanda e atleta do Benfica e estudante em Lisboa.(MPLA).
Assisti numa tarde de um sábado em Luanda, no estádio dos coqueiros, ser batido o recorde de salto em altura português.
Apenas sei qual o dia da semana, sei que foi Rui Mingas, e o seu treinador era um velhote angolano, antigo olímpico português, Demóstenes de Almeida. Foi 1,91 m, os espectadores bateram palmas, e passado pouco tempo uma mulher romena saltava 2,00m. Claro que tudo isto é tambem notícia de jornal.
Ruy Mingas
OS MENINOS DO HUAMBO
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender como se ganha uma bandeira
(...)
Autor: Ruy Mingas foi embaixador de Angola, músico, autor, recordista de salto em altura português em Luanda e atleta do Benfica e estudante em Lisboa.(MPLA).
Assisti numa tarde de um sábado em Luanda, no estádio dos coqueiros, ser batido o recorde de salto em altura português.
Apenas sei qual o dia da semana, sei que foi Rui Mingas, e o seu treinador era um velhote angolano, antigo olímpico português, Demóstenes de Almeida. Foi 1,91 m, os espectadores bateram palmas, e passado pouco tempo uma mulher romena saltava 2,00m. Claro que tudo isto é tambem notícia de jornal.
O ano que foi, sei que foi antes dos massacres de 1961 no norte de Angola. Talvez 2 anos antes.
Rui Mingas e eu tinhamos por aí uns 20 anos, e mal conhecíamos Angola, só que além do que ele teria aprendido no liceu, sabia a lingua materna dele, talvez umbundo ou quimbundo. Portanto, sabia muitíssimo.
Ele veio para o Benfica e eu fui trabalhar por toda Angola, a fazer mapas iguais aos da Guiné do
cartógrafo-mor Humberto Reis.
Tenho a dizer que mal cheguei a Angola, pouco tempo antes em 1957, arranjei imediatamente emprego nos Portos e Caminho de Ferro, por causa do desporto. Ocupei uma vaga de um ponta esquerda do Ferrovia, que veio para o Belenenses e como ele era praticante de escritório no Porto de Luanda eu aproveitei a vaga (no porto).
Esse ponta esquerda angolano, Catete de seu nome, já era como todos os portugueses de Angola (com direito a voto), pela independência.
Entretanto mudei para os Serviços Geográficos e aí conheci e tive ao meu serviço muitos "negros contratados" e durante vários anos, e de muitas regiões de Angola, e percorri toda a terra dos "meninos do Huambo". E conheci todas as fronteiras de Angola e contactei com etnias e tabancas onde nunca tinha chegado nem missionário nem chefe de posto nem comerciante nem sabiam quem era Che Guevara nem sabiam que havia um novo recordista de salto em altura (e não era de costas como hoje).
Tambem sei que aquelas etnias e aquelas fronteiras e aqueles "meus contratados" e aqueles meninos que moravam no Huambo e eu vi em paz à volta da fogueira, eram desconhecidos para Rui Mingas e Agostinho Neto e Lúcio Lara e Pepetela...porque estes eram novos e não havia estradas nem mapas para lá chegarem.
Era mais fácil chegar a Paris, Moscovo ou Copenhague ou Nova Yorque do que àqueles lugares. E não eram tão cus de Judas, como muita gente pensa!... Embora mais tarde conhecessem, mas de avião MIG e carros de combate durante 27 anos.
Eu apenas falo em MPLA, FRELIMO e PAIGC, porque eram os únicos movimentos onde pontificavam os "portugueses" mais preparados para dar o "GRITO DO IPIRANGA". Mas esse grito tinha que ser ouvido por todos os angolanos, guineenses e moçambicanos. E não como o "Grito do Boé" que ficou só entre certas paredes. (Moscovo, Cuba, ONU...). E era muito cedo pois havia um barulho ensurdecedor naquele tempo, o que podia dar confusão, com ainda deu. Só que não devia ter sobrado tanto esforço para os Guineenses, como dizia o meu amigo Balanta de Kiev.
Ainda está por avaliar o efeito de "amortecedor" que teve o esforço conjunto do exército português e dos comandos africanos, para salvar aquelas várias e enormes fronteiras, muito impróprias geograficamente para certos vizinhos, e até para proteger e adiar o assassinato de mais que um dirigente revolucionário.
A quem fala como eu, diziam os revolucionários do 25 de Abril, muito politizados, que vão aparecer uns saudosistas e reaccionários que nos vão acusar se alguma coisa correr mal. Mas, como já assistimos a tantas justificações que passam por cima de toda a folha, posso falar sem complexos.
Eu falo, no início do poste, de "contratados" (trabalho forçado, captazes, chicote... ), que talvez quem passou apenas os vinte e tal meses na Guiné, não tenha conhecido, que era um problema social debatidíssimo na ONU contra Portugal assim como nas rádios de Leste, naqueles anos de luta, e nos "meninos do Huambo", que cantam muito bem tanto Mingas como Paulo de Carvalho, para terminar com uma transposição para a Guiné destes assuntos (anos 60) vistos pelos guineenses do povo, no ano de 1993.
Então foi assim. Em 1993 foi a abertura política imposta pelo FMI e Banco Mundial a Bissau e foram criadas empresas privadas, por exemplo empreiteiros.
E aquilo que o Estado fazia, só com muitos funcionários, passou para os empresários que contratavam esses funcionários, que, logicamente tinham que produzir alguma coisa. Só que, temos aqui o busílis: «Então o Partido dizia que logo que o colon vai embora não trabalhamos mais!» (Isto para mim não foi "uma frase do dia", foi uma frase de anos).
Como agora os empreiteiros (patrões) não eram "brancos prósperos com barriga grande", e toda a gente sabia que eu tinha sido colon, e estava ali apenas como técnico, pediam-me conselho como pôr aquela gente a trabalhar. (Um dia, posso dar uma explicação a quem nunca soube o que era um "contratado negro" no tempo colonial, com todos os lados positivos ou negativos que participei ao vivo).
Sobre os Meninos do Huambo, traz-me à memória a guerra que houve naquela região em Angola entre UNITA e MPLA, de vida ou morte, e traz-me à memória uma insistência de Amílcar Cabral, na atenção que tinha que ser dada às crianças, que eram «As flores da nossa luta». E, durante vários anos, por vários motivos tive que entrar nos dois hospitais de Bissau, e aí soube que os filhos de ministros vinham nascer a Lisboa...ou a Paris, tal a degradação.
P. S. - Peço desculpa, de quando falo do meu amigo Balanta de Kiev, não dizer o nome, mas tenho intenção de transmitir um abraço a uns amigos de Bissau, mas através de Cherno Baldé a quem os irei identificar, inclusive esse amigo de Kiev, logo que apanhe o e-mail do Cherno.
Acho que não devo dizer aqui os nomes deles.
Cumprimentos
Antº Rosinha
2. Comentário de L.G.:
Meu caro Mais Velho, como há dias te chamou o mano Nelson Herbert... Gosto da expressão, muito mais do que colon, retornado, e por aí fora...Já é altura de teres a tua "coluna", ou "série" no nosso blogue... Afinal de contas, és um tabanqueiro sénior, um amigo e um camarada que já viveu tempo suficiente em África para poder falar de cátedra sobre a vida, a África, a África nossa e dos outros, a guerra colonial, etc. (*)...
2. Comentário de L.G.:
Meu caro Mais Velho, como há dias te chamou o mano Nelson Herbert... Gosto da expressão, muito mais do que colon, retornado, e por aí fora...Já é altura de teres a tua "coluna", ou "série" no nosso blogue... Afinal de contas, és um tabanqueiro sénior, um amigo e um camarada que já viveu tempo suficiente em África para poder falar de cátedra sobre a vida, a África, a África nossa e dos outros, a guerra colonial, etc. (*)...
Pelo menos formalmente já estás na nossa tertúlia (hoje Tabanca Grande) desde 29 de Novembro de 2006. Acabaste por aceitar o nosso convite, depois de insistências minhas, do Vitor Junqueiro e do Amílcar Mendes ... Lembras-te ? Tu tinhas as tuas resistências mentais: gostavas de acompanhar o blogue mas não te querias assumir como tertuliano de pleno direito... Afinal, a tua guerra fora Angola, 1961... A Guiné veio depois, muito depois, já no pós-independência, como topógrafo da Tecnil (empresa de resto que eu conheci em 1970, já que fiz muitas vezes segurança aos trabalhos de construção da nova estrada Bambandinca-Xime ou Xime-Bambadinca)..
Em boa hora aceitaste juntar-te a esta comunidade de amigos e camaradas da Guiné. Participaste inclusive no nosso II Encontro Nacional, em Pombal, em 2007 [, foto à direita]. Por outro lado, és um membro activo do blogue, como se pode avaliar pelas tuas quase sempre oportunas, muitas vezes críticas e sobretudo originais contribuições para a (re)construção das nossas memórias...
Em resumo: não precisas de mais pergaminhos para poderes assinar a tua série... Como é que se vai chamar ? Dei-lhe um título (provisório, poderás alterá-lo em qualquer momento): Caderno de notas de um Mais Velho (Antº Rosinha). Parece-me bem mas tu e os nossos leitores dirão de sua justiça... Agora é altura de te desejar boa viagem...
PS1 - Mais Velho Rosinha, podes ouvir aqui, na voz (poderosa) do Ruy Mingas, o Monangambé (contratado), letra do poeta angolano António Jacinto, tarrafalista, militante do MPLA, (Poemas, 1961) (Luanda, 1924-Lisboa, 1991)1 (letra integral, aqui).
PS2 - Aqui tens o e-mail do Cherno (de retso, disponível no blogue): chernoabalde@gmail.com
PS3 - Em troca dos poemas e poetas que citaste, aqui fica um meu, que escrevi em Luanda, em Setembro de 2004...Os meninos da Ilha de Luanda
os meninos da ilha de luanda
são filhos de pescadores
são filhos de náufragos
são filhos da deriva dos continentes
são filhos bastardos da guerra e da paz
são filhos dos sonhos do dia e dos pesadelos da noite
são crisálidas
são puras formas de ser
são filhos dos homens
que nunca foram meninos
pergunto-me
como é que eles poderão um dia
chegar a ser homens
Angola, Luanda, Ilha de Luanda, Setembro de 2004
____________
Nota de L.G.:
(*) Vd. postes de:
8 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5789: História de vida (19): Um retornado que pagou para
ver: Angola, 1961-1974... (António Rosinha)
29 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1327: Blogoterapia (7): Furriel Miliciano em Angola, em 1961; topógrafo da TECNIL, em Bissau, em 1979 (António Rosinha)
11 comentários:
Antº Rosinha
Ainda bem que resolveste escrever. É bom e vai servir para informar, para dizer a quem não sabe (ou sabe e é pior) o que aconteceu no Congo, como se vivia na Angola antes de 60/61.
Ainda o eclodir do conflito armado e a chegada das primeiras tropas de Portugal ou da Metrópole e como foram recebidas.
Depois vem a Guiné do pós independência, as elites, o povo das tabancas... nada mais digo pois parece estar a ensinar a missa ao padre...só que certos fiéis parecem necessitar de "rezas" e salpicos de água benta!
Não tenho tempo e a noite está já adiantada. Era só para dar um abraço e mostrar que as tuas Histórias são necessárias.
Ab do Torcato
António Rosinha meu "Velho"!
Desculpa o atrevimento.
É essa tua sabedoria das coisas de África que adoro, mas me põem um pouco triste! Poquê? Porque poucos têm o previlégio de assim conhecer África.
É estrordinário! Estão aqui mesmo à mão:
"Folhas Secas", de Alípio Pinheiro da Silva angolano branco, Eng. que foi dos Caminhos de Ferro de Benguela e presidente da Câmara da antiga Sá da Bandeira.
"Guiné" do Cor. Costa Campos capitão da minha C.CAÇ. 763 Cufar e mais tarde comandante do COP3 Bigene.
Dois livros passados a stencil, mas com tanta beleza
Tanta falta de conhecimentos que nós tinhamos e possivelmente ainda temos dessa misteriosa e maravilhosa Àfrica.
As aguarelas de Sousa Cardoso!
Na Guiné trinta e tal etnias, todas com o seu diferente Chão e Ser!
Escreve! Escreve meu amigo, porque vistes e vivestes.
Dá-nos a beber um pouco do teu grande saber.
Obrigado,
Mário Fitas
Curiosidades a proposito da TECNIL:
Sabia, que no criolo guineense,existe um adagio ou expressao popular
" Trabadju abri na Tecnil "...usado sempre e quando algo,nomeadamente uma tarefa se impoe de dificil concretizacao ou materializacao ?
Por exemplo assumir que o Benfica sera de novo campeao !
Nka sibi de...ma trabadju abri de na tecnil ?
( Eu ca nao sei mas que vai ser dificil, la isso sera )
Mantenhas
Nelson Herbert
USA
Mais uma vez volto a repetir que é mais aquilo que nos une, do que nos separa.O que que nos separa é apenas a interpretação duma palavra do dicionário Português!
O que nos une, é o grande amor por Angola e nisso nada nos separa.A minha vivência, foi direrente porque só vivi a parta da Guerra e como civil, apenas, em Luanda, de Janeiro de 1972 a Setembro de 1975, como Bancário, no então Banco Pinto & Sotto Mayor.
Mais uma vez os meus parabens pelo texto.Tens aqui um grande admirador dos mesmos.Se nos conhecessemos pessoalmente, sertamente que teriamos muitas ideias para compartilhar.
Grato por escreveres como o fazes.
Aquele abraço.
Jorge Fontinha
(Camarada mais velho)Antº Rosinha,
Estou a ler o teu texto e confesso que tenho dificuldades para acompanhar os ziguezagues da sua memoria dividida entre varias frentes. Nao consigo ler os espaços deixados em branco, entre Angola e a Guiné-Bissau, passando por Moçambique.
- Será que está a defender o colonialismo e seus métodos esclavagistas de indigenato ou simplesmente estará a tentar mostrar o destino reservado as utopias revolucionarias?
- Será que, sem dar por isto, já basculei para o campo dos "Colon" ? Só poderá ser mesmo por descuido meu.
Também eu, ainda criança, em 1974, talvez devido a euforia do momento, ouvi esta retórica sobre o trabalho mas, ligeiramente diferente. Por exemplo, o Comandante (que eu chamei no meu mais recente texto de Seku Turé)dizia que as nossas populações podiam inutilizar e deitar fora os seus tradicionais e arcaicos instrumentos de lavoura porque o PAIGC iria substitui-los por tractores modernos que, na verdade,ou nunca chegaram ou chegaram tarde quando as intenções já eram diferentes e teriam sido desviados para as pontas dos chefes. Eram sonhos, como todos os sonhos que não resistiram a prova dos nove. E depois?
Nao espere que te diga o nome do teu Balanta de Kiev. Os Fulas e os Balantas, hoje, são irmaos.
Não sabia desta?
Cherno AB
Cherno, é exatamente essa dos sonhos que não resistiram a prova dos nove como muito bem retratas, que eu constatei no meu post.
Eu não defendo nem colonialismo nem os contratados, nem os patrões de barriga grande.
Mas não aprovo quem põe as pessoas a sonhar, e que no fim acordam com pesadelos.
Sobre os contratados do tempo colonial, penso que poucos neste blog souberam pessoalmente como funcionava, e embora eu não conheça as leis do processo, sei qual era o procedimento.
Pois eu em Angola, e colegas (brancos e pretos e mulatos) tinhamos contratados indígenas, como tal, sem o mínimo complexo posso relatar como era.
Mas amigo Cherno, eu não aprovo o colonialismo, mas, como tu dizes, sonhos que não resistem à prova dos nove tambem não aprovo.
Eu gosto tambem de quem me contradiga, mas neste caso lê com atenção outra vez.
E talvez nem a Amilcar Cabral, nem a Agostinho Neto, nem a Rui Mingas, oiças o que de negativo e degradante tinha o "CONTRATO", quando leres o que eu constatei.
Só que não vai ser em verso.
Vê lá isso dos meus amigos, porque são amigos mesmo.
Um abraço
Caro António Rosinha
Fala-nos de África,senão teremos que te tomar como CONTRATADO (quer qeiras quer não... como o "bombeiro voluntário" do Solnado).
Com a apreciação do
Alberto Branquinho
Camaradas,
O texto em apreço é revelador da África Portuguesa dos anos cinquenta.
Na transição para a economia industrial em Angola, nas guerras para se criarem cursos universitários, no crescimento de cidades e vilas (quase todas as cidades não passavam de vilas), desenvolveu-se uma classe média de pretos, mulatos, cabo-verdeanos e portugueses, que se mesclavam sem problemas em empregos, e prédios de habitação.
Esse período terá germinado a primeira tentação séria para a declaração de independência, que os acontecimentos de 1961, tanto poderiam ter provocado, como estancado. Estancou-se.
Depois, nas três frentes, os movimentos não souberam entender-se para o grito simultâneo, e isso revela, também, como os interesses em questão eram diferentes. Mas concordo com o Rosinha, se eles se têem entendido, as coisas poderiam ter acontecido diferentemente.
O Rosinha escreve sintéticamente.É preciso atenção para o interpretarmos, porque, naturalmente, o regime ocultava a realidade, ou as muitas realidades.
Já agora, passe a publicidade, indico um livro da autoria de um homem do antigo regime, que dá nota do desenvolvimento angolano, e do tal sonho. Mas não é crítico em relação à imensa pobreza e ao estado de esclavagismo que obrigava muitos angolanos. Critica, apenas, as dificeis relações de Angola com a Metrópole. Trata-se de"Memórias de África", de Jorge Eduardo Costa Oliveira, edição do IPAD-Inst.Português de Apoio ao Desenvolvimento.
Abraços fraternos
J.Dinis
António Rosinha
No texto falas do Rui Mingas e do
record nacional do salto em altura.
Não está correcta a informação...
vejamos
-em 24/04/60,em Lisboa,R.Mingas(SLB)e Júlio Fernandes(SCP)batem o
record nacional,saltando 1,88m.
-em 19/06/60,em Lisboa,R.Mingas
bate o anterior record,saltando
1,90m.
-Rui Mingas nunca saltou 1,91m.Esta
"marca"foi obtida por Júlio Fernandes.
-nunca foi batido qualquer record
do salto em altura em Luanda.
-em 29/04/62,em Lourenço Marques,
Júlio Fernandes salta 1,92m.
-em 06/05/62,também em L.Marques,
Avelino Mingas,estabelece novo
record saltando 1,93m.
-quanto à romena,Iolanda Balas,
saltou 1,91m em 16/07/61,em Budapest.
-os tais 2,00m,mulheres,só foram
atingidos em 26/08/77,em Berlim,
por Rosemarie Ackermamm,atleta da
RDA.
Abraço
Por lapso não saiu no comentário
anterior
-Júlio Fernandes,saltou 1,91m,
batendo o anterior record de Mingas,no dia 24/06/61,em Lisboa
Paulo, Sobre os recordes naquele tempo, imaginas o que seria o rigor e as certificações, principalmente em África em 1958/9/60.
E ainda havia os "nacionalismos" à flor da pele, tanto nos jovens como nos jornalistas, que em geral eram já tudo gente de lá. Nesse tempo já eram "os maiores".
Obrigado pela informação, mas vês que eu apenas jovem 20 mais ou menos, como ia duvidar que seria record ou não, se era homologado ou não. Com certeza que não.
O certo que foi esse "boato" que ajudou a ir para o Benfica.
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