1. Mensagem de Manuel Maia* (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de 13 de Janeiro de 2011:
Amigo Carlos,
Aqui seguem,com um grande abraço, mais quatro sextilhas para "QUISERA".
QUISERA EU... (10)
Quisera ter poderes de tribunal,
a força de mandado judicial,
julgar nojentos crimes do pós-guerra.
Descolonizador sentar no "mocho",
quer fosse branco, preto ou até roxo,
culpado dos massacres de nhô terra...
Quisera ver Guiné desenvolvida
com hospitais, escolas, outra vida,
erradicada a fome e a doença...
Quisera ver os braços ocupados
nas fábricas, no campo, atarefados
na aposta da mudança, da diferença...
Quisera ver Guinéu bem sorridente,
à cata dum futuro de homem crente
sabendo um amanhã a ter lugar...
Está cerecido o mundo de mudança,
é tempo de chamar certeza à esp`rança,
suster a incompetência a governar...
Aviso também, visa o lusitano
na Ibéria, fácil alvo dum insano
governo d`incapazes, carreiristas...
Há urgência na mudança dos comandos,
p`ra ver chegar o fim destes desmandos,
d`ineptos e de vis oportunistas...
MM
__________
Notas de CV:
(*) Vd. poste de 15 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7617: Blogpoesia (108): HERÓIS e heróis (Manuel Maia)
Vd. último poste da série de 5 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7383: Blogpoesia (93): Saudades daquele tempo, ou Quisera eu... (9) (Manuel Maia)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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2 comentários:
Manel!
Desculpa este palavreado Alentejano, mas é uma tentação, pois recordas as décimas fortes e acutilantes que ouvia a meu pai sobre a Planície.
Continua Manuel Maia,porque este país sofre por falta de cultura.
Do tamanho do nosso Cumbijã, como sempre o velho abraço.
Mário Fitas
Um grito da Alma,forte,acutilante,verdadeiro ... como tu
Abraço
Luis Faria
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