Dois fotogramas do vídeo (31' 17'') publicado pelo Público "on line": "Quero que ele sabe que tem um pai". Ricardo Rezende (imagem e som). Reproduzidos com a devida vénia.
O encontro do pai (António Graça Bento, 63 anos) e do filho (Jorge Paulo Bento, conhecido por o "Pula", na Unidade de Intervenção Rápida, de Luena, a que pertence; tem agora 40 anos e 4 filhos; a mãe, Esperança, já morreu em 2005). (*)
Foto de Manuel Roberto, fotojornalista do Público, reproduzida com a devida vénia.
O António Bento, natural de Nisa, que trabalha em Montemor-o-Novo e vive em Vendas Novas, foi fur mil da 1ª C/ BART 6321/73 (1973/75), mobilizada pelo RAL 3 (Évora). Este batalhão esteve no leste de Angola (Lucusse, Luvuei, Cassamba e Lutembo). A 1ª companhia esteve no Luvuei. Eis aqui a sua história.
A reportagem "Quem é o filho que António deixou na guerra?" é uma magnífica peça jornalística de Catarina Gomes (texto), Manuel Roberto (fotografia) e Ricardo Resende (vídeo em Luanda e Luena).
"Esta é a história de um furriel português que foi viver para a sanzala e que foi feliz na guerra. E de um filho angolano que sempre viveu incompleto. Afinal, o pai de Jorge existe e foi ao seu encontro."
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 18 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14764: Filhos do vento (36): SIC, Jornal da Noite, hoje, 4ª feira, 18, 20h00-21h30; e revista do jornal "Público", domingo, 21: "Tivemos a felicidade de acompanhar o António Bento, que esteve em Angola entre 1973 e 1975, e era furriel, e ir com ele ao encontro do filho que ele nunca conheceu, deixou a mulher com quem viveu durante um ano grávida" (Catarina Gomes, jornalista)
(**) Último poste da série > 19 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14772: Filhos do vento (37): Nos trilhos de crianças nos tempos da guerra colonial (José Saúde)
A reportagem "Quem é o filho que António deixou na guerra?" é uma magnífica peça jornalística de Catarina Gomes (texto), Manuel Roberto (fotografia) e Ricardo Resende (vídeo em Luanda e Luena).
"Esta é a história de um furriel português que foi viver para a sanzala e que foi feliz na guerra. E de um filho angolano que sempre viveu incompleto. Afinal, o pai de Jorge existe e foi ao seu encontro."
Vd. na edição em papel, domingo, dia 21, a reportagem completa (Público | Revista) (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 18 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14764: Filhos do vento (36): SIC, Jornal da Noite, hoje, 4ª feira, 18, 20h00-21h30; e revista do jornal "Público", domingo, 21: "Tivemos a felicidade de acompanhar o António Bento, que esteve em Angola entre 1973 e 1975, e era furriel, e ir com ele ao encontro do filho que ele nunca conheceu, deixou a mulher com quem viveu durante um ano grávida" (Catarina Gomes, jornalista)
(**) Último poste da série > 19 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14772: Filhos do vento (37): Nos trilhos de crianças nos tempos da guerra colonial (José Saúde)
4 comentários:
Um historia de Amor, uma união de facto assumida e duradoura.Se ninguém merece ser chamado, "filho do vento", muito menos este fruto do Amor..J.Cabral
Jorge, estou de acordo contigo. Mas a série chama-se "Filhos do vento" e já vai no nº 38... A própria Catarina gosta mais de chamar, a estes casos, histórias de filhos da guerra. O Zé Saúde que nos perdoe...
Mas o caso do António parece-me ser relativamente "atípico". Quantos casos cada um de nós conheceu de militares, no TO da Guiné, de "uniões de facto" ? Refiro-me a camaradas nossos que viviam fora do quartel, na tabanca, com uma mulher guineense (fula, mandinga, caboverdeana, libanesa...)? Na maior dos sítios, fora das sedes de batalhão, nem sequer havia tabancas e sobretudo mulheres dispostas a correr o risco de viverem, à luz do dia, co0m um militar português... Os casos que conhecemos são a exceção à regra.
Mas concordo, Jorge, esta é uma história de amor... Para ter um final totalmente feliz serioa preciso que a mãe do "pula" ainda fosse viva... Ora a mãe do Jorge Paulo Bento, a dona Esperança, já morreu infelizmente em 2005. Para ela, já foi tarde a viagem de regresso a Angola, por parte do António Bento. Mas o gesto deste camarada só pode merecer os meus aplausos.
Dou os meus parabéns ao fotógrafo, Catarina Gomes ? ou outro. A identificação e o entusiasmo de pai e filho nesse encontro adiado, está muito bem retratado. Palavras só para quem estiver menos atento. Que pai e filho sejam mais felizes depois deste abraço que acelarou mais o sangue comum que corre nas veias de um e do outro.
Abraço. Francisco Baptista
Gostei de ver.
Bem feito, pouco 'lamechas', a não ser o natural clima gerado pela situação inusitada.
A Catarina tem de facto sensibilidade para tratar destes assuntos.
A isso não será alheia, certamente, a sua história de vida, entre a qual se inclui a estadia na Guiné que, como sabemos é, talvez de forma inexplicável, altamente influenciadora destes "estados de alma".
Foi, como escreve o J. Cabral, uma "história de Amor, com uma relação assumida e duradoira".
Abraço
Hélder S.
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