C O N V I T E
Lançamento do livro "A Conquista das Almas: Cartazes e Panfletos da Acção Psicológica na Guerra Colonial", de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, dia 23 de Maio de 2016, às 18h30, na Associação 25 de Abril.
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Nota do editor
Último poste da série de Guiné 63/74 - P16100: Agenda cultural (476): Apresentação do livro "O Jornalismo Português e a Guerra Colonial", organização de Sílvia Torres, dia 24 de Maio de 2016, às 18h30, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa
1 comentário:
Pela amostra que conheço, e dos que já aqui publicamos, os "nossos" cartazes de propaganda eram, em termos comunicacionais, eram "maus demais", eram feitos por gente em Lisboa, sem qualquer profissionalismo, amadores, aprendizes, e que para mais nunca conheceu a trilogia "sangue, suor e lágrimas", e que se calhar sem nunca pôs os pés em África, como o velho Salazar...
De facto, o serviço de propaganda do exército tinha a obrigação de fazer muito mais e melhor... Não o fez, por que as Forças Armadas Portugueses, ou melhor ou seus generais e almirantes, tinham um "problema de legitimidade" a resolver.... E sobretudo porque a "brigada do reumático" que controlava o aparelho político-militar em Lisboa, já não conseguia convencer a juventude portuguesa daquele tempo a "morrer pela Pátria", nem sequer os oficiais da academia cuja palavra de ordem era, romanticamente, qualquer como "é doce morrer pela pátria!"...
Se a mensagem não chegava, com eficácia comunicacional, aos soldados (os de cá e os de lá), como é que chegaria às populações e aos militantes dos movimentos naciobnalistas ?...
Toda a propaganda é má, mas a "nossa" era um desastre...
Numa guerra que se travava longe de casa e que se arrastava há demasiado tempo, sem fim à vista, num contexto internacional de crescente isolamento e de desprestígio de Portugal, quem é que estava disposto a pagar o "imposto de sangue" ?...
Lamentavelmente Salazar e os seus generais (tirando talvez o Spínola) nunca perceberam que a guerra é a continuação da política por outros meios... E também munca perceberam a jogada de mestre de Amílcar Cabral, que foi o uso da diplomacia, ou seja, a continuação da guerra por outros meios...
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