terça-feira, 7 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19755: MÁXIMAS, Médias e mínimas (2): Literatura DA guerra colonial no feminino?... (Alberto Branquinho, ex-Alf Mil Op Esp da CART 1689)

1. Mensagem do nosso camarada Alberto Branquinho (ex-Alf Mil de Op Esp da CART 1689, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com a segunda "MÁXIMAS, Médias e mínimas", tentando espevitar o "auditório" a competir com ele.

Boa tarde Carlos
Espero que esta te vá encontrar de boa saúde assim como a todos os teus, que nós cá vamos indo bem, graças a Deus.

Como já passaram mais de 15 dias sem reacção às "MÁXIMAS...", aqui vai mais uma da autoria deste que te está a escrever.

Um abraço e muito sucesso para Monte Real, que eu vou, nesse mesmo dia, aos 50 anos do regresso. Na Serra do Pilar.

Um grande abraço
Alberto Branquinho

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MÁXIMAS, Médias e mínimas (2)

Literatura DA guerra colonial no feminino?

Só conheço um livro: "NÓS, enfermeiras pára-quedistas", da autoria de várias senhoras que estiveram LÁ, na guerra colonial, e escreveram sobre ou com base nas suas experiências.

Alberto Branquinho
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Nota do editor

Primeiro poste da série de 16 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19685: MÁXIMAS, Médias e mínimas (1): Foi herói de si mesmo... (Alberto Branquinho, ex-Alf Mil Op Esp da CART 1689)

2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Ora cá um estimulante série, feita de frases curtas mas certeiras, mais interrogativas que assertivas... Afinal, nunca ninguém tem o monopólio das certezas...

Alberto, no teu conceito de "literatura da guerra colonial" não cabe, por certo, o mais famoso romance, escrito no feminino, "sobre" (ou a pretexto de) a guerra colonial... Refiro-me a "A Costa dos Murmúrios", de Lídia Jorge (Lisboa, Dom Quixote, 1988)...

Tenho que reler o romance, confesso... Lídia Jorge não foi nosso camarada de armas, como as enfermeiras paraquedistas, mas viveu e trabalhou em Angola e em Moçambique, como professora do ensino secundário, em plena guerra colonial...

Alberto Branquinho disse...

Luís,

Entendo que "literatura DA guerra colonial" é aquela que resulta de um conhecimento "directo e pessoal" dos ambientes, estados de alma e situações vividos na, da e causados pela própria luta. Poderá ser boa, sofrível ou má.

Toda a literatura que não resulte desse conhecimento pessoal e directo, mas do estudo, da investigação, da leitura, das mais variadas formas de consulta da mais variada documentação, da transmissão oral ou escrita é "literatura SOBRE a guerra colonial".Que poderá ser boa, sofrível ou má. (E, por vezes, tendenciosa).

Consequentemente, não pode ser "literatura DA guerra colonial" a resultante de experiências ouvidas ou ficcionadas (!) em ambientes mais ou menos militares, incluindo as messes de oficiais.
Quem tenha conhecido Luanda ou Lourenço Marques nos anos oitenta ou noventa do século passado, sentia perfeitamente que ALI não se vivia a guerra. Ela, a guerra, estava muito longe - nas mentes e no espaço.
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(O tema sobre o que deverá ser considerado "literatura DA guerra colonial" foi já abordado por mim, aqui no blogue, num post de uma série que aqui tive e que foi objecto de um comentário - com qualidade - da parte do Pereira da Costa. Os textos constam do acesso sobre o tema, no google).

Abraço
Alberto Branquinho