Guiné-Bissau > AD - Acção para o Desenvolvimento > Título da foto: Tambores de Bolol | Data de Publicação: 16 de janeiro de 2011 | Data da foto: 21 de novembro de 2010 | Palavras-chave: Cultura popular
Legenda:
A tabanca de Bolol, situada no extremo sul da planície de Varela, junto à embocadura do rio Cacheu (Bolor, ao lado de Bolola, segunda cartografia portuguesa, vd. carta de Jufunco, que não temos), prepara-se este ano para realizar o seu 'fanado', o que está a mobilizar toda a comunidade felupe desta zona e em especial os jovens.
Trata-se da cerimónia ancestral de iniciação dos jovens à vida adulta, onde são acolhidos numa 'barraca' num local isolado durante cerca de 2 meses, onde aprendem a sua história, a sua cultura, os valores éticos e morais e a forma de se comportarem em sociedade.
Felizmente que este ano a colheita de arroz foi boa e muito melhor que a do ano passado, o que vai assegurar que todas as cerimónias culturais que antecedem a partida dos 'fanados' para a 'barraca' e a sua saída se anteveja com muita alegria e festa.
Trata-se da cerimónia ancestral de iniciação dos jovens à vida adulta, onde são acolhidos numa 'barraca' num local isolado durante cerca de 2 meses, onde aprendem a sua história, a sua cultura, os valores éticos e morais e a forma de se comportarem em sociedade.
Felizmente que este ano a colheita de arroz foi boa e muito melhor que a do ano passado, o que vai assegurar que todas as cerimónias culturais que antecedem a partida dos 'fanados' para a 'barraca' e a sua saída se anteveja com muita alegria e festa.
Foto (e legenda): Arquivo.pt > AD - Bissau (com a devida vénia...)
1. Continuamos a recuperar, com sorte e paciência, algumas "fotos da semana", do antigio da AD - Acção para o Desenvolvimento, como esta que reproduzimos acima: os tambores de Bolol na festa do 'fanado' felupe...
Como já dissemos anteriormente, a maior parte das fotos desta série eram tiradas pelo Pepito, nas suas andanças pelo interior da Guiné. Gostava gostava muito do "chão felupe". Tinha casa de praia em Varela, já deste o tempo dos pais.
Como já dissemos anteriormente, a maior parte das fotos desta série eram tiradas pelo Pepito, nas suas andanças pelo interior da Guiné. Gostava gostava muito do "chão felupe". Tinha casa de praia em Varela, já deste o tempo dos pais.
Cada foto tinha um título, uma data, uma palavra-chave ou "descritor", e uma legenda, resumo analítico ou sinopse. Esta série, "foto da semana", começou a publicar-se no início da criação da página, em 2005.
O sítio, AD Bissau (http://www.adbissau.org/ ) fazia parte da lista dos "blogues da nossa blogosfera" (*), Infelizmente ficou inativo por volta de 2020/2021 e foi desontinuada, por razões que desconhecemos (talvez devido à pandemia). O sítio atual da Ação para o Desenvolvimento (nova designação, de acordo com a ortografia em vigor) é: https: www.ad-bissau.org
O sítio, AD Bissau (http://www.adbissau.org/ ) fazia parte da lista dos "blogues da nossa blogosfera" (*), Infelizmente ficou inativo por volta de 2020/2021 e foi desontinuada, por razões que desconhecemos (talvez devido à pandemia). O sítio atual da Ação para o Desenvolvimento (nova designação, de acordo com a ortografia em vigor) é: https: www.ad-bissau.org
Só muito recentemente, através do Arquivo.pt, conseguimos recuperar parte dos seus conteúdos. Outros perderam-se, como o casos de alguns excelentes vídeos didáticos, como o Bemba di Vida (Celeiro da Vida), uma produção do IBAP, com apoio de várias ONGD, incuindo a AD... (Está disponível no You Tube, na conta de Edgar Ferreira Correia). O Arquivo.pt não recupeera estes vídeos por que "o Adobe Flash Plaer já não é suportado"... Enfim, é o preço que se paga pela obsolescência tecnológica no domínio da gestão da informação.
De qualquer modo, é uma pena que estes recursos (vídeos, áudio, fotos, texto...) se percam. (Vd. também a página do Facebook do IBAP - Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas), instituição que merece o nosso apreço e apoio.
No tempo do nosso amigo Pepito, engº agrº Carlos Schwarz da Silva (Bissau, 1949 - Lisboa, 2014), cofundador e diretor executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento, tínhamos uma relação privilegiada com esta organização guineense, com sede em Bissau, Bairro do Quelelé..
.
Fomos perdendo os contactos, com a morte do Pepito e os sobressaltos da vida interna da ONG. Mas durante anos o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné continuou a figurar como um dos "parceiros" da AD, a par, por exemplo, da Tabanca Pequena de Matosinhos (vd. imagem à esquerda).
Nota do editor:
Último poste da série > 8 de abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25354: Blogues da nossa blogosfera (188): recuperando parte dos conteúdos do antigo sítio da AD Bissau - Parte I: foto da semana, 5 de julho de 2009 (Produção de Flor-de -Sal)
Último poste da série > 8 de abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25354: Blogues da nossa blogosfera (188): recuperando parte dos conteúdos do antigo sítio da AD Bissau - Parte I: foto da semana, 5 de julho de 2009 (Produção de Flor-de -Sal)
4 comentários:
Bolol, Bolor ou Bolola ?
Wikipedia > Desastre de Bolol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desastre_de_Bolol
Desastre de Bolol é a designação por que ficou conhecida na historiografia colonial portuguesa o resultado da expedição militar portuguesa enviada em finais de 1878 para recuperar o Fortim de Bolol na foz do rio Cacheu, na então Guiné Portuguesa.
A expedição, enviada pelo governador de Cabo Verde, que à época tinha jurisdição sobre a costa da Guiné, resultou na morte de quase todo o contingente envolvido na operação, o que determinou a alteração da estratégia portuguesa na região, nomeadamente a criação de um governo específico na Guiné, sedeado em Bolama e separado do de Cabo Verde.
(...) No contexto da corrida à ocupação efectiva do território africano, que culminaria na Conferência de Berlim (1884-1885), forças britânicas da colónia da Serra Leoa instalaram-se na ilha de Bolama, iniciando uma disputa pelo controlo da foz do Cacheu que culminou em 1870 com a decisão arbitral do presidente norte-americano Ulysses S. Grant que reconheceu a soberania portuguesa na região.
Em consequência, o Governo português ordenou a ocupação efectiva daquela região, visando a consolidação do seu estatuto como possessão portuguesa. Entre os postos criados, foi estabelecido um fortim na tabanca de Bolol (ao tempo também referida como Bolor), em território do grupo étnico dos felupes, na margem direita do rio Cacheu.
O objetivo do fortim de Bolol era albergar uma pequena força portuguesa à qual caberia controlo do movimento marítimo na embocadura do rio Cacheu, estabelecendo assim a posse efectiva do território em antecipação a novos conflitos pela posse daquela estratégica porção da costa africana e das ilhas fronteiras, nomeadamente a posse de Bolama e da parte mais interna do arquipélago dos Bijagós.
Aparentemente com o apoio britânico, cujos mercadores na região terão fornecido armamento, o povo da tabanca felupe de Djufunco (ou Jufundo), situada a pouca distância de Bolol, não aceitou a presença militar portuguesa, atacando e destruindo o fortim.
Em resposta ao ataque, governador da Cabo Verde, então com jurisdição sobre a costa africana fronteira ao arquipélago de Cabo Verde, na qual se incluía a actual Guiné-Bissau, enviou em 1878 uma expedição punitiva a Djufunco. A resistência do povo felupe foi inesperadamente dura e a expedição foi um desastre militar, resultando na morte da maioria do efetivo português envolvido na operação.
O incidente, apelidado de «desastre de Bolol», foi uma das maiores derrotas do Exército Português na luta pelo controlo das populações africanas das colónias portuguesa no contexto das campanhas de pacificação.
Como consequência imediata foi determinado a criação de um governador autónoma na Guiné, separado de Cabo Verde, sendo escolhida como sede a vila de Bolama, estabelecendo assim uma efectiva presença portuguesa no território que havia sido disputado com os britânicos. Seguiram múltiplas acções militares visando a submissão dos diversos povos da região, nomeadamente contra os beafadas em Djabadá (1882), os papéis em Bissau e no Biombo (1882-1884), os balantas em Nhacra (1882-1884) e os manjacos em Caió (1883).(...)
No local do fortim, agora parte do Parque Nacional Varela, apenas resta uma pequena peça de artilharia em ferro, de alma lisa.(...)
Luís,
Se bem me lembro, enviei para o blog, fotos de meia dúzia destas peças de artilharia, que encontrei num dia de festa na tabanca de Bolor.
Alguns deste morteiros estiveram ativos esta Pascoa, com a festa do fanado na tabanca de Cassalol no cruzamento de de Varela para Sucujaque, a morteirada era ouvida muito bem, em Varela onde passei a Pascoa.
Não existe o Parque de Varela, mas sim o Parque de Cacheu.
Em Varela existe um Zona Verde, de com eucaliptos e outras árvores, para proteger o solo da erosão, que desde há alguns anos tem sido cortadas e o espaço ocupado por privados e projecto da exploração das areias pesadas.
Este espaço já ninguém o guarda, o velho Quissima já não tem saúde e força para o proteger.
Há uma semana, tirei fotos impressionantes da erosão com o mar a escavar a areia da praia.
Abraço
Obrigado, Patrício, o artigo da Wikipedia é que refere o "Parque Nacional de Varela" que de facto não existe, chama-se Parque Natural dos Tarrafes do Rio Geba, o "maior bloco de managl contínuo da África Ocidenatl", diz o IBAP ...Já emendei noutra utilização que fiz do texto...
https://ibapgbissau.org/pntc-ap/
Recebi uma mensagem tua de Varela, e uma foto nas tuas pescarias, que vou publicar... Boa saúde por aí. Luís
O Patrício mandou-nos fotos destas terras do chão felupe... Chama "Bolor" ao lugar que hoje outros chamam "Bolol"... E lá está o canhão... e vestígios (correntes de ferro) provavelmente do tempo do tráfico de escravos... A rever:
QUARTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2015
Guiné 63/74 - P15065: Memória dos lugares (318): em terra dos felupes: Bolor, Rio Cacheu, Djufunco, Varela... (Patrício Ribeiro)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2015/09/guine-6374-p15065-memoria-dos-lugares.html
Enviar um comentário