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sexta-feira, 13 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20728: Em busca de... (302): instruendos do CISMI, Tavira, a tirar a especialidade de atiradores de infantaria, 6º Pelotão / 3ª Companhia, outubro de 1968: "Eu, o Torres, o Joaquim Fernandes, o Loureiro e o Saramago fomos todos para o CTIG...mas dos outros gostava de saber do paradeiro"... (Eduardo Francisco Estrela, ex-fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima, 1969/71; vive em Cacela)




Tavira > CISMI > Parada > Outubro de 1968 > Atiradores de infantaria  > 6º Pelotão, 3ª Companhia > Da esquerda para a direita, de pé:

(i) Estrela (1), Fonseca (2), Pereira (3), João (4), Torres (5), Chichorro (6) e Joaquim Fernandes (7)

(ii) Santos (1a), Chora (2a), Salas (3a), Paulo (4a), Loureiro (5a), Saramago (6a)

Foto (e legenda): © Eduardo Francisco Estrela  (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Eduardo Estrela [ ex-Fur Mil da CCAÇ 14, Cuntima, 1969/71]


Data: 9 mar 2020 21h42
Assunto:  Por onde andam eles ?

Meu caro Luís!
Junto fotografia tirada na parada do CISMI, Tavira,  em outubro de 1968. São os "galardoados " com a especialidade de atirador de infantaria que tinham acabado a recruta integrados no 6º Pelotão da 3ª Companhia.

Sempre a contar da esquerda, o 1º  de pé sou eu,  o Torres é o 5º  e o Joaquim Fernandes, o último. Em baixo o Loureiro é o 5º,  e o Saramago o último. 

Todos fomos para a Guiné e sabemos do paradeiro uns dos outros.

O Salas, o  3º [a]. em baixo, vive em Vila Real de  Sto. Antônio e foi para Angola. 

Gostava de saber do paradeiro dos outros que são a contar, da esquerda  e de pé,   o Fonseca (2), o Pereira (3),  o João (4),  e  o Chichorro (6) e Joaquim Fernandes (7); e em baixo   o Santos (1a), o Chora (2a) e o Paulo (4a).

Publica no blogue por favor, pode ser que algum camarada saiba por onde eles andam. 

Abraço fraterno. Eduardo Estrela.

2. Comentário do editor:

Há dias, à procura do João Barrote, ex-alf mil, da CCAÇ 16 (Bachile, 1971/72), troquei mensagens e telefonemas com o Eduardo Francisco Estrela, um "rapaz do meu tempo" (de Tavira e da Guiné), eu da CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71) e ele da CCAÇ 14 (Cuntima, 1969/71). Fomos no mesmo navio, o T/T Niassa, em 24 de maio de 1969.

Estivemos no CMS,  no CISMI, em Tavira, a tirar a a especialidade, no último trimestre de 1968, antes de nos mandarem para a Guiné. Ele era atirador de infantaria, eu de armas pesadas de infantaria, nunca cheguei a perceber a diferença, porque lá na guerra deram-nos, a cada um de nós, uma G3.

Reencontrámo-nos através do blogue, comprovando aquilo que gostamos de dizer, que o  Mundo, afinal, é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. (Os CISMI tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue.)
Fiquei a saber que o Eduardo Estrela, natural de Cacela (, tendo feito a sua vida escolar e profissional em Faro,) concelho de Tavira, a escassos quilómetros do João Barrote (que vive em Tavira, há 40 e tal anos, embora seja de Olhão). Trocámos coordenadas e disse-lhe, ao telefone, que "adorava Cacela, a ria, Tavira (locais deslumbrantes, mágicos, do nosso Portugal, não os deixes estragar!)".
E ele respondeu-me, por email, nestes termos, começando por citar um dos muitos poemas que foram dedicados a Cacela (, sendo este da sua autoria):

Cacela tem aroma de mulher
e a elegância perfumada de um arbusto.
Seus olhos da cor da lua
bailam ao som da música do mar.
Cacela é sonho luz poema.
É vontade de não partir
e de sempre voltar.


E ele aproveitou para acrescentar algo mais sobre o que tem feito na vida:

(...) "Dividi a minha actividade profissional entre uma empresa de venda de automóveis durante 20 anos e como profissional de seguros na área da regularização de sinistros no resto do tempo, até atingir a idade da reforma.

"Desde 1965 sou amador de teatro, integrado no Grupo de Teatro Lethes, que é um dos grupos mais antigos do país. Actualmente temos apresentado a "Relíquia", do Eça de Queiroz [, adaptação teatral de Sttau Monteiro e Artur Ramos]. O último espectáculo foi há duas semanas. O próximo estava previsto para amanhã [, dia 7 de março,], mas imponderáveis fizeram adiar o mesmo. 

"Se vieres fazer algum 'patrulhamento' cá para baixo, dá um toque. Abraço fraterno. (...)"

Voltando agora ao seu pedido, confesso que só reconheço o Joaquim A. M. Fernandes, meu camarada de armas da CCAÇ 12, e que depois trabalhou, profissionalmente, na Quimigal, Barreiro, como engenheiro técnico. Já não nos vemos há uns largos anos. Temos aqui no blogue algumas referências a ele (e fotos).


Castro Daire > Freguesia de Monteiras > Zona Industrial da Ouvida > Restaurante P/P > 30 de Maio de 2009 > 15º Convívio do pessoal de Bambadinca, 1968/71, CCS do BCAÇ 2852, CCAÇ 12 e outras subunidades adidas

Três camaradas da CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, Junho 69/ Março 71): da esquerda para a direita; (i) o ex-Fur Mil Joaquim Fernandes, (ii) o ex-1º Cabo Aux Enf Fernando Sousa;  e (iii)  o ex-Fur Mil António Marques... 
O Fernandes e o Marques foram vítimas de explosão de minas A/C, à saída do reordenamento de Nhabijões, a 13 de Janeiro de 1971, com vinte meses de comissão... O Marques, que teve às portas da morte (se não fora a evacuação Y para o Hospital de Bissau), "ganhou" mais "dois anos de comissão" (desta vez, no "estaleiro")...
Foto (e legenda): © Luis Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:

Último poste da série > 24 de fevereiro de  2020 > Guiné 61/74 - P20682: Em busca de... (301): Raul Fernandes Coelho, natural de Braga, piloto de Heli AL III e de caça-bombardeiro T 6, do meu tempo (Francisco José Rato Mendonça, ex-1º cabo esp MARME, BA 12, Bissalanca, 1972/74)