quarta-feira, 26 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17288: Parabéns a você (1244): Rui Vieira Coelho, ex-alf mil médico, CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74)... "Desejo-lhe um dia muito feliz junto dos seus e sábado no nosso almoço anual, desta vez em Fátima, vamos cantar-lhe os parabéns e beber um copo à sua saúde" (Juvenal Amado)


Guiné > Zona Leste > Guiné > Zona leste > Setor L5 (Galomaro) >  BCAÇ 3872 (1972/74 > Saltinho > 1973 > O alf mil médico num dos rápidos do Rio Corubal. Integrou o BCAÇ 3872 (1972/74) e o BCAÇ 4518 (1973/74).
Foto (e legenda): ©  Rui Vieira Coelho  (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Galhardete do BCAÇ 3872 (Galomaro, 1972/74)


Convívio > 8 de maio de 2016 > Os drs. António Pereira Coelho e Rui Vieira Coelho, à esquerda e ao centro; o  Juvenal Amado, à direita.


Foto (e legenda): © Juvenal Amado  (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado, com data de hoje, às 16h38:

O dr Vieira Coelho que prestou serviço no BCAÇ 3872 [, Galomaro, 1971/74], faz hoje anos mas eu só agora soube.

Ele substituiu o dr António Pereira Coelho,  um grande homem, que teve como substituto outro grande homem, que também não foi só o médico do batalhão, foi um amigo numa amizade que se prolongou até aos dias de hoje. (*)

Desejo-lhe um dia muito feliz junto dos seus e Sábado no nosso almoço anual, desta vez em Fátima, vamos cantar-lhe os parabéns e beber um copo à sua saúde. (**)
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(**) Vd. poste de 14 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17136: Convívios (782): XXII Encontro do Pessoal do BCAÇ 3872, dia 29 de Abril de 2017, em Fátima (Juvenal Amado)

Guiné 61/74 - P17287: Historiografia da presença portuguesa em África (74): Subsecretário de Estado das Colónias em visita triunfal à Guiné, de 27/1 a 24/2/1947 - Parte III: Por Cacheu, São Domingos e Farim, a 2, 3 e 4 de fevereiro de 1947... No tempo que ainda era politicamente correto falar-se em colónias, raças, população indígena, colonos europeu... e felupes que "nasceram e querem morrer portugueses", setenta anos depois do "desastre de Bolor"














Recorte do Diário de Lisboa, nº 8688, ano: 26,  edição de terça-feira, 4 de fevereiro de 1947 (Director: Joaquim Manso)

(Cortesia do portal Casa Comum >  Fundação Mário Soares > Pasta: 05780.044.11039

Citação:

(1947), "Diário de Lisboa", nº 8688, Ano 26, Terça, 4 de Fevereiro de 1947, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_22318 (2017-4-25)















Recorte do Diário de Lisboa, nº 8689, ano: 26,  edição de quarta-feira, 5 de fevereiro de 1947 (Director: Joaquim Manso)

(Cortesia do portal Casa Comum >  Fundação Mário Soares > Pasta: 05780.044.11040 >  


Citação:
(1947), "Diário de Lisboa", nº 8689, Ano 26, Quarta, 5 de Fevereiro de 1947, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_22322 (2017-4-25)

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Guiné 61/74 - P17286: Os nossos seres, saberes e lazeres (209): Em demanda da mais bela magnólia do mundo (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 21 de Março de 2017:

Queridos amigos,
Faz-se uma viagem por causa de um pôr-do-sol, para ir ver uma exposição, uma procissão, pretextos não faltam para nos pormos ao caminho. Nunca esqueci esta magnólia de Castanheira, bastas vezes vim à reverência, durante as férias que passei nas serra da Lousã e quando tive um casebre a escassos quilómetros, numa freguesia de Pedrógão Grande.
Tudo começara em Março, vai para três décadas, aquela majestade em flor jamais foi esquecida. Aproveitei para me passear num dos sonhos realizados pelo professor Bissaya Barreto, castanheirense, reverencio esta obra filantrópica, única no seu tempo. Há muitos passeios que se podem dar na região, tem belezas naturais ímpares, como subir os Coentrais, hoje já não tenho coluna vertebral para tanto. E há o remanescente industrial de Castanheira, as fábricas mortas que nos lembram que aqui se faziam têxteis que deram muito agasalho, no país e lá fora.
Foram outros tempos.

Um abraço do
Mário


Em demanda da mais bela magnólia do mundo

Beja Santos

Tudo se passou algures, entre 1987 e anos seguintes. Tinha publicado um ensaio sobre a descentralização da defesa do consumidor e os desafios postos às autarquias. A ressonância foi praticamente nula. Mas um dia tocou o telefone e apresentou-se um senhor de voz possante com o nome Júlio da Piedade Nunes Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, propôs-me uma sessão-debate com os munícipes sobre tal assunto, achava estimulante. Acertada a data, escolheu-se Março, a viagem de Lisboa a Castanheira foi agradável, éramos dois tagarelas com muitas histórias para contar, fora da defesa do consumidor. Chegámos ainda com luz, e ao encostar o carro para irmos à Câmara Municipal fiquei especado com uma magnólia gigantesca dentro de um desses belos projetos que Bissaya Barreto concedeu como casas de crianças, a partir de Castanheira, sua terra-natal. O autarca andou a tratar da sua vida, seguramente os preparativos da sessão, a hora compatível com os hábitos da terra e com a necessidade de me voltar a pôr em Lisboa, eu a cirandar à volta da magnólia, nunca vira beleza assim. Os anos passaram, diluiu-se na memória a sessão de Castanheira, a magnólia não, vindo da Lousã ou depois, quando tive um casebre em Casal dos Matos, no interior de uma floresta, no concelho de Pedrógão Grande, vinha aqui em jeito de homenagem a esta beldade. Mas sabia bem que este espetáculo tem o seu auge à volta de Março, gravei a data e ajustei a oportunidade. Aqui estou.

Bissaya Barreto deixou o seu nome ligado a uma fundação e a estas casas para crianças que ainda hoje impressionam, o ilustre professor de medicina e filantropo era um homem de cultura esmerada, os espaços onde ele queria que as crianças fossem felizes foram concebidos com belas envolventes, jardins formosos e bem tratados, com estatuária e bom arvoredo. E as crianças aprenderam a serem felizes rodeadas de boa azulejaria e num ambiente aprazível de jardinagem ímpar, como se pode ver.





Não fotografei ao acaso o banco e as camélias que jazem por terra. Este banco lembrou-me uma impressionante versão da ópera Werther, de Massenet, o encenador arquitetou exatamente um banco alegórico ao drama em que desfechará o sofrimento o jovem Werther, apaixonado por Carlota, casada com outro. Em plena cena, havia todas estas pétalas induzindo as gotas de sangue do seu suicídio. Enfim, associações que cada pode fazer, desta feita uma cena de uma ópera dramática como poucas a ver as camélias murchas a juncar um jardim e a cair sobre um banco.


Em frente à casa da criança está este estabelecimento de ensino e interroguei-me quem era esta viscondessa de Nova Granada, pareceu-me com ressonâncias mexicanas ou sul-americanas. Tudo começou quando um jovem castanheirense foi para o Brasil onde fez avultada fortuna e casou com D.ª Ana Miquelina. Nunca esqueceu a sua terra-natal, deu dinheiro para o hospital e para a Misericórdia. Em 1895, o rei D. Carlos fez dele Visconde de Nova Granada. A viscondessa seguramente que também quis fazer benemerência, será talvez esta a razão de ver o seu nome associado a esta escola primária.


Assomou um sol faiscante e a construção desta entrada tem como que um toldo de cimento, era inteiramente impossível com o sombreado em cheio sobre o belo azulejo encontrar um ângulo que assegurasse toda a imagem. Aqui fica uma pálida lembrança desta cativante beleza azulejar, felizmente intacta.


Findo o passeio de reverência à magnólia mais bela que há em Portugal, e sempre encantado com estas construções legadas por Bissaya Barreto, prosseguiu-se a viagem até um arrabalde, Poço Corga, praia fluvial com um fabuloso parque de castanheiros centenários ali à berma. Encontrei este restaurante e esta lápide, perguntei se o Dr. Júlio da Piedade Nunes Henriques por aqui vivia, alguém comentou que anda muito doente e com padecimentos graves. Pois fica a saber que aqui o saúdo por me ter trazido a Castanheira, por me ter oferecido um barrete de forcado, de que nunca me desfiz, desejo-lhe as melhoras e uma longa vida para poder, como eu, saborear esta magnólia em flor, propósito primeiro e último desta vinda a Castanheira.

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Nota do editor

Último poste da série de 19 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17260: Os nossos seres, saberes e lazeres (208): Tavira fenícia, árabe, portuguesa; a cidade e a água (2) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17285: Inquérito 'online' (108 ): "Vão sem mim, que eu vou lá ter"... Só pouco mais de 1/3 dos respondentes vai ao nosso encontro a Monte Real... no próximo sábado, dia 29... Quem não vai (60%), alega: (i) ter outro convívio ou festa (14,7%); (ii) ser uma despesa grande e falta de transporte (11,8%); e (iii) falta de saúde /e de interesse (10,4%); e (iv) outras razões (23,5%)...


Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > 16 de Abril de 2016 > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande. Foto de família © Miguel Pessoa (2016)


I. INQUÉRITO DE OPINIÃO:


"ESTE ANO VOU AO NOSSO ENCONTRO, EM MONTE REAL, EM 29 DE ABRIL..."


Total de respostas > 68 (100,0%)



Sim, vou > 24 (35,3%) 
Não, não vou > 41 (60,3%)
Ainda estou indeciso > 3 (4,4%)
Total > 68 (100,0)

Razões para não ir:

(i) outra festa  ou convívio nesse dia > 10 (14,7%) 
(ii) ser uma despesa grande > 7 (10,3%)
(iii) problemas de saúde  > 4 (5,9%) 
(iv) falta de interesse > 3 (4,5%) 
(v) falta de transporte > 1 (1,5%) 
(vi) outras razões > 16 (23, 5%) 


O prazo terminou no dia 25 de abril, às 23h40 . 


II.  Vem, talvez,  a propósito citar (e reproduzir) aqui a letra de uma das canções, mais  conhecidas,  do
s Deolinda (... com a devida vénia ao sítio Letras):



Movimento Perpétuo Associativo



Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...



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Guiné 61/74 - P17284: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte XII: O "cancioneiro" da Ilha do Sal



Cabo Verde > Ilha do Sal > Pedra Lume > 1942 > Militares expedicionário da 1ª companhia do 1º batalhão do RI 11 (Setúbal).  O primeiro à esquerda é o 1º cabo Feliciano Delfim Santos,  pai do nosso camarada e membro desta Tabanca Grande Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73).

Foto (e legenda): © Augusto Silva Santos (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]






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1. Continuação da publicação da brochura "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE ref José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.) [, imagem da capa, à direita].(*)
José Rebelo, capitão SGE reformado, foi em plena II Guerra Mundial um dos jovens expedicionários do RI I1, que partiu para Cabo Verde, em missão de soberania, então com o posto de furriel (1º batalhão, RI 11, Ilha de São Vicente, ilha do Sal e ilha de Santo Antão, junho de 1941/ dezembro de 1943). Faria depois da Escola de Sargentos de Águeda. Promovido a alferes, comandou a GNR em Tavira, até 1968. Colaborava com regularidade, no jornal "Povo Algarvio", onde o nosso camarada Manuel Amaro o conheceu, pessoalmente. Em 1969, já capitão, sendo o Comandante da Companhia da Formação no Hospital Militar da Estrela, em Lisboa.

É provável que já não esteja entre os vivos [, e no caso de estar vivo, terá os seus 96/97 anos]. De qualquer modo, é credor de toda a nossa simpatia, apreço e gratidão, cabendo-nos por isso honrar a sua memória e a dos seus camaradas, onde se incluíram os pais de alguns de nós, mobilizados para Cabo Verde, por este e por outros regimentos.

[Foto, à esquerda,  do então furriel José Rebelo, expedicionário do 1º batalhão do RI 11]

A brochura, de grande interesse documental, e que estamos a reproduzir, é uma cópia, digitalizada, em formato pdf, de um exemplar que fazia parte do espólio do Feliciano Delfim Santos (1922-1989), que foi 1.º cabo da 1.ª companhia do 1.º batalhão expedicionário do RI 11, pai do nosso camarada e grã-tabanqueiro Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306 / BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73).

Recorde-se que se trata de  um conjunto de crónicas publicadas originalmente no semanário regional,  "O Distrito de Setúbal", e depois editadas em livro, por iniciativa da Assembleia Distrital de Setúbal, em 1983, ao tempo do Governador Civil Victor Manuel Quintão Caldeira. 

A brochura, ilustrada com diversas fotos, dos antigos expedicionários ainda vivos nessa altura, tem 76 páginas, inumeradas.  

O batalhão expedicionário do RI 11, Setúbal, com pessoal basicamente originário do distrito, partiu de Lisboa em 16 de junho de 1941 e desembarcou na Praia, ilha de Santiago, no dia 23. Esteve em missão de soberania na ilha do Sal cerca de 20 meses (até 15 de março de 1943), cumprindo o resto da comissão de serviço (até dezembro de 1943) na ilha de Santo Antão.

As páginas que publicamos hoje [cap XVIII,  das pp.  63 a 66ap ] não vêm numeradas no livro.

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Nota do editor:

Último poste da série  > 11 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17234: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte XI: trinta e nove anos depois, homenagem aos mortos, em 1981, em Setúbal


terça-feira, 25 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17283: Efemérides (248): 25 de Abril: Um regime em conspiração (Carlos Matos Gomes, Cor Cav)


"Brigada do Reumático"


1. Mensagem do nosso camarada Carlos Matos Gomes, Coronel Cavalaria Reformado (ex-2.º CMDT Batalhão de Comandos da Guiné, 1972/74), escritor e historiógrafo da guerra colonial, com data de hoje, 25 de Abril de 2017:


Meus caros amigos e amigas.
A propósito de mais um 25 de Abril escrevi um artigo na plataforma Medium sobre o impasse da questão colonial, que conduziu à ruptura violenta dentro do regime do Estado Novo.
O 25 de Abril de 1974 resulta da convicção de todas as instâncias do poder de que a guerra estava perdida - por isso todos conspiravam. São os registos de alguns dos actos dessa conspiração generalizada para resolver o impasse da guerra sem solução que eu reuni. Quando o Presidente da República conspira contra o Primeiro Ministro, quando este conspira contra o Presidente e contra os generais, quando os generais conspiram entre si e com os seus capitães, quando os capitães conspiram contra o governo e os generais não se vive, certamente, um ambiente de vitória. Procuro recolocar os acontecimentos nas circunstâncias da época e não como podiam ter sido.

Um bom dia para todos do
Carlos Matos Gomes

Aqui vai o link para os que tiverem interesse e curiosidade

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2. Com a devida vénia, transcrevemos o artigo do Cor Cav Ref Carlos Matos Gomes

25 de Abril: Um regime em conspiração

A partir do Verão de 1973 o regime que Salazar criara e talhara dos pés à cabeça nos anos 30 do século passado, plasmado na Constituição de 33 e retocado com a integração do Acto Colonial em 1951,  era um ninho de vespas em conspiração total, um jogo de todos contra todos e salve-se quem puder.

A partir do Verão de 1973 todas as fações do regime, todas as personalidades marcantes e todas as instituições conspiram uns com os outros ou contra os outros. A partir do Verão de 1973 todas as fações do regime tinham uma consciência comum: a questão colonial caíra num impasse e era necessário sair dele. O regime assente na ditadura e no colonialismo esgotara-se e chegara ao fim.

É impressionante a lista de acções conspirativas no interior do regime a partir do Verão de 1973:



Guiné > Algures > Maio de 1973 > Costa Gomes, Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, dá início, a 25 de maio de 1973, a uma visita ao Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG), para se inteirar do agravamento da situação militar e analisar medidas a tomar com vista a garantir o espaço de manobra do poder politico em Lisboa. Na foto, vê-se o Gen Costa Gomes à direita de Spínola, falando com milícias guineenses. Foto do francês Pierre Fargeas (técnico que fazia a manutenção dos helis AL III, na BA 12, Bissalanca), gentilmente enviada pelo nosso camarada Jorge Félix (ex-alf mil piloto heli, BA12, Bissalanca, 1968/70).

Foto: © Pierre Fargeas / Jorge Félix (2009). Todos os direitos reservados.
Spínola, que já estava em rutura com Marcelo Caetano, demite-se de governador e comandante-chefe da Guiné. Deixa uma situação militar gravíssima, já tem pronto o rascunho do “Portugal e o Futuro”, que contesta a as políticas de Marcelo Caetano e de Américo Tomás. Em Lisboa, Spínola conspira com Kaúlza de Arriaga, demitido por Marcelo Caetano em termos que jamais haviam sido utilizados nas relações entre o governo e os militares pela sua incapacidade de controlar o agravamento da situação em Moçambique e pelos escândalos dos massacres de populações, que assumiram dimensão internacional. Kaúlza de Arriaga, um dos salazaristas mais intransigentes, regressou a Lisboa para conspirar contra Marcelo Caetano.

Os generais de África, do Exército e da Força Aérea conspiram. Os salazaristas, adeptos da intransigente defesa do ultramar, reunidos à volta de Américo Tomás, organizaram o Congresso dos Combatentes, em Junho, no Porto. Largos sectores de militares dos quadros permanentes reagiram com abaixo-assinados e telegramas de repúdio. Uma atitude reveladora do mal-estar e da conspiração interna que atravessava as patentes intermédias das Forças Armadas.

Os capitães conspiram, aproveitando o pretexto de uns decretos sobre promoções, a primeira reunião é a 18 de Agosto, em Bissau, a 9 de Setembro realiza-se uma outra em Évora, com grande adesão. A conspiração dos quadros intermédios alastra e revela a sua oposição ao regime, tanto na questão das soluções para a guerra, como na ausência de democracia.

A 14 de Setembro, os generais Spínola, Venâncio Deslandes, Kaúlza de Arriaga e Pinto Resende reuniram-se em Lisboa num almoço para discutir a hipótese de substituição de Marcelo Caetano. Estes encontros continuaram com diferentes actores, mas sempre com a presença de Kaúlza de Arriaga. Chegou a ser estabelecido um contacto com a organização dos capitães, que rejeitaram qualquer hipótese de colaboração.

A agitação dos capitães e a forma como o ministro da Defesa, Sá Viana Rebelo, lidou com o assunto, foram a causa, ou o pretexto, para Marcelo Caetano remodelar o governo, transitando Silva Cunha do Ultramar para a Defesa e entrando Rebelo de Sousa para o Ultramar. Esta remodelação, conjugada com a nomeação, ainda em 1972, do engenheiro Santos e Castro para governador de Angola têm sido apontados como fazendo parte de um plano conspirativo de Marcelo Caetano para provocar uma independência unilateral de Angola. Um acto contra os sectores radicais do salazarismo.

Ainda no Verão de 1973, e após substituir Kaúlza de Arriaga, Marcelo Caetano abriu a possibilidade de uma solução política em Moçambique. Em Setembro, o engenheiro Jorge Jardim encontrou-se com Keneth Kaunda, presidente da Zâmbia, para estabelecimento de um primeiro acordo de princípios para resolver a situação de Moçambique, que ficaria conhecido por “Programa de Lusaca”, e que seria apresentado a Marcelo Caetano. O “Programa de Lusaca” era, em resumo, uma proposta de início de negociações entre Portugal e a FRELIMO para uma futura independência de Moçambique. Jorge Jardim apresentou esta versão a Marcelo Caetano seguida de uma outra no início de Fevereiro.

A 17 de Dezembro, numa aula no Instituto de Altos Estudos Militares, o major Carlos Fabião, em nome do movimento dos capitães, denunciou o golpe que Kaúlza de Arriaga estava a preparar, confirmando que não era a intensificação da guerra e o endurecimento do regime que os jovens militares pretendiam.

A conspiração estende-se ao topo da hierarquia do Estado e do regime. A 21 de Janeiro, Américo Tomás reuniu-se na Messe de Monsanto com os ministros militares e com o presidente da Junta Central da Legião Portuguesa, repetindo a reunião em Fevereiro, agora na base do Alfeite, num evidente processo de conspiração contra o chefe do governo.

Ainda em Fevereiro, o general Spínola, vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, publicou o livro “Portugal e o Futuro”, que contrariava as teses do governo sobre a questão colonial e a guerra. Marcelo Caetano faria mais tarde o seguinte comentário no seu livro de memórias, «Depoimento»: “ao fechar o livro tinha compreendido que o golpe de Estado militar, cuja marcha eu pressentia há meses, era agora inevitável”. Dois dias após ter terminado a leitura do livro, Marcelo Caetano convocou os generais Costa Gomes e António de Spínola e convidou-os a tomarem o poder, opção que estes recusaram.

A 28 de Fevereiro, Marcelo Caetano apresentou o pedido de demissão a Américo Tomás, que este não aceitou. Seria um dos três pedidos de demissão de Marcelo Caetano, como viria a revelar mais tarde.

A 11 de Março, Américo Tomás convocou Marcelo Caetano e impôs-lhe a exoneração de Costa Gomes e Spínola. O chefe do governo respondeu que, tendo autorizado a publicação do livro, não tinha moral para aplicar qualquer castigo. Horas depois de ser recebido por Américo Tomás, Marcelo Caetano enviou mais uma vez ao Presidente a sua própria carta de demissão. Américo Tomás respondeu: “já é tarde para qualquer de nós abandonar o cargo”.

A 14 de Março, um numeroso grupo de generais dos três ramos da Forças Armadas, que ficou conhecido pela “Brigada do Reumático”, reuniu-se no átrio do palácio de São Bento para se manifestar de acordo com a política ultramarina do governo. No dia seguinte, os generais Costa Gomes e Spínola, que não participaram na reunião, foram demitidos dos seus cargos.

Em reacção a estes acontecimentos, a 16 de Março, a unidade militar das Caldas da Rainha saiu em direcção a Lisboa, numa tentativa frustrada de levantamento militar, com a participação de militares próximos de Spínola.

Por outro lado, a 26 de Março, um enviado de Marcelo Caetano, o diplomata José Manuel Villas-Boas Vasconcelos Faria, encontrou-se secretamente em Londres com uma delegação do PAIGC, para negociações sobre o problema da Guiné. O ministro dos Negócios Estrangeiros não foi informado. A 4 de Abril, Marcelo Caetano enviou secretamente,  a Paris, Pedro Feytor Pinto, director-geral dos serviços de informação do governo e seu homem de confiança. Feytor Pinto reuniu-se com Jacquers Foccart, Monsieur Afrique, responsável pelas relações com África no Palácio do Eliseu, com o objectivo de conseguir uma terceira via para a questão de África, através de Senghor, do rei Hassan II, de Marrocos, e Félix Houphoet-Boigny, da Costa do Marfim. O governo foi mantido à margem deste encontro. Anteriormente, já Marcelo Caetano tinha desenvolvido outras iniciativas secretas de contactos com o PAIGC, o MPLA e igrejas protestantes, sempre à margem dos membros do governo, do Presidente da República e das Forças Armadas.

O partido do regime, a Acção Nacional Popular, estava dividido em três facções, os salazaristas, reunidos à volta de figuras como Cazal Ribeiro, tendo o patrocínio de Américo Tomás; os marcelistas, que tinham como porta-voz, Guilherme Melo e Castro; e a «Ala Liberal».

As Forças Armadas também estavam divididas entre os adeptos da solução militar, reunidos à volta de Kaúlza de Arriaga e com o apoio de Américo Tomás, os que procuravam soluções políticas para a guerra e uma evolução do regime, reunidos à volta de Spínola e de Costa Gomes, e ainda os capitães, como adeptos de uma ruptura com o regime e com a sua política colonial e de ditadura.

O 25 de Abril de 1974 resultou do confronto e das alianças que se estabeleceram entre estes grupos no interior do regime. Foi um golpe de que saiu vencedora a aliança entre os militares spinolistas e os capitães adeptos da independência das colónias e da democratização do regime. Vindos do interior do anterior regime, transitarão para a nova situação os políticos da «Ala Liberal».

Esta era a situação nas vésperas do 25 de Abri de 1974. Contra os factos, contra a realidade da História, mantêm-se ainda hoje resquícios de saudade da ditadura e do colonialismo que apresentam o golpe de estado do 25 de Abril como uma ação de um grupo de jovens militares, de patentes intermédias, politizados (comunizados) pelos estudantes que prestavam o serviço militar como milicianos e não queriam fazer a guerra.

Uma leitura em que o 25 de Abril é apresentado como a ação de um grupo exterior ao regime, de opositores ao governo de Marcelo Caetano e à política colonial, designada como ultramarina pelo Estado Novo. Para esses irredutíveis, existiria em 1974 uma maioria nacional e patriótica, defensora do Portugal pluricontinental e plurirracial, que foi vencida por uma facção vinda do exterior, o movimento dos capitães, depois Movimento das Forças Armadas.

Esta leitura mantém-se ainda hoje com várias tonalidades, desde a que defende não estar a guerra perdida — como se a recusa de uma parte decisiva das tropas em continuar a combater não materializasse a vitória do inimigo — à que fantasia as glórias e as grandezas de um império que nunca foi politicamente estruturado, nunca foi economicamente viável, nem sequer criou aos portugueses condições de riqueza e bem-estar, impelindo-os à emigração para outras paragens que não o mítico império.
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Nota do editor

Último poste da série de 2 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17099: Efemérides (247): Poema de Maria Amado dedicado a seu pai João Amado, Soldado Auxiliar de Cozinheiro da CCAÇ 3489/BCAÇ 3872), morto em combate faz hoje 45 anos (Maria Amado / Juvenal Amado)

Guiné 61/74 - P17282: Em busca de... (275): duas crianças do Oio, levadas durante a guerra, uma para Mansabá, Saliu Seidi, e outra para o Olossato, Malam Cissé, e depois para Portugal... Parece que os dois rapazes se encontraram uma vez com [o sueco] Lars Rudebeck em Portugal... Pede-se encarecidamente notícias do seu paradeiro (Manuel Bivar / Sadjo Turé, INEP, Bissau)



Guiné-Bissau: regiões, o Óio a amarelo


1.  Mensagem do nosso leitor Manuel Bivar: 

Enviado: 21 de abril de 2017 13:41

Assunto: crianças do Oio em Portugal

Caro Luis Graça,

Meu nome é Manuel Bivar e há alguns anos que faço pesquisa na Guiné. Recentemente, Sadjo Turé, um amigo com quem estou a fazer um livro e é arquivista nos Arquivos Históricos Nacionais (INEP) pediu-me para transmitir uma mensagem no vosso blog. A mensagem é a seguinte:

"Uma criança chamada Saliu Seidi, natural da tabanca de Candjadja, região do Oio, foi levada para Mansabá, em 1968 ou 1969. Teria estado com um alferes em Mansabá que foi transferido para Ingoré e que daí voltou a Portugal e que levou Saliu Seidi com ele.

"A mãe de Saliu Seidi está em Mansabá e parece que todos os dias chora e pergunta pelo filho e diz que não gostaria de morrer sem o voltar a ver.

"Também Malam Cissé, filho de Mamadu Ba Cissé, natural de Candjadja, durante a guerra e quando tinha 8 ou 9 anos, foi apanhado no mato e levado para o quartel de Olossato, e daí um oficial tê-lo-á levado para Portugal.

"Parece que os dois rapazes se encontraram uma vez com Lars Rudebeck [, da universidade de Uppsala, Suécia,] em Portugal."

Sadjo Turé pede encarecidamente que alguém que saiba do paradeiro destas duas pessoas que entre em contacto com ele que fará chegar as notícias às famílias.

Assim termina a mensagem de Sadjo Turé.

Muito obrigado pela atenção, cumprimentos,

Manuel Bivar

2. Comentário do editor LG:

Caros Manuel Bivar e Sadjo Turé:

Vamos ver como podemos ajudar!... Para já, divulgamos a vossa menagem, aqui e na nossa página do Facebook. Vamos também ver quem estava na época em Mansabá e quem paasou pelo Olossato.  Com sorte, haveremos de poder aliviar a angústia da pobre mãe do Saliu Seidi e dar uma alegria à família do Malam Cissé. Ambos eram naturais de Candjadja (Mandinga), no Oio,é isso ?

Temos um caso parecido,  uma odisseia extraordionário, a de um míudo guineense, também do Óio, que é hoje membro da nossa Tabanca Grande: o José Manuel Sarrico Cunté. A história dele merece ser lida e relida. Vive em Portugal, onde ganhou uma família, mas voltou a reencontrar a família biológica guineense, já na juventude.

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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17140: Em busca de... (274): uma foto do tenente-coronel de cavalaria António Valadares Correia de Campos, comandante do COP 3 e um dos bravos de Guidaje... Precisa-se, com urgência, para documentário sobre o 25 de Abrilm, a realizar pelo cineasta António Pedro Vasconcelos

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17281: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (7): Temos 130 inscrições!... O prazo foi alargado até 4ª feira, dia 26,às 12h00... Camaradas, tragam mais cinco!... Divulguem pelos vossos contactos!... Comemoramos 13 anos de blogue, o equivalente a 6 comissões no CTIG!... E estamos vivos!



Infogravura: Miguel Pessoa (2017)



1.  Até ao fim do fim de ontem, tínhamos 130 inscritos, 38,5% dos quais são oriundos de Lisboa / Grande Lisboa... Segue-se, por regiões, o Porto / Grande Porto (30,0%) e o Centro (21,5%)... 

O resto do país  está mal representado: temos apenas 9 nortenhos, 2 sulistas (incluindo a nossa querida enfermeira paraquedista Maria Arminda Santos que nos honra com a sua presença, pela primeira vez, no Encontro Nacional da Tabanca Grande!), e mais 2 representantes da diáspora lusitana (que vêm expressamente da América!)...

A comissão organizadora decidiu, por isso,  alargar o prazo de inscrições até 4ª feira, dia 26, às 12h00 (*)... 

Contactar o Carlos  Vinhal: carlos.vinhal@gmail.com


Esperamos que cada camarada (ou amigo) inscrito ainda possa fazer o seu TPC, o seu trabalho de casa, que é divulgar: (i) a notícia do nosso encontro; e  (ii) trazer mais mais um, dois, três, quatro, cinco... camaradas e/ou amigos/as!... 

Sabemos que há retardatários, há  camaradas e amigos com problemas de transporte, outros que não sabem onde deixar os netos e outros ainda que não souberam a tempo da data e local da nossa festa!...  

De qualquer modo, no sábado, dia 29, vai estar todo o mundo (ou quase) na nossa festa... Quem não estará,  de certeza, é o "Tyrannossaurus Rex" [, foto à esquerda,] que, esse, fica quietinho, a salivar ou a arreganhar a taxa,   na Lourinhã, à espera de inaugurar  o seu "Parque Jurássico" (no início do ano de 2018, ou se calhar já no último trimestre de 2017)... 

E a propósito lembre-se a célebre frase de Charles Darwin (1809-1882): "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”... 

Camarada, amigo, camarigo,  sem ofensa, não sejas "dinossauro", "aproveita, que no céu não há disto!" (, como eu costumava dizer ao "meu pai, meu velho e meu camarada", nos seus anos últimos anos de vida...).

O limite de inscrições são os 200. Pela comissão organizadora, Luís Graça
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Nº de inscritos até ao fim do dia de ontem, 23 de abril, por região:


Lisboa/ Grande Lisboa (n=50) (38,5%)


Agnelo Macedo e Delfina - Lisboa 
António Duarte e Conceição Duarte - Linda-A-Velha / Oeiras 
António Fernando Marques e Gina - Cascais 
António Luís e Maria Luís - Lisboa 
António Maria Silva e Maria de Lurdes - Sintra 
António Martins de Matos - Lisboa 
Armando Nunes Carvalho e Maria Deolinda - Sintra 
Armando Pires - Algés / Oeiras 
Arménio Santos - Lisboa 
Fernando Jesus Sousa e Emília Sérgio - Lisboa 
Francisco José F. Oliveira - Lisboa 
Francisco Palma - Cascais 
Francisco Silva e Maria Elisabete - Porto Salvo / Oeiras 
Jorge Cabral - Lisboa 
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras 
Jorge Ferreira - Lisboa 
Jorge Pinto e Ana Maria - Sintra 
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais
José Fernando D. Mendonça - Oeiras 
José Henrique S. Ribeiro - Alfragide 
José Miguel Louro e Maria do Carmo - Lisboa 
Luís Graça - Alfragide / Amadora 
Luís Moreira e Irene - Sintra 
Luís Paulino e Maria da Cruz - Algés / Oeiras 
Manuel Gonçalves e Maria de Fátima (Tucha) - Lisboa 
Manuel Joaquim - Lisboa 
Mário Magalhães, Fernanda e Afonso - Sintra 
Mário Vitorino Gaspar - Lisboa 
Miguel Pessoa e Giselda - Lisboa
Rogé Guerreiro - Cascais 
Rui Pedro Silva - Lisboa 
Virgínio Briote e Maria Irene - Lisboa

Porto/Grande Porto (n=39) (30,0%)

Abel Santos - Leça da Palmeira / Matosinhos
Albano Costa e Maria Eduarda - Guifões / Matosinhos 
António Acílio Azevedo e Maria Irene - Leça da Palmeira / Matosinhos 

António Osório, Ana e Maria Neves - Vila Nova de Gaia 

Augusto Pacheco - Baguim do Monte / Gondomar 
Carlos Vinhal e Dina - Leça da Palmeira / Matosinhos 
David Guimarães e Lígia - Espinho 
Eduardo Campos - Maia 
Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Eduardo - Porto 
Fernandino Leite - Gueifães / Maia 
Fernando Sousa e Maria Barros - Trofa 
Hernâni Alves da Silva e Branca - Vila Nova de Gaia 
Isolino Gomes e Júlia - Porto 
Joaquim Gomes Soares, Maria Laura e Aurora Brito - Porto 
Jorge Peixoto - Gondomar 
José Casimiro Carvalho - Maia 
José Ferreira da Silva e Maria Vergilde - Crestuma / V. N. Gaia 
José Francisco Macedo Neves e Rosa Maria - Guifões / Matosinhos
Manuel José Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos 
Manuel Viçoso Soares - Porto 

Mário Santos - Maia 

Moura - Maia 
Ricardo Figueiredo - Porto 
Vasco Ferreira - Vila Nova de Gaia 

Centro (n=28) (21,5%)

Agostinho Gaspar - Leiria
Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha Grande
António Dias Pereira e Teresa Maria - Tomar
António M. Sucena Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro 
António Vieira - Vagos 
Artur Gil - Caldas da Rainha 
C. Martins - Penamacor 
Carlos Cabral e Judite - Pampilhosa da Serra
Diamantino Ferreira e Emília - Leiria 
Eduardo Jorge Ferreira - Vimieiro / Lourinhã 
Ernestino Caniço - Tomar 
Idálio Reis - Sete-Fontes / Cantanhede 
Joaquim Mexia Alves e Catarina - Monte Real / Leiria 
José Eduardo R. Oliveira (JERO) - Alcobaça 
Luís Lopes Jorge - Monte Real / Leiria
Manuel Augusto Reis - Aveiro 
Manuel Lima Santos e Fátima - Viseu 
Manuel Lopes e Hortense - Monte Real / Leiria
Silvino Correia d' Oliveira - Leiria 
Urbano Martins Oliveira - Figueira da Foz 

Norte (n=9) (7,0%)

Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel 
José Almeida e Antónia - Viana do Castelo 
José Barros Rocha - Penafiel 
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel 
José Manuel Lopes e Maria Luísa - Régua 

Sul (n=2) (1,5%)

Hélder Valério de Sousa - Setúbal
Maria Arminda Santos - Setúbal 


 Diáspora Lusitana (EUA) (n=2) (1,5%)


José Macedo e Goreti - Estados Unidos da América

Guiné 61/74 - P17280: Agenda cultural (555): No dia 29 de Abril de 2017, Conferência no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, intitulada "1817 - Uma Investigação Completa", a cargo do nosso camarada Coronel António José Pereira da Costa



No dia 29 de Abril, inserida na comemoração do Dia Internacional do Livro, iniciativa da Direcção da Sociedade Martins Sarmento, pelas 16h00 haverá uma Conferência no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, a cargo do nosso camarada Coronel António José Pereira da Costa, intitulada "1817 - Uma Investigação Completa".

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Notas do nosso camarada Pereira da Costa:

- Raul Brandão foi Cap. Inf.ª e reformou-se em 1912. 
- O livro de que vou falar foi terminado em 1913 e corresponde a uma fase de patriotismo que varreu a sociedade portuguesa após o 5 de Outubro de 1910.
- Raul Brandão escreveu, nesta fase: "El-Rei Junot", "1817 - A Conspiração de Gomes Freire" e um prefácio para o "Cerco do Porto" do coronel britânico Hugh Owen.
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Nota do editor

Último poste da série de 22 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17269: Agenda cultural (554): 500 fotos, algumas das quais para a História... Exposição de Alfredo Cunha, o nosso grande fotojornalista, na Cordoaria Nacional, em Lisboa, até 3.ª feira, 25 de abril, entrada livre