1. O A. Marques Lopes acaba de mandar os seus agradecimentos (muitos...) ao Humberto Reis: " Finalmente consigo ter o mapa perfeito para dar a localização correcta da CART 1690", com sede em Geba. Recorde-se que ele foi alferes miliciano na CART 1690 e já deixou neste blogue muitas estórias, umas dramáticas, outras divertidas, desse tempo (1967/68).
Ao visualizar a carta da Guiné, à escla 1:50.000, que passou a ter disponível nas nossas páginas sobre a guerra colonial,o Marques Lopes conseguiu perfeitamente localizar os sítios dos aquartelamentos e destacamentos da CART 1690 (Geba, Camamudo, Cantacunda, Saré Banda, Banjara), as tabancas em autodefesa (Sare Ganà, Sinchã, Sutu) bem como as bases do PAIGC (Sinchã Jobel, Samba Culo).
2. O Humberto Reis diz, em resposta: "Limitei-me a disponibilizar, com muito gosto, o material cartográfico que tenho e que adquiri em 96 quando voltei à Guiné. Tenho as 71 cartas em que estava dividida a Guiné no nosso tempo, todas à esc. 1/50.000".
3. Nova mensagem do A. Marques Lopes:
Eu conheço essas cartas. Tenho em meu poder a da zona de Barro, que usei e que consegui trazer. É a folha nº 13, encimada "Bigene" (as confinantes seriam 1 "Guidage", 12 "Sedengal", 14 "Binta", 24 "Pelundo", 25 "Bula" e 26 "Mansoa").
De Geba, devido às circunstâncias em que de lá saí [ferido, em combate], só consegui trazer uma, a folha 29 encimada "Bafatá". Mas não tenho a 16 "Banjara", a 17 "Contuboel" e a 28 "Bambadinca", que apanham a maior parte das zonas da minha actividade em Geba.
Sei que elas estão nos Serviços Cartográficos do Exército. Talvez um dia lá vá. Mas, apesar, de ter estado no meio, não sei bem como é que essas coisas funcionam... A Diana Andringa, quando foi à Guiné, foi lá pedir uma carta mas eles disseram-lhe que "só com autorização da Embaixada da Guiné-Bissau".
4. O Carlos Fortunato, por sua vez, considera "excelente este mapa", tendo-lhe permitido "chegar à conclusão que tenho algumas imprecisões no meu site, que tenho que corrigir".
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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