Texto do Mário Dias (ex-sargento comando, Brá, 1963/66):
O INFELIZ DESAPARECIMENTO DO FABIÃO:
Embora não tivesse lidado muito de perto com ele, conheci-o perfeitamente na Guiné em 1955 e anos seguintes. Falei com ele algumas vezes em circunstâncias mais de índole social que profissional.
Tenho, no entanto, familiares que lidaram com ele e que sempre por ele nutriram admiração:
- O Fabião foi em 1955 para a Guiné e, nessa altura como alferes, foi instrutor da recruta do meu irmão mais velho, que decorreu em Bolama;
- Mais tarde foi professor de matemática da minha irmã mais nova no liceu de Bissau. Havia vários oficiais que, por falta de professores de carreira, eram autorizados a ministrar a docência na Guiné.
A minha opinião sobre a sua conduta como interveniente em toda a história recente de Portugal, é que foi de uma exemplar lisura. Nunca chamou a si os louros dos êxitos alcançados que soube resguardar no recato da sua simplicidade.
Um abraço
Mário Dias
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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