Pedro Lauret, antigo imediato da LFG Orion, à esquerda, ladeado por Ulisses Faria Pereira, ex-grumete electricista... Foto: Público, nº 5571, 26 de Junho de 2005 (com a devida vénia) (1).
1. Na nossa tertúlia, é assim: não é preciso grandes cerimónias para se entrar... Foi o que se passou com o comandante Pedro Lauret com quem fiz uma rápida troca de galhardetes... Quanto ao Ulisses, faço votos para que ele dê sinais de vida e nos dê a honra de se juntar a este já imenso grupo de amigos e camaradas da Guiné...
Pedro: Amor com amor se paga… Tem, à sua disposição, as cartas do sul da Guiné, à escala 1/50.000… Conhece o António Marques Lopes, coronel DFA ? É um dos mais antigos membros desta caserna virtual onde fazemos blogoterapia… e mantemos acesa a chama da revolta pelo silêncio (societal) à volta da guerra colonial que você denuncia no seu texto (acabei de publicá-lo) (2)…
O António faz parte da A25A, delegação do Porto… É autor de alguns dos mais notáveis textos (ou posts) que temos publicado no nosso blogue, desde 25 de Abril de 2005… Espero que você volte… Mas na caserna tratamo-nos todos por tu…
Resposta do nosso camarada da Marinha:
Caro Luís Graça, se passar na inspecção é com todo o gosto que me junto ao pessoal da caserna.
Um abraço.
Resposta na volta do correio, ao desafio do nosso novo marinheiro:
Pedro: Estás dispensado!... Vou pôr-te na nossa mailing list. Passa uma vista de olhos pelo regulamento da caserna...
Um ciber-abraço
O Pedro Lauret não perdeu tempo com salamaleques...
Luís, quero dar-te os parabéns pois o regulamento da caserna está muito bem feito. Subescrevo-o sem hesitação. Um abraço,
Pedro Lauret
2. O caso do nosso camarada Beja Santos foi ainda mais célere... Comecei com cerimónias e acabámos no tu-cá-tu-lá, voltando aos velhos tempos de Missirá, Finete, Mato Cão, Bambadinca...
Beja Santos, ex-alferes miliciano, comandante do Pel Caç Nat 52 (Missirá, 1968/70). Foto tirada em 26 de Novembro de 1994, em Fão, Esposende, num convíviuo de malta que passou por Bambadinca, entre 1968 e 1971.
Foto: © Humberto Reis (2006)
Caro Mário:
Recebi, gostei muito e vou divulgar de imediato pela tertúlia [a dramática e comovente história do teu soldado cabo-verdiano gravemente ferido pela explosão de um dilagrama]. Estive três dias fora, só ontem inseri uma das tuas coisas [a lenda do alferes Hermínio de Jesus]…
Mas uma vez que este teu último texto, o presépio de Chicri, já foi publicado em revista, será que posso inseri-lo no blogue ? Preciso da tua autorização e/ou da revista… Um abração. Luís
O Beja Santos respondeu-me de imediato: Tens o meu OK!
Amigos e camaradas: a nossa caserna fica hoje mais rica, com a entrada do Pedro Lauret e do Beja Santos... A entrada de cada novo amigo ou camarada é sempre um momento bonito... Há trinta e tal anos atrás, seria celebrado mais ruidosamente, com umas valentes rajadas de G3... Agora estamos mais calmos, mais sábios, menos folgosos, mais amigos do ambiente, mais respeitadores do erário público, quiçá mais pacifistas, seguramente mais velhos... Espero que eles se sintam em casa, nas suas sete quintas, no seu meio (aquático, terrestre, aéreo, cibernáutico...) e que continuem sobretudo com essa imensa vontade de partilhar connosco a sua excepcional experiência como homens e como operacionais...
Mário e Pedro: É também um privilégio contar convosco!... Vocês são mais dois pesos pesados da guerra que nos calhou em sorte... Conto convosco para nos ajudarmos, uns aos outros, a reconstituir o puzzle da nossa memória colectiva... Temos essa obrigação, perante nós próprios, o povo português, o povo guineense e a nossa história parcialmente comum...
__________
Notas de L.G.
(1) Vd. post de 15 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P878: Antologia (42): Os heróis desconhecidos de Gadamael (Parte I)
(2) Vd. post de 14 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P876: É revoltante o silêncio em torno da guerra colonial (Pedro Lauret, imediato do NRP Orion, 1971/73)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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