1. Chegou às bancas no passado dia 7 de Dezembro mais um número temático da VISÃO História, desta vez "inteiramente dedicado à invasão de Goa, Damão e Diu, há 50 anos, que marca o princípio do fim do império colonial português".
(...) "A Índia marchou a 18 de Dezembro sobre Goa. Salazar exigiu às forças portuguesas o 'sacrifico total' e que aguentassem, sem meios, durante uma semana, uma desproporção de dez para um.
(...) "Perdida a joia da coroa, o regime não baixou os braços. E pretendeu mesmo levar a cabo uma guerra clandestina em Goa e na Índia que incluía subversão, sabotagem e atentados terroristas.
(...) "O último governador do Estado Português da Índia, Vassalo e Silva, cometeu a ousadia de desobedecer a Salazar, não permitindo que as tropas portuguesas fossem chacinadas. A decisão fez do ditador seu inimigo". (...) Para saber mais clicar aqui.
(...) "O resumo da história da Sirus encontra-se no anexo (Revista Visão). O navio afundado pelo seu comandante após o ataque da armada indiana ter inutilizado o Afonso de Albuquerque. A fuga da tripulação para Carachi num navio mercante. O regresso a Lisboa e o que aconteceu ao comandante e à tripulação.
"Amanhã [, dia 14,] vou falar sobre este caso, sobre as questões éticas e deontológicas que ele levantou e levanta para um militar (...).
"A sessão é organizada por Manuel Barão da Cunha (Livraria Verney de Oeiras) e pela Liga dos Combatentes, no ambito de uma série de conferências intitulada Fim do Império. Contará com a participação do comandante da Sirius, engenheiro Manuel Marques da Silva.
"Dia 14 (amanhã, quarta-feira), às 16 horas, no Palácio da Independência [, Largo de São Domingos, 11, Lisboa]. Os meus amigos serão bem vindos. Carlos Matos Gomes". (....)
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Nota do editor:
Último poste da série > 3 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 – P8987: Efemérides (57): Excursão a Lisboa, a propósito do 88.º aniversário da Liga dos Combatentes e do 93.º aniversário do Armistício (Carlos Vinhal)
3 comentários:
QUE ESTAS MEMÓRIAS NÃO SEJAM APAGADAS
FALAR VERDADE É NECESSÁRIO SEMPRE!
Vivíamos, quando se deu este acontecimento, debaixo de uma ditadura. Só assim se compreende as Ordens enviadas ao Governador -Vassalo e Silva - e os acontecimentos posteriores.
Este é um exemplo de outros lá passados
Torcato Mendonça
Caro Companheiro e Camarada Torcato.
George Santyana disse: "He who forgets the mistakes (errors ) of the past is condemned to repeat them in the future".
Plenamente the acordo com a tua posicao.
Um fprote abraco-Ze
Torcato, a 19 de Dezembro/1961, estavam praticamente todas as unidades de mãos sobre a cabeça.
E só a 18 tinham começado os aviões a ameaçar a sério.
Falam ex-furrieis milº, participantes, de 73 anos de idade, (hoje).
Pouco depois dessa data, (em Luanda) batiam-se palmas a discursos inflamados aplaudindo a resistência dos nossos herois de Goa (de mãos na cabeça) e fazia-se recolha pública de dinheiro para aquisição de um porta-aviões para substituir o Afonso de Albuquerque que os indianos tinham afundado.
Do meu salário de furriel foi-me descontada uma quantia, que não me lembro de quanto mas «voluntariamente» tás-a-ver!
Salazar mentiu e mandou mentir com todos os dentes, e conscientemente pouca gente de nós «engolia» todas as petas do «botas».
Antes pelo contrário, mesmo quando dissesse algumas verdadeiras, já se ficava de pé a traz.
Mas a história um dia virá dizer se eram mentiras «necessárias» para resistir ao que se sabia que «aí vinha», e foram mentiras oportunas, ou antes pelo contrário.
Uma coisa é certa, poucos alferes milicianos e furrieis milicianos se propuseram a escrever como tu, Torcato, fizeste com a tua guerra.
E isso era preciso, para ajudar a compreendermos melhor, como fomos nós, a nossa geração, no seu todo.
Ficou pelo caminho Goa e São João Batista de Ajudá e o Mapa-côr-de-rosa.
Cumprimentos
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