Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mero, Santa Helena ou Nhabijoes > c. 1970 > Bajuda balanta. Estas povoações, de população balanta, eram consaideradas "sob duplo controlo", ao tempo da do BCAÇ 2852 (1968/70) e da CCAÇ 12 (1969/71)
Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mero > Ponta Brandão > c. 1970 > Na foto, dois velhos balantas, um deles cego, que é conduzido por outro completamente nu (apenas com um rudimentar tapa-sexo).
Fotos do arquivo pessoal de Humberto Reis (ex-fur mil io esp, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71).
Fotos: © Humberto Reis (2005). Direitos reservados [Ediçãoe legendagem: LG]
Fotos: © Humberto Reis (2005). Direitos reservados [Ediçãoe legendagem: LG]
1. Continuação da publicação da história da unidade - BART 3873 (Bambadinca, 1972/74). Cópia digitalizada, em formato pdf, gentilmente disponibilizada pelo António Duarte.
[António Duarte, ex-fur mil da CART 3493, companhia do BART 3873, que esteve em Mansambo, Fá Mandinga, Cobumba e Bissau, 1972/74; foi voluntário para a CCAÇ 12 (em 1973/74); economista, bancário reformado, foto atual à esquerda].
Destaque, no mês de julho de 1972, para o insólito rapto, no dia 24, às 9h00 da noite, de 25 rapazes e 8 raparigas da tabanca balanta de Mero, nas proximidiades de Bambadinca, efetuado um grupo IN estimado em 30 elementos. Mero sempre considerada, desde o início da guerra, como sendo uma população sob duplo controlo. Ficava nas proximiddaes de Bambadinca, na margem esquerda do Rio Geba Estreito. (LG)
Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Carta de Bambadinca (1955) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Nhabijões, Mero e Santa Helena, três tabancas consideradas, desde o início da guerra, como estando "sob duplo controlo", ou seja, com população (maioritariamente balanta) que tinha parentes no mapa, controlada pelo PAIGC... Em Finete, Missirá e Fá Mandinga havia destacamentos nossos.
Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014).
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Nota do editor
5 de agosto 2014 > Guiné 63/74 - P13464: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte V: Junho de 1972: Tentativa frustrad de golpe de mão do Xitole, por parte do IN... Por sua vez, o gen Spínola preside á cermónia de encerramento do 2º turnmo de instrução de milícias...
5 de agosto 2014 > Guiné 63/74 - P13464: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte V: Junho de 1972: Tentativa frustrad de golpe de mão do Xitole, por parte do IN... Por sua vez, o gen Spínola preside á cermónia de encerramento do 2º turnmo de instrução de milícias...
2 comentários:
Os balantas, no nosso tempo, foram, em geral mal conhecidos e mal tratados, vítimas de diversos estereótipos e até hostilizados pelos nossos comandantes militares,a nível de batalhão...
As relações com as NT não eram fáceis, nomeadamente no "chão fula" (em particular no setor L1, Bambadinca, que eu conheci bem, enter meados de 1969 e março de 1971)... As tensões e os conflitos com os fulas vinham de longa data. Por outro lado, boa parte da população balanta na região de Bambadinca "foi para o mato", voluntariamente ou não... Isso deixou feridas profundas...
Na região do Oio, quem lidou com eles foi o Carlos Fortunato, ex-fur mil trms, CCAÇ 13 (Bissorã, 1969/71) e hoje presidente da ONG Ajuda Amiga...
O Carlos escreveu o seguinte sobre os balantas que ele conheceu bem e com quem conviveu:
(...) "Os balantas são a principal etnia da Guiné ( 30% ), sendo igualmente grandes soldados, trazem consigo uma grande experiência e o conhecimento do terreno, muitos deles foram milícias durante muitos anos, outros foram carregadores, outros ainda lutaram ou lutavam no PAIGC.
"Possuem contudo um sentimento de lealdade e solidariedade que faz com que assumam uma posição e a mantenham, a palavra traição nunca fez parte do seu vocabulário, ou lutavam de um lado ou do outro.
"Os balantas são trabalhadores rurais, que usam enxadas em forma de de remo, são uma etnia muito trabalhadora, embora sejam conhecidos pela sua habilidade como ladrões, actividade que faz parte da sua cultura, no entanto nunca houve um roubo na nossa companhia. (...)
"Roubar não é um crime para o balanta, mas uma prova de destreza, que todo o adulto que se preza deve fazer pelo menos uma vez na vida, e se for uma vaca é sem dúvida uma grande proeza, mas como a tradição já não é o que era, são costumes que se vão perdendo.
"O balanta como o povo da Guiné em geral, é boa gente, muito solidário, nunca nega uma ajuda a um amigo, partilhando o pouco que tem.
"O que mais surpreende nos africanos é algumas das suas capacidades, pois possuem sentidos muito desenvolvidos, tais como o cheiro, a visão e o ouvido, alguns têm estes sentidos tão apurados que conseguem detectar coisas que nos parecem impossíveis.
"Penso que foi graças às qualidades e conhecimentos dos balantas que foi possível, conseguir-mos fazer o que fizemos[, a CCAÇ 13,] com tão poucas baixas. O inimigo aqui nunca foi menosprezado." (...)
Fonte: Página do Carlos Fortunato sobre a CCAÇ 13, Os Leões Negros
http://leoesnegros.com.sapo.pt/BolamaBalantas.html
Tabandinto (ou Soncó) ficava na parte sudeste do subsetor de Bambadinca, ainda no regulado de Badora, a leste da estrada Bambadinca-Mansambo...
Em relação ao aquartelamenmto de Mansambo, Tabandinto situava-se a nordeste... Ficava também a norte da maritirada (no meu tempo e no tempo do Torcato Mendonça) tabanca de Candamá, esta já no regulado do Corubal...
A retirada de Beli, Madina do Boé, Cheche, Madina Xaquili, etc., tornou a "fronteira meridional" do chão fula muito mais vulonerável...
Mão tenho a certeza se lá fui algum vez, a Tabandiunto, é bem possível, mas já não posso confiar na memória... Rerei que ir consultar os meus papeis...
Conheci (e estive em) outras tabancas em autodefesa ali à volta, a norte e noroeste, como Samba Juli, Sinchã Mamajã, Sansancuta, Arae Ade...
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