Recortes da 2ª edição do Diário de Lisboa, 5 de julho de 1970, PP.. 1 e 2.
Citação:
(1970), "Diário de Lisboa", nº 17075, Ano 50, Domingo, 5 de Julho de 1970, Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_6994 (2023-8-2)
(*) Último poste da série > 8 de julho de 2023 > Guiné 61/74 - P24462: Efemérides (402): No passado dia 1 de Julho de 2023, a União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Concelho de Matosinhos, homenageou os seus Combatentes mortos na Guerra do Ultramar (Carlos Vinhal)
(1970), "Diário de Lisboa", nº 17075, Ano 50, Domingo, 5 de Julho de 1970, Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_6994 (2023-8-2)
1. Há 53 anos, em 1 de julho de 1970, segundo notícia da FP (agência France Press), datada de 5 de julho, Cidade do Vaticano, que "Paulo VI recebeu, no fim da audiência semanal geral, Marcelino dos Santos (...), Agostinho Neto (...) e Amílcar Cabral (...). É a primeira vez que très chefes de movimentos de guerrilhas anticolonialistas são recebidos por um Pontífice romano".
Sobre esta efeméride (*), vd. também o ponto de vista do historiador João Miguel Almeida, publicado há 3 anos, no jornal digirtal 7Margens (**),
Não há registos escritos ou fotográficos deste breve encontro que, não sendo uma audiência papal, propriamente dita, teve óbvios dividendos políticos para os très movimentos nacionalistas em questão.
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Notas do editor:
(**) Vd. 7Margens > A audiência inédita de Paulo VI que abalou o Estado Novo
João Miguel Almeida | 1 Jul 20(...) A 1 de julho de 1970, o Papa Paulo VI recebeu três líderes dos movimentos de libertação das então colónias portuguesas: Amílcar Cabral, do PAIGC; Agostinho Neto, do MPLA; e Marcelino dos Santos, um dos elementos da troika que dirigia a Frelimo, após o assassinato de Eduardo Mondlane em 1969. O acontecimento reabriu feridas nas relações diplomáticas entre Portugal e a Santa Sé. A gestão da crise e a minimização dos estragos causados na imagem de um regime político que se afirmava como defensor da Igreja Católica não foram suficientes para apagar a perceção de que a estratégia e a doutrina da Santa Sé em relação a África divergiam da política colonial portuguesa. (...)
(...) O embaixador junto da Santa Sé fica chocado com a notícia. O Governo português não se limita a apresentar uma nota de protesto ao secretário do Estado do Vaticano – chama a Lisboa o seu embaixador, um gesto diplomático de forte desagrado, que geralmente antecede o corte de relações diplomáticas. O protesto é também apresentado em pessoa e verbalmente ao equivalente ao cargo de primeiro-ministro no Vaticano, o cardeal Villot, que se mostra surpreendido e consternado. Na interpretação de Eduardo Brazão, o cardeal francês desconhecia as manobras de política internacional “manejada pelos seus subordinados italianos”.(...)
4 comentários:
Caros amigos,
Certamente que é um lapso e se quer dizer 53 anos e não 73 sobre o famoso encontro dos líderes da Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP).
Cherno Baldé
PS/:
Com o Sumo Pontífice, João Paulo VI.
Cherno
Que vergonha, Cherno! Já não sei fazer contas... O Acordo Missionário celebrado no auge do Estado Novo, em 1940) foi há 83 anos... O Amílcar foi a Roma e viu o Papa em 1970, portanto há 53 anos. Obrigado por estares... atento.
Quanto ao Papa foi o Paulo VI. Ainda não há menhum João Paulo VI... Mantenhas. Paz na terra aos homens de boa vontade. Luis.
... anything goes, isn't it komrad?!
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