Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Guiné 63/74 - P1521: Fotobiografia de Bisssau (1): Álvaro Mendonça
Guiné > Bissau > 1966/68 > De cima para baixo: Render da guarda no Palácio do Governador; Estátua do Honório Barreto; Mercado Municipal; e Fortaleza da Amura.
Fotos: © Álvaro Mendonça (2007). Direitos reservados
Mensagem enviada em 16 de Janeiro de 2007 pelo Álvaro Mendonça, que esteve em Bissau, como furriel miliciano, na Manutenção Militar, em 1966/68. Mora em Ermesinde e é um dos novos membros da nossa tertúlia (1):
Camarada Luís Graça,
Vou procurar enviar-te com a regularidade possível, algumas das fotos, porventura aquelas que considerarei as mais interessantes tiradas em Bissau (de onde nunca saí) entre Março de 1966 e Março de 1968 e que poderão, se assim o entenderes, editar nas páginas da tertúlia. Todas elas são de minha autoria, com a óbvia excepção daquela em que apareço a vaguear.
Para começar, faço seguir em anexo, as quatro primeiras fotografias. Numa delas reconhecerás o Forte da Amura, na frente do qual se pode ver um militar (eu próprio) num momento de lazer.
Numa outra pode observar-se o render da guarda, o chamado ronco, frente ao Palácio do Governador. Recorde-se que, durante a cerimónia, toda a gente que passasse pela Praça do Império (fossem civis ou militares) tinham que se postar na posição de sentido, porque de contrário podia sofrer algum dissabor.
Ainda, uma terceira fotografia, mostra um aspecto do Mercado Municipal, sempre muito concorrido e onde se podia inalar o cheiro pestilento característico do peixe a secar.
Finalmente, o monumento a Honório Pereira Barreto implantado numa praça que já não consigo localizar. Só sei que Honório Barreto (1813-1859) era filho de mãe guineense e de pai cabo-verdiano, tendo-se distinguido no aparelho colonial português do século XIX como governador da Guiné, de onde era natural.
E por hoje fico-me por aqui.
Um grande abraço do
Álvaro Mendonça
Ermesinde
__________
Nota de L.G.:
(1) Vd. post de 15 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1433: Bissau, cidade de terra quente e argilosa (Álvaro Mendonça de Sousa, Manutenção Militar)
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