quarta-feira, 20 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8577: Histórias e memórias de Belmiro Tavares (8): As guerras de Bissau

1. Em mensagem de 4 de Julho de 2011, Belmiro Tavares, (ex-Alf Mil, CCAÇ 675 Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), conta-nos mais uma das suas histórias.


HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DE BELMIRO TAVARES (8)

A(s) Guerra(s) de Bissau

Muito se tem falado e escrito também sobre o tema em título mas abordando apenas uma parte da matéria: uma guerra de Bissau.

Acontece, porém, que houve ali duas “guerras”: uma durou vários anos; a outra cerca de duas horas. A esta poderiamos chamar, talvez, com mais precisão, uma batalha.

No primeiro caso, os factos eram narrados principlamente pelos oficiais do QG, mas não só, com ênfase invulgar; a análise era diametralmente oposta – ou quase – quando era concertada pelo pessoal militar de Bissau ou pelos militares do mato, aqueles que viviam intensamente a guerra real.

A “guerra” ocorria diariamente durante os anos da guerrilha – sempre que um militar do ar condicionado encontrava outro que, acabado de chegar da Metrópole, preparava a sua partida para o teatro de operações. Era a demanda em que os mais variados episódios eram empolados, largamente ampliados pelo belicoso pessoal do QG para “assustar” principalmente os “maçaricos” imberbes e loiros, os que posteriormente deram lugar aos “periquitos” igualmente desbarbados e aloirados.

Todos – oficiais, sargentos e até praças – deliravam, babavam-se, dando largas à sua frutuosa imaginação mais ou menos descontrolada; muitos manifestavam-se orgulhosos pelos feitos de “bravura” que narravam, transmitindo a ideia falsa de que os teriam vivido bem de perto, mesmo que nunca tivessem saido de Bissau.

No dia 13 de Maio de 1964, o navio Uíge, entrou no avantajado estuário do Geba, logo ao romper da manhã; ficou ao largo porque... “não podia meter-se o Rossio na rua da Betesga”, e porque “Deus fez os rios da Guiné – e o cais acostável também – à medida dos navios da CUF”.

A bordo daquele navio seguiam seis ou sete Companhias Independentes e três Pelotões de Morteiros. Em pouco tempo, dado o evoluir acelerado da guerra, o efectivo militar da Guiné passou de 5.000 para 20.000 homens – ainda não havia garotas na tropa (com grande pena nossa); alguns batalhões sairam do Tejo com destino a Angola ou Moçambique e, já em mar alto, recebiam ordem – pasme-se! – para rumar à Guiné.


A bordo do Uige; soldados repousam no couvés; nos porões era impossível – calor e cheiro “a muita gente junta”.

O desembarque, via batelão, demorou umas horas. Mal o navio ancorou, apareceram a bordo uns alferes e uns furrieis que “vendiam” selos e telegramas, auferindo logo ali um “bolo” de, pelo menos, 20% sobre o valor das avultadas vendas – diferença cambial entre o escudo e o “peso”. Aproveitavam a sua “insuspeita”, “benevolente” e “patriótica” permanência a bordo para nos “agredir”, “zurzir” com os seus boatos fantásticos e aterrorizadores.

Um daqueles oficiais, natual da Covilhã, era primo do furriel da alimentaçãp da CCaç 675, a quem contou “familiarmente” as suas terriveis atoardas; o vagomestre, fazendo-se valente, respondeu como lhe convinha:
- Isso não me interessa! A minha guerra é outra! Eu sou um afortunado vagomestre! Nada tenho a ver com essas guerras!

O oficial, sentindo que os seus orquestrados truques não produziam o efeito pretendido, contra-atacou, célere e objectivo:
- Eh pá! Ainda a semana passada morreu um vagomestre violentíssimo ataque em – (citou o nome dum qualquer aquartelamento).

[Nota: nunca ouvimos falar da morte dum furriel da alimentação mas... pode ter acontecido. ]

As baboseiras crueis daquele alferes produziram logo o atroz efeito que o autor, pelo menos aparentemente, pretenderia: (i) O vagomestre perdeu logo as estribeiras; (ii) Deixou desencaminhar facturas e/ou recibos das compras de generos alimentícios; (iii) Em consequência não lhe foi possivel (apesar das muitas ajudas) “fechar” os mapas atempadamente; (iv) Foi punido; passou a atirador, chefiando uma esquadra de morteiro 60 num pelotão de caçadores; (v) Ia para o mato com um saco de granadas às costas que o apontador daquela arma lhe entregava na hora da saida; e, por fim, (vi) tentou – cremos, temos quase a certeza – o suícidio com um tiro de G3 – puro desespero.

Passados uns bons meses, porém, “aterrou” definitivamente, assentou ideias e terminou a comissão em beleza... melhor do que começara, mais refinado, mais divertido, mais folião.

Este furriel tinha estado connosco durante as duas semanas de campo (na Vendinha-Évora); gostou tanto da nossa “malta” que se ofereceu, volunrário, para ir com a CCaç 675 – para... Moçambique; tal como nós foi bater com o costado na Guiné.

O vagomestre da CCaç 675 é o da direita – perna cruzada.

Em meados de Janeiro de 1966 desci até Bissau porque fui galardoado (obsequiado) com o Prémio Governador da Guiné – 35 dias de férias no “Puto” com viagens pagas. Ocorreu numa época bicuda em que eu já não podia sair da Guiné, mesmo de férias, porque o fim da comissão estava já a menos de quatro meses – uma longa eternidade.

Dirigi-me ao QG para receber a passagem; à saída encontrei dois alferes “periquitos” com as faces ainda muito rosadas; cheios de juventude e alguma matreirice – tinham chegado dois dias antes.
Perguntaram-me como era a guerra no mato; como se vivia em campanha; como “lidávamos” com os “turras”, etc. Com toda a verdade e só a verdade, transmiti-lhes o que sabia; mas um deles replicou, prazenteiro:
- Quero lá saber dessas guerras! Eu não saio do ar condicionado! Isso é para vocês! Aguentem-se! Foi para isso que vos mobilizaram!

Senti que estava a ser nitidamente “lixado”; lancei de imediato o meu contra-ataque psicológico e demolidor:
- Tu pensas que em Bissau não podes “acordar” com a cabeça a rolar no chão!? Pensas que podes afastar-te das ruas principais ou passar na sombra dum mangueiro sem levar uma catanada?! Não tens ouvido, durante a noite, rebentamentos desmedidos, rajadas sem fim à volta da cidade?! “Eles” estão perto! “Muitos” já estão cá dentro... camuflados! Aguarda! As coisas estão a piorar! A tua vez há-de chegar! O jacaré pode abraçar-te a qualquer momento!

Nisto, ouvimos ali bem perto umas rajadas longas de G3; o tal “periquito” correu e encostou-se à parede do QG, acocorando-se; o outro ficou pálido; tremia... mas aguentou-se ali a meu lado.
- Não sejas medricas, pá! – disse eu sarcásticamente – Um homem morre de pé... de frente para o inimigo! Os cobardes morrem de cócoras! O que tu ouviste são tiros de G3, sim, mas na carreira de tiro, ali atrás do QG! Tens de aprender rapidamente a distinguir entre um tiro de G3 e uma morteirada! Se o não fizeres, borras as cuecas a toda a hora! O tempo vai ensinar-te! Oxalá a aprendizagem não venha tarde de mais!

Nisto, alegando que “estava na hora”, entraram, correndo (medo?) no QG

Como se depreende eu também enveredei pela guerra fantástica, imaginária virando o feitiço contra o feiticeiro... mas apenas para dar resposta àquele “pedido” insistente.

Palácio do Governador em Bissau.

Estação de Correios de Bissau. Interior.

A outra “guerra de Bissau”, a mais verdadeira, hilariante – se de coisa séria não se tratasse – ocorreu em fins de 1963 ou no princípios do ano seguinte, antes, portanto de eu abrir as portas da “minha guerra”.

Em Bissau vivia-se sob enorme tensão; andava tudo sobre brasas; todos apavorados, sobressaltados com o evoluir da guerra e o cerco a aproximar-se, lesto, dos muros da cidade. A frase mais ouvida era esta: - “qualquer dia morremos aqui todos ou somos corridos com uns pontapés no cu”!

Neste ambiente consta que dois fuzileiros se ausentaram das instalações num jeep, em serviço ou em passeio; entraram, incautos, em perigosos terrenos alagadiços e a viatura atascou.
O manto escuro da noite começava a envolver tristemente a cidade; um fuzileiro tinha medo de ir sózinho pedir ajuda; o outro tremia só de pensar que teria de ficar ali, desamparado, junto do jeep, até o apoio chegar. Dispararam para o ar numas rajadas de G3; sem, evidentemente, o pretendenrem... escancararam as portas da tal outra guerra de Bissau... e de que maneira!

Em todos os quarteis da cidade os militares começaram a fazer fogo excessivo sobre inimigos imaginários; disparavam para a escuridão onde qualquer suposto atacante pudesse eventualmente esconder-se; das janelas ou das varandas muito civis descarregavam as suas armas sem saber o que se passava – ninguem sabia. A tremenda fuzilaria durou mais de uma hora.

No QG alguém conseguiu, a custo, fazer calar as armas e mandou sair o piquete para averiguar o motivo daquele suposto disparate e tentar acabar com o matraquear insistente das espingardas. O piquete acalmou a cidade, “fechando” as portas da guerra; volta ao QG e... é recebido a ferro e fogo pelos bravos sentinelas amedrontados; reiniciou-se foguetório em toda a cidade; o piquete visitou de novo os quarteis da baixa fazendo regressar o silêncio. O nervosismo e o terror, porém, mantinham-se à flor da pele. Felizmente e incrivelmente não houve feridos.

Dois dias mais tarde, depois do jantar o Sr. Brigadeiro F., Comandante Militar, foi com uns amigos e as respectivas esposas tomar a “bica” ao Grande Hotel. Estavam na esplanda, - uma espécie de varanda – em amena “cavaqueira” (cavaquear não significa votar no Cavaco). Passou um caminhão na estrada que desce do QG para o centro, provocando uns estalidos próprios de motor desafinado (vulgo “rateres”); apaga-se imediatemente a iluminação; ouve-se logo uma voz angustiada vinda já do interior do hotel; era o Sr. Brigadeiro a gritar, desesperado, a seguinte ordem:
- Rasteja, Beatriz! – (esta era – seria – a sua esposa) rasteja cá pra dentro!

Mais provas do autêntico terror em que se vivia?! Para quê!?

Aquela “ordem” passou a ser muito badalada. Muito se mandava a Beatriz rastejar.

Junho de 2011
Belmiro Tavares
Ten Mil Inf

P.S.: Aquele governador militar viria a ser (creio que era ele) candidato (vencido) à Presidência desta nossa República!
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 13 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8411: Histórias e memórias de Belmiro Tavares (7): Um oficial... endiabrado

10 comentários:

antonio graça de abreu disse...

Rasteja, Beatriz!...
Que guerra filha da P..., a guerra de Bissau!...
Rasteja, Beatriz, fod...-se!
Com todo o respeito pelos nossos camaradas que fizeram a guerra em Bissau.

Abraço,

António Graça de Abreu

Luís Graça disse...

Ah, assim fica melhor, o nosso tenente Belmiro Tavares, talentoso contador de histórias, passa a ter direito a uma série própria,,, Histórias e memórias de Belmiro Tavares...

Estas "cenas" de Bissau são delciosas... Se já era assim (a fanfarronice e a xico-espertice...) no teu tempo, irá continuar no meu, seis anos depois...

Enfim, sem com isto querer generalizar e portanto sem querer correr o risco de ser injusto para quem, soldados do contingente geral, milicianos, sargentos e oficiais do quadro, ficou no "back office" (em Bissau, longe do Vietname, como eu costuma dizer), direi que há sempre, em toda a parte, em todas as épocas, em todas as guerras, gente que sabe tirar partido das "delícias do sistema"...

A expressão "rasteja, Beatriz" tinha, em Bambadinca, um equivalente, "Ó Pimbas, não tenhas medo!"... Admito que o episódio não seja verdadeiro, mas era o que se contava quando eu cheguei, uns dias depois a Bambadinca... Aliás, a expressão deu-me o mote para um dos postes da série "A Galeria dos Meus Heróis"...

Permite-me, Belmiro, que transcreva apenas o início, ou alguns excertos do início desse poste, já com cinco anos:


(...) "- Ó Pimbas, estou aqui, não tenhas medo! – esta terá sido a expressão, patética, gritada pelo major, o segundo comandante, de Walther em punho, o rosto iluminado pelo clarão das explosões, ao comandante do BCAÇ 2852, o tenente-coronel Pimentel Bastos, que rastejava em trajes menores no corredor do edifício do comando, naquela noite em que o céu desabou sobre o aquartelamento de Bambadinca… (...)

"Havia um sentimento misto e contraditório, de alívio, de regozijo e de révanche, nesta expressão dos militares de Bambadinca que faziam do Pimbas e do seu amigo o bode expiatório do grande susto, do cagaço monummental, que todos apanharam nessa noite sem jamais o admitirem… É na desgraça que se vê a relação de amor-ódio dos povos pelos seus líderes, dos subordinados pelos seus chefes…

"A história repetia-se, grotesca, desta vez num dos mais belos cenários da Guiné, que era o quartel de Bambadinca, inscrutado num pequeno planalto defronte de uma magnífica bolanha, e com o Geba a seus pés, tortuoso, pérfido, assassino, como uma surucucu… A expressão que eu ouvi na caserna – ó Pimbas, não tenhas medo! -, era para todos efeitos reveladora do baixo moral em que as NT se encontrava na Guiné, mau grau o efeito do fenómeno Spínola e do seu populismo…
Para uma grande parte dos militares, do contingente geral, e até e para muitos dos meus camaradas milicianos, ele era uma espécie de anjo justiceiro que vinha, de heli, castigar os maus (os incompetentes oficiais superiores que estavam à frente dos nossos batalhões) e encorajar o Zé Soldado, lídimo representante do bom povo português… Em breve, o BCAÇ 2852 seria decapitado pelo raio fulminante da justiça spinolista, para gaúdio da populaça" (...)

Fonte: 1 de Agosto de 2006
Guiné 63/74 - P1014: A galeria dos meus heróis (5): Ó Pimbas, não tenhas medo! (Luís Graça)

Anónimo disse...

Também em 74,após a colocação de "engenho explosivo" na Amura ,andavam lá no Bissau, todos acagaçados, tanto que um dia numa sessão de cinema no QG, um espectador incendiou todos os fósforos quando pretendia acender um cigarro---pânico geral e fuga precipitada com quedas para dentro da piscina que estava quase vazia..ossos partidos etc e tal
Como nós gozamos ao receber a notícia..puro sadismo e vingançazinha..

C.Martins

Rogerio Cardoso disse...

Amigo Belmiro
Eu já em tempos contei uma cena parecida com a do desembarque, vêr P5900.Tambem me dava gozo saber da valentia dos PM, quando uma vez os mandaram a Mansoa, o caminho ficou todo sujo, claro uma força de expressão, mas depois eles vingavam-se na cidade, a chamada pressão sobre a soldadagem.
Rogerio Cardoso
Cart643-Aguias Negras

Anónimo disse...

Meus amigos,

Finda a minha comissão fui mandado aguardar a minha companhia para Bissau. Aqui tive que me apresentar nos Adidos.

Um cabo miliciano recebeu a minha documentação. Falando por cima das divisas vermelhas, como que gozando cá com o velhinho, alertou-me para o facto de eu ter que fazer serviço no dia seguinte.

Eram as regras, disse-me ele. E que eu não podia fugir pois estava em cima das 11 horas da manhã e eu tinha sido o único a apresentar-se até aquele momento.

De imediato pedi nova guia de marcha para regressar ao mato e que estava com pressa.

O sargento que ouvia a conversa perguntou-me se eu estava louco. Respondi que sim que estava, mas que eles estavam muito mais loucos que eu, se pensavam que eu, depois de 20 meses de serviço no mato, vinha fazer serviços nos Adidos enquanto eles dormiriam descansadinhos nas suas camas.

Perante a minha insistência o sargendo incrédulo passou nova guia de marcha.

Com a dita na mão apanhei boleia para o aeroporto, aluguei uma avioneta e voltei ao mato.

Fui para Tite juntar-me à minha companhia. Por imposição própria apanhei com mais 3 semanas de mato.

Foi caso para dizer....vão mas é f ...outro, que aqui ninguém mama.

Um abraço amigo,
José Câmara

Luís Graça disse...

José Câmara:

A partir dos 15 meses de comissão, s "velhice" transfigurava-se e começa a incutir respeito... O nosso sentido de justiço apurava-se e éramos capazes de fazer coisas que, em teatro de guerra, podiam ter consequências ora dramáticas, ora trágicas, ora heróicas, ora cómicas... Individualmente ou em grupo, eramos-nos mais difícil "amochar", aguentar as pequenas prepotências da hierarquia, tolerar muita coisa que era típica da tropa...

Entendo perfeitamente o teu gesto...

Anónimo disse...

Viva os combatentes do ar condicionado em Bissau (...e afins)!

Viva, quer dizer, vivam!
Disse vivam? Não! Sobre-vivam! Ou melhor, sobre-viveram...

Essa é que foi a dura realidade.
É certo que tem que haver sempre trabalho na retaguarda, mas, POR FAVOR, reconheçam/não desprezem o sofrimento dos que não tiveram essa SORTE!

E, mais uma vez, desculpem qualquer coisinha.
Alberto Branquinho

P.S. - Parabens, Belmiro.

Hélder Valério disse...

Caro camarigo Belmiro Tavares

Gostei bastante desta tua contribuição. Permite 'ver' como algumas coisas se passavem em determinado tempo e comparar com as vivências do(s) nossos(s) tempo(s).
E é essa uma das virtudes desta nesso espaço.

Essencialmente verifica-se o que é normal em todas as rectaguardas: temor, desconhecimento ou desfazamento da realidade, fanfarronice, entre outros tiques.

Nos outros T.O. (Angola e Moçambique) essa 'fronteira' entre a 'frente' e a rectaguarda' seria mais marcante, no nosso caso, na Guiné, as coisas eram mais 'imbricadas', ouviam-se mais os 'sons de guerra', pelo que também se estava mais sujeito a fazer 'passar alguma veracidade' ao que si pretendia incutir no 'periquito'.

Como já faz tempo, num artigo que enviei em que referi a minha reacção de enfado aos constantes exageros e inverdades dos relatos passados na messe de sargentos do QG, era vulgar que 'operacionais' ou pretensos operacionais, de passagem por Bissau, se exibissem com as suas histórias. Naquele dia devia estar mais 'farto' do que o costume e tive que colocar uma bazuca a disparar em rajada. Durante uns tempos, e enquanto não houve rotação dos 'heróis', acabaram-se as emboscadas com 2 bi-grupos, que era a dose mínima que intervinha nas histórias deles, quase sempre comandados pelo Nino, que era como que homnipresente.

Como vês, não houve diferenças significativas de substância, talvez uma adaptação às novas circunstâncias, em cada época.

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Não sei se foi aqui no blogue ou noutro qualquer lugar que vi o registo da morte em combate de um fur. mil. vaguemestre. Aliás, tinham que se deslocar para adquirir bens para a alimentação das tropas, etc. Ora, nessas deslocações não ficavam imunes a minas, por exemplo. Morrer no rebentamento de uma mina era, naturalmente, morte em combate.
Um abraço,
Carlos Cordeiro

Por curiosidade fui ao Google. Lá está o fur. mil. de Administração Militar (vagomestre) Armindo Vieira Veloso, morto em combate em1966, na operação "Bissilão". http://www.cart1525.com/bissora01.html

Anónimo disse...

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