segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8793: (In)citações (35): Mamadú Baldé, amigo do meu pai, deveria ser natural do Futa Djalon, Guiné-Conacri (Pepito)

1. Mensagem do nosso amigo Pepito, de ontem, às 20h13, em resposta a um pedido meu para esclarecer a identidade de Mamadú Baldé (*):


Amigo Luís
Gostei muito de reler o poema do meu pai, que decidiste colocar no nosso blogue (*).
 

Não me recordo de ter ouvido o meu pai falar de Mamadú Baldé, mas creio que ele o terá conhecido na Guiné-Conacri, nos confins do Futa Djalon, zona de que ele me falava apaixonadamente como sendo das que mais gostou. (**)

Sempre foi um sonho meu (re)visitar Mamou, Dalabá e Labé, povoações deste país vizinho, para poder deliciar-me com o que ele me contava frequentemente. Penso fazê-lo com um amigo e com o irmão da Isabel que virá cá propositadamente em Janeiro do próximo ano.

Sendo que, no dizer do poeta 
...O sol parou o seu caminho,
espreitou para Labé,
viu Mamadú morto...
 
Creio que Mamadú Baldé seja da Guiné-Conacri [, que acedeu à independência em 1958].
 

abraço
pepito
_______________


Notas do editor: 

1 comentário:

Cherno Baldé disse...

Caro Eng. Pepito,

Eu acho que o Mamadu Baldé citado no poema era mesmo um Fulacunda (Fulas radicados no meio Mandinga de Gabu) natural desta regiao e com alguma ligacao com a familia reinante de Gabu.

Da leitura do poema apresentado no poste anterior, existem indicios que me levam a essa conclusao.

Primeiro, aparentemente ele seria
descendente de Mondjur, certamente nao numa linha directa, pois o Mondjur e a familia real dos regulados de Gabu (Chanha, Maana...) tinham o apelido Mbalo ou Embalo. Poderia, no entanto, ser um sobrinho, filho de uma das suas irmas.

Em segundo lugar, o nome Salifo é tipico dos Mandingas e/ou Fulacundas de Gabu pela sua consonancia Mandinga e Ndjai ou Indjai é claramente um apelido Soninque/Mandinga, de origem Gaabunke, actualmente espalhado em toda a regiao da Senegambia.

Com um grande abraco,

Cherno Baldé