terça-feira, 5 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17733: Tabanca Grande (444): António Clodomiro Silva Castro, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 4942/72 (Jemberém e Barro, 1973/74)

Povoação de Barro
Foto: © A. Marques Lopes

1. Mais um camarada se perfila na nossa Tabanca, desta vez o ex-Fur Mil Inf António Clodomiro Silva Castro da CCAÇ 4942/72 que palmilhou Jemberém e Barro nos anos de 1973 e 1974. Passa a ocupar o lugar 753.º da nossa Tertúlia.

Mensagem do nosso novo camarada e amigo tertuliano com data de 3 de Setembro de 2017:

Olá Luís,
Embora não te conheça pessoalmente, é como se conhecesse o teu passado (uma parte) visto que temos um passado comum na Guiné.
Descobri o vosso blogue no passado mês de Agosto, onde deixei um comentário relativo à CCAÇ 4942(1) a que pertenci.
E agora penso que poderei contribuir com algumas fotos e histórias dessa passagem que não esquecemos.
Deixo aqui os meus dados e fico a aguardar a minha inscrição para poder publicar.
António Clodomiro Silva Castro, ex-Furriel Mil. na CCAÇ 4942/72 - Companhia Independente formada no BII 19, na Madeira, e que passou pela Guiné entre Janeiro de 1973 e Setembro de 1974.
Depois do treino operacional esteve instalada em Jemberém e depois em Barro.

Com os melhores cumprimentos
António Castro

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(1) - Aqui fica o comentário deixado pelo António Castro no Poste Guiné 63/74 - P4812: Contributo sobre a CCAÇ 4942/72 (António J. Sampaio) (2): "Os primeiros dias"

Não sei se este blogue ainda mexe, mas deixo aqui o meu comentário.
Amigo Vítor Negrais, o que aqui ficou escrito é pura verdade. Andamos juntos nesta tarefa difícil de levar uma companhia formada por homens, e trazê-la inteira de volta - e conseguimos! Mesmo com a falta de um comandante unificador, nós alferes e furriéis milicianos que lidávamos de perto com os homens que comandávamos, sempre tivemos um controlo e disciplina totais. Mas eles também sabiam que fazíamos tudo o que estava ao nosso alcance por eles, pois estávamos no mesmo barco.
Compreendo a visão do amigo e então capitão António Sampaio, vindo de fora, de quem curiosamente a minha recordação é pouca, mas lembro-me que quando substituiu o anterior comandante foi de facto um alívio e uma grande serenidade.
Quando relembro estes factos ocorridos há mais de 40 anos, dou-me conta que a memória vai-se encarregando de ir apagando alguns pormenores e até a sequência fica meia confusa, mas os factos mais importantes estão gravados a fogo.

Um abraço a todos aqueles que me reconhecem, mesmo aqueles de quem eu já mal recordo os nomes, mas o Alferes Lima era o meu comandante de pelotão - o 3.º, o Alferes Vítor Negrais o comandante do 2.º pelotão, o Alferes Pires, o comandante do 4.º pelotão e o do 1.º era um "Operação Especiais" cujo nome já falha.

António Castro
Ex-furriel mil.
6 de agosto de 2017 às 12:18

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2. Comentário do editor

Caro António Castro,
Como vês, o Blogue ainda funciona embora precisemos de malta "nova" para reactivar o registo de memórias e fotos. Muitos de nós andamos por aqui quase desde a criação desta página, destinada especialmente aos antigos combatentes da Guiné, e já nos vai faltando assunto.

Camaradas como tu, que nos vão descobrindo e gostam do que lêem, serão o garante da manutenção da vitalidade deste repositório de recordações de um tempo indesejado mas que fez parte da nossa vida enquanto jovens.

Prometes, tens de cumprir, enviar fotos e textos sobre a tua passagem pela Guiné, de um período em que a incerteza era muita, quer pela dureza da guerra quer pelo tempo que mediou a passagem desde o 25 de Abril até à passagem do testemunho ao PAIGC, e regresso a Portugal com a certeza do dever cumprido.

Temos apenas seis entradas sobre a CCAÇ 4942/72 pelo que ficas com a missão de aqui relatares os factos que achares mais importantes da história da tua Companhia, enriquecidos sempre que possível com as fotos que religiosamente guardaste estes anos todos.

Em nome da tertúlia e dos editores, deixo-te um abraço de boas-vindas.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 2 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17723: Tabanca Grande (443): Estêvão Alexandre Henriques, natural da Lourinhã, ex-fur mil mec radiomontador, CCS / BCAÇ 1858 (Catió, 1965/67)... Senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 751, em dia de aniversário natalício... Está de duplos parabéns!

1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Meu caro António, obrigado pelas tuas palavras e pelo teu pedido de ingresso na Tabanca Grande. O teu contributo é muito importante para todos nós, e em especial para os teus camaradas da CCAÇ 4942/72.

Por norma. não fazemos juízos de valor sobre o comportamento (humano,operacional, militar, disciplinar, ético...) de cada camarada que esteve connosco, incluindo os comandantes operacionais... Mas os factos são factos e não vamos omitimos, por que parece mal ou parece bem... Se não formos nós a esclarecer determinadas situações, haverá muitas "brancas", erros,omissões, falhas, deturpações e inverdades (ou mentiras) que "sobrarão" a história e os historiadores...

Em suma, louvo a tua preocupação com o "dever de memória". Sê bem vindo, senta-te
à sombra do nosso poilão e manda-nos "materiais" (fotos e textos) para publicação (atrav
es dos editores: o blogue não funciona como o facebook).... Naturalmente que podes (e deves) comentar os postes que vão aparecendo (ou que já se publicaram( sempre que achares oportuno...

Como vês, o blogue mexe, desde 2004, tem 753 membros registados (mais de meia centena já falecidos, infelizmente...), estamos a caminho dos 18 mil postes publicados e dos 10 milhões de páginas vizualixadas (ou, se quiseres, de "visitas")...

Conto contigo!... Contamos contigo!... Luís Graça