terça-feira, 24 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17900: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (11): Resumo do programa que concretizámos (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)


1. Termina assim a publicação das "Memórias Revividas" com a recente visita do nosso camarada António Acílio Azevedo (ex-Cap Mil, CMDT da 1.ª CCAV/BCAV 8320/72, Bula e da CCAÇ 17, Binar, 1973/74) à Guiné-Bissau, trabalho que relata os momentos mais importantes dessa jornada de saudade àquele país irmão.

AS MINHAS MEMÓRIAS, REVIVIDAS COM A VISITA QUE EFECTUEI À GUINÉ-BISSAU ENTRE OS DIAS 30 DE MARÇO E 7 DE ABRIL DE 2017

 RESUMO DO PROGRAMA QUE CONCRETIZÁMOS (11)

01 – AS VISITAS QUE FIZEMOS

De comum acordo, ficou previamente definido que a intenção máxima de todos os colegas que se deslocaram, em viagem de saudade, à Guiné-Bissau, tinha como primeira prioridade visitar as terras ou locais por onde andaram, passaram sacrifícios e sofreram algumas agruras, nomeadamente nas alturas em que estávamos em luta directa e muitas vezes aberta com os elementos e apoiantes do PAIGC, realidade que deixou profundas marcas em muitos de nós. Cumprido este principal desejo, viajámos depois por outras paragens.
Passaram-se mais de 40 anos, mas mesmo assim, sentimos necessidade de visitar aqueles locais por passámos e onde alguns pagaram com a vida esse esforço e sacrifício que, de pouco valeu, já que aquele pedaço de chão era dos Guinéus e não dos Portugueses.

Visitámos muitos e variados locais, que iam desde pequenas povoações sediadas algures no mato, até a vilas e cidades da Guiné, tendo para nós sido importante recordar com alguma saudade esses lugares de solidão e de algum sofrimento, que muitos de nós passaram.

Encontrámos vilas e cidades, algo mais desenvolvidas do que quando lá estivemos, casos de Bissau, Gabu (ex-Nova Lamego) e Mansoa, mas infelizmente, a maioria delas está em situação mais degradante do que nos anos 60 e 70, do século passado, ouvindo nós, muitas vezes, e da boca de pessoas mais velhas, afirmações de que “naquele tempo estavam bem melhores que agora”.

Em qualquer pequena povoação de então, existia sempre um pequeno bar ou centro de encontro, onde, quanto mais não fosse, se bebiam umas cervejas e se convivia um pouco. Hoje, em muitas das vilas, nada ou quase nada existe e refiro aqui os casos de povoações, vilas e cidades como: Binar, Bissorã, Mansabá, Farim, Bafatá, Susana, Ingoré, Bula, Biambe, Cacheu, Bachile, Có, Pelundo, Nhacra…

Aquando de uma das nossas estadias em Bissau, procurámos visitar a velha Fortaleza de S. José da Amura, primitiva estrutura construída no ano de 1696, com alterações introduzidas em 1766 e edificada na parte baixa da capital guineense e ainda hoje edifício-símbolo da antiga cidade de Bissau, estando toda ela protegida por uma muralha em cantaria, com cerca de 4/5 metros de altura, de planta quadrangular abaluartada, rodeada de um fosso.

Infelizmente, não nos autorizaram a entrar e a visitar o interior desta Fortaleza, por razões que não nos explicaram apesar da nossa insistência, local este, onde segundo nos tinham informado, o PAIGC mandou construir um mausoléu em homenagem ao fundador do PAIGC, Amílcar Cabral.

Terá sido por vergonha (?!) face ao conhecimento generalizado de ter sido ali um dos locais onde fuzilaram muitos militares guineenses que estiveram ao serviço do exército português e sobre os quais os nossos “governantes” daquela época, nada fizeram para os proteger e salvar a vida?!…


02 – A DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS QUE LEVÁVAMOS

Uma das missões que também nos levou à Guiné-Bissau, foi a vertente humanitária, traduzida no transporte e posterior distribuição por diversas missões católicas e não só, de vestuário e calçado, e pelas escolas de material escolar, que os destinatários receberam com imensa alegria, atitude que se compreende pelas grandes carências que toda a Guiné sente e sofre.

Aqui um grande agradecimento às entidades portuguesas, em particular à TAP, permitindo que cada um de nós pudesse transportar duas malas/sacos/volumes, cada um com o peso máximo de 23 quilos, o que possibilitou que num desses volumes apenas levássemos os materiais que lá pretendíamos deixar e entregar, e no outro as nossas coisas e mais algo que completasse os tais 23 quilos. Claro que estando o tempo quente, o peso da nossa bagagem pessoal, não deveria pesar, em média, mais de 10/12 quilos, o que facilitou maiores dádivas transportadas.


03 – OS CONTACTOS PREVIAMENTE EFECTUADOS

Através dos contactos privilegiados e prévios que os colegas Moutinho e Rebola fizeram porque já lá tinham ido várias vezes, foi facilitada a missão aos restantes colegas, quer no que diz respeito à marcação do local de alojamento, quer para podermos ter acesso a alguns dos pontos mais importantes que pretendíamos visitar, nomeadamente aqueles onde houvesse necessidade de autorização prévia das autoridades guineenses.

O nosso muito obrigado à preciosa colaboração do Dr. João Maria Goudiaby, que além de médico, no Hospital Padre Américo, em Penafiel, é amigo pessoal de alguns dos colegas que se deslocaram à Guiné-Bissau e que connosco almoça, várias vezes, às quartas-feiras no Restaurante Milho-Rei, em Matosinhos, elemento que nos ajudou a abrir algumas portas, de entre as quais saliento e deixo aqui registado, com muita estima e consideração, a do Palácio da Presidência da República da Guiné-Bissau, de que é actual Presidente o seu cunhado, Dr. José Mário Vaz.


 04 – AS VISITAS PROGRAMADAS

Na continuidade do que já referi no ponto 01, os locais a visitar foram ordenados, não só em função das áreas geográficas onde eles se situavam, mas também tendo em atenção tentar rentabilizar o melhor possível os jeeps em que cada grupo de 4 pessoas se deslocavam, procurando desenhar um circuito rodoviário que melhor se coordenasse com a vontade de todos esses colegas e com o estado do pavimento.

Para isso, e semanas antes de embarcarmos, começámos por dividir o território da Guiné-Bissau em várias quadrículas, que contemplassem as áreas que a cada um de nós mais interessava visitar, mas também procurando escolher os eixos rodoviários com melhor piso e que cobrissem cada um dos sectores selecionados.

Por coincidência dos 13 colegas que compunham o grupo que no dia 30 de Março de 2017 rumou à Guiné-Bissau, a grande maioria tinha prestado o serviço militar nas regiões do norte e do centro do território, o que facilitou a visita aos locais que pretendíamos.

A capital Bissau, o Cacheu, Canchungo (ex-Teixeira Pinto), Bula Binar, Bissorã, no norte e Mansoa, Mansabá, Farim, Bafatá e Gabú (ex-Nova Lamego), no centro e leste, foram por isso os lugares mais privilegiados das nossas visitas.


05 – O CLIMA LOCAL DURANTE QUE ENCONTRAMOS

Com duas épocas perfeitamente distintas, o clima da Guiné-Bissau é quente e húmido durante os meses de Maio a Novembro, em que chove quase todos os dias, e seco, mas não tão quente, entre Novembro e Maio, período este, durante o qual, diria eu, nunca chove.

Acrescentaria que durante o período da época das chuvas, o teor de calor húmido chega a ser tão elevado que, mal acabamos de tomar um duche, estamos logo a transpirar de novo, obrigando-nos a novo duche, nem que fosse da própria chuva que caísse.

Não era fácil a adaptação a um novo clima, naturalmente bem diferente daquele que em Portugal estamos habituados, não só pelas diferentes latitudes existentes entre estes dois Países, mas também pela orografia e até tipo de vegetação, que em cada um deles existe.

Estas diferenças, obrigavam-nos a um esforço suplementar, principalmente nos primeiros tempos da nossa passagem pela antiga colónia portuguesa da Guiné, situação agravada pelas deslocações que fazíamos, porque a maioria dos caminhos, denominados como “picadas”, provocavam-nos um desgaste, muito mais acentuado no período das chuvas, com caminhos enlameados, ou nas zonas de bolanha que os militares, embora constrangidos, eram obrigados a atravessar nas suas missões de rotina para a defesa e vigilância dos aquartelamentos e das tabancas edificadas nas zonas que lhe eram envolventes.


06 – O PAÍS QUE ENCONTRÁMOS

Como começámos a nossa visita por Bissau, estamos em posição de afirmar que encontrámos uma capital que nos mostrava diferentes espaços, perfeitamente contrastantes uns com os outros, opiniões mais reforçadas, se atendermos à realidade que conhecia por lá ter estado nos já longínquos anos de 1973/1974.

Pelo lado positivo, reconheço a existência de novas e bonitas zonas habitacionais, de novas vias de comunicação, como a avenida que do Aeroporto nos conduz à antiga Praça do Império e aos meios de transporte muito mais modernos e eficazes.

Em contrapartida, o lado negativo continua a ser maioritário em todo o território guineense, sendo, no caso de Bissau, evidente a degradação da antiga Avenida do Império (actual Avenida Amílcar Cabral), bem como de toda a sua zona ribeirinha, em especial a Avenida Marginal e sobretudo o abandono a que foram deixadas a quase totalidades das antigas casas coloniais, fenómeno para mim anormal em quase todo o território da Guiné-Bissau, de que o maior exemplo é o estado de total desleixo em que encontrámos o antigo Hospital Militar, onde, segundo nos informaram, logo após a instauração da independência, todo o equipamento cirúrgico foi roubado e/ou destruído!!

Idêntico exemplo foi-nos dado a observar em relação às antigas instalações militares que em diferentes locais ocupámos, todas elas em ruína evidente e sem sinais de recuperação à vista, para qualquer utilização benéfica para as populações locais.

Do interior do País e com honrosas excepções, tudo está pior que no tempo da dita guerra colonial. Vilas ou cidades como Bula, Canchungo (ex-Teixeira Pinto), Cacheu, Bissorã, Mansabá, Farim e Bafatá, localizadas em zonas que em bem conheci, encontram-se muito mais degradadas, onde não existe uma boa rua asfaltada e a maioria das casas estão arruinadas, não se encontrando em muitas delas, um café ou um restaurante!!

Em termos de boas vias de comunicação, salvaguardo as estradas de Canchungo ao Cacheu, de Canchungo a Bissorã, passando por Bula e Binar, e a de Mansoa a Farim, que passa junto a Mansabá e a de Mansoa a Gabu.


Bissau: Uma das actuais e apresentáveis ruas de Bissau, onde, fugindo à regra, uma boa parte dos antigos edifícios coloniais  foram preservados. Repare-se no piso da rua que no tempo colonial era asfaltado, mas que agora e quando chove, se transforma em lamaçal!


07 – A BELEZA DE ALGUNS LOCAIS E EDIFÍCIOS VISITADOS

Nesta breve descrição, será justo salientar, em Bissau, o Palácio da Presidência da República e toda a sua zona envolvente, a extensa e bonita avenida, que do Aeroporto nos conduz à zona central de Bissau, via onde se encontram construídos alguns dos principais edifícios da cidade, como o Palácio do Governo, a Assembleia Nacional Popular e algumas embaixadas, a Sé Catedral e a zona de Santa Luzia, onde, em nossa opinião, se encontra o Hotel Azaalai, a melhor unidade hoteleira de Bissau.

Fora de Bissau, destacamos as grandiosas obras de engenharia das elegantes pontes sobre o Rio Mansoa, em João Landim (Ponte Amílcar Cabral) e a Ponte sobre o Rio Cacheu, em S.Vicente, entre as vilas de Bula e do Ingoré.

Em termos territoriais, destacamos a bonita cidade de Gabú (ex-Nova Lamego), situada no leste da Guiné-Bissau, já próxima da fronteira com o território da Guiné-Conakry e a pequena mas ainda alindada vila de Mansoa e talvez alguns pormenores da antiga bonita cidade Bafatá.


08 – AS RECORDAÇÕES POR MIM VIVIDAS

Consegui concretizar uma vontade que tinha em visitar terras que, em situações bem mais difíceis, vividas em anos de perigo permanente, e em que o cumprimento de rigorosa segurança tinha que obrigatoriamente ser a palavra de ordem, pois a situação que se viveu, entre os anos de 1963 e 1974, não permitia aventuras nem distracções ou descuidos, leva-me a afirmar com total conhecimento de causa que, em tempos da dita guerra colonial, seria quase impensável fazer as deslocações e visitas que fizemos.

Por outro lado, segurar a rebeldia de alguma juventude dos nossos militares e a atracção/convite que sobre eles faziam a juventude feminina local (vulgo “bajudas”), não eram tarefas fáceis de controlar, muitas vezes aliada à inexperiência de um cenário de guerra para a maioria desses militares, realidades que preocupavam, e de que maneira, a delicada missão de quem os tinha que comandar.

Embora já direccionado para ir comandar, como Capitão Miliciano, a Companhia de Caçadores n.º 17 (CCAÇ 17), sediada em Binar, foi-me determinado para ir comandar a 1.ª Companhia do Batalhão 8320/72 (BCAV 8320/72), cuja sede se localizava em Pete, situada a sul da estrada entre as localidades de Bula e Binar e a cerca de 6/7 quilómetros a nascente/sul da vila de Bula, cujo Comandante tinha sido castigado e mandado regressar à então designada metrópole, aguardando-se a sua substituição.

Cerca de dois meses depois e já colocado em Binar, por doença contraída pelo novo Comandante da .1ª Companhia do BCAV 8320/72, que o levou a ser internado no Hospital Militar de Bissau, fui solicitado para comandar de novo essa mesma companhia, que nessa altura tinha sido transferida para Nhamate, uma pequena povoação situada a nascente de Binar e a meia distância entre Binar e o destacamento do Biambe.

Saliento porque é de inteira justiça fazê-lo, tinha em Pete/Nhamate o Alferes Gatinho, de Lisboa, e em Binar o Alferes Teixeira, de Braga, que muito mais experientes que eu, me mereciam e demonstraram total confiança, e comandaram interinamente as tropas dos dois aquartelamentos (cerca de 140 homens em cada um deles), durante a minha temporária ausência, porque durante uns 3/4 meses andei a saltar de um lado para o outro, situação que me obrigava a ter casa/alojamento em cada um desses lugares, afastados cerca de 10 quilómetros uns dos outros, mas tudo correu pelo melhor, graças sobretudo à capacidade de liderança desses dois bons elementos.

Como referência negativa, sinto hoje talvez a culpa de ter acreditado demasiado nas palavras do Comandante Dick Daring do PAIGC, quando me afirmou, por diversas vezes, que os graduados guineenses que serviram de boa-fé o exército português, seriam reintegrados no novo exército da nova Guiné-Bissau.

Meses mais tarde, veio a confirmar-se ser falsa essa promessa, pois a maioria deles acabou fuzilada no antigo aquartelamento do Cumuré e na Fortaleza de S. José da Amura, lamentando-me não ter sido o suficiente convincente com os furriéis guineenses da minha CCAÇ 17, para que viessem para Portugal, porque, aqui sim, havia grandes possibilidades de continuar a integrar o exército português


09 – A POBREZA DE ALGUMAS DAS POVOAÇÕES VISITADAS

Em contrapartida, e tal como já referi no anterior ponto 06, deixou-nos algo desolados aquilo que que de negativo vimos e que não estávamos a contar ver.

Muita pobreza nalguns locais, é verdade, mas ficou-nos sobretudo na memória a pouca vontade da maioria dos naturais guineenses em procurar melhorar o seu nível de vida, trabalhando. Diz-se em Portugal que “trabalhar faz calos”, mas em muitas zonas da Guiné-Bissau vimos os homens à sombra das árvores ou de outros obstáculos que provocassem sombra, enquanto as mulheres e as crianças trabalhavam.

Sendo a Guiné-Bissau tão rica, desde que bem trabalhada, em áreas agrícolas como na cultura do arroz, na produção de mancarra (amendoim, em Portugal), na produção do cajú, na pesca do camarão e de variados peixes, na produção de mangas, entre outros, porque não aproveitam as potencialidades destes enormes recursos naturais que possuem?!


10 – OBSERVAÇÕES FINAIS

Consegui concretizar um desejo e uma vontade que tinha em visitar terras que, em situações bem mais difíceis, com a segurança a ser obrigatoriamente a palavra de ordem, e que em tempos da dita guerra colonial, seria quase impensável fazer.

Poderão então perguntar: Se foi um tempo perdido, cheio de incertezas e de sacrifícios, afastado da família, dos amigos e do seu ambiente natural, será que valeu a pena?

Apesar de tudo, creio que sim, pois trouxe-nos outra maturidade, um melhor sentir cá dentro aqueles a quem mais queremos, ao mesmo tempo que nos alertou e deu espaço temporal para pensar que a vida, em geral, não é fácil de seguir e de cumprir, que as metas pretendidas são difíceis de atingir e que as dificuldades nos podem surgir em qualquer dos percursos que possamos optar.

Um grande abraço amigo aos doze colegas que comigo partilharam estes nove dias de romagem de saudade e visita a terras da Guiné.

Aos meus familiares e amigos que ficaram, mas que de uma forma ou outra me acompanharam nesta odisseia africana, o meu obrigado a todos.

F I M 

António Acílio Azevedo
Leça da Palmeira
____________

Nota do editor

Postes anteriores da série de:

19 de Setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17779: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (1): 1.º Dia, a viagem de ida (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

21 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17784: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (2): 2.º Dia, a cidade de Bissau (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

27 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17802: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (3): 2.º Dia, a cidade de Bissau - continuação (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

28 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17804: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (4): 3.º Dia: Bissau, Safim, Bula, Có, Pelundo, Canchungo, Bachile e Cacheu (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

3 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17820: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (5): 4.º Dia: Bissau, Safim, Bula, Có, Pelundo, Canchungo, Bachile e Cacheu (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

6 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17827: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (6): 5.º Dia: Bissau, Safim, Bula, Binar e Bissorã (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

10 de outubro de 2017 >  Guiné 61/74 - P17844: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (7): 5.º Dia: Bissau, Safim, Bula, Binar e Bissorã (continuação) (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

12 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17855: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (8): 6.º Dia: Bissau, Safim, Nhacra, Jugudul, Bambadinca, Bafatá e Gabu (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

17 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17870: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (9): 7.º Dia: Bissau, Safim, Nhacra, Jugudul, Mansoa, Mansabá e Farim (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

19 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17880: As memórias revividas com a visita à Guiné-Bissau, que efectuei entre os dias 30 de Março e 7 de Abril de 2017 (10): 8.º e 9.º Dias: Bissau e Regresso a Portugal (António Acílio Azevedo, ex-Cap Mil)

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta singular e excelente série, pelo que representa, é merecedora de um aplauso de louvor e agradecimento por parte de todos os interessados a amigos da Guiné.
ATS

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Acílio e demais camaradas de armas e companheiros de viagem!...

Acabámos, todos os leitores do blogue, por beneficiar da tuas tão detalhadas e interessantes crónicas de viagem... Louvo a tua preocupação em valorizar o que de positivo tem a Guiné-Bissau, bem como as suas potencialidades, aos olhos de quem vem de fora...

É evidente que o nosso olhar continua a ser "etnocêntrico", por muita empatia que tenhamos para com a Guiné-Bissau, país que nos é muito querido...

Até há pouco, não tínhamos qualquer referência à CCAÇ 17!... Graças a ti, sabemos um pouco mais do seu historial. Mas é insuficiente... Nâo há história da unidade ? Não tens os nomes dos militares que foram fuzilados depois da independência ?...

É um serviço útil que nos podes prestar a todos!... Um abraço do Luís Graça (CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Uma das mais antigas (e raras) referências à CCAÇ 17, no nosso blogue, remonta a 2006!... Ficamos a saber que era uma companhia de manjacos e que em 1970 foi posta a fazer segurança aos trabalhos de construção da estrada Mansabá-Farim, portanto fora do seu "chão"... Estiveram em Bironque e houve um princípio de motim, obrigando à intervenção do Spínola...

Aqui vai um excerto do poste do Vitor Junqueira:


(...) A primeira aproximação que tivemos com a guerra a sério e àquilo que iria ser o nosso estilo de vida nos meses vindouros, ocorreu a partir de um ponto localizado no mapa entre Mansabá e o K3, onde antes da guerra existira uma pequena povoação, chamada Bironque.

Para o Destacamento Temporário do Bironque segue em 1 de Dezembro de 1970 um GC da CCAÇ 2753, tendo os restantes chegado a intervalos de uma semana ficando a operação concluída em 21 de Dezembro de 1970. Com a chegada da CCAÇ 2753, a CCAÇ 17 retirou!

Algum tempo antes, tinha havido uma espécie de motim com cenas de tiros entre os oficiais e sargentos daquela Companhia e os seus elementos nativos, de etnia maioritariamente manjaca. Estes, fartos de bordoada, recusaram-se a sair para o mato, alegando que a terem de levar porrada forte e feia, preferiam apanhá-la defendendo o seu Chão. O general Spínola resolveu o contencioso através de umas despromoções e da transferência da Companhia para Bula. (...)

23 DE SETEMBRO DE 2006

Guiné 63/74 - P1110: Histórias de Vitor Junqueira (3): Do Bironque ao K3 ou as andanças da açoriana CCAÇ 2753 pela região de Farim

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2006_09_17_archive.html


Tabanca Grande Luís Graça disse...

As companhias africanas, baseadas no recrutamento local (enquadradas, em geral, por metropolitanos) têm um tratamento desigual no nosso blogue, a avaliar pelo nº de referências ou de marcadores (a seguir, entre parêntesis):

CCAÇ 3 (46)
CCAÇ 5 (133)
CCAÇ 6 (98)
CCAÇ 11 (37) / CART 11 (83)
CCAÇ 12 (380)
CCAÇ 13 (42)
CCAÇ 14 (18)
CCAÇ 15 (18)
CCAÇ 16 (26)
CCAÇ 17 (3)
CCAÇ 18 (26)
CCAÇ 19 (24)
CCAÇ 20 (4)
CCAÇ 21 (23)

Anónimo disse...

Parabéns pelo relato desta magnifica expedição.
Um obrigado especial pela sua partilha.
Recebam um abraço apertado.
IC