quinta-feira, 31 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23127: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf mil capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte II: Bindoro, Natal de 1970: visita do gen Spínola

Foto nº 1 >  Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > CCAÇ 2588 > Natal de 1970 > Destacamento de Bindoro > Visita no gen Spínola e do capelão José Torres Neves: vieram de Bissá para Bindoro, de helicóptero.


 Foto nº 2A > Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > CCAÇ 2588 > Natal de 1970 > Destacamento de Bindoro > Visita no gen Spínola (1)

Foto nº 2B > Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > CCAÇ 2588 > Natal de 1970 > Destacamento de Bindoro > Visita no gen Spínola (2)


Foto nº 2C > Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > CCAÇ 2588 > Natal de 1970 > Destacamento de Bindoro > Visita no gen Spínola (4)


 Foto nº 2D > Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > CCAÇ 2588 > Natal de 1970 > Destacamento de Bindoro > Visita no gen Spínola (4)


 Foto nº 2 > Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > CCAÇ 2588 > Natal de 1970 > Destacamento de Bindoro > Visita no gen Spínola (5)

Fotos (e legenda): © José Torres Neves (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf mil capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)-

Organização e a seleção feitas pelo seu amigo e nosso camarada Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa) e  Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971) (médico, foi diretor do Hospital de Tomar, 6 anos, de 1990 a 1996, e diretor clínico cumulativamente 3 anos, de 1994 a 1996, vivendo então em Abrantes; hoje vive em Tomar).

O José Torres Neves é missionário da Consolara, ainda no ativo. Vai fazer 86 anos.
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12 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Na quadra natalicia de 1970, o Spínola deve ter ido a todos os "bu...rakos" da Guiné ... Nessa altura eu estava na ponte do rio Udunduma, na estrada Xime-Bambadinca, era o mais graduado... Com menos de um pelotão, da CCAÇ 12. Ele apareceu lá, de repente, para nos desejar Bom Ano. Foi de coluna (!) na nova estrada, a partir de Bambadinca até ao Xime. Visitou também os infortunados do Xime, a CART 2715, do pobre Cap art Vitor Amaro dos Santos.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Deve ter sido nesse dia que o General foi também fazer uma visita de surpresa ao "alfero Cabral" a Missirá... E que terá resmungado, à entrada para o helicóptero: "Porra, estão todos cacimbados, a começar pelo alferes".

Valdemar Silva disse...

Sim, nessa quadra natalícia o "Caco Baldé" também foi a Canquelifá.
Dois pelotões da minha CART11 "Os Lacraus" estavam lá a reforçar a segurança à tabanca e ao sector.
Spínola fez um discurso efusivo para a população e para os nossos soldados fulas 'aqueles homens pescadores da Nazaré estão aqui a ajudar-vos a amar aquela bandeira', disse ele apontando para os soldados metropolitanos e para a bandeira nacional.
Dessa vez, já tinha estado perto dele em Contuboel, reparei no "segredo" das mangas do camuflado arregaçadas sem grande enchumaço: o camuflado era de manga curta com uma dobra acrescentada para disfarçar.

Saúde da boa
Valdemar Queiroz

Valdemar Silva disse...

Melhor observado na fotografia dentro do heli, vemos que as mangas do camuflado devem estar cortadas e a sobra cosida para a dobra estar "à ordem".
O mesmo não acontece com o oficial perto de Spínola, que cortou nitidamente as mangas do camuflado.
Outro pormenor interessante e comparado com a outra fotografia de todos "fardados" de calção e tronco nu, nesta em frente do General Comandt. Chefe cada militar aparece com a farda que estava mais à mão.

(até pareço a D. Raquel do 3º. andar que está sempre a cortar no vestido da Zefa magricelas)

Valdemar Queiroz

Antº Rosinha disse...

Os nossos vindouros (filhos e netos nossos) que pouco ligam para esta velha guerra colonial, se um dia olharem com atenção estudiosa para fotos como estas onde aparece o grande Spínola de pingalim com seu "guarda joias" também de pingalim, à frente de um grupo de combate com uniformes tão disformes e tão variados, devem perguntar para eles:

Mas que guerra é que os nossos velhos estavam a fazer? será que que era mesmo guerra a sério?

É que aquele aspecto geral, tirando a limpeza da parada em terra, era um aspecto sem qualquer aspecto de disciplina militar.

Claro que se os vindouros conhecerem bem o ambiente africano, não estranharão tanta descontração.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, és excelente observador, está visto que tens "treino", estás atento ao "detalhe"... Esse pormenor da manga do casaco é fabuloso: é verdade, ele não usava a manga arregaçada, a dona Helena, lá no palácio do Governador, deve ter "costurado" a manga do camuflado do marido... Era muito mais fresco e mais cómodo, para entrar e sair do heli (e melhor para o mosquito morder...). Só não sei se estava de acordo com as NEP...

O "Aponta Bruno", o ajudante de campo, também imitava o chefe...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

"Caco" (ou "Caco Baldé") era a a alcunha, mais afectuosa do que pejorativa, por que era mais conhecido o General Spínola entre os seus soldados. Os seus pares chamavam-lhe o "Velho", termo mais depreciativo. Ou "Bispo", nome de código para as conunicações militares.

O termo "Caco" queria referir-se ao vidrinho ou monóculo que ele usava, na vista direita... Perfeitamente "démodé", fora de moda... "Baldé", por seu turno, era um dos apelidos mais vulgares entre os fulas, aliados de Spínola...

Este tipo de visita-surpresa, na quadra festiva (Natal e Ano Novo), por parte do Com-Chefe e Governador Geral, gen António de Spínola, era frequente... Ia a todos os recantos da Guiné. O homem, já com 60 anos feitos, aparentava uma energia, física e mental, que pedia meças aos seus colaboradores mais próximos.

Valdemar Silva disse...

Vendo melhor, o oficial (Aponta Bruno?) junto de Spínola também tem uma "habilidosa" dobra nas mangas do camuflado, que parecia ser de manga curta.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Parece ser o "Aponta Bruno", hoje general Almeida Bruno, não tenho a certeza... Também usava o pingalim, imitando o chefe... Mas o Spínola teve vários ajudantes de campo, incluindo o Carlos Ayala Boto, membro da nossa Tabanca Grande... É mais provável que no Natal de 1970 já fosse ele (que esteve lá até 1973). É um pormenor (factual) a confirmar.

Vd. poste de

6 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1407: Tertúlia: apresenta-se o Coronel de Cavalaria Carlos Ayala Botto, ajudante de campo do General Spínola

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/01/guin-6374-p1407-tertlia-apresenta-se-o.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O Carlos Ayala Botto deve ter sido ajudante de campo do Spínola, mais tarde, por volta de 1972:


1. E-mail do Coronel na Reforma Carlos Ayala Botto, enviado a 24 de Dezembro de 2006:

Soube do seu blogue e aqui estou a apresentar-me: Carlos Ayala Botto, estive na Guiné entre 1970 e 1973 e actualmente sou Coronel na Reforma. Na altura era capitão de Cavalaria mas mesmo assim fui nomeado Cmdt da CCAÇ 6 em Bedanda onde estive cerca de 20 meses.

Depois fui convidado pelo NOSSO GENERAL SPÍNOLA (a letra grande é de propósito, pois ele era um CHEFE MILITAR como não conheci outro) para seu Ajudante de Campo, e por isso fiquei lá mais um ano.

Há pouco tempo o Moura Ferreira – que não conheço pessoalmente – telefonou-me e eu enviei-lhe 2 fotos de Bedanda: uma com uma vista aérea e outra com um obus de 14 a disparar. Não sei o que é que ele fez delas.

Queria entrar no seu blogue, mas como oficial de Cavalaria básico que sou, não percebo nada disto e fico a aguardar indicações suas.

Até lá, um abraço e os votos de um Bom Natal.

Carlos Ayala Botto

6 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1407: Tertúlia: apresenta-se o Coronel de Cavalaria Carlos Ayala Botto, ajudante de campo do General Spínola

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/01/guin-6374-p1407-tertlia-apresenta-se-o.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O Paulo Santiago, que conheceu na Guiné o Ayala Botto, diz que hiuve um outro ajudante de campo, anterior a ele, o cap Tomás... E antes do Tomás deve ter sido o Almeida Bruno (que era do meu tempo):


"Tive vários contactos com o Gen Spínola, principalmente em Bambadinca, quando comandava uma Companhia de Instrução de Milícias, isso ainda no tempo do teu antecessor, Cap Tomás. No dia 24 de Dezembro de 71, dia da cerimónia de encerramento do 1º curso que dei aos Milícias, fui à boleia no heli para o Saltinho, onde o General ía fazer uma visita de Natal e eu passar aquela data com os meus homens, [do Pel Caç Nat 53]." (...)

24 DE JULHO DE 2007
Guiné 63/74 - P1990: Carta aberta ao Cor Ayala Botto: O caso Batista: O que fazer para salvar a sua honra militar ? (Paulo Santiago)

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/07/guin-6374-p1990-carta-aberta-ao-cor.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Sobre o cap Tomás, ver aqui também:

24 DE NOVEMBRO DE 2006
Guiné 63/74 - P1314: Estórias de Bissau (8): Roteiro da noite: NPR Orion, Chez Toi, Pilão (Paulo Santiago)

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2006/11/guin-6374-p1314-estrias-de-bissau-8.html